domingo, 19 de janeiro de 2020

Nazifascismo em alta no Brasil. Quem poderia imaginar? O que fazer? Fazer o que?



Socorro Lira
17 de janeiro Publicado originalmente no facebook


A QUEM INTERESSAR POSSA...

Temos a solidariedade e a esperança do nosso lado
Esperança do verbo esperançar, não esperar
Vamos nos apoiar mutuamente! Humildemente, reconheçamos que precisamos dos povos indígenas, a quem devemos apoiá-los nas aldeias e comunidades
Nunca o MST foi tão necessário. Façamos o esforço de irmos às feiras e armazéns da agricultura familiar orgânica comprar nossa comida, e menos aos super mercados
Vamos fortalecer as iniciativas de artistas, coletivos e espaços de arte e cultura onde os melhores valores que queremos são cultivados
Vamos criar feiras de livros, incentivar a boa leitura e o pensamento crítico
Vamos fazer rodas de conversa, de história, de poesia e audição de música
Vamos descer do pedestal e fazer show nos lugares que nos abrem as portas; o ego fica pra depois de nos salvarmos física, emocional e espiritualmente
Vamos gastar nosso dinheiro em lugares dignos
Vamos ajudar quem precisar a se levantar pra fortalecer a luta
Vamos fazer as melhores escolhas e quando estivermos em risco, recuemos um passo, pois a hora é de perigo
Como disse o Veríssimo, temos a razão mas eles têm as armas...
Entretanto, se eles têm a pior morte, nós temos a vida!
Viver na matrix e não ser da matrix. Ou como disse certo revolucionário, estar no mundo e não ser do mundo
Vamos fazer nossos poemas, nossas canções, vamos falar a nossa língua para confundi-los e despitá-los. Nossa linguagem é o amor e disso essa gente é seca
Nossa riqueza é a criatividade e não a esperteza
Não faz muito tempo usávamos o método "ver, julgar e agir" sugerido por Paulo Freire, e funcionou. Quem sabe é hora de usarmos de novo.

Editado: não creio em luta armada, guerra é do patriarcado. Creio na revolução da consciência.
A política e as eleições são a saída, penso.  


Paulo Victor Melo
17 de janeiro Publicado originalmente no facebook

Zezito de Oliveira 
Perfeito! Paulo Victor Melo.  Uma dica para começar a preparação é fazer uma viagem as memórias dos anos de 1960. CPC da UNE, MCP Recife e etc...Mas os sindicatos e os mandatos populares de esquerda precisam dar a sua contribuição.

Qual resposta?

Assisti, agora pela manhã, o pronunciamento oficial do Secretário Especial da Cultura do atual governo do Brasil, feito ontem.
Para além da crítica à escancarada reivindicação da concepção nazista sobre arte (presente na fala de Roberto Alvim, na trilha sonora do vídeo e na ideia geral exposta), é preciso afirmar: a melhor resposta a esse terror pode vir justamente dos/as trabalhadores/as da cultura e das artes.
Não é uma ótima oportunidade para artistas comprometidos/as com a democracia e as liberdades criarem um movimento que percorra o país levando as diferentes manifestações culturais e denunciando, com a potencialidade de diálogo que têm as linguagens artísticas, o que estamos vivendo?
No vídeo, Alvim apresenta um prêmio para várias categorias (ópera, teatro, pintura, escultura, literatura, música, quadrinhos).
Imaginemos, então, como resposta, a força de uma movimentação nacional coletiva de artistas de cada uma dessas diferentes áreas e de todas as regiões do país. Ou vamos dialogar com o povo, onde o povo está, ou continuaremos a perder muitas batalhas...  


