domingo, 26 de abril de 2015

Politicas Culturais em Sergipe - A passos lentos e muito preso ao passado.



 

Ousar sonhar é às vezes sonhos que parecem impossível.  O impacto pode ser positivo e negativo. Positivo por ficar com a consciência mais tranquila  e  negativo, porque expressar a opinião abaixo, nos deixa na condição de persona non grata, em se tratando dos gestores atrasados que pensam e fazem a politica cultural como nos séculos XIX e XX.

Mas a caravana segue, vamos descobrindo e somando forças com alguns que pensam semelhantes a nós.  Jóias raras, mas que tornam o mundo,  um lugar bem mais interessante para se viver.

Sonho Impossível
Sonhar
Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer
O inimigo invencível
Negar
Quando a regra é vender
Sofrer
A tortura implacável
Romper
A incabível prisão
Voar
Num limite improvável
Tocar
O inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão





Há tempo para tudo, hoje não pude dedicar muito tempo para participar da audiência pública promovida pela comissão de educação e cultura da Assembléia Legislativa de Sergipe (ALESE), compromissos laboral  requisitaram a minha tarde e a noite dessa sexta-feira (24/04/2015).

Mas pude dedicar um tempo maior para colaborar com a divulgação/mobilização. Mesmo  o tempo menor que fiquei nas galerias do plenário, foi o suficiente para perceber o quanto será preciso contar com mais contribuição do mandato da deputada Ana Lúcia, presidente da comissão de educação e cultura da ALESE,  e do Ministério da Cultura (MINC), para ajudar na produção e consolidação de um outro olhar para a gestão e a produção cultural em nosso estado.

Mas como assim, o que interessa não é  mais recursos, que estados e municípios alegam não ter para investir em arte e cultura? Não, somente recursos sem o olhar sistêmico e tridimensional da cultura, não resolverá muita coisa, do contrário será reforçar o que disse alguns coletivos culturais de nossa cidade com um olhar mais generoso e contemporâneo sobre a relação cultura e cidade e que se manifestaram nas galerias, lendo o manifesto abaixo. https://www.facebook.com/100001223985843/videos/909427355774722/

Afinal, o que significa um olhar sistêmico e tridimensional da cultura, significa um olhar que considere a importância do artista, porém sem deixar de levar em conta o público final que precisa também ser levado em consideração, a população ou o cidadão em geral que paga os impostos. Os quais precisam ser incorporados ao processo de produção e fruição da cultura, não apenas como objeto de consultas públicas formais e meramente protocolares ou como platéia de eventos, tão somente.

Pensar a cultura de forma sistêmica e tridimensional é ter um olhar positivo para o dinheiro que é investido em cultura por parte das secretarias de saúde e educação, ao contrário de lamentar ou criticar, é preciso buscar formas de compartilhar a utilização deste recursos, oferecendo o valor agregado da expertise de quem faz arte, gestão  e produção cultural, para que este recurso possa colaborar para quem sabe um dia, cultura ser algo tão importante e estratégico que disponha de verba em todas as secretarias,,  fundações, autarquias e etc..

Pensar a cultura de forma sistêmica e tridimensional é considerar como tarefa ou dever de casa, articular com as outras esferas do poder público local, iniciativa privada , academia e sociedade civil, trabalhos e produtos de sensibilização, estudos e pesquisas, divulgação, articulação politica e /ou gerencial para aumentar o orçamento ou otimizar a utilização dos parcos recursos existentes.

Tudo isso acima, compreendido como necessário para dar suporte a situações de tensão ou até mesmo de conflitos mais exarcebados, tanto dentro dos governos, como de fora para dentro. Afinal é por causa disso que as politicas públicas do ministério da cultura, consegue mais recursos, um exemplo são os editais realizados pelas empresas estatais, seguindo padrões e diretrizes concertadas em diálogos da sociedade civil com o ministério da cultura e deste com as direções das empresas.

A minha expectativa é que os técnicos e gestores do executivo estadual e municipal cada vez mais, demonstrem valer a pena a ocupação dos cargos para os quais foram escolhidos.

Que cresçam em humildade, sabedoria, generosidade e diálogo franco e transparente, como crescem aqueles que tem alma grande, como a professora e deputada Ana Lúcia e o representante do MINC, Pedro Vasconcelos protagonistas da audiência pública sobre politicas na ALESE. A terceira de uma série iniciada em 2014.

