sábado, 23 de agosto de 2025

ABRA OS OLHOS FOLHA!! Por Juca Kfouri

 


DO PÚLPITO AO PALAVRÃO.


Barbara Tuchman, em seu livro A Marcha da Insensatez, escreveu que governantes muitas vezes insistem em erros óbvios, mesmo diante de sinais gritantes de que caminham para o desastre.

A autora chama de “insensatez governamental” quando líderes tomam decisões desastrosas, são alertados, mas ainda assim seguem adiante.

No Brasil recente, não foi preciso cavoucar arquivos secretos, baús da história ou telegramas diplomáticos para encontrar provas da insensatez.

Bastaram alguns áudios e prints de WhatsApp para revelar a verdadeira face de um governo que se postava como guardião dos valores morais em nome de Deus, pátria e família. 

Não a versão maquiada dos palanques e púlpitos, mas o retrato 3x4 da grosseria, da baixeza, da incapacidade de conviver com regras básicas de civilidade.

Em uma família onde filho chama pai de “c...” sem pudor, o que se expõe não é só desavença doméstica, mas o DNA de um projeto político. A incapacidade de respeitar qualquer hierarquia, valores ou limites. 

O bolsonarismo sempre se alimentou do grito, do insulto e da violência verbal. Aliás, essa prática faz parte da cartilha do fascismo, das regras básicas da ultradireita.

Os bastidores do desgoverno apenas confirmam que a realidade não era uma caricatura inventada pela oposição, mas o funcionamento real de uma máquina que transformou o ódio em método.

Mais revelador é ouvir Silas Malafaia, o autoproclamado “homem de Deus”, em áudios que mais parecem descarga de esgoto com palavrões, impropérios, ameaças.

O pastor que deveria pregar a paz vomita raiva em série como se estivesse em um botequim de madrugada e não diante de uma congregação. Deixa cair à máscara da moralidade e se porta mais como chefe de facção do que guia espiritual. 

Apresentava-se como “conselheiro espiritual” do ex-capitão, título que não passava de eufemismo. Sua missão era insuflar uma guerra santa. 

Como inquisidor, divide o mundo político entre ortodoxos e desviantes, fiéis e infiéis, entre os que merecem acolhimento e os que precisavam ser “arrebentados”.

Se Tuchman estivesse viva talvez incluísse a trama verde-amarelo como um capítulo de seu livro. O governo a serviço da família. A religião transformada em palanque e o púlpito reduzido a uma máquina de insultos. 

A história mostra que a insensatez política não nasce de grandes conspirações, mas de pequenos gestos de arrogância, repetidos até o colapso.

Os áudios e prints à disposição da Polícia Federal não são anedotas, são documentos, provas de que a insensatez também pode cuspir palavrões e postar prints. 

O altar da direita cristã derrete, se esfarela pelas mãos de seus profetas. O governo do ex-capitão seguiu a história narrada por Tuchman. 

Errou por escolha, por decisão, por opção. Fez da vulgaridade uma estratégia, do caos um método e da insensatez uma marcha que arrastou o país inteiro à beira do abismo."

#reruschel

Do Jornalista René Ruschel

2 Pedro 2:3, em diversas versões da Bíblia, descreve como falsos mestres, movidos por ambição, usarão palavras enganosas para explorar as pessoas, mas que o juízo deles já foi decretado e a destruição não tardará. 

2 Pedro 2:3 (várias versões):

Almeida Revista e Corrigida (ARC):

"e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita." 

Almeida Atualizada (ARA):

"... também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme." 

Nova Versão Internacional (NVI):

"Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda." 

Nova Versão Transformadora (NBV-P):

"Esses mestres, em sua ganância, dirão qualquer coisa para se apossarem do dinheiro de vocês. Mas Deus já os condenou há muito tempo, e a destruição deles está a caminho." 

Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH):

"Em sua ambição pelo dinheiro, esses falsos mestres vão explorar vocês, contando histórias inventadas. Mas faz muito tempo que o Juiz está alerta, e o Destruidor deles está bem acordado." 

