Modelagem e Animação:
Ricardo Roehe (Phoinx), João Gabriel "JG" de Oliveira Cipriano (V5), Nara Oliveira (Gunga), Farid Abdelnour (Gunga)
Produção e Direção:
Farid Abdelnour (Gunga)
Direção de Arte:
Nara Oliveira (Gunga), João Gabriel "JG" de Oliveira Cipriano (V5)
Ilustração:
Nara Oliveira (Gunga)
Roteiro e Pesquisa:
Paique Duques, Edu Garcês Viana (Casa Cajuí), Diego "Diguilim" Mendonça, Chico Nogueira (Mambembrincantes)
Edição e Desenho de Som:
Edu Garcês Viana (Casa Cajuí)
Direção Musical:
Chico Nogueira (Mambembrincantes)
Narração:
Chico Nogueira (Mambembrincantes), Anahi Nogueira (Mambembrincantes), Fabíola Resende
Técnico de Som:
Bruno Sant'Ana
Músicas:
Passagem - Chico Nogueira e Leo Terra
Tropéis - Chico Nogueira e Carlos Augusto Cacá
Vira Mar - Chico Nogueira; Hino da Internacional Socialista (versão instrumental) - interpretada por Cia. Mambembrincantes
Hand Trolley - interpretada por Kevin MacLeod
Gunga: http://www.gunga.com.br
V5 Comunicação: http://www.v5comunica.com.br
Casa Cajuí: http://www.casacajui.blogspot.com
Cia. Mambembrincantes: http://www.mambembrincantes.blogspot.com
AQUI
Meu Maio
A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o maio que eu quero!
Sou terra –
O maio é minha era!
Vladimir Maiakovski
Deputados de ‘rabo preso’ com patrões impedem redução da jornada de trabalho
Fonte: Rede Brasil Atual
No último ano foram aprovados no Congresso Nacional quatro
projetos que beneficiam os trabalhadores mas segundo o deputado federal
Paulo Vicente da Silva, o Vicentinho (PT-SP), ainda existem projetos de
lei que não avançam por causa de uma bancada que tem rabo preso com os
patrões. Por exemplo, o projeto que reduz a jornada de trabalho de 44
para 40 horas semanais. Entrevista à repórter Marilu Cabañas.
01/05/2013
1º de Maio: falta um palanque para o Brasil
A dificuldade conservadora de chegar ao eleitor
popular é um dado real que explica a composição postiça de alguns
palanques desse 1º de Maio.
Bem cotados entre as elites e os endinheirados, com robusta veiculação na mídia e forte ancoragem no judiciário, os presidenciáveis do campo conservador ainda assim rastejam.
Falta-lhes o essencial: identidade popular.
Ressentem-se de um percurso histórico que os conduza ao coração do povo com a naturalidade com que Lula o frequenta e compartilha com seus parceiros.
Sem esse passaporte, as urnas ameaçam frustrar novamente seus planos de poder em 2014.
Na impossibilidade de simular o lado da história que não é o seu, buscam a bala de prata redentora nas falhas reais ou impingidas ao governo.
Não tem sido mais felizes aí.
A inflação dos alimentos sustentou a ‘ola’ conservadora em direção ao voto popular nas últimas semanas.
Murchou.
A mídia dissimula, mas os preços no atacado recuam.
A oscilação do índice da FGV, em abril, foi de apenas 0,15%.
No caso dos preços ao consumidor (IPCA) houve deflação de 0,12% no mês.
As commodities despencam no mercado mundial.
Nada disso rendeu a mísera equivalência de uma das muitas manchetes destinadas ao tomate que agora perdeu seu tempero eleitoral.
Outra ponte ‘popular’ , a do apagão, precipitaria escaladas ansiosas em fevereiro.
Tudo arrastado pelos aguaceiros de março.
O Brasil não terá dificuldades de suprimento elétrico em 2013 ou em 2014.
Mas o país está longe de ser o palco iluminado das virtudes douradas.
O longo parto de um novo ciclo de investimento ilustra as fragilidades de um Estado feito para não funcionar.
Engessado pelo desmonte neoliberal, persistiu erroneamente assim.
Enredado em um cipoal de interditos, recursos suspensivos, manobras de bastidores e agencias reguladoras inoperantes.
