Grupo Teatral Iacema, uma das atrações culturais que animou ato da CUT
Fonte: Cut - Sergipe
Sindicalistas e movimentos sociais tomaram a Orla da Ataláia. Um ato plural e repleto de militantes e dirigentes dos 88 sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) fez valer o Dia Internacional dos Trabalhadores, 1º de Maio, celebrado por reivindicações e marchas de rabalhadores por todo o mundo e, em Sergipe, marcado pela manifestação conjunta de diferentes bases sindicais e grupos artísticos e culturais presentes na manhã desta quarta-feira, em frente aos arcos da Orla da Atalaia, em Aracaju.
Neste 1º de maio, centenas de militantes da CUT não descansaram, mas foram às ruas para lutar pela abertura de concurso público para fiscais do trabalho do Ministério do Trabalho e da Previdência Social; pela redução da jornada de trabalho para 40 horas sem redução salarial; pelo fim do Fator
previdenciário que reduz o salário do trabalhador ao se aposentar; por mais investimentos federais para a saúde, educação, reforma agrária e urbana; por educação e saúde publicas de qualidade social para a filha e o filho dos trabalhadores; por condições de Segurança no Trabalho; pelo fim do
Assédio Moral no Trabalho e do Imposto sindical.
A aprovação da PEC do Trabalho escravo, para que sejam confiscadas as propriedades onde existe trabalho escravo e destinadas à reforma agrária ou Internacional do Trabalho) determinando que demissões por empresas devem ser motivadas por justa causa, e assegurando garantias e direitos dos
trabalhadores dentro do ordenamento jurídico; assim como da convenção 151 da OIT que estabelece o princípio de negociação coletiva entre os trabalhadores públicos e os governos municipal, estadual e federal, fortalecendo as entidades na participação ativa para ampliação e o respeito por melhores condições de trabalho foram outras pautas defendidas pela CUT neste ano
O presidente da CUT/SE, Rubens Marques, o professor Dudu, enfatizou que o trabalhador e a trabalhadora não devem lutar de forma isolada e solitária pelas pautas de sua categoria.
“A Central Única dos Trabalhadores tem feito a diferença justamente por abraçar uma pauta ampla. Então questionamos ações do Poder Judiciário contra os movimentos sociais, propondo que os desembargadores, além de passarem nos concursos públicos, sejam referendados pela população, como ocorre em outros países da América Latina. A CUT cobra a instalação da Comissão da Verdade para apurar os crimes da Ditadura Militar, e um marco regulatório para a comunicação, pois precisamos acabar com o latifúndio comercial dos meios de comunicação, onde um grande bloco de comunicação é dono de várias empresas. Assim, só eles decidem quem tem voz neste país, e
o trabalhador precisa ter direito de se expressar nos veículos de comunicação”, apontou.
Durante o ato, a CUT recolheu assinaturas em apoio à Democratização dos Meios de Comunicação, uma pauta que vem sendo levantada pela CUT em âmbito nacional. “São famílias que dominam os meios de comunicação no Brasil. Em cada Estado o grupo dos donos de empresas tem um só sobrenome”, protestou Paulo Victor, do Coletivo Intervozes.
* Para além da pauta sindical música, teatro
e dança de rua animaram o ato da CUT de Sergipe na Orla“Precisamos estar juntos e mobilizados para lutar todo dia. Os jovens de Poço Verde estão sendo vítimas do abandono do Estado e falta de políticas públicas. Eles precisam de cultura e educação para construir uma vida nova. Então não
podemos estar reproduzindo discursos reacionários de quem pensa que a solução da criminalidade é matar o jovem”, observou.
Estiveram presentes do ato do Dia do Trabalhador dirigentes do Sindimed, Sintese, Sindijus, Sindiminas, Sindicato das Trabalhadoras Domésticas, Sinditic, Sinergia, Sindisan, Sindasse, Sindijor, Sintufs, Sindiprev, STASE, Grupo Atitude, Grupo de Oposição ao SINTRASE, Levante Popular da
Juventude, SINDIBAM, além dos Sindicatos dos Servidores de Indiaroba, de Umbaúba, de Propriá, de São Francisco, de Pedrinhas e de Nossa Senhora do Socorro, o MST e MOTU.
*Cultura e Política*
A apresentação dos grupos artísticos foi um dos pontos importante na construção do ato. Grupo Tambores da Esperança, da cidade de Estância, animou a mobilização com músicas de luta. O hip-hop do grupo *Stance of Street* impressionou pelo figurino e *performance* tratando da violência e questionando a divisão social estabelecida entre ‘bandidos e mocinhos’.
O Grupo Teatral IACEMA (Instituto de Artes Cênicas de Aracaju) tratou de situações do dia-a-dia vivenciadas pelas várias categorias presentes.
Durante a encenação, os artistas envolvidos no ‘saco da história’ são questionados com perguntas como: ‘por que é que os assistentes sociais e psicólogos não são tratados como profissionais da saúde?. Com apresentação musical, intercalando os esquetes teatrais, os atores levaram todos os
sindicalistas presentes a cantar juntos, entre outras, a música de Edson Gomes:
“Vamos amigo lute, vamos levante e grite, senão a gent grite, vamos levante agora. A luta não acabou e nem acabará. Só quando a liberdade raiar”.
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