quinta-feira, 6 de abril de 2023

Violência nas Escolas! O que pode dar certo para combater? Não temos tempo a perder..

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS - Mais uma ação monstruosa de fanáticos de extrema direita contra pessoas em situação de estudo e profissionais da educação. Nesta manhã do dia 05 de abril de 2023 contra crianças mais novas..

O governo federal não pode montar uma comitê de crise, de emergência,  para buscar  respostas e saídas, reunindo MEC, MINC, Ministério dos Direitos Humanos, Ministério da Justiça, Ministério da Saúde, SECOM, Ministério do Desenvolvimento Social  e etc?

Os governos estaduais e municipais não podem fazer o mesmo? 

Esse debate importante e com pessoas que entendem do assunto rolou nessa live abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=aqN36z6zBp8


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https://www.youtube.com/watch?v=Cz20IopfXtQ




















A escola é berço de vida não palco de morte!

Padre Manuel Joaquim R. dos Santos

Quarenta mortos e setenta e dois feridos em ataques a escolas nas últimas duas décadas. Contudo, somente em 2022 e 2023, o número de ataques em escolas no Brasil já supera o total registrado nos vinte anos anteriores, segundo pesquisadores. Neste início de ano, já foram ao menos quatro casos de mais destaque: o ataque com bomba caseira por um ex-aluno em Monte Mor (SP), em 13 de fevereiro; o ataque a faca por um aluno de 13 anos a uma escola em São Paulo, que deixou uma professora morta e quatro pessoas feridas em 27 de março; o ataque a faca por um aluno a colegas em uma escola do Rio de Janeiro em 28 de março e há poucos dias, o atentado à creche em Santa Catarina com quatro crianças mortas.

A primeira medida clamada pela população e geralmente atendida pelos governos, é o policiamento reforçado e vigilantes de plantão nas escolas. Pessoalmente não me oponho a isso, pois não duvido que esse aparato iniba aliciamento de menores, tráfico de drogas e gere a sensação de presença do Estado. Em tempos de extrema violência como os que estamos vivendo, a figura de policiais armados, mesmo em lugares inusitados, causa certa tranquilidade a professores e pais de alunos. De modo especial se forem usados setores da inteligência.

Porém, essas medidas não respondem minimamente, à questão que se levanta com o aumento vertiginoso dos casos de agressão. Se a sociedade se contentar com elas, em pouco tempo estará defendendo profissionais da educação armados e quiçá, adolescentes! Com essa aberração, endossará outro discurso que, não só a meu ver, mas de muitos analistas, é a maior causa destas tragédias, como seja a política de armamento estimulada nos últimos anos! Não se pode ocultar, que pelo menos três dos jovens que executaram os crimes, conviviam com o discurso de ódio em casa e a defesa das armas domiciliares!

A escolha da escola como palco das atrocidades referidas não é aleatória! Esta, tornou-se também nos últimos anos um ente, alvo de desconfianças e múltiplas agressões verbais! É vista como a deformação de valores familiares, a incubação de ideias esquerdistas e o inimigo da manutenção de um status quo elitista! A escola está no GPS dos que adotaram a violência e o ódio como solução totalitarista inflexiva. Mas tem mais! Nos ataques à escola, temos a tentativa de visibilidade por parte de assassinos e portadores dessas ideologias perversas alimentados pela cultura do ódio. Na mesma linha do fenómeno dos terroristas, que há anos atrás assumiam com orgulho os atentados sanguinários e se mostravam decapitando cabeças, em busca de publicidade, intimidando a população, amedrontando-a e tornando-a refém do medo.  

Padres, pastores, profetas, pesquisadores e especialistas, devem colocar o dedo na ferida e apontar o cerne da questão. Estamos construindo uma sociedade podre, uma civilização que desconecta totalmente o ser humano de si mesmo, embora paradoxalmente esteja permanentemente conectado com o exterior. Flertamos constantemente com a morte e ainda damos demasiada publicidade à tragédia, que funciona como estímulo a outros casos! A sociedade necessita resgatar casos positivos como Jesus Cristo, Gandhi, Luther King e tantos outros, que desistiram da violência para criar uma cultura de paz, sacrificando a sua própria vida e não tirando a vida de outros! Se perdermos isso de vista, ficamos também reféns de uma civilização caraterizada pela espiral da violência, em que a requisição de mais armas fomentará os atentados que nos horrorizam. É urgente impedir a notoriedade dos facínoras! É um ótimo começo.

O mundo está perigoso. A tempestade de uma grande mudança de época, possibilita que aproveitadores pseudo ideológicos, busquem no terror e nos caixões, o caminho insano para o caos, de onde esperam tirar os dividendos adequados aos seus perversos projetos. Sem forçar a barra, me lembrei de quantos ganharam dinheiro na Grande Depressão de 29!

Arquidiocese de Londrina




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