Renato Russo coloca o
dedo na ferida. “Vivemos em um mundo doente e muitos temores nascem do cansaço e da solidão, porque sempre precisei de um pouco de atenção.”
Mas Kid Abelha e Peninha/Caeteno Veloso e Lulu Santos nos propõe uma espécie de bálsamo, refrigério e até a cura.
“Você me tem fácil demais, mas não parece capaz de cuidar do que possui, porque quando a gente ama é claro que a gente cuida e enquanto isso, não nos custa insistir, na questão do desejo, não deixar se extinguir, desafiando de vez a noção, na qual se crê,que o inferno é aqui.”
E se formos além do cuidado como forma de amor , não apenas
no plano individual, das relação pessoais tão somente. Mas considerando de
maneira mais ampla, pensando nos aspectos comunitários, sociais, politicos,
econômico e cultural. De quais candidatos e de que programas de governo nos lembraremos?
Portanto, votar também é um gesto de cuidado e de amor. E se
qualquer forma de amor vale a pena, fundamental lembrar , desde que seja amor pela vida, pela vida em abundância. Pelo bem viver. Em forma de
amor próprio, de amor pela cidade e pelo
planeta pensado como casa comum, pela pólis, como é o significado original da palavra
politica. Como amor de eros, o amor que representa a nossa busca do prazer e da
comunhão com os outros por meio de
nossos corpos. Além do amor pelo divino amor , no caso dos homens e mulheres de fé,
porque Deus é amor e onde existe amor, Deus aí está.
Mais amor por favor, gritam os jovens nos muros de São Paulo
nestes tempos de neuroses e paranóias
individuais e coletivas. Faça amor não faça a guerra, gritaram os jovens contra
a cultura de guerra, opressiva e de exclusão das classes dominante, isso foi nas década de 1970, nas ruas de Paris, Londres, São Paulo, Recife e Nova York. Grito que até hoje ecoa.
O nosso voto e a nossa participação social ou cidadã, antes e depois
das eleições, podem decidir se estamos buscando o tratamento e a cura, ou se
queremos aprofundar ainda mais o estágio
de sofrimento, solidão e dor que fazem nos sentir tão mal e com a sensação de que o inferno se aproxima cada vez mais de nós, mesmo sem sabermos ou querermos.
A cantora Aíla, nos propõe uma saída pela arte, que nós eleitores e candidatos ouçamos com bastante atenção as palavras da canção.
Todo Mundo Nasce Artista - Aíla
Todo mundo nasce artista
Depois vem a repressão
"não faz arte" diz a tia
"vê se deixa de invenção! "
Todo mundo nasce artista
Depois vem a castração
E o artista que há em nós
Vai do quarto pro porão
Todo mundo nasce artista
Depois vem a podação
E a vida fica triste
Sem arte, sem emoção
Todo mundo nasce artista
Depois vem a piração
Alcoolismo, suicídio
Doença mental, depressão
E essa doença tem cura! (?)
Existe uma salvação! (?)
Faça arte! faça arte!
Mesmo que sua mãe diga que não (x2)
Depois vem a repressão
"não faz arte" diz a tia
"vê se deixa de invenção! "
Todo mundo nasce artista
Depois vem a castração
E o artista que há em nós
Vai do quarto pro porão
Todo mundo nasce artista
Depois vem a podação
E a vida fica triste
Sem arte, sem emoção
Todo mundo nasce artista
Depois vem a piração
Alcoolismo, suicídio
Doença mental, depressão
E essa doença tem cura! (?)
Existe uma salvação! (?)
Faça arte! faça arte!
Mesmo que sua mãe diga que não (x2)
Compositor: Eliakin Rufino - Outra versão da canção acima.
Portanto que o nosso voto, seja um recado em favor do
cuidado e do amor, incluindo pela arte como meio e fim. Que seja em
candidatos e partidos que tenham essa compreensão.
Os candidatos e partidos que defendem a vida em plenitude ou em abundância, também precisam reconhecer o quanto cuidar mais e melhor das pessoas é cada vez mais necessário, pois se muito vale o já feito, mais vale o que será. Até para que não nos deparemos com o aumento das doenças psiquicas ou mentais, e das guerras geradas por causa disso. Incluindo a guerra nas redes sociais.
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Um comentário:
Muito bom! Ser artista no nosso convívio é um problema. O tolhimento vem mesmo ainda quando criança. Se as pessoas soubessem o quanto a arte cura, certamente nunca reprimiriam um artista no seu nascedouro e em tempo algum.
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