Como diz o ditado popular, “água mole em pedra dura........”

Exemplo mais formal da definição do conceito tridimensional de cultura.
"Neste novo período, cumprindo a solicitação do Ministério da Cultura (MinC) do governo da Presidente Dilma Rousseff, a Prefeitura de Niterói vem trabalhando para adequar as suas políticas culturais às diretrizes e recomendações desse mesmo Ministério, expandindo o diálogo com a sociedade niteroiense - entendida aqui em um sentido amplo agregando desde as organizações artísticas e culturais civis até o mercado - visando intensificar as ações de cidadania cultural em uma visão tridimensional de cultura, absorvendo nas políticas públicas de cultura, que serão planejadas e executadas, as dimensões simbólica, econômica e cidadã da

cultura. "

Exemplo de transparência de Pedro Vasconcelos, informar o valor do pequeno orçamento direto do ministério da cultura, novecentos e treze milhões diretos e os valores indiretos, cerca de um milhão do fundo do audiovisual e dois milhões da Lei Rouanet. E quanto ao  orçamento do municipio de Aracaju e do estado de Sergipe para a cultura?



Zezito de Oliveira - Educador e Produtor Cultural 

 Leia também:

A dor e a delicia de produzir cultura na periferia sergipana.

 

FASC: A participação da comunidade é fundamental 

 

Como a questão da economia solidária da cultura está sendo considerada no planejamento estratégico da atual gestão do MINC?

 

Audiência pública para discutir Cultura e Educação como instrumento contra a violência



