Ontem foi dia de Cine
Circular. A terceira sessão desta vez trouxe o filme “Privacidade Hackeada”. Muita gente assistiu/assiste em casa na hora que quiser,
este e outros filmes sozinho, via Netflix, ou acompanhado de uma, duas ou três pessoas
próximas.
Poder assistir sozinho é
muito bom. Mas acompanhado é
melhor, isso porque pode-se conversar um pouco
durante e mais ainda depois.
E não conversar apenas
sobre o filme, mas também sobre aspectos pessoais, familiares, cuja conversa
tem inicio em um aspecto do filme, mas que depois descamba para uma espécie de
terapia comunitária, como ontem.
E Constelação Familiar. Foi dos
temais importantes tratados na roda de conversa.
Fomos quatro pessoas.
Dois professores em sala de aula e duas educadores populares que trabalham ao
mesmo tempo em outras áreas.
A lua no quintal da casa que recebeu o cine circular.
Aqui, a tela de projeção criada em uma parede na área da frente da casa.
A primeira sessão,
contamos com cinco pessoas e a segunda com sete.
Dentre alguns momentos do filme que me chamaram a atenção, destaco a fala de uma pessoa se
referindo a Stevie Bannon, um dos donos da Cambridge Analytica, a organização
criminosa e principal “estrela” do
documentário.
Essa frase diz respeito ao pensamento e as pessoas que
cercam Bannon que pretendem instalar uma nova ordem mundial autoritária e ultra
liberal, com base na destruição dos pilares estabelecidos de países e nações, para fundar um novo cenário bem próximo ao
mundo de 1984, escrito por George Orwell.
Destruir para eles é fundamental, porque em meio ao caos
instalado depois da destruição e do desmonte, fica bem mais fácil moldar e impor a sociedades, políticos e governos , valores e
atitudes inspiradas nos ideais autoritários e neoliberal. Ou seja o paraiso
para corporações industriais, comerciais e ligadas ao sistema financeiro.
E quem quiser participar da próxima sessão ou organizar uma sessão em casa é só entrar em contato. O equipamento será emprestado e é composto
de computador, caixas de som, computador e cabo de áudio pertencente a Ação Cultural/ Ponto de Cultura Juventude e
Cidadania.
No inicio da tarde de ontem, enviei a seguinte mensagem pelo grupo do Cine Circular do whatzapp.
No inicio da tarde de ontem, enviei a seguinte mensagem pelo grupo do Cine Circular do whatzapp.
Hoje é dia de nosso
encontro fílmico.
O convite inicial foi feito para 10 pessoas, mas com algumas
desistências poderemos chegar a 5. O numero que alcançamos na primeira sessão. Na
segunda chegamos a contar com 7 presenças. Também foi assim no Cine Realidade,
muitos vezes só tivemos esse numero e até menos.
Se chover, ficaremos dento de casa.
Só não vale faltar energia. Mas se isso acontecer, poderemos
organizar uma roda de conversa sobre o momento atual em que vivemos.
E assim, vamos nos inventando e reinventando para poder
viver melhor, abrindo os braços, os
corações e mentes pra reinventar um país na perspectiva do Bem Viver, tentando
puxar pessoas para essa direção. Aqui lembrei de Marina Lima.
E nosso amor, ou formas diferentes de amar, a gente vai
inventando...E reinventando... Aqui
lembrei de Cazuza.
E vivendo, morrendo e
renascendo todos os dias , o bicho homem vai.... Aqui lembrei de Eduardo
Galeano.
Zezito de Oliveira
A paixão de dizer / 1
Marcela esteve nas neves do Norte. Em Oslo, uma noite, conheceu uma mulher que canta e conta. Entre canção e canção, essa mulher conta boas histórias, e as conta espiando papeizinhos, como quem lê a sorte de soslaio.
Essa mulher de Oslo veste uma saia imensa, toda cheia de bolsinhos. Dos bolsos vai tirando papeizinhos, um por um, e em cada papelzinho há uma boa história para ser contada, uma história de fundação e fundamento, e em cada história há gente que quer tornar a viver por arte de bruxaria. E assim ela vai ressuscitando os esquecidos e os mortos; e das profundidades desta saia vão brotando as andanças e os amores do bicho humano, que vai vivendo, que dizendo vai. (Eduardo Galeano in O Livro dos Abraços, L&PM Editora).
Zezito de Oliveira
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