O ensino integral é a proposta ideal para educar com qualidade os milhões de crianças, adolescentes e jovens que estão matriculados na educação básica.
E de quebra, ainda colabora para afastá-los potencialmente do consumo excessivo de drogas licitas e ilicitas, além do envolvimento com o tráfico de drogas, do consumo em excesso do lixo produzido pela indústria cultural, da possibildade de perceber e criticar os lideres religiosos que propagam a alienação, além de anti-intelectuais e mercenários, colabora para hábitos de alimentação saudável, de melhor cuidado com o corpo, na formação profissionalizante e etc.
E não de hoje, muitos brasileiros afirmam e constróem possibilidades de educação integral.
Aristides Barsanulfo com sua ilustre, mas desconhecida experiência exemplar da escola de ensino integral no inicio do século xx. Anisio Teixeira com suas Escolas Parque, Paulo Freire com o sistema Paulo Freire de educação, que não limita-se a alfabetização de adultos como muitos pensaram e ainda pensam. O sistema ginásio vocacional, iniciativa de ensino integral localizada na rede pública de São Paulo na década de 1960/1970, perseguida e extinta pelos militares. Darcy Ribeiro e Leonel Brizola com seus CIEPS ou Brizolões, Marta Suplicy com os CEUS. E, mesmo com as limitações, o Mais Educação, o Mais Cultura e o Ensino Médio Inovador dos governos Lula e Dilma
E eis que no governo golpista e autoritário do Temer surge uma proposta de Ensino Médio Integral, prometendo mundos e fundos em matéria de recursos e junto com açodados secretários de educação, que sem dispor de condições e garantias adequadas, acabam metendo os pés pelas mãos.
E quem mais sofre com isso? Alunos, familiares e professores.
É bem verdade que nem tudo são espinhos, dificuldades ou sofrimentos.
Mas, se quem não pode com o as formigas, não deve assanhar o formigueiro, porque não ter começado com poucas escolas, mas com condicões adequadas e garantias de recursos suficientes?
É por causa de interesse eleitoreiro, de promoção, marketing?
Vamos a entrevista...
Como é a rotina pedagógica na escola onde estudamos...
E de quebra, ainda colabora para afastá-los potencialmente do consumo excessivo de drogas licitas e ilicitas, além do envolvimento com o tráfico de drogas, do consumo em excesso do lixo produzido pela indústria cultural, da possibildade de perceber e criticar os lideres religiosos que propagam a alienação, além de anti-intelectuais e mercenários, colabora para hábitos de alimentação saudável, de melhor cuidado com o corpo, na formação profissionalizante e etc.
Em resumo, além do impacto na qualidade do ensino, o integral tem impactos positivos na questão da saúde, da cultura, da democracia, do emprego e da segurança pública.
Aristides Barsanulfo com sua ilustre, mas desconhecida experiência exemplar da escola de ensino integral no inicio do século xx. Anisio Teixeira com suas Escolas Parque, Paulo Freire com o sistema Paulo Freire de educação, que não limita-se a alfabetização de adultos como muitos pensaram e ainda pensam. O sistema ginásio vocacional, iniciativa de ensino integral localizada na rede pública de São Paulo na década de 1960/1970, perseguida e extinta pelos militares. Darcy Ribeiro e Leonel Brizola com seus CIEPS ou Brizolões, Marta Suplicy com os CEUS. E, mesmo com as limitações, o Mais Educação, o Mais Cultura e o Ensino Médio Inovador dos governos Lula e Dilma
E eis que no governo golpista e autoritário do Temer surge uma proposta de Ensino Médio Integral, prometendo mundos e fundos em matéria de recursos e junto com açodados secretários de educação, que sem dispor de condições e garantias adequadas, acabam metendo os pés pelas mãos.
E quem mais sofre com isso? Alunos, familiares e professores.
É bem verdade que nem tudo são espinhos, dificuldades ou sofrimentos.
Mas, se quem não pode com o as formigas, não deve assanhar o formigueiro, porque não ter começado com poucas escolas, mas com condicões adequadas e garantias de recursos suficientes?
É por causa de interesse eleitoreiro, de promoção, marketing?
Vamos a entrevista...
Como é a rotina pedagógica na escola onde estudamos...
Tem uma coisa na escola que é chamado socioemocional. Faz parte do sistema de ensino integral. Isso
pesa muito, abala muito os alunos. Porque tudo é uma questão de avaliação, não
é só na aula de um professor. São nas 10 matérias que você tem. Qualquer coisa
que você fizer isso irá lhe prejudicar
em todas as matérias, quando for avaliado pela socioemocional.
Porque são quatro avaliações que gerará uma média: A socioemocional,
a BNCC, o Simulado e a PVA, que é a
avaliação que a gente faz toda segunda feira.