Em resumo, a passagem critica a exploração financeira e o uso de falsas doutrinas por parte de líderes religiosos, alertando que a justiça divina está a caminho e a destruição desses indivíduos é inevitável. 


ICL URGENTE - 21/08/25 - ARQUIVOS NO CELULAR DE BOLSONARO REVELAM O SUBMUNDO DA EXTREMA DIREITA





Oh Jah, Oh Jah! - Tribo de Jah


Destinos livres num mundo em degradação

Mentes mantidas na prisão,

Dos falsos preceitos, da doutrinação,

Excluídos e eleitos no reino da perdição.


Líderes malignos, dominadores,

Ensinam e fanatizam seus fiéis seguidores,

Não sabem da dor no desprezo, da rejeição,

Não sabem do desespero dos que esperam em vão.


Falsos profetas, enganadores,

Comerciantes da fé, sacerdotes dos valores,

Missionários mercenários, devotos do dinheiro,

Exploram nos cultos diários o sofrimento alheio.


Oh Jah, Oh Jah-Jah! Quanta desonestidade,

Não se sabe em que acreditar,

Doutores em falsidade,

Aproveitadores por todo lugar,


Querem construir o seu céu na Terra

E acham que pra isso tudo podem comprar,

Vendem suas almas, declaram a guerra,

Só a cobiça lhe faz respirar.


Oh Jah, Oh Jah-Jah,

Que grande abominação!

Oh Jah, Oh Jah-Jah,

Discipulos da maldição!

Oh Jah, Oh Jah-Jah,

Quanta hipocrisia!

Oh Jah, Oh Jah-Jah,

Livrai-me dessa heresia!

Não se sabe em quem acreditar,

Perdoe se eu tropeçar,

Mundo em degeneração,

Eu clamo pelo Seu perdão.

"Falsos profetas, enganadores,

Comerciantes da fé, sacerdotes dos valores,

Missionários mercenários, devotos do dinheiro,

Exploram nos cultos diários o sofrimento alheio.".

Abaixo, escrito por um leitor do blog, Luis Joacy

Esse trecho retrata bem os falsos ministros cristãos, que são os equivalentes atuais dos fariseus e escribas, que o Evangelho chama de sepulcros caiados, e, portanto, são os sepulcros caiados dos tempos atuais...👆

O verdadeiro deus desses sepulcros caiados é o dinheiro, que o Evangelho chama de Mamon...

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia." (Mateus 23:27).

"Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." (Mateus, 6:24).

"19 Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem,  e onde os ladrões minam e roubam.

20 Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam.

21 Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." (Mateus, 6:19-21)

A "teologia da prosperidade" deve ter urticárias ao se defrontar com esse trecho do Sermão do Monte das Oliveiras...👆

O pastor Caio Fábio  uma pessoa bem interessante, tem um vídeo  no canal dele no YouTube  em que diz que já trabalhou com Silas Malafaia e Edir Macedo. 

Ele afirma  que este último falou pra ele que em sua igreja o nome de Jesus fica apenas do lado de fora dos templos, que é proibido falar em Jesus dentro dos templos da Igreja Universal porque... Jesus não atrai dinheiro!

E acerca da citação do termo “sepulcros caiados” , o trecho do  sermão do Monte das Oliveiras em que se alerta as pessoas contra os falsos ministros de Jesus:

E quanto a Silas Malafaia, cabe uma observação sobre ele com relação a este versículo logo acima: a desfaçatez dele é tamanha que ele sequer tem o cuidado de parecer um lobo em pele de cordeiro, ele faz questão de mostrar explicitamente o que ele é: um lobo devorador!...👆

Ruínas da Babilônia


Pastor Trambiqueiro


SILAS MALAFAIA ESTÁ DESMONETIZANDO TODO MUNDO NO YOUTUBE? ENTENDA | PLANTÃO



Sábado, 23 de agosto de 2025  -Intercept Brasil

Clã Bolsonaro despreza Deus, a pátria e a família

Hipocrisia, desrespeito e desespero para se salvar. É isso que mostram os diálogos encontrados pela Polícia Federal no telefone de Jair Bolsonaro.

