Com educação popular e animAÇÃO cultural esse Brasil tem jeito.
“Temos a arte porque a vida não basta”. E em tempos de pandemia , como essa frase da autoria do poeta Ferreira Gullar ganha força de sentido. Afinal, o que seria viver em isolamento social se não fosse as lives com as canções, os filmes, os livros, o acervo de museus virtuais, os espetáculos de dança e teatro gravados ou transmitidos ao vivo.
A 6ª live de quinta da Ação Cultural, 11 de junho, a partir das 20 horas, com base no eixo Juventudes, Educação Popular e Animação Cultural buscará responder a pergunta Como os meninos e
meninas do MAC e do PROAC (*) fazem alegria e constróem sonhos
de mãos dadas? Com a participação do padre, educador popular e animador cultural Reginaldo Veloso.
(*)Movimento de Adolescentes e Crianças e Programa de Animação Cultural.
A live será realizada através da página da Açao Cultural no facebook.
https://www.facebook.com/acaocultur/
https://www.facebook.com/acaocultur/
“Temos a arte porque a vida não basta”. E em tempos de pandemia , como essa frase da autoria do poeta Ferreira Gullar ganha força de sentido. Afinal, o que seria viver em isolamento social se não fosse as lives com as canções, os filmes, os livros, o acervo de museus virtuais, os espetáculos de dança e teatro gravados ou transmitidos ao vivo.
E como ajuda, além de podermos usufruir tudo isso
na situação atual, termos
tido acesso a prática de atividades criativas e experiências
estéticas, além do exercício do ativismo cidadão quando criança, adolescente ou
jovem.
Ajuda a
ter equlibrio emocional, a ter menos medo do futuro, a não se sentir mal quando
precisar ficar sozinho durante mais tempo, a ter consciência de classe e responsabilidade coletiva, a acreditar que vale a pena se
comprometer com uma causa e lutar, mesmo parecendo um sonho impossível, e ao fazer isso rejuvenescendo, reafirmando o que disse Dom Hélder, “O segredo da eterna juventude é
dedicar a vida a uma causa.”
E é
assim que encontramos o Padre Reginaldo Veloso,
cheio de alegria, vitalidade e com muita
sede de justiça e de liberdade ,
tal qual Dom Hélder , de quem pode ser considerado um
dileto amigo e discípulo fiel.
É
Reginaldo Veloso cheio de Deus, entusiasmado,
porque dedicou sua vida a dar e receber alegria, solidariedade,
compromisso, amizade e tudo isso mediado pelas
memórias rebeldes e criativas de nossa gente, pela educação popular e pela animação cultural.
Portanto,
Reginaldo Veloso com o trabalho
realizado no MAC e no PROAC é parte constituinte e fundamental da vida de
milhares de crianças, adolescentes e jovens que depois cresceram, mas que nos dias de hoje
estão em melhores condições de viver em meio a essa pandemia e que antes, agora
e depois também espalham alegria, vitalidade, e comprometimento com causas em favor da justiça e da paz. Como os galos no poema de João de Melo Neto.
E como
nunca, precisaremos de mais gente assim. E como nunca, precisaremos de muita Animação Cultural combinado
com Educação Popular, precisaremos de muita memória como resistência.
Pensando
bem, até vale uma pesquisa para comparar como estão atualmente as pessoas que
participaram do MAC, do PROAC e/ou de iniciativa semelhantes, com àquelas que não
participaram. Quem sabe, isso não ajuda a convencer quem tem mais poder
de influência e decisão, principalmente quanto a decisão prioritária do investimento
governamental e privado.
E enquanto isso não acontece, você que nos lê também pode responder. Em que medida o argumento acima, junto com as lives anteriores da Ação Cultural, ajuda modificar a sua visão de mundo acerca do tamanho da prioridade que a arte, a cultura, a memória e a eduação popular merecem ter na sua vida e na vida de quem está mais próximo de você?
Já teve gente que escreveu a respeito disso, após assistir as outras lives.
E enquanto isso não acontece, você que nos lê também pode responder. Em que medida o argumento acima, junto com as lives anteriores da Ação Cultural, ajuda modificar a sua visão de mundo acerca do tamanho da prioridade que a arte, a cultura, a memória e a eduação popular merecem ter na sua vida e na vida de quem está mais próximo de você?
Já teve gente que escreveu a respeito disso, após assistir as outras lives.
Leia também:
RESUMO: O presente trabalho foi desenvolvido junto à linha de pesquisa Educação, Trabalho e Movimentos Sociais, Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, com o objetivo de analisar a possibilidade de se fazer educação popular com crianças e adolescentes. Em uma perspectiva qualitativa, os dados foram coletados e analisados por meio das fontes documentais. O referencial teórico advém da conceituação de educação popular e de criança e adolescente. Educação Popular entendida como educação política e de classe (BRANDÃO, 1994, 2006a; JARA, 1994; WANDERLEY, 1994). Criança e adolescente compreendidos na dimensão de Benjamin (2002), ou seja, como sujeitos históricos, visto que, para pensar educação política e de classe com o público infanto-juvenil, sobretudo ligado aos movimentos sociais, faz-se necessário pensar a criança e o adolescente de forma diversa da compreensão da sociedade ocidental capitalista. Mesmo ao mostrar as dificuldades encontradas pelo MAC frente às instituições milenarmente hierarquizadas e adultocêntricas como a Igreja, a família e a escola, essa pesquisa permitiu afirmar que é possível realizar educação popular com crianças e adolescentes.
