Rubens Paiva foi silenciado pela ditadura, mas sua história nunca foi apagada.
Seu legado de resistência e luta pela democracia segue vivo, e agora você pode conhecer todos os detalhes sobre sua trajetória, sua prisão e o impacto que seu desaparecimento deixou no Brasil.
Evento ao vivo no ICL: “Crime sem Castigo”. Dia 25/fev às 20h (terça-feira). Eu já me inscrevi e você não pode perder! Para garantir sua vaga GRATUITAMENTE também, CLIQUE AQUI: https://icl.com.br/lp/w49/?act=1145825&acl=287
Para saber mais sobre o evento acima, clique AQUIA denúncia, feita a partir dos depoimentos e apuração da Comissão Nacional da Verdade, foi reproduzida na íntegra por Marcelo Rubens Paiva no livro “Ainda estou aqui”, no qual o filme é baseado.
Foram denunciados em 2014 o general de divisão José Antônio Nogueira Belham; o coronel Rubens Paim Sampaio; o também coronel Raymundo Ronaldo Campos; e os capitães e irmãos Jurandyr Ochsendorf e Souza e Jacy Ochsendorf e Souza. Quando a denúncia foi feita, todos os militares já estavam reformados.
Logo após, o juiz Caio Márcio Gutterres Taranto, da 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, aceitou a denúncia e abriu uma ação penal contra os cinco militares com base no entendimento de que crimes contra a humanidade, como homicídio qualificado por tortura, não prescrevem nem são passíveis de anistia. Começava ali o caso Rubens Paiva.
Ainda em 2014, os assassinos, torturadores e ocultadores de cadáver apareceram para reclamar no Supremo Tribunal Federal, levando embaixo do braço a sua carta “Saída Livre da Prisão” - a Lei de Anistia. A Reclamação 18.686 foi protocolada no dia 23 de setembro daquele ano e foi distribuída para o ministro Teori Zavascki.
Menos de uma semana depois, no dia 29 de setembro, em decisão liminar monocrática, Zavascki atendeu aos reclamantes e suspendeu a ação penal, considerando que os crimes imputados aos cinco militares eram, sim, abrangidos pela Lei de Anistia, cuja constitucionalidade tinha sido afirmada pelo Supremo quatro anos antes, em 2010, no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 153. De lá para cá, o caso praticamente não andou.
Come Ananás analisou de perto os autos do caso Rubens Paiva no Supremo e constatou que Teori Zavascki, após conceder a liminar, ignorou requisição da Procuradoria-Geral da República para pautar o julgamento em plenário e fez ouvidos moucos até a seguidos apelos da PGR para que fosse ouvida com urgência, antes na análise do mérito, uma idosa com câncer que testemunhou o sequestro do ex-deputado. Após a morte de Zavascki, o caso chegou a ficar quase um ano sem relator, até ser redistribuído para Alexandre de Moraes, que passou anos a fio sem despachar sobre ele.
Até que saiu um filme baseado em um livro.
Entre 2015 e 2017, o Supremo chegou a dar o caso Rubens Paiva como transitado em julgado, “por engano”, duas vezes, sem que acontecesse o julgamento que poderia - e ainda pode - resultar na revisão da Lei de Anistia.
Leia no Come Ananás a reportagem completa "STF arquivou caso Rubens Paiva indevidamente, 'por engano', duas vezes, sem análise da Lei de Anistia":
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