“Deus, Pátria e Família" é um lema que atravessou gerações do fascismo brasileiro. Do integralismo ao bolsonarismo, todos a usaram como uma peça de marketing para dourar suas ideologias podres.

Os diálogos encontrados pela Polícia Federal no celular de Jair Bolsonaro trouxeram à superfície a hipocrisia desses homens de bem que, de tempos em tempos, atormentam a democracia. Não que seja uma novidade, mas é que agora temos áudios e prints que vão deixar registrado de forma inequívoca a hipocrisia dessa gente.

O que se viu nas conversas entre Bolsonaro, seu filho Eduardo e seu pastor Silas Malafaia foram violentos ataques contra Deus, a pátria e a família. Malafaia tem linguajar de bicheiro e fala com seus fiéis como quem fala com a sua quadrilha. “Arrombado”, “babaca”, “merda” e “cacete” foram alguns dos termos que esse homem de Deus usou para se referir, aos berros, a Eduardo Bolsonaro em uma conversa com o ex-presidente.

O pastor chega a contar que mandou um áudio para Eduardo com a seguinte ameaça: “a próxima que você fizer isso, eu gravo um vídeo e te arrebento”. Malafaia participou ativamente dos planos bolsonaristas para coagir membros do Legislativo e do Judiciário.

Em nenhum momento dos diálogos se viu uma palavra de benção, um conselho ou algum gesto que se espera de um líder espiritual. Só se viu esporros, ameaças, palavrões, gritaria, ódio.

Malafaia sente-se à vontade para esculhambar Eduardo Bolsonaro com seu pai porque se vê, com razão, como uma liderança do bolsonarismo. Apesar de não ter mandato, o pastor organizou e financiou muitas manifestações golpistas.

Bolsonaro morreu politicamente e há uma disputa de poder pelo trono do fascismo. Malafaia pode não ter pretensões políticas partidárias, mas quer continuar influente dentro desse grupo. Enlouquecido por virar alvo da PF, o pastor agora se diz vítima de perseguição religiosa.

Mais uma vez, usa-se a bíblia como escudo moral para se cometer as maiores barbaridades. Malafaia foi indiciado não por ser evangélico, mas por talvez ser um criminoso que se juntou a outros investigados para articular um esquema de coação de autoridades brasileiras. Vejamos o que o Deus de Malafaia está preparando para ele.  

A hipocrisia patriótica dessa gente está no mesmo nível da religiosa. Nos áudios, fica claro que o núcleo bolsonarista trabalha com um só objetivo: livrar Bolsonaro da cadeia através da pressão política e econômica de Donald Trump contra o Brasil.

Não se viu nos diálogos alguém temeroso com os danos à economia brasileira. Nenhum dos valorosos patriotas fez qualquer objeção sobre condicionar às sanções econômicas dos EUA à anistia de Bolsonaro. Nada disso. Ao contrário, eles se mostraram dispostos a ferrar o país para atingir seus objetivos.

Em nenhum momento demonstrou-se alguma preocupação com os militantes golpistas condenados no 8 de Janeiro. Essa solidariedade só existe em público. No escurinho do WhatsApp, Eduardo Bolsonaro diz para o pai que Trump não ajudaria mais caso fosse aprovada a “anistia light” — aquela que pouparia apenas as “velhinhas de bíblia na mão”.

Segundo relatório da PF, “a real intenção dos investigados não seria uma anistia para os condenados pelos atos golpistas realizados no dia 08 de janeiro de 2023, mas sim, interesses pessoais, no sentido de obter uma condição de impunidade de Jair Bolsonaro”. Não há margem para qualquer interpretação diferente dessa. As conversas são claras e diretas.