EDUCAÇÃO POPULAR - INTERLOCUÇÕES COM ANIMAÇÃO CULTURAL O Programa de Animação Cultural da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer do Recife.
RESUMO O presente estudo tem por objetivo analisar em que dimensão o Programa de Animação Cultural se configura numa proposta de Educação Popular na escola pública no âmbito da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer da Prefeitura do Recife. O interesse pela realização desse estudo decorreu da minha própria experiência como educadora e hoje Gerente do Programa de Animação Cultural. O processo metodológico dessa investigação ganhou forma nas rodas de diálogo inspiradas na rodas de conversa da proposta pedagógica de Célestin Freinet, bem como no processo dialógico de educação dos círculos de cultura, tendo o pensamento de Paulo Freire como referencial. Esse processo nos possibilitou a vivência prazerosa e desafiadora da escuta atenta, do respeito às diferenças e saberes constituídos tanto pela pesquisadora quanto dos sujeitos da pesquisa na esteira do Programa de Animação Cultural através da ação pedagógica dos animadores culturais e seus coordenadores. Os resultados apontam confirmando que o Programa, apesar das fragilidades e dos desafios históricos enfrentados no cotidiano das escolas e da própria Secretaria de Educação, constituise numa prática pedagógica de Educação Popular na escola pública. Mediante tal resultado, concluo que é possível, dentro dos limites, mas também das inúmeras possibilidades, desenvolver uma proposta pedagógica desse porte tendo os conceitos e princípios da Educação Popular como norteadores num trabalho coletivo, inspirado, dentre outras coisas, na luta pela formação histórica de um mundo cada vez menos injusto. Contudo, para avançar nesta construção ainda é preciso ousar, desconstruir e reconstruir valores pessoais e coletivos, enfrentar dificuldades de ordem política e conceptual, acreditar nos sonhos possíveis, agir, dialogar, ouvir, aprender sempre com a prática da coragem de tentar mudanças possíveis, com valorização da riqueza do saber gerado no universo da cultura popular. Palavras-chave: Animação Cultural. Arte-Educação. Juventude. Educação Popular.
DOM HELDER SOBRE O ARTISTA E PARA OS ARTISTAS:
Quem não dormiu no sleeping-bag nem sequer sonhou. (1)
“A diferença de quem teve formação com base em animação cultural ou ação cultural, combinado com educação popular na adolescência e na juventude, é a forma de ser e estar no mundo adulto, com marcadores em que se destacam alegria, solidariedade, criatividade, sede de conhecimento e compromisso com a paz e com a justica. O que significa dizer, precisamos dar mais atenção e investir mais nessa perspectiva.
Em geral, sao pessoas que não foram doutrinadas nem do ponto de vista religioso e nem do ponto de vista politico, ou que se libertaram cedo disso, logo, são pessoas abertas a reconhecer outras formas de expressões religiosas, diferente daquela em que nasceu. São pessoas que tem um gosto estético rico e diversificado, ao mesmo tempo, muitas vezes são mais refratárias às estruturas hierárquicas e verticais das organizações politicas. Assim também como são mais livres com relação a sexualidade, tanto a sua, como a dos outros.
Daí, a dificuldade em conseguirmos realizar mais ações culturais combinados com educação popular, porque as estruturas de poder que temos, não conseguem se sustentar com a existência de muita gente desse tipo. Mesmo assim, é possível buscar utilizar brechas e atalhos no campo da institucionalidade, a depender de algumas realidades mais ou menos favorável . E institucionalidade aqui , me refiro não só as estruturas de poder ligadas ao aparelho estatal, como também aos partidos, às igrejas, aos sindicatos, ao movimento estudantil e etc..
Por outro lado, se não devemos gastar tanta energia assim com as estruturas tradicionais ou formais de poder, é fundamental fortalecermo-nos enquanto pessoas e coletivos de cidadãos que sabe o quanto precisamos de ação cultural e educação popular permanente.
O que significa: Mais articulação, mais compartilhamento de saberes, quereres e fazeres e mais economia solidária.
Uma das conclusões possíves da 3ª live de quinta da Ação Cultural, realizada no dia 21 de maio de 2020.
Zezito de Oliveira em diálogo com Irene Smith
sleeping-bag = saco de dormir
Nesta "Reflexão da Classe Trabalhadora" Reginaldo Veloso nos convida mais uma vez a fazermos uma roda de conversa e nos leva a confrontar entre a vida individual e higiênica em busca do praser para suportar a quarentena e aqueles que respondem ao chamado dos excluídos e dos necessitados
Reginaldo Veloso é presbítero leigo das CEBs e membro do corpo de assistentes do Movimento de Trabalhadores Cristãos NE II e Consultor do Movimento de Adolescentes e Crianças.
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