Escrito por sintese Ligado 23 Abril 2015. Publicado em Cultural


“A identidade de um povo se constitui pela cultura. É necessário que se amplie as políticas públicas neste campo, para incentivar e fortalecer a cultura popular, para valorizar os trabalhadores dessa área e para aproximar cultura e educação a fim de tornar a escola espaço de socialização de bens culturais”. Assim defende a deputada estadual Ana Lúcia, ao convidar professores e agentes culturais para participar da audiência pública Políticas Públicas do Ministério da Cultura e o Plano Estadual de Cultura. O evento, realizado pela Assembleia Legislativa de Sergipe, através da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, presidida por Ana Lúcia, ocorrerá na próxima sexta-feira, 24, no Plenário da Casa, a partir das 9h.
A audiência, que será transmitida ao vivo pela TV Alese, terá como debatedores o secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (MinC), Guilherme Varella e o diretor de Estudos e Monitoramento do MinC, Pedro Vasconcellos, que irão esclarecer e discutir com o público presente as políticas públicas desenvolvidas pelo Ministério da Cultura. Também debate o secretário de Estado da Cultura de Sergipe, Elber Batalha que abordará o processo de implantação do Plano Estadual de Cultura no Estado.
No período da tarde, as atenções estarão voltadas para o Centro de Cultura e Arte da Universidade Federal de Sergipe (Cultart), onde a partir das 14h30, será realizada uma oficina de orientações para concorrer aos editais do Ministério da Cultura, ministrada por um representante do MinC. As inscrições das oficinas são gratuitas e as vagas limitadas.
Cultura: Uma “arma” contra a violência
São muitos os casos de violência contra alunos, professores e funcionários que ocorrem todos os dias nas escolas. Na última quarta-feira, 22, a Escola Estadual Felizbelo Freire, localizada no município de Itaporanga, foi invadida por pessoas que além de roubar equipamentos do colégio, deixaram recados e ameaças de morte a professores da escola. 
A deputada Ana Lúcia denunciou esse caso e toda a gravidade da situação de violência e abandono das escolas, afirmando que este não é um caso isolado. “Ameaça de morte a professor não é um episódio isolado. Vivemos um caso gravíssimo no ano passado, com o professor Carlos Cristian, e este ano já são vários professores ameaçados. Este de Itaporanga não é o primeiro” destacou, lembrando que mesmo após o professor Carlos Cristian ter sido baleado por um aluno na escola Olga Barreto, a mesma permanece sem nenhuma alteração em relação à segurança.
Diante da situação de abandono e violência que assola nossas escolas, se faz urgente discutir e implementar politicas que auxiliem na prevenção da violência no ambiente escolar. Neste sentido, a cultura pode ser uma importante ferramenta. Em Sergipe, existem diversas experiências exitosas na prevenção e combate à violência por meio das manifestações artísticas.
Apenas um dos exemplos de boas práticas pode ser conferido em pleno Conjunto Jardim, em Nossa Senhora do Socorro. O caso da Escola Estadual Julia Teles é emblemático: a unidade escolar que foi alvo de invasão, roubo, depredação e ate mesmo de incêndio criminoso, em 2013, atualmente conta com projetos culturais que tem auxiliado no sentimento de pertencimento da comunidade escolar.
O Ponto de Cultura Juventude e Cidadania, coordenado pelo professor de História e produtor cultural, Zezito de Oliveira desenvolve oficinas de teatro, dança, informática e audiovisual para estudantes de escolas públicas da região metropolitana de Aracaju, inclusive para os estudantes da escola Júlia Teles. O educador acredita que a atividade cultural desenvolvida por si só não reduz a violência, mas pode dar uma grande contribuição no combate à violência. Segundo Zezito, para obter um resultado mais satisfatório, as políticas culturais precisam estar articuladas com mais investimento em outras políticas públicas como educação, assistência social, comunicação comunitária, esporte, lazer e qualificação profissional para os adolescentes e jovens. “No caso da Escola Júlia Teles e do Conjunto Jardim, os adolescentes envolvidos nas atividades culturais demonstram uma grande melhoria da autoestima e do sentido de pertencimento à escola e à comunidade. Isso é fundamental, porque quem gosta de si mesmo, que se sente acolhido e valorizado, quem é protagonista em ações positivas e do bem, não irá se deixar levar por pessoas e situações negativas para ser acolhido e valorizado”, declara o educador.
Zezito, porém, ressalta a importância da transversalidade dos temas culturais no ambiente escolar.  Para ele, além de mais políticas públicas para as crianças e jovens, também é necessário que haja uma maior interação entre as atividades culturais desenvolvidas e os temas abordados em sala de aula.
“Claro que ainda há o que melhorar. Tenho refletido muito com alguns colegas professores e arte-educadores, para além da criação ou fortalecimento de vínculos pessoais e de bem-querer, para a necessidade de fortalecimento dos vínculos ligando as atividades artísticas com os conteúdos programáticos. Por exemplo, como ligar o planejamento dos exercícios e técnicas da dança, com os conteúdos abordados nas aulas de português e matemática? Um desafio que requer mais investimento em formação para o diálogo do mundo das artes com a sala de aula, mas acreditamos no avanço”, destaca o 


SINTESE faz mapeamento de iniciativas culturais escolares e comunitárias

Aproveitando a realização da audiência pública que discutirá as ações do Ministério da Cultura e o Plano Estadual de Cultura que acontece amanhã (24) às 9h na Assembleia Legislativa o SINTESE convida os professores a relatarem as suas experiências com relação à cultura tanto no ambiente escolar quanto na comunidade em que vivem.

Para isso os educadores deverão preencher um formulário nesse endereço

https://docs.google.com/forms/d/1imJsUSaaGmYhpQpoN_1v0yeY-cTEJRfZXYKwp4QzHfA/viewform

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MAPEAMENTO DE INICIATIVAS CULTURAIS ESCOLARES E COMUNITÁRIAS.

Quando Gilberto Gil assumiu  o Ministério da Cultura (MINC) no ano de 2003,  fez um discurso na câmara dos deputados, afirmando  que há muitas iniciativas culturais que nascem e morrem sem que o Brasil possa se dar conta de quanto talento é capaz a nossa gente.

A  partir de então,  o MINC reuniu em diversos momentos,  milhares de agentes ligados as  iniciativas culturais que resistiam aos  obstáculos e adversidades para produzir cultura nas comunidades, visando  discutir os problemas e encontrar  alternativas. Depois disso  foram criados diversas politicas e programas culturais, com destaque para o Cultura Viva – Pontos de Cultura.

Com o programa Cultura Viva,  pela primeira vez na história da república brasileira, iniciativas culturais de base comunitária, passaram a receber recursos públicos substanciais, com alguma regularidade e mediante seleção pública, além da criação de ambientes e oportunidades para o intercâmbio e troca de experiências.
A despeito disso, ainda há muito  em matéria de produção cultural de base comunitária para ser alcançada pelas ações do programa cultura viva e de outras politicas públicas governamentais.

