Da periferia e da classe média ser tão invadida por
mentiras, a verdade se materializou no candidato nazifascista. Ecce Homo!
Para entender esse Brasil em transe, em surto,
com muitos brasileiros vivendo um quadro de hipnose e/ou de paranoia
coletiva, é necessário conhecer as fontes que criaram e alimentaram a
cultura do ódio. Os programas sensacionalistas que fazem apologia da tortura e da pena de morte, os religiosos fundamentalistas formados na
escola do evangelismo norte-americano e
as mentiras absurdas espalhadas pelo MBL.
Como a de que Dona Marisia Leticia não
teria morrido, mas uma outra mulher morta teria sido colocada em seu
lugar, para que ela pudesse fugir para Cuba com milhões de dólares, os
quais seriam usufruídos por ela e por Lula quando este fugisse do
Brasil.
Urgente!
Compreender a importância da comunicação e da cultura na construção de
uma sociedade doente, da mesma maneira que conhecer os antídotos que
podem ajudar no tratamento, até a cura, considerando as pessoas
enquanto indivíduos ou grupos.
Ao mesmo tempo, cuidar de melhores
condições no campo da infraestrutura econômica também é necessário,
fazendo isso no plano maior e no plano das iniciativas de base
comunitária.
ZdO
ZdO
Como é assustador descobrir o Brasil arcaico, que mora nas profundezas
de muitos de nós e de nossas instituições. Muitas vezes embrulhado em
papel de presente ou de modernidades futuristas.
A prosa impúrpura do Caicó
Chico César
Ah! Caicó arcaico
Em meu peito catolaico
Tudo é descrença e fé
Ah! Caicó arcaico
Meu cashcouer mallarmaico
Tudo rejeita e quer
É com, é sem
Milhão e vintém
Todo mundo e ninguém
Pé de xique-xique, pé de flor
Relabucho, velório
Videogame oratório
High-cult simplório
Amor sem fim, desamor
Sexo no-iê
Oxente, oh! Shit
Cego Aderaldo olhando pra mim
Moonwalkmam
Publicado no facebook em 14 de setembro de 2018
Romero Venâncio
Sem essa, a indústria de moer gente, que foi o engenho colonial e todos os demais atributos da colonização, não teria obtido o êxito que alcançou, a despeito do custo em vidas humanas e das consequência que sofremos até os dias de hoje.
A despeito da resistência e dos espaços de cultivo e práticas dessa diversidade, como foram os quilombos e as casas religiosas de matriz africana, isso em meio a toda tipo de perseguição e humilhação.
.Publicado no face em 9 de setembro
Em meu peito catolaico
Tudo é descrença e fé
Ah! Caicó arcaico
Meu cashcouer mallarmaico
Tudo rejeita e quer
É com, é sem
Milhão e vintém
Todo mundo e ninguém
Pé de xique-xique, pé de flor
Relabucho, velório
Videogame oratório
High-cult simplório
Amor sem fim, desamor
Sexo no-iê
Oxente, oh! Shit
Cego Aderaldo olhando pra mim
Moonwalkmam
Publicado no facebook em 14 de setembro de 2018
AS ELEIÇÕES E O MONSTRO NA PORTA. NOTAS MIÚDAS
Vemos aos poucos se formar um
consenso tardio de que estamos num dos piores momentos da cambaleante república
brasileira desde o “fim” da ditadura militar nos anos 80. Junto da crise
econômica que deixa consequências gravíssimas na vida dos mais pobres, temos
uma crise política que vai gestando monstros pouco vistos nessas paragens.
Políticos corruptos, oligarquias truculentas, burguesia predatória, classe
média idiota e filisteia, uma população pobre e vitimada pela mais rebaixada
indústria cultural... Tudo isso junto, faz parte do cenário brasileiro a anos.
Não seria novidade estas coisas aparecerem em eleições e achávamos que não
tinha como piorar neste quesito.
Pioramos! E não se trata dos velhos e novos
candidatos grotescos e até risonhos, tipo “Rôla” em Aracaju ou “Tiririca” em
São Paulo. Essas coisas bizarras e inofensivas fazia parte do cenário tolo da
democracia eleitoral. O que temos agora é outra coisa: nova porque velha diante
da memória geopolítica mundial. Falo aqui não apenas dos candidatos Bolsonaro
& João Amoêdo, os dois mais perversos e danosos candidatos para um Brasil
que tem a história que tem e vive a crise que vive hoje... Mas não é apenas
essas duas candidaturas individuais que me refiro. Me preocupa muito mais um
movimento que vem na esteira e em apoio a esses candidatos.
Enquanto movimento
e organização (e possibilidade de vitória no pleito deste ano) a candidatura de
Bolsonaro é a pior. Temos hoje no Brasil (em todas as grandes cidades
brasileiras. Todas!!!) esse movimento que se espelha na figura de Bolsonaro e é
maior que ele. Se deixasse ele de existir, o movimento não deixaria e tenderia
a crescer. A coisa é muito grave. Por isto, duas coisas me preocupam demais
nesse momento de transe por todos os lados e lugares: que se acredite e se
jogue todas as fichas num processo eleitoral para derrotar essa candidatura
fascista (não nego que derrotá-lo nas urnas é necessário e urgente!!!).
