sábado, 13 de junho de 2020

8ª live da Ação Cultural em 18 de junho, quinta-feira, às 20 horas, com o tema: “Educação holística para bem viver agora e no pós pandemia.”




Quem participará da oitava live e por onde  
será transmitida?  



Maria Tereza Azevedo Barreto, sergipana,   participa de ações coletivas desde a idade de 13 anos,  quando o pai,  médico,  criou o  primeiro  evento de voluntariado da saúde aqui em Sergipe. O qual  aconteceu no parque florestal do Ibura, localizado na área rural do que chamamos hoje de região metropolitana de Aracaju

É médica e saiu da medicina tradicional perto dos 40 anos e após 7 anos de magistério na UFS,  seria titular de clínica médica hematologia, mas desistiu 2 meses antes, mesmo não havendo  concorrentes. Com essa desistência  apostou  em um  caminho novo.

Há 25 anos,  escolheu  educação para saúde e criou  um modelo de educação em autocura. Acredita na educação libertária evolutiva, afinar o instrumento de dentro para fora e de fora para dentro,  a partir do conceito de zona de energia correta, plenitude, ética e por que não dizer amor Crístico.

Participa de projetos com Luiza Souza há um bom tempo, ex-professora da UFS e assistente social,  com um grupo de mulheres que estão juntas  há 20 anos.

Há cinco anos acompanha  as  comunidades do Timbó e Cardoso, município de  São Cristóvão, parte da região metropolitana de Aracaju.  Tem aulas com as lideranças composta por 13 mulheres. Estas aulas eram ministradas  todas as terças-feiras antes da pandemia do coronavirus.

Já fez  atividades com professores da  pré-escola  de um importante   colégio particular de Aracaju, com base na proposta da educação libertária evolutiva.

Estudou medicinas rústicas, constelações familiares e está escrevendo um livro sobre o que chama de educação para autocura.

Considera importante  entender a maldade como doença espiritual,  conforme o Dr Scott Peck  propõe no seu livro "O povo da mentira".


A live será realizada/transmitida  através da página da Açao Cultural no facebook.

https://www.facebook.com/acaocultur/





MÁRCIA CRISTINE PEREIRA DE OLIVEIRA,  Enfermeira e psicopedagoga de formação. Terapeuta Holística por amor. Natural do Maranhão, reside atualmente em Fortaleza, onde está radicada há muitos anos.

Atuou  como enfermeira por 20 anos junto a crianças e adolescentes em situação de moradia de rua e exploração sexual. 

Ao entrar em contato com as Práticas Integrativas e Complementares (como hoje são intituladas pelo SUS), apresentada pelo Pe. Rino, com a Terapia Comunitária percebeu o quanto a população teria ganhos em seu desenvolvimento biopsicossocioespiritual com essas ações.

Convencida que esse era o caminho foi ampliando a  atuação na área holística. Hoje tem  como formação: Terapia Comunitária, Mestra em Reiki, Constelação Familiar, Barra de Access, Terapia Xamãnica, Terapia em Florais da Amazônia e Terapia em Biomagnetísmo.

Trabalhando sempre com as populações em situação de risco, pode colaborar na reorganização de vida de muitas pessoas que se encontravam sem esperança de ter vida plena. Pessoas esfaceladas onde a depressão, angustia, ansiedade, medo, e muitas dores de alma os consumiam. 


Envolvida com essa realidade, com a atuação entre pares percebeu-se a necessidade não só de atender crianças, adolescentes e seus familiares vítimas das mais diversas violências, mas de cuidar também de quem cuida dessas pessoas, pois a dor vivenciada no dia a dia por esses/essas trabalhadores/as acaba adoecendo se não temos válvulas de escape. 

Surge então há dois anos e meio atrás o Grupo Cuidar de quem Cuida, para mulheres militantes e atuantes em  áreas de vulnerabilidade e risco. Espaço de troca de cuidados e saberes entre mulheres, com apoio logístico da Organização Associação Barraca da Amizade.


E porque uma live sobre Educação Holistica?

A pandemia do coronavirus chegou parando tudo ou quase tudo. Os que insistem em querer manter o mesmo ritmo de vida ou de atividades pagam um preço alto, colocando suas vidas em risco  e, a dos outros principalmente. Em especial os donos e/ou executivos de grandes empresas, que dispõem de todo o aparato necessário para  proteção e tratamento.

E  a pandemia não chega como  um evento isolado. Em escala menor, a situação agora pela qual está  passando a população da maioria dos países, já tinha sido antes vivenciada por populações da  Àfrica e da Àsia que enfrentaram situações de epidemias, como  foi o caso do ébola, sars, gripe suína e etc..  

Por outro lado, uma série de crimes  ambientais já prenunciavam que medidas urgentíssimas precisavam ser tomadas, sob o risco de um colapso total do sistema planeta terra. Dentre muitos exemplos destacamos: O crime do rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho,  o  desmatamento desenfreado no cerrado e na amazônia brasileira,  a poluição nos rios, mares e oceanos, com cenas insuportáveis e etc. 