Para contribuir no sentido de tornar isto realidade, diversas ações por parte do MINC, estão sendo iniciadas ou recomeçadas neste ano de 2015,  a partir da vontade politica em  retomar o vigor inicial do Programa Cultura Viva. 

Como uma das formas de fazer valer esta disposição, estão sendo organizadas Caravanas Cultura Viva para interagir com  Pontos de Cultura e outros tipos de iniciativas culturais país afora , além do uso potente das redes sociais, com o objetivo de disseminar informações e conhecimentos sobre o Programa Cultura Viva e outras ações  que tenham relação com este, ações desenvolvidas tanto pelo governo, como por agentes culturais e organizações da sociedade civil.

Neste campo da sociedade civil organizada,  a Ação Cultural,  reconhecida como Ponto de Cultura no ano de 2011, tem buscado participar e fortalecer de iniciativas que colaborem para ampliar a presença de mais iniciativas e agentes culturais nos espaços conquistados de promoção e desenvolvimento da cultura viva comunitária.

Neste sentido,  uma das ações pensadas em 2014 e que pretendemos realizar no ano de 2015 é um mapeamento de iniciativas culturais exitosas que acontecem  nas escolas e em outros espaços das comunidades,  na periferia e no  interior de Sergipe,  afim de estabelecermos uma ligação mais estreita que possibilite a realização em rede, de projetos ou ações conjuntas nas áreas do diagnóstico sócio cultural, planejamento participativo, metodologias do trabalho socioeducativo e cultural, produção cultural colaborativa, uso das redes sociais, conhecimentos especializados em linguagens artísticas e manifestações culturais, captação de recursos, promoção de mostras artísticas ou festivais e etc.

Para começar este  mapeamento, estamos disponibilizando um questionário que poderá ser preenchido e devolvido  através do e-mail zezitodeoliveira@gmail.com  


Cadastro de iniciativas culturais escolares e/ou comunitárias.

1 – Nome da Iniciativa
2 - Nome da pessoa que responde as informações e qual o papel ou função que desempenha na iniciativa
3 – Endereço, telefone e e-mail
4 –Qual(is)  a (s)  linguagem (ens)  artística  (as) ou manifestação (ões) é   utilizada pela iniciativa (dança, teatro, audiovisual, artes plásticas, artes visuais, música, hip-hop, capoeira etc.)
5 –Quantidade de componentes da iniciativa
6 – Quais locais, ambientes ou espaços o grupo utiliza para reuniões, ensaios e apresentações?
7 – Quem apóia a iniciativa cultural?
8 - Como se deu o surgimento da iniciativa?
9 – Qual o objetivo da iniciativa?
10 – Cite as três maiores  dificuldades enfrentadas pela iniciativa cultural?
11 – Quais oportunidades de aprendizagem ligado a arte e a cultura, a iniciativa cultural  participou?
12 – O grupo organiza outras atividades além daquelas ligadas a arte e a cultura?
13 – Como a iniciativa  é visto por outras pessoas da comunidade?
14 – Algum participante da iniciativa tem formação técnica pedagógica e/ou artística ligada a área do conhecimento artístico ou cultural?
15 – Quais os momentos de sucesso mais importantes da iniciativa cultural?
16 – Endereço de página no facebook e/ou blog da iniciativa

  
Para fins de preenchimento do questionário,   INICIATIVA CULTURAL significa atividades, eventos, artistas, fazedores de cultura, lugares e grupos culturais, professores e outros profissionais ou lideres da comunidade envolvidos em trabalhos culturais reconhecidos socialmente e historicamente, no seio das comunidades.

Para saber e participar de ações que já estão sendo realizadas nas áreas que indicamos acima, recomendamos os interessados em participar desta iniciativa cultural colaborativa, a adesão as  páginas e grupos no facebook listados abaixo, além de seguir o blog da Ação Cultural e Produção Cultural nas Escolas. 
 Rede de  Pontos de Cultura de Sergipe
Produção Cultural nas Escolas
blog da Ação Cultural
blog Produção Cultural nas Escolas




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