Raimundo Venâncio
19 de Janeiro de 2020 - Publicado originalmente no facebook
“ARTISTA SERGIPANO É DESPOLITIZADO!” QUER DIZER, SALVO EXCEÇÕES...
Podemos buscar em todos os fundamentos filosóficos as várias explicações para o sentido da Arte, e, lá, a gente vai encontrar em todos eles a força transgressora e transformadora que ela tem. Portanto, deixa eu explicar, mais uma vez, para os que ainda insistem em seguir falando abobrinhas sobre a Arte, em menor ou maior grau, como é o caso deste estúpido que tornaram “presidente” do Brasil: NÃO EXISTE ARTE DE DIREITA E ARTE DE ESQUERDA. ARTE, POR SER ARTE SÓ O É DE ESQUERDA!!! Por que, de novo? Porque está na sua origem, na sua raiz; a sua essência é toda revolucionária, é toda inquietante, subversiva, rebelde, transgressora, livre!!! E a Aristocracia, a Burguesia, que por todo o sempre, amém!, sempre ocuparam o espaço do lado oposto, ou seja, o da DIREITA, por sua essência e característica natural nunca precisaram ser revolucionárias, transgressoras, livres, subversivas, inquietantes, rebeldes, afinal, sempre detiveram o PODER do ESTADO, o VIL METAL nas mãos!!! Dá pra entender? Portanto, o ARTISTA - obviamente me refiro ao que verdadeiramente tem plena consciência de sua existência ao longo da História, e não aos politicamente alienados e oportunistas - deve, como tal, ter o direito de fazer a sua arte do jeito que ele bem quiser! Deverá ter a liberdade de dizer o que quiser, de quem quiser, inclusive dele mesmo. Qualquer outra coisa que não seja assim, não é ARTE! Por isso, a Arte, evidentemente, não deve comungar com ideias autoritárias, como estas atualmente vigentes e emergentes que os famigerados do Fascismo, travestidos religiosamente de homens bons e inigualáveis, querem nos impor! A Arte nunca está do lado do opressor; a Arte está sempre a favor dos ventos da liberdade, da via das minorias, dos fracos, dos oprimidos, dos miseráveis, dos sem alma e até dos sem cultura, mas NUNCA do lado de quem oprime! E, principalmente, dos que estão à deriva e a margem das sociedades, em todo o planeta. Qualquer outra coisa que não seja assim, não é ARTE! E é por isso, e tão somente por isso, que a Arte e o Artista incomodam tanto, são tão perseguidos - sempre o foram, e sempre o serão. Todas as vezes em que os regimes totalitaristas e repressores à liberdade emergirem das profundezas de suas ignorâncias sempre colocarão a Arte e os Artistas como primeiros adversários a serem eliminados. Foi sempre assim, ao longo da História, e assim sempre será. O que estamos vivenciando, hoje, com esse Governo escroto que está instalado no Brasil, onde a guerra aos artistas, à Arte e à cultura é explícita e abjeta, aconteceu em outros lugares do planeta. A Arte foi perseguida e artistas foram mortos. Os exemplos mais emblemáticos são os do músico Víctor Jara, no Chile, e do poeta e dramaturgo García Lorca, na Espanha, brutalmente assassinados pelos regimes totalitários, à época, além de outros milhares de artistas anônimos. E o que os artistas do Brasil estão fazendo? Tirando a meia-dúzia de gatos pingados, os mesmos de sempre, que se manifestam da forma que podem e sabem, estão fazendo NADA! De resto, não se ouve absolutamente nada desses artistas, parecem estar surdos, porque mudos já estão. Por que será? Isso é um fenômeno no Brasil, e em Sergipe não é diferente. É impressionante a mudez dos artistas sergipanos em relação ao que está acontecendo com a Arte e a cultura brasileira! Não têm posicionamento, não têm indignação, não têm porra nenhuma mais! Estamos vendo e ouvindo colegas de trabalho sendo agredidos e desrespeitados cotidianamente, nossa Arte sendo tratada como lixo, museus sendo fechados, o cinema sendo vilipendiado a todo momento, profissionais da cultura sendo demitidos em massa, como um verdadeiro desmonte da Arte Brasileira, e eu não vejo quase nenhum artista sergipano falar nada! Não sai de seu confortável lugar de inércia, de neutralidade, de cima do muro. Não vai nem pra direita, nem pra esquerda, nem pro centro, pra lugar nenhum! A não ser a meia-dúzia de gatos pingados, aqueles artistas de sempre, como já mencionei. O sumiço dessa galera diante de quadro tão assustador faz surgir vários grupos de artistas, aqueles desprezíveis: os traidores da Arte e de sua essência; os pseudo-artistas, que votaram nesse esterco sem utilidade e de validade vencida, e que agora não aparecem, porque estão envergonhados e com os seus rabos entre as pernas; os artistas de ocasião, aqueles que dançam conforme a música, e se movimentam conforme as ondas das marés; os oportunistas; os intrujões da Arte, que não aparecem, porque estão à espreita do melhor momento, a fim de se adaptarem à nova vigência; os alienados por convicção e escolha, que apesar das inúmeras oportunidades que tiveram, das experiências que vivenciaram, dos alertas historicamente contextualizados que ouviram, ainda assim, se fizeram de ouvidos moucos; os egocêntricos; os que se amarram aos seus projetos pessoais, e que têm a Arte apenas como utilitarista, experimentalista; os dependentes do Estado, dos editais, e das políticas de Governo, enfim. Esses não falam nada, porque acham que irão sobreviver à bancarrota, apenas pela sua vontade egocêntrica, não percebem que têm de sair de seu covarde casulo e correr pra guerra; os que fazem Arte, mas não são Artistas, e os que não estão nem aí, porque de fato não carregam a Arte na alma. Os que acham tudo normal, que tudo é igual, e com isso justificam a sua completa ausência nos processos democráticos, é porque NÃO SÃO ARTISTAS! Eu só quero ver qual vai ser a hora em que os ditos ARTISTAS SERGIPANOS, aqueles que não falam nada, não se manifestam nunca, vão se posicionar sobre o que está acontecendo com a Arte e a cultura neste Brasil que flerta com o FASCISMO! Pois eu digo que nenhuma Arte e nenhum Artista, no Brasil atual, sobreviverá ao desastre constituído. A não ser aqueles “artistas” que têm seus empregos garantidos, e, portanto, não vivem exclusivamente do fazer artístico, da Arte que diz produzir. Os demais inertes, que vivem de Arte, e se orgulham por se considerarem “apolíticos”, como se da “Política” não dependessem, não sobreviverão! Estes eu não sei ainda como denominar.

Zezito de Oliveira
  Raimundo Venâncio -  Há tempos, percebo essa questão da despolitização como parte do processo de formação que começa lá atrás, quando os futuros, agora atuais, começaram. Nesse caso há que ver como foi e está sendo o processo formativo na UFS, na Valdice Teles, no Imbuaça. Em que pese, isso acontece com os outros cursos também. Quem for estudar, vai encontrar lá atrás, quando Paulo Freire, Augusto Boal, Brecht, Gramsci deixaram de ser considerados. Dando espaço a teóricos fracamente politizadores. Isso também em nome da sobrevivência, porque artista politizado fica muito "chato". Com isso ameaçando o lugar dos mestres eternos e dos gestores incompetentes ou desqualificados..


É tempo de se aquilombar

Joselicio Junior: “O aquilombamento é uma necessidade histórica, é um chamado, uma reconexão com nossa ancestralidade para atuar no presente, é construir esperança, é construir força, é construir sonho, é construir um futuro melhor!”

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