Além do desprezo por Deus e pela pátria, os áudios mostram que os Bolsonaros não têm respeito pela família. As conversas confirmam o que todos já sabiam: há uma disputa política interna entre pai e filhos. Os laços afetivos ali são frágeis e estão condicionados aos objetivos políticos de cada um.

Bolsonaro enfiou a família inteira na política e criou um gigantesco esquema de rachadinhas. Só uma ex-mulher de Bolsonaro levou cunhada, primo e irmãos para se lambuzar com dinheiro público. Nem preciso falar do senador Flávio Bolsonaro, que encheu o gabinete com a parentes de chefe de milícia e criou mais um esquema de rachadinha.

A família Bolsonaro se uniu para roubar os cofres públicos e se manteve unida enquanto os interesses de cada um convergiam. Eles se protegem enquanto grupo político, não enquanto família.

As conversas entre Eduardo e Jair mostram uma relação sem respeito e sem afeto. É normal que pai e filho que trabalham juntos eventualmente discutam, mas o que se viu no diálogo foi um nível de desrespeito inaceitável para qualquer família, ainda mais uma que prega os bons valores da tradicional família brasileira.

“VTNC, SEU INGRATO DO CARALH*”, escreveu Eduardo para o pai depois de ser chamado de imaturo por ele em uma entrevista. Em público, o deputado grava vídeos chorando de tanta saudade do pai, no seu exílio de mentirinha. A hipocrisia grita.

Esse tipo de ofensa entre integrantes da família Bolsonaro não é um caso isolado. Como esquecer da troca de mensagens de 2017, quando o então deputado Jair foi flagrado na Câmara conversando com Eduardo no WhatsApp: “Papel de filho da puta que você está fazendo comigo. Tens moral para falar do Renan [Bolsonaro]? Irresponsável”, escreveu.

Eduardo respondeu revelando o profundo desprezo que sente pelo irmão: “Quer me dar esporro, tudo bem. Vacilo foi meu. Achei que a eleição só fosse semana que vem. Me comparar com o merda do seu filho? Calma lá”.

A relação entre todos eles é tensa e está sempre cruzando a fronteira do desrespeito. O pai não tem boa relação com os filhos. Os filhos não têm boa relação com Michelle e não têm uma boa relação entre si. Não há afeto. Só ódio, interesse financeiro e político.

A família Bolsonaro é uma incubadora de tiranos, e o autoritarismo é o motor das relações familiares. Quando Jair Bolsonaro morrer, a briga interna para assumir a liderança política da família será feia. Uma autofagia a céu aberto.

Além do desprezo por Deus, pela pátria e pela família, os diálogos encontrados no telefone de Bolsonaro confirmam integralmente todas as suspeitas da PF. Está mais do que comprovado que o núcleo bolsonarista agiu para coagir a justiça e para conseguir uma anistia apenas para Bolsonaro.

Se eles já estavam enrolados com a justiça, agora a coisa desandou – principalmente Jair Bolsonaro, que, se condenado no novo inquérito, poderá pegar mais 12 anos de cadeia. Somando as penas máximas de outros crimes em que está implicado, pode chegar a até 55 anos. Haverá tempo de sobra para pedir perdão para Deus por tanta hipocrisia.


segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Um dia frio com chuva e o potencial dos estudantes que temos para fazer valer a pena ser professor ou não. Em que direção seguir?



 Hoje, 18 de agosto de 2025,  pela manhã na Escola Neyde Mesquita, localizada em uma zona periférica de São Cristóvão, mas muito ligada a Aracaju,  tivemos um grupo de alunos do sétimo ano que faltaram em razão da chuva, isso proporcionou na primeira sala de aula, com os cinco alunos que compareceram de um total de vinte,  abrirmos uma roda de conversa para abordar questões de relacionamento entre homens e mulheres sob uma perspectiva de respeito, cuidado, igualdade e etc., evidentemente, a questão de namoro não poderia ficar de fora.