Mas tem
uma outra coisa: uma derrota eleitoral não estanca um movimento que cresce e se
organiza por todo o país. Um movimento que se alimenta da “falsificação da
ira”, que se alimenta com posturas violentas e preconceituosas, que se alimenta
de fakes, ignorância, fanatismo religioso... Há um pais derrotado culturalmente
e se aprofundando cada vez mais numa cegueira olímpica, e que não será
“redimido” por um pleito eleitoral por mais importante que seja tal pleito. Por
tudo isto e pelo que chegou a ser nessa quadra histórica a esquerda brasileira,
não acho estranho ou incoerente ver pessoas sérias e bem intencionadas
anunciarem seu voto em Ciro Gomes, Guilherme Boulos ou Fernando Haddad.
Essa é
uma realidade atual de um Brasil e não ver isto é cair na velha armadilha do
sectarismo e vanguardismo sempre de plantão para certas esquerdas. Problema
maior é outro: ver em seus candidatos “messias” que poderão mudar o rumo desse
país num passe de mágica e não ver que há um cultura de direita enraizada em
tão pouco tempo em quase todos os setores da sociedade. O monstro da porta não
mais se expressa apenas em uma pessoa, mas num movimento, numa legião...
Torna-se necessário que uma eleição não seja apenas o lugar de fala de cabos
eleitorais de redes sociais e de panfletagens inócuas, gente que objetiva
apenas os carguinhos ou marqueteiros tolos. A sabedoria que se exige num
momento como esse, vai além dos delírios ofegantes de pleitos eleitorais. E
tenho dúvidas se todos nós de esquerda estamos a altura do momento. ZdO
Publicado no Face em 13 de setembro de 2018
Espero passarmos bem, desse terremoto ou redemoinho de bobagens e até de
atrocidades. Mas que as forças progressistas precisam repensar,
repensar mesmo, muitas questões, precisa. Falo aqui, grosso modo, das
relações com a educação, não apenas formal, comunicação, não apenas a
comunicação de massa, e com a cultura, não apenas com a cultura do
entretenimento.
Disso dependerá se conseguiremos ultrapassar o campo minado construído em nossas inteligências e sensibilidade. Junto estou com Papa Francisco e milhões de lideres de outras religiões, Com Pepe Mujica e Lula, entre milhares de lideranças progressistas e com milhões de artistas, intelectuais, educadores, trabalhadores e etc..O que precisa é a mais compreensão e apoio de muitas lideranças, muitas que não ajudam e nem atrapalham e outras que escolhem o segundo caminho.
Exemplo de um programa do Papa Francisco que mostra a sua preocupação. Na prática.
Disso dependerá se conseguiremos ultrapassar o campo minado construído em nossas inteligências e sensibilidade. Junto estou com Papa Francisco e milhões de lideres de outras religiões, Com Pepe Mujica e Lula, entre milhares de lideranças progressistas e com milhões de artistas, intelectuais, educadores, trabalhadores e etc..O que precisa é a mais compreensão e apoio de muitas lideranças, muitas que não ajudam e nem atrapalham e outras que escolhem o segundo caminho.
Exemplo de um programa do Papa Francisco que mostra a sua preocupação. Na prática.
Publicado no face em 13 de setembro de 2018
Scholas Occurrentes e Cultura Viva: a arte do encontro num projeto do Papa Francisco
Se já está sendo um verdadeiro desastre, esse país governado por uma gente que não sabe o que significa sermos um dos povos mais ricos do mundo em diversidade - bio, cultural, religiosa, social, sexual e etc. - imagine se isso for ampliado e cada vez mais consolidado.
Uma das razões para isso acontecer, não tenhamos dúvida, deve-se ao crescimento que tivemos nos últimas décadas de um modo de ser e estar no mundo, inspirado no modo norte americano dominante de concepção sobre um determinado projeto de sociedade.
Um projeto de sociedade individualista, segregado, de supremacia
branca e masculina, materialista, mesmo quando se tem religião, além de
consumista, imperialista e etc..
Esse "american way of life", ou
modo americano de viver, nos chega por meio da indústria cultural e
dos missionários americanos de matriz cristã fundamentalista.
É uma situação que podemos encontrar semelhanças com a primeira catequese levado a cabo pelos padres jesuítas.
Sem essa, a indústria de moer gente, que foi o engenho colonial e todos os demais atributos da colonização, não teria obtido o êxito que alcançou, a despeito do custo em vidas humanas e das consequência que sofremos até os dias de hoje.
A despeito da resistência e dos espaços de cultivo e práticas dessa diversidade, como foram os quilombos e as casas religiosas de matriz africana, isso em meio a toda tipo de perseguição e humilhação.
Assim se fez./faz com o processo de
tentativa de recolonização em curso. Mas dificilmente esse processo de
tentativa de moldar um outro rosto para o nosso povo e nosso país,
alcançará todos os objetivos que tem em mente, como não alcançaram os
colonizadores portugueses, desde que pisaram este solo tropical.
ZdO
ZdO
.Publicado no face em 9 de setembro
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