O PCC pode ter nascido dentro dos presídios, mas há tempos ele não está apenas em vielas escuras, mas ocupa poltronas confortáveis em gabinetes com ar condicionado. Uma megaoperação, nesta quinta (28), escancarou um novo patamar de sofisticação: a infiltração do Primeiro Comando da Capital no coração do sistema financeiro nacional, a região da avenida Faria Lima, em São Paulo.
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quinta-feira, 28 de agosto de 2025
PCC com a gente fina e elegante da Faria Lima. E se essa terra cumprir o "ideal" para alguns como na Itália e nos EUA com as máfias no centro do poder politico e econômico?
A imagem de uma busca e apreensão em uma empresa listada na Bolsa de Valores, a Reag Investimentos, colocando uma das maiores gestoras independentes do país, com foco em recursos e de patrimônio, como suspeita de participar de uma “lavanderia” de dinheiro da facção ajuda a derrubar preconceitos ao lembrar que ricos e pobres podem ser suspeitos de crimes.
Os agentes também estiveram em administradoras em outros endereços da Faria Lima. A força tarefa aponta que cerca de 40 fundos e suas gestoras são suspeitos de serem utilizados pelo PCC. Há leis que impedem isso e o mercado é regulado, mas tem sempre alguém esperto achando que dinheiro é dinheiro.
Combater esse crime de colarinho branco é tão urgente quanto enfrentar a violência nas pontas. Enquanto o Estado não cortar o fluxo que alimenta e lava o dinheiro das facções, estaremos apenas enxugando gelo. As operações policiais são fundamentais, mas precisamos de um sistema de inteligência financeira mais ágil, de reguladores mais rígidos e de uma Justiça que puna não só os executores no morro, mas os estrategistas nos escritórios.
Se o crime já possui estrutura corporativa, já faz gestão de risco, tem política de due diligence, está atento ao compliance (garantido por tribunais do crime) e atua no mercado financeiro, o que falta para ele lançar um IPO e abrir seu capital? Em quanto tempo, estarão camuflados com coletinhos puffer, disfarçados entre trabalhadores sérios do mercado, andando pelo Itaim Bibi?
O PCC, que hoje é uma máfia transnacional e não quer apenas dominar os mercados ilícitos. E, se nada for feito, em breve, poderemos ter que ler nos jornais não sobre operações policiais, mas sobre a cotação do crime organizado na bolsa (íntegra no UOL)
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