A roda de conversa seria até um grupo maior de alunos chegar, mas a chuva não diminuiu e uma aula de geografia se transformou em uma aula de Projeto de Vida

Tivemos até julgamento da declaração de um dos alunos,  que disse a algumas colegas  gostar  de utilizar  o sentimento romântico das meninas para usar isso a seu favor. Ou seja, ação típica de um  latin lover ou Don Juan .

Para completar, uma das meninas “espertas” , até porque ela vê muito isso da parte dos meninos e homens da própria familia e na vizinhança,  propôs um julgamento da situação e como o colega não teve advogado de defesa, porque o outro menino da sala não teria condições de sustentar uma boa argumentação, ela assumiu e conseguiu fazer muito bem os dois papéis.

No final parabenizei a ela pela boa defesa, incluindo a parte da acusação, e agradeci ao aluno por ter se colocado a disposição em  ter uma opinião e comportamento pessoal  avaliado e julgado em sala de aula.

Como juiz dei o veredicto que  não haveria condenação,  mas ele deveria ter alguns momentos de conversa com profissionais ligados ao campo da psicologia, da pedagogia,  da assistência social e etc., para abordar a importância e necessidade de considerar questões como respeito, cuidado e igualdade na relação homem-mulher.

Há algumas razões para eu ter trazido essa situação para quem não esteve presente. A primeira delas é a possibilidade de fazer uma conversa  prazerosa e edificante como foi,   por causa da ausência de um número significativo de alunos, e podendo utilizar uma das minhas dinâmicas preferidas, o julgamento simulado, mas com grande dificuldade de ser aplicada nas turmas em geral. E o mais legal, nesse caso especifico,  protagonizado por uma aluna, que propôs e se dispôs a fazer.

O que fazer? Claro, não é deixar fora da escola alunos  que fazem de tudo para atrapalhar, não somente a aula tradicional, como também aulas com dinâmicas ativas de aprendizagem como essa e inspirada na filosofia freireana. Mas é preciso fazer algo mais, e não só pela ou através da escola.

Demandar mais da secretaria de estado da educação sim, como também de outros serviços públicos sim, incluindo das secretarias de saúde, assistência social, cultura e etc...Como? Pode ser uma boa discussão para ser realizada no âmbito das escolas, do  sindicato, dos cursos de licenciaturas, da imprensa.  Decerto discutir melhores condições de trabalho é  levar mais a sério, essa questão da indisciplina e agressão de alguns alunos a outros colegas e a professores.

O exemplo acima não tratou disso como a questão primeira, ou camada primordial, mas traz exemplo do quanto precisamos discutir o assunto “violência nas escolas”, porque isso trará os resultados esperados da aprendizagem adequada que nossos alunos precisam e do futuro da educação no Brasil.

Já em outra turma, também com menor quantidade de alunos,  mas nem tanto, na hora do recreio,  o que sobressaiu foi a grata surpresa de uma aluna ter solicitado para tocar a canção “Clube da Esquina” de Milton Nascimento, depois de uma sequência de duas canções da Rita Lee, em seguida,  escolheram para tocar Seu Jorge e ouviram/cantaram duas músicas deste último de forma bastante efusiva.

Isso acontece,  pois no horário do recreio às vezes fico na sala depois da aula passando algumas canções do youtube ligada na caixinha de som tipo JBL, mas fabricado pela Xaomi, a mesma que utilizo para transmitir o áudio dos vídeos que utilizo em sala de aula.

Na hora do recreio uma ou duas canções são escolhidas por mim, mas sempre no estilo pop (românticas ou dançantes) e as que seguem são escolhidas pelos alunos, na mesma linha, em geral dá para tocar ao todo, quatro ou cinco canções. Músicas muito agitadas e/ou com palavrãos, e as de  sofrência,  são solicitadas a não serem escolhidas  para não ficar um clima tenso, e também por não terem condições de contribuir para o enriquecimento pedagógico e cultural dos alunos.

Sobre a segunda questão que trouxe acima, como é fundamental considerar a presença da música e das artes de diversos formatos  e maneiras dentro da escola e fora, na comunidade,  visando melhorar o repertório cultural de nossos alunos, iniciativa imprescindível pelos diversos motivos que repetidamente estamos trazendo aqui no blog, escrito por mim e por outros autores.