O conjunto triplica o tempo e o custo necessários ao tijolo assentado na obra pública.
Nessa arapuca, o Estado quando cede é cúmplice. Se não cede é inoperante.
O conservadorismo pouco ou nada tem a acrescentar nesse quesito também.
Ainda fresca na memória nacional, o que ele produziu nesse campo revelou-se um desastre de proporções ferroviárias.
Não é só uma metáfora.
Cerca de 2/3 dos 28 mil km de trilhos federais foram sucateados e pilhados no ciclo tucano de privatizações da logística brasileira.
O dado é do Tribunal de Contas da União.
Neste 1º de Maio, Paulinho, da Força lustra uma nova bala reluzente: oferece aos presidenciáveis Aécio e Campos a bandeira da restauração do ‘gatilho salarial’ .
Um artefato com calibre sob medida para reavivar a brasa da inflação cadente.
Algo impróprio a quem vive de acusar o PT de populismo.
A dificuldade conservadora de erguer pontes com o voto popular explica a tensão política respingada na guerrilha cotidiana do noticiário.
Busca-se, a todo custo, saltar uma barreira superior a 18,5 milhões de empregos gerados nos últimos 12 anos.
Um aumento real de poder de compra do salário mínimo de 60%.
O crescimento ininterrupto da renda familiar, inclusive e sobretudo, no apogeu da crise internacional.
Um avanço da renda domiciliar maior que o do próprio PIB, graças às transferências dos programas sociais.
E o reconhecimento– pelo FMI—de que o Brasil foi o líder mundial na geração de empregos em pleno colapso da ordem neoliberal, desde 2008.
Estorvo a ser exterminado com um choque de juros é tudo o que os professores banqueiros e os cofres simpatizantes de Aécio & Campos tem a dizer sobre esse legado.
A dificuldade conservadora em dialogar com esses fatos sobrecarrega o único trunfo que pode chamar verdadeiramente de seu.
Ou seja, a difusão diuturna da ideia de que o Brasil não vai dar certo, enquanto for governado pelas forças progressistas.
Em rota de colisão com a vivência de milhões de brasileiros, a estratégia da saturação busca corroer a supremacia dos fatos sobre as ideias.
Os fatos continuam a caminhar à frente das ideias.
Foi nisso que o PT apostou ao adotar a resignação enervante diante de uma estrutura de comunicação que sempre lhe foi hostil.
O dado novo é que talvez esse pragmatismo tenha se tornado ele próprio um pedaço do idealismo que sempre desdenhou.
Um ciclo de reordenação do desenvolvimento brasileiro se esgotou.
Exatamente porque foi bem sucedido, diga-se.
A expansão do poder de compra popular e a geração de milhões de empregos cobram agora a contrapartida de investimentos pesados, que os consolidem e ampliem o espaço da cidadania na vida nacional.
Escolhas e prioridades terão que ser pactuadas.
Rupturas e concessões são inevitáveis.
Queremos ter indústria? A que custo, com que ganhos?
O sistema público de saúde pode ir além, com os remendos e o esforço de gestão (mais com menos...)?
Ou será necessário, definitivamente, criar uma contribuição fiscal sobre o bolso endinheirado para dotá-lo da qualidade hoje indistinguível no horizonte de uma geração?
O consumismo é o ‘centro da meta’ de tudo o que queremos como convergência social propiciada pelo desenvolvimento?
Como ir além dele com a supremacia da semi-informação, da semicultura e da semidignidade marteladas insistentemente pelas concessionárias do sistema audiovisual brasileiro?
Como assegurar aos brasileiros uma formação que extrapole o adestramento pedestre vendido pelos gigantescos aparelhos de negócios que tomam de assalto o sistema educacional?
A produção de novos fatos do desenvolvimento não pode prescindir mais do debate de toda a sociedade sobre o país que queremos construir no século 21.
Não se trata de paralisar o Brasil para a formação de grupos de estudo .
Mas talvez não se possa mais avançar sem romper os limites de um sistema de comunicação que se notabiliza justamente por interditar o debate e demonizar as soluções requeridas ao passo seguinte da história brasileira.
O reconhecimento de que a coalizão derrotada em 2002, 2006 e 2010 é desprovida de um projeto crível a oferecer ao país nesse momento, não deve cevar a barriga da soberba no balcão do comodismo.