Socioemocional é presença em sala de aula, participação,
comportamento e tudo o mais. Só que vários professores utilizam a
socioemocional para ameaçar os alunos. Tem
professor bom que cobra do aluno de forma diferente a socioemocional,
por atividades, pelo comportamento em sala de aula, mas outros professores exigem
não atrasarmos em nenhum momento , porque senão perde nota, mesmo com justificativa. Se faltar, mesmo com justificativa perde nota.
Tem professor lá que não se adaptou diretamente com o programa do ensino integral e não mudou a
didática ainda, quer tudo certinho demais
Sobre a mudança do ensino tipo regular para o ensino integral, no primeiro ano pesou demais, porque era muito
cansativo e até mesmo para os professores houve problemas de adaptação.
Para o aluno tinha muita atividade acumulada, aí o aluno passa o dia todo na escola e a noite ainda tem que fazer dever de casa, e o sono onde é que fica?
Para o aluno tinha muita atividade acumulada, aí o aluno passa o dia todo na escola e a noite ainda tem que fazer dever de casa, e o sono onde é que fica?
Tem alunos que saíram de lá para outra escola e que saíram
chorando. um colega gritou na sala. Eu não aguento mais! Isso está me prejudicando! Disse uma colega, chorando mesmo.
A questão de você se adaptar é bem complicado, porque muita
gente entra lá com um propósito, mas aí a realidade de muitos envolvem questões
de dificuldades financeiras, e então fica bem complicado, porque quem não tem
condições pra se manter, não aguenta.
E para complicar, a direção da escola proibiu as vendas dos
alunos na escola, porque vendíamos muita coisa, isso pesou para muita gente,
inclusive para mim.
Mas voltou atrás, agora vendo trufas na escola.
O olhar positivo de um
dos alunos presentes na “roda de conversa” ....
O integral se torna puxado porque para mim existe uma
diferença entre aluno e estudante. Aluno é a pessoa que só quer concluir o
ensino, não quer saber se vai tirar nota boa ou não, só quer a média. E o
integral vem com a missão de formar
estudantes, alunos comprometidos, que irão sair com um projeto de vida, que é uma matéria
que você estuda durante os três anos do integral, em que você planeja o que
quer quando sair da escola. O integral
puxa muito dos alunos para se tornarem
estudantes capacitados em cumprir suas
tarefas e compromissos. Essa questão de puxar
muito é para nos preparar para a universidade, para o mercado de
trabalho, para tudo, porque se você
trabalhar e chegar atrasado, ninguém vai alisar sua cabeça não.
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Outra aluna
Eu não posso falar que sou aquela aluna de Deus, quietinha. E isso me prejudica por causa da socioemocional. Ai tem professores que
não gostam da minha cara, baixam a nota.
Como agora. Por ter ficado doente um pouco, deixei de ir para a escola. Levei atestado de um mês da psicóloga. Um certo professor não quis aceitar atestado e baixou minha nota todinha. Eu fiquei com 0.5 ponto de 10. Ai ele me prejudicou total nisso. Disse que é porque eu merecia. E se fosse reclamar eu ficaria com zero.
Como agora. Por ter ficado doente um pouco, deixei de ir para a escola. Levei atestado de um mês da psicóloga. Um certo professor não quis aceitar atestado e baixou minha nota todinha. Eu fiquei com 0.5 ponto de 10. Ai ele me prejudicou total nisso. Disse que é porque eu merecia. E se fosse reclamar eu ficaria com zero.
A maioria dos colegas
pensam como nós. A socioemocional é bem
discutida na escola. Tem professores que realmente pisa. Você vai fazer tudo
do jeito que eu quero mesmo! Se
não responder agora perde dois pontos! É muita pressão na cabeça. Não se pode dormir na sala. Se abaixar a cabeça, é menos 1 ,menos 2
Tem professores que
agora estão mudando. Eles propõe projetos, principalmente através das matérias
chamadas eletivas, que não tem no regime
regular, é mais pra pessoa identificar onde se
quer trabalhar no futuro. Tem eletiva de gastronomia, do Enem, de
Agricultura....
Esse é um ponto positivo, porque tem professores que
aproveitam isso para avaliar a socioemocional. Dos dez professores cinco lidam bem com a
socioemocional.
Há espaços na escola
para os estudantes falar com a liberdade como se está falando aqui?
Existe uma reunião
quatro vezes por ano, quando vai pessoas da coordenação do ensino médio integral para a escola. Quando vão pessoas lá na
escola saber como vai o ensino integral. Isso por conta da implantação do
integral estar em fase experimental. Isso
implica na nota que o estado de Sergipe recebe.
Isso gera total reviravolta na escola. Na semana da visita, os alunos são obrigados
a irem de farda, tudo certinho. Se for sem farda manda voltar. O diretor fez
uma reunião com todos os lideres e vice lideres da escola. O diretor manipula
a cabeça deles para falar bem da escola.