Por outro lado, vale a pena aproveitar o exemplo acima, para explicar o motivo dos professores da rede estadual não terem aceitado a proposta de auxilio tecnológico por meio de um tablet comprado pelo governo do estado, o que significa dizer, mais do que um tablet precisamos de um auxilio financeiro como feito na gestão passada do governo estadual, auxilio em dinheiro para prestar contas por meio de notas fiscais de  compra de equipamentos que podem servir para diversas finalidades, além do registro no diário eletrônico, como projetar audiovisual, escrever, tocar música e etc...

  Zezito de Oliveira - É professor na Escola Neyde Mesquita, além de  editor do blog da cultura

 quinta-feira, 14 de agosto de 2025

A Islândia sabe como acabar com as drogas entre adolescentes, mas o resto do mundo não escuta


terça-feira, 29 de julho de 2025

Comunicado do blog da Cultura aos professores e estudantes da educação básica e superior. Cinema é um dos mais importantes canais de formação humana integral.


14º Concurso de Desenho e Redação da CGU - O clima está mudando! E você?

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domingo, 8 de março de 2020

"A gente não precisa somente de comida, a gente precisa de comida, diversão e arte.."Parafraseando Titãs.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024


 

 

 

 

 

 

 





E se a Bíblia fosse usada para justificar a escravidão?


 A Bíblia sempre teve prestígio. Falas divinas, orientações morais, narrativas que moldam sociedades.

Mas... e se ela também foi usada para justificar a escravidão? Ainda hoje.

Escravidão na Bíblia, de Paulo Sérgio de Proença, convida você a olhar o texto sagrado de frente, sem concordar nem condenar sem antes compreender.

Um diálogo profundo entre Fé e Justiça

A Bíblia não diz tudo — ela reflete quem lê.

E muitos buscaram nela apoio para práticas que se pensava ter sido abolidas.

Proença nos mostra:

– Como interpretações seletivas moldam processos de opressão

– Como a escravidão foi justificada a partir das Escrituras

– Por que isso ainda ecoa na modernidade — e como podemos romper esse ciclo

“Mas afinal, a Bíblia é a favor ou contra a escravidão?”

A resposta não é simples, mas essencial.

É possível decidir apenas após confrontar todas as vozes envolvidas — incluindo a sua própria.

Um livro para teólogos, estudantes, pesquisadores e leitores engajados com justiça social.

Destaques da obra:

Prefácio de Leandro de Proença Lopes

Capítulo 2: análise contundente sobre a escravidão no Novo Testamento

Reflexões instigantes sobre tradução, cor da pele e preconceito linguístico

Escravidão na Bíblia - Paulo Sérgio de Proença

Para comprar. Clique AQUI

A Bíblia aprova ou desaprova a escravidão?

Uns dizem que aprova; outros dizem que desaprova.

Ocorre que ambos os lados buscam nela o amparo para defender suas ideias. Isso se deve ao prestígio e à força modeladora de  pensamento e de comportamento que as Escrituras têm, pois são consideradas as palavras ditas ou inspiradas pelo próprio Deus. Mas,  afinal, a Bíblia é a favor ou contra a escravidão?

A pergunta não quer calar e interessa a todas as pessoas. A resposta é: depende. Depende do lado, das convicções, dos interesses dos leitores. Há, em torno dela, e de tantos outros temas polêmicos, uma interminável disputa interpretativa, o que acaba forçando o livro santo a dizer o que nós queremos, a partir da seleção de alguns trechos que apoiam as ideias que se quer defender. Se o que está em jogo é a interpretação, todas as vozes implicadas na questão precisam ser ouvidas, e quem lê a Bíblia precisa ter consciência do lugar social que ocupa e não se deixar iludir por respostas diversas que circulam entre nós. Você, pessoa leitora, está convidada a ler este livro e formular sua hipótese, caso ainda não a tenha. Se já a tem, pode confrontá-la com as ideias aqui expostas e refletir sobre a presença da escravidão na Bíblia e sua expansão na história e – quem sabe? – reformular convicções. Boa leitura! Ótima reflexão! Escravidão nunca mais!