Os sinais de saturação de um ciclo não partem apenas da economia.
A hipertrofia do judiciário dispara sucessivas sirenes de alerta.
Os conflitos e contradições do desenvolvimento já não encontram solução satisfatória nos trâmites e no timming no qual se arrastam a perder de vista.
Ou o país abre novos canais para o debate ecumênico e democrático de seus desafios, ou a vida política será assoalhada por impasses dissolventes.
A eles, o arbítrio enviesado do STF responderá como um bunker de última instância da ordem conservadora.
O IVC informa que em 2012 a visitação aos sites de conteúdo informativo explodiu no país: cresceu 39%. Já soma 25 milhões de visitantes/mês.
Evitar que essa enorme caixa de ressonância se reduza a uma réplica do que já existe impresso seria um primeiro passo encorajador na garantia de espaços ecumênicos para debater o futuro.
Esses temas talvez estejam ausentes dos palanques do Dia 1º de Maio.
Mas talvez sejam mais pertinentes aos trabalhadores do que os aplausos de encomenda a candidaturas que condensam interesses imiscíveis com o significado da data.
Bem cotados entre as elites e os endinheirados, com robusta veiculação na mídia e forte ancoragem no judiciário, os presidenciáveis do campo conservador ainda assim rastejam.
Falta-lhes o essencial: identidade popular.
Ressentem-se de um percurso histórico que os conduza ao coração do povo com a naturalidade com que Lula o frequenta e compartilha com seus parceiros.
Sem esse passaporte, as urnas ameaçam frustrar novamente seus planos de poder em 2014.
Na impossibilidade de simular o lado da história que não é o seu, buscam a bala de prata redentora nas falhas reais ou impingidas ao governo.
Não tem sido mais felizes aí.
A inflação dos alimentos sustentou a ‘ola’ conservadora em direção ao voto popular nas últimas semanas.
Murchou.
A mídia dissimula, mas os preços no atacado recuam.
A oscilação do índice da FGV, em abril, foi de apenas 0,15%.
No caso dos preços ao consumidor (IPCA) houve deflação de 0,12% no mês.
As commodities despencam no mercado mundial.
Nada disso rendeu a mísera equivalência de uma das muitas manchetes destinadas ao tomate que agora perdeu seu tempero eleitoral.
Outra ponte ‘popular’ , a do apagão, precipitaria escaladas ansiosas em fevereiro.
Tudo arrastado pelos aguaceiros de março.
O Brasil não terá dificuldades de suprimento elétrico em 2013 ou em 2014.
Mas o país está longe de ser o palco iluminado das virtudes douradas.
O longo parto de um novo ciclo de investimento ilustra as fragilidades de um Estado feito para não funcionar.
Engessado pelo desmonte neoliberal, persistiu erroneamente assim.
Enredado em um cipoal de interditos, recursos suspensivos, manobras de bastidores e agencias reguladoras inoperantes.
O conjunto triplica o tempo e o custo necessários ao tijolo assentado na obra pública.
Nessa arapuca, o Estado quando cede é cúmplice. Se não cede é inoperante.
O conservadorismo pouco ou nada tem a acrescentar nesse quesito também.
Ainda fresca na memória nacional, o que ele produziu nesse campo revelou-se um desastre de proporções ferroviárias.
Não é só uma metáfora.
Cerca de 2/3 dos 28 mil km de trilhos federais foram sucateados e pilhados no ciclo tucano de privatizações da logística brasileira.
O dado é do Tribunal de Contas da União.
Neste 1º de Maio, Paulinho, da Força lustra uma nova bala reluzente: oferece aos presidenciáveis Aécio e Campos a bandeira da restauração do ‘gatilho salarial’ .
Um artefato com calibre sob medida para reavivar a brasa da inflação cadente.
Algo impróprio a quem vive de acusar o PT de populismo.
A dificuldade conservadora de erguer pontes com o voto popular explica a tensão política respingada na guerrilha cotidiana do noticiário.
Busca-se, a todo custo, saltar uma barreira superior a 18,5 milhões de empregos gerados nos últimos 12 anos.
Um aumento real de poder de compra do salário mínimo de 60%.