Mas havia falta de tempo, de vontade, de visão. Mas eis que chega a pandemia e obriga  pararmos para nos proteger e também pensar, refletir  sobre àquilo que o ritmo de vida alucinante do capitalismo não nos permitia perceber com maior cuidado e profundidade.

Mesmo que já tivesse sido narrado, mostrado ou denunciado  por homens e mulheres sábias de diferentes épocas, idades, regiões e culturas. Um dos exemplos mais conhecidos é a carta do chefe Seatlle. “Tudo o  que acontecer a terra, acontecerá aos filhos da terra”.

E assim se sucede, por meio da arte muitos artistas, como Renato Russo escreveu/cantou : Nos deram espelhos e vimos um mundo doente.”

Mas "quando tudo está perdido, sempre existe uma luz", como escreveu/cantou Renato Russo em outra canção, e há que fazermos  essas  luzes  ou essas luzes brilharem  com mais intensidade,  para oferecer outras oportunidades de  escolhas, outras alternativas, outros caminhos. Para quem consegue perceber a insustentabilidade e a inviabilidade desse sistema econômico financeiro, tornado religião como bem analisou o filósofo Walter Benjamim.

E se entendemos o capitalismo como religião, então é preciso atuar para a libertação da nossa alma, da nossa psique, da nossa subjetividade  tomada pelos ideais capitalistas de acumulação de riqueza material e da exploração do homem e da natureza.

E é aqui que entra a proposta de uma visão holística, holismo aqui significando abordagem, no campo das ciências humanas e naturais, que prioriza o entendimento integral dos fenômenos, em oposição ao procedimento analítico em que seus componentes são tomados isoladamente.”

E como este momento de pandemia, significa momento de repensar, redescobrir, reinventar,  de recordar, traremos nesse 8ª live a reunião de alguns conhecimentos ancestrais associados a alguns conhecimentos da contemporaneidade, voltados para a compreensão de que  dentro de cada um de nós,  temos a doença, assim como temos a cura. Se  temos a ganância, podemos ter a generosidade. Assim como temos maldade, podemos encontrar a bondade. Se temos motivos para ter tristeza, podemos descobrir formas de ter  alegria.

Como na canção de São Francisco ajudemos uns aos outros  a descobrir o que temos de mais saudável,  mais luminoso e mais justo  dentro de cada um de nós, na memória ancestral e em nossa capacidade de criação ou invenção.

Bem de acordo, com o que afirmou Leonardo Boff. Em entrevista à ADITAL, o teólogo, filósofo e escritor fala sobre a necessidade de começarmos as mudanças que irão beneficiar a Terra por nós. Cada um em seu lugar, cada comunidade,cada entidade, enfim, todos devem começar a fazer alguma coisa para dar um outro rumo à nossa presença neste planeta”. Para Boff, não devemos depositar nossas esperanças nas decisões que vêm de cima."

E tudo isso  feito  com muito amor...
É POR AMOR
É por amor!
Sim, é por amor à vida que cantamos
e tantas vezes choramos também.
É por amor à vida que estamos lutando
e vamos andando lentamente para buscar a luz
e a liberdade das manhãs de sol!
É por amor!
Sim, é por amor à vida, evidentemente,
que encaramos de frente essa imensa dor
que se nos impõe nesse reinado amargo do ódio presente!
É por amor à vida
que estamos nas ruas, nas praças, nas estradas
e gritamos palavras de ordem de uma nova ordem!
Sim, é por amor
É por amor à vida que marchamos nas madrugadas
De lua nova levando nos braços a fúria das tempestades
Prontos a resgatar a terra que nos tomaram.
Vamos replantar as flores e as sementes
Que há séculos estão em cio!
É por amor!
Sim, é por amor à vida que profundamente doloridos
recolhemos em nossos braços
os que foram brutalmente feridos
e quando já não podemos devolver-lhes a respiração
nós comungamos de seu sangue e os fazemos ressuscitar
em milhares de vidas e sorrisos!
É por amor!
Sim, é por amor à vida que escrevemos nas pedras
os poemas da esperança rebelde
que pichamos nos muros e nas portas
as frases corajosas de um futuro novo
que dançamos nas festas de sábado
no batuque do carnaval de um povo livre!
É por amor que nos abraçamos
Que nos beijamos na esquina e já não tememos
Andar de braços dados seguindo a bandeira da paz
E da ternura conseqüente!
É por amor!
Sim, é por amor à vida
Que desesperadamente amamos!




E se nossos pés forem

Forças que massageiam
Os músculos do planeta?
E se eles forem agulhas
Que despertam
Os pontos vitais da
Terra?

Com que gentileza
Temos feito
Essa massagem?
Com que habilidade
Posicionamos
Essas agulhas?

O que nosso jeito de
Viver
Trabalhar
Amar
Orar
Sorrir
Sofrer
Produzir
Consumir
Morrer
Nascer
Nos conta
Sobre a maciez
De nossos pés?
O que nos
Revela
Sobre o ritmo
De nossa
Dança?

Em que passo
Eu estaria
Se a música parasse
Agora?
Que passo
Eu daria
Se a minha reza
Fosse amar
A dança?
Poesia de  Gustavo Prudente, jornalista  e escritor.

Música tema da 8ª live

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