Paulo Sérgio de Proença

Possui graduação em Letras (Universidade de São Paulo), mestrado em Ciências da Religião (Universidade Metodista de São Paulo) e doutorado em Letras (Universidade de São Paulo). É professor-adjunto com dedicação exclusiva na Unilab - Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Campus dos Malês, Bahia. Pesquisa as relações entre Literatura, Bíblia, Teologia, escravidão e temas afins. Autor de capítulos de livros e de artigos, além dos seguintes livros publicados:

• Amor Fraternal Carismas e Crises da Comunidade Cristã

• Sob o Signo de Caim: Machado de Assis e a Bíblia

• O protagonismo do Diabo em Machado de Assis

• Romanos (em coautoria com Lysias de Oliveira Santos)

• Revisitando Dom Casmurro: Aspectos Retóricos em Conexão com a Bíblia (em coautoria  com Lineide do Lago Salvador Mosca)

• Bem-aventuradas são as pessoas negras: o Sermão do Monte 




domingo, 17 de agosto de 2025

E se o Ministério da Cultura criasse um certificado para qualificar as cidades e estados que se destacam na gestão da PNAB (politica nacional de fomento a cultura Aldir Blanc) como São Cristóvão (SE)?

  REUNIÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICAS CULTURAIS DE SÃO CRISTÓVÃO 

Na reunião de quinta feira, 12 de agosto,  no CMPC, Conselho Municipal de Politica Cultural de São Cristóvão   aprovamos duas moções de aplausos e uma moção de pesar pela dolorosa perda do jovem artista e organizador da Batalha do Holly (BDH), Ícaro Nerus   – mais uma vida interrompida que deixa um vazio na nossa cultura urbana. 🕊

Meu mandato no Conselho está chegando ao fim, mas nossa luta não pode parar. Precisamos aumentar a presença dos nossos nas reuniões, para que o Hip Hop, a cultura popular e todas as expressões da nossa cidade continuem tendo voz e espaço de decisão.

Tivemos a honra de contar com a presença de uma grande referência da cultura sergipana: José Oliveira Santos (Zezito) – professor de história, produtor cultural, escritor, especialista em arte-educação, políticas públicas culturais e empreendedorismo cultural. Um mestre que há mais de 40 anos constrói e inspira projetos socioculturais.

🚨 Convocamos Geral pra compareça, participe e fortaleça!

 O Conselho é nosso espaço de discussão e construção. 

Se a gente não ocupa, outros ocupam. 

A CULTURA DE SÃO CRISTÓVÃO PRECISA DE NOIS ✊🏿

                    https://www.instagram.com/reel/DNW04jUMyXS/?igsh=MXQ2OXMzb25odm54bg== 

 
Claudemir Santos da Conceição (curuminho)
 Rapper, compositor, percussionista, agente sociocultural, produtor cultural, educador popular, palestrante, conselheiro municipal de políticas culturais de são Cristóvão, coordenador do ponto de cultura Barracão Cultural Mãe Maria, e dos coletivos batalha do Holly, noite clandestina e coletivo ideia chek
Conforme o relato acima do companheiro  Claudemir Curuminho, estive presente a reunião citada e ao final conversamos pós reunião  sobre uma proposta que defendi  em vários momentos, em especial pelas redes virtuais, a  necessidade da criação e entrega pelo MINC de uma espécie de selo ou certificado para as cidades e estados que se destacarem na gestão dos recursos da PNAB.

O objetivo é reforçar essas gestões e inspirar outras,  no sentido de aprofundar o processo de democratização da cultura até o limite da democracia cultural nos marcos conceituais da PNAB , o que no pensamento do professor Albino Rubim da UFBA quer dizer no primeiro caso, "ampliar o acesso da população às obras culturais consideradas "eruditas" ou "legítimas", geralmente produzidas por elites artísticas e intelectuais"  e no segundo caso "reconhecer e valorizar a diversidade cultural, garantindo não apenas o acesso, mas a participação ativa das comunidades na produção e gestão cultural". 