O crescimento ininterrupto da renda familiar, inclusive e sobretudo, no apogeu da crise internacional.
Um avanço da renda domiciliar maior que o do próprio PIB, graças às transferências dos programas sociais.
E o reconhecimento– pelo FMI—de que o Brasil foi o líder mundial na geração de empregos em pleno colapso da ordem neoliberal, desde 2008.
Estorvo a ser exterminado com um choque de juros é tudo o que os professores banqueiros e os cofres simpatizantes de Aécio & Campos tem a dizer sobre esse legado.
A dificuldade conservadora em dialogar com esses fatos sobrecarrega o único trunfo que pode chamar verdadeiramente de seu.
Ou seja, a difusão diuturna da ideia de que o Brasil não vai dar certo, enquanto for governado pelas forças progressistas.
Em rota de colisão com a vivência de milhões de brasileiros, a estratégia da saturação busca corroer a supremacia dos fatos sobre as ideias.
Os fatos continuam a caminhar à frente das ideias.
Foi nisso que o PT apostou ao adotar a resignação enervante diante de uma estrutura de comunicação que sempre lhe foi hostil.
O dado novo é que talvez esse pragmatismo tenha se tornado ele próprio um pedaço do idealismo que sempre desdenhou.
Um ciclo de reordenação do desenvolvimento brasileiro se esgotou.
Exatamente porque foi bem sucedido, diga-se.
A expansão do poder de compra popular e a geração de milhões de empregos cobram agora a contrapartida de investimentos pesados, que os consolidem e ampliem o espaço da cidadania na vida nacional.
Escolhas e prioridades terão que ser pactuadas.
Rupturas e concessões são inevitáveis.
Queremos ter indústria? A que custo, com que ganhos?
O sistema público de saúde pode ir além, com os remendos e o esforço de gestão (mais com menos...)?
Ou será necessário, definitivamente, criar uma contribuição fiscal sobre o bolso endinheirado para dotá-lo da qualidade hoje indistinguível no horizonte de uma geração?
O consumismo é o ‘centro da meta’ de tudo o que queremos como convergência social propiciada pelo desenvolvimento?
Como ir além dele com a supremacia da semi-informação, da semicultura e da semidignidade marteladas insistentemente pelas concessionárias do sistema audiovisual brasileiro?
Como assegurar aos brasileiros uma formação que extrapole o adestramento pedestre vendido pelos gigantescos aparelhos de negócios que tomam de assalto o sistema educacional?
A produção de novos fatos do desenvolvimento não pode prescindir mais do debate de toda a sociedade sobre o país que queremos construir no século 21.
Não se trata de paralisar o Brasil para a formação de grupos de estudo .
Mas talvez não se possa mais avançar sem romper os limites de um sistema de comunicação que se notabiliza justamente por interditar o debate e demonizar as soluções requeridas ao passo seguinte da história brasileira.
O reconhecimento de que a coalizão derrotada em 2002, 2006 e 2010 é desprovida de um projeto crível a oferecer ao país nesse momento, não deve cevar a barriga da soberba no balcão do comodismo.
Os sinais de saturação de um ciclo não partem apenas da economia.
A hipertrofia do judiciário dispara sucessivas sirenes de alerta.
Os conflitos e contradições do desenvolvimento já não encontram solução satisfatória nos trâmites e no timming no qual se arrastam a perder de vista.
Ou o país abre novos canais para o debate ecumênico e democrático de seus desafios, ou a vida política será assoalhada por impasses dissolventes.
A eles, o arbítrio enviesado do STF responderá como um bunker de última instância da ordem conservadora.
O IVC informa que em 2012 a visitação aos sites de conteúdo informativo explodiu no país: cresceu 39%. Já soma 25 milhões de visitantes/mês.
Evitar que essa enorme caixa de ressonância se reduza a uma réplica do que já existe impresso seria um primeiro passo encorajador na garantia de espaços ecumênicos para debater o futuro.
Esses temas talvez estejam ausentes dos palanques do Dia 1º de Maio.
Mas talvez sejam mais pertinentes aos trabalhadores do que os aplausos de encomenda a candidaturas que condensam interesses imiscíveis com o significado da data.
Postado por Saul Leblon às 05:50
Nenhum comentário:
Postar um comentário