Na última reunião, a
gente bem que sabotou a presidência dos clubes de alunos para falar a verdade, porque a
gente não aguentava mais aquilo acontecendo e aí a gente entrou na sala.
Na hora que o diretor viu a gente entrando na
sala, percebendo que gente ia contar a
verdade, ele implorou para a gente não
entrar, para a gente não falar, começou a suar na nossa frente, ficou nervoso, disse que tem pressão alta. Que se a gente
fosse falar alguma coisa, era melhor a gente dizer pra ele, que ele pediria demissão na mesma hora, e isso era muito ruim para ele, porque tinha muita
gente que dependia dele fora da escola. Ele está no quarto casamento, e tem filhos com todas as ex e com a atual mulher.
Ai a gente entrou, falou toda a verdade e aí a nota da escola caiu totalmente. Foi lá pra baixo. E a coordenação do ensino integral ficou sabendo de tudo que estava acontecendo, dos almoços errado, quando a gente ficava sem almoço. E aí foi uma reviravolta na escola. O diretor voltou a pressionar a gente. Até chegamos a sair da escola, mas voltamos.
Somos uma espécie de "mosca" na sopa do diretor e da secretaria da educação. Mas a sopa já é estragada.....
Sobre o contexto de produção da reportagem acima
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Ai a gente entrou, falou toda a verdade e aí a nota da escola caiu totalmente. Foi lá pra baixo. E a coordenação do ensino integral ficou sabendo de tudo que estava acontecendo, dos almoços errado, quando a gente ficava sem almoço. E aí foi uma reviravolta na escola. O diretor voltou a pressionar a gente. Até chegamos a sair da escola, mas voltamos.
Somos uma espécie de "mosca" na sopa do diretor e da secretaria da educação. Mas a sopa já é estragada.....
Sobre o contexto de produção da reportagem acima
Um dos grandes momentos da luta dos professores da rede estadual de Sergipe, aconteceu bem próximo ao final do ano que passou. Foi realizado para barrar a tentativa do governo Belivaldo Chagas em retirar direitos históricos conquistados pela categoria
A partir da greve e ocupação da Assembleia Legislativa, entre 26 de novembro e 04 de dezembro, professores e professoras conseguiram manter o direto ao triênio; o direito às incorporações das gratificações para aposentadoria e o direito a redução de ¼ da carga horária aos 20 anos de trabalho.
Durante esse momento de greve, vigília e ocupação, a participação dos estudantes foi bastante importante e necessária. Participaram estudantes de escolas da capital e do interior.
E durante a ocupação no domingo, dentro do plenário da assembleia legislativa de Sergipe conversamos com três adolescentes, estudantes de uma escola localizada no interior do estado. Além dos três, estivemos juntos, o professor que escreve estas linhas, Zezito de Oliveira, e o colega e professor Irineu Oliveira.
Conversamos sobre diversas questões relativas a escola e a participação de estudantes naquele momento de luta e de resistência contra os retrocessos. Brenda, Daniela, Murilo são os nomes fictícios que daremos a eles, por conta de revelações que disseram, podendo ensejar mais perseguição e discriminação.
As vozes estão misturadas e as falas divididas em blocos temáticos.
LEIA A PRIMEIRA PARTE DA ENTREVISTA
sábado, 11 de janeiro de 2020
Dezembro em Sergipe foi o mês da vitoriosa greve dos professores com o apoio de estudantes.
“Governador, faça umas escolinhas…”
Roberto Marinho tentou fazer Brizola abortar o projeto desde o início
Escola em tempo integral sem estrutura pode ampliar desigualdade
Governo
de João Doria quer implantar escolas integrais na rede pública de
ensino médio regular. Professores e estudantes criticam falta de diálogo
e temem que instituições em áreas mais vulneráveis sejam prejudicadas
Por que as escolas estaduais de SP resistem à educação integral?
SUGESTÃO PARA OS SINDICATOS DOS PROFESSORES DE SERGIPE E DE OUTROS ESTADOS QUE ENFRENTAM O MESMO DESAFIO.
1 - Organizar oficina de produção de audiovisual com celular, envolvendo professores e alunos, com um minimo de 40 horas e no final ter como produto videos sobre a realidade das escolas de ensino médio onde trabalham e estudam. Os videos entre 3 e 5 minutos seriam disponibilizados em um canal no youtube e divulgados via redes sociais e exibidos em rodas de conversas nas escolas e em espaços que reúna jovens.
2 - Estudantes de graduação e pós graduação, poderiam realizar pesquisas visando a produçaõ de artigos, TCCs, dissertações e teses, o tema seria referente "a dor e a delicia de ser professor e aluno do ensino médio integral" . Inclusive este mesmo mote, pode servir como tema do resultado das oficinas de vídeo.
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