Assim esse selo ou certificação como no caso da plataforma cultura viva, seria administrado por meio de uma plataforma virtual cujo monitoramento e gestão poderia ser realizado em rede pelos  comitês estaduais de cultura e pontões estaduais cultura viva, como também pelo pontão temático  gestão cultural. A alimentação da plataforma seria realizada por bolsistas agentes jovens cultura viva  com dados e informações publicados pelos orgãos de gestão cultural  municipais e estaduais,  pela imprensa, pelas redes virtuais e pelas universidades e analisados por pesquisadores acadêmicos e lideranças de organizações da sociedade civil ligadas ao campo da arte e da cultura, a partir da construção de indicadores de desempenho e de impacto da cultura, além do campo simbólico e das identidades, também no campo social, econômico, ambiental, da democracia e etc. 

Com relação a estes indicadores, especial atenção deveria ser dada a questão da participação e do controle social. No caso de São Cristóvão percebi uma reunião de conselho presidida por  uma pessoa da gestão municipal qualificada e aberta as opiniões dos demais  conselheiros de forma bem tranquila,  cuidado na confecção da ata e transparência da  mesma, preocupação da presidência e dos demais conselheiros com relação a necessidade de receber inscrições de candidaturas de pessoas fisicas, além da indicação pelas entidades, assim como a importância de ampliar a participação no conselho de politica cultural com outras linguagens e expressões culturais .  

Dessa maneira a participação de Claudemir Curuminho, um jovem negro ligado ao movimente hip-hop e residente em um bairro periférico de São Cristóvão, o  Rosa Elze,  fez toda a diferença na reunião, trazendo temas e demandas bem alinhadas com as necessidades e anseios das populações marginalizados e em estado de vulnerabilidade social, não só no campo das politicas culturais, como das politicas de saúde mental, basta citar a moção de pesar apresentada por ele e aprovada pelos pares no conselho por unanimidade, em razão do falecimento do jovem  Icaro Nerus ligado a Batalha do Holly.

E a demanda da necessidade de atenção a saúde mental por parte do municipio será levada ao conselho municipal de saúde. Olha o que muda,  quando um jovem negro consciente ligado ao movimento hip-hop ocupa instâncias de discussão e decisão do poder público.

Dessa maneira percebi uma preocupação em avançar o formato de governança do conselho diferente do Conselho Estadual de Cultura e do  Conselho Municipal de Aracaju,  cujas inscrições de candidaturas a vaga de conselheiro é realizada somente por entidade, sem eleições junto ao segmento e com uma restrição de linguagens que garante predomínio das linguagens conhecidas do campo das  belas artes.

 A lembrar, a proposta mais contemporânea de conselho de cultura é no formato elegivel, ou seja, com conselheiros escolhidos pelos seus pares, assim,   os da música escolhem seu representante, artes cênicas o seu, e segue com as outras linguagens. 

Um conselho contemporâneo de cultura também considera além das linguagens artisticas tradicionais, as belas artes, outras linguagens e áreas transversais caracteristicas de nosso tempo, como moda, gastronomia, culturas urbanas e etc.

Voltando ao selo ou certificado sugerido na manchete dessa postagem, pensamos na escolha das 10 cidades de cada estado melhor avaliadas para concorrerem a uma seleção regional e depois nacional.  Sendo três concorrentes finais de cada região para receber a pontuação final em julgamento que pode ser feito por intelectuais, artistas, jornalistas, lideranças da sociedade civil ligadas a área da arte e da cultura.

Os estados da mesma maneira,  considerando as regiões geográficas, variando de um no caso da região sul que possui apenas três estados e de três ou quatro, para a região nordeste que possui o maior número de estados. As regiões intermediárias poderiam concorrer com duas ou três vagas.. .