Foi no mínimo boa....
As razões para isso, sob o ponto de vista quantitativo, conseguirmos assegurar uma participação média de 10 pessoas, variando em alguns momentos com 14 e em outros momentos com 9.
Isso se deveu a situação de pessoas que estavam em trânsito ou em outra atividade presencial de caráter formativo e de articulação, como a nossa, mas em outro estado. Houve também o caso de quem estava trabalhando e que entrou por alguns minutos, saindo logo depois ou que chegou depois, em razão desse motivo.
Conseguimos a participação de três participantes do Comitê Paulo Gustavo – Sergipe, inclusive da articuladora estadual e de um conselheiro municipal de cultura, respectivamente Tácita Mykaelly e Teddy Fontes, sendo este conselheiro na cidade de Itabaianinha e a primeira residente em Simão Dias, estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas - BICULT da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano). E também contamos com a presença de Sandra Rodrigues, professora e produtora cultural residente em Boquim e inserida no apoio como assessora, voluntária na maioria das vezes, a mestres da cultura popular da matriz tradicional.
Dos Pontos de Cultura, participaram representantes que estão presentes desde a primeira reunião. A saber:
Ação Cultural – Com dois representantes, inclusive Maxivel Ferreira que participa pela primeira vez de uma reunião da Rede Sergipe.
Isabela Bispo– Do Pescando Memórias, juntamente com Givanildo Santana
Claudemir Curuminho – representando o barracão cultural Mãe Maria.
Luiza Kummer – representante do Ponto de Cultura Loucurart
Messias Cordeiro – representante do Pontão Albertina Brasil
José Alves – representante do Ponto de Cultura: UMBAÚBA CULTURA E ARTES UMA ALTERNATIVA ÀS DROGAS E À VIOLÊNCIA - UMBAÚBA
Luciano Acciole , representante do Caatingart
Danilo Duarte – representante do coletivo Inferninho
Lindolfo Amaral – representante do Imbuaça
Sob o ponto de vista qualitativo, a fala do Célio Turino representa verdadeiramente a voz de um griot da cultura viva, sendo esta sistema de pensamento racional e sensível como uma das politicas culturais mais democráticas e inovadoras do Brasil e do mundo no final do século XX e que continua sendo, mesmo com os tantos obstáculo ou barreiras para prosseguir assim...
Uma fala que traz elementos fundamentais da filosofia, da antropologia e da sociologia que subjaz a Politica Nacional Cultura Viva (PNCV), isso a partir do chão da nossa realidade histórica e existencial.
O griot ou griô é a denominação dada a membros de sociedades africanas que eram contadores de histórias, trovadores, mensageiros oficiais, guardiões de tradições milenares, entre outros ofícios.
A compreensão disso é crucial para garantir e ampliar o alcance da PNCV, considerando os ataques intensivos já sofridos , assim como a cultura em geral, o que pode voltar e de maneira recrudescida, a depender dos governos eleitos, em que pese já não esteja fácil lidar com os atuais, alguns mais, e outros menos, mas dentro de um contexto difícil, para dizer o minino.
Como me comprometi com Célio Turino e com os companheiros (as), publicaremos a transcrição da nossa roda de conversa em formato de entrevista, o que devo fazer em até sete dias, a contar de hoje, 11/09/2025. (a promessa inteira ficará para um mês a frente, por ora fiquemos com um resumo da transcrição da reunião feito com IA, mais abaixo.)
Enquanto isso, sugiro a leitura dos livros e de um poema do Célio Turino republicado no blog da Ação Cultural e indicados na roda de conversa virtual, com links abaixo.
Quanto aos livros, algumas das questões problematizadoras suscitadas a partir do que escrevi a la Paulo Freire e das outras intervenções dos companheiros da Rede Sergipe de Pontos de Cultura e convidados do Comitê Paulo Gustavo, como Célio nos disse para aprofundamento recomenda-se a leitura do último livro lançado. , “SEMENTEIRA”.
As questões ao estilo freireano que propus na live.
1 - Uma questão que tem me incomodado desde sempre, mesmo antes da criação da Rede Sergipe de Pontos de Cultura.
Trata-se da dimensão cidadã dos Pontos de Cultura, a dimensão politica do Cultura Viva, e isso acaba tendo impacto quando precisamos fazer a resistência e/ou enfrentamento ao arbitrio e ao autoritarismo, alimentado por um modus operandi de relacionamento com artistas e grupos culturais, marcado pelo clientelismo, pela verticalização e elitismo, pela subordinação e mesmo pela subserviência. .
E assim, a potência emancipadora do Cultura Viva muito bem expressa pelos conceitos de autonomia e de protagonismo se perde no mundo da retórica das boas intenções.
A pergunta é a seguinte, o que já se avançou com relação a isso? Tanto no Brasil como na América Latina. E como fazer isso avançar mais? De baixo para cima, especialmente.
2 - Mais uma questão ou pergunta problematizadora.
Ao ser entrevistado pelo jornalista Antônio Martins no canal Outras Palavras em 24 de maio de 2023 você tratou entre outros temas, da questão dos editais, criticando esse formato de fomento ou patrocinio da produção cultural, você chama de fetiche, critica o fato dos editais ter se tornado uma espécie de formato único, sem outras maneiras de realizar o financiamento das iniciativas culturais.
A questão: Se já existe em poucas cidades e estados brasileiros a saturação do formato edital, por outro lado, para a maioria das cidades foi somente a partir das leis Aldir Blanc 1, Paulo Gustavo (LPG) e PNAB, que essa realidade começou a existir, considerando o fato da maioria nem ter secretaria de cultura e nem fundação de cultura, antes da LPG e da PNAB, ficando a politica cultural a mercê das relações de poder, da influência e da amizade de alguns artistas e grupos culturais com os políticos locais. Uma “politica cultural” que se realiza com a distribuição de migalhas a artistas locais e grupos culturais, de um lado, e por outro lado, terceirizando a realização das festas da cidade para empresas de produção de eventos, como no exemplo recente do município de Itamaracá que convidou Lia para ser “homenageada” como titular da secretaria de cultura, mas sem poder real para pensar e operar a politica cultural do município, o que de fato foi realizado por meio da contratação de uma produtora de festas para a cidade com programação a ser pensada pelo gabinete do prefeito em conjunto com uma empresa privada e operada por esta...Os detalhes desse fato está publicado no blog da cultura.
Concluindo, como pensar além dos editais considerando o contraste das duas situações colocadas acima, dos poucos estados e cidades que possuem fundos públicos de cultura e/ou lei de incentivo, mas que estão em estado de saturação com esse formato, e os estados e cidades, principalmente estas últimas, que nunca chegaram a operar cultura por meio de editais e que nem com estes encontram espaço para fazer escolhas via LPG e PNAB de forma republicana, basta ver as críticas de muitos agentes culturais dos municípios acerca da forma como, mesmo com os editais se repetem a escolha por meio de critérios menos técnicos e mais políticos.
Zezito de Oliveira
https://acaoculturalse.blogspot.com/2025/06/cultura-digital-o-que-foi-o-que-sera.html
CÉLIO TURINO - Ponto de Cultura_o Brasil de baixo para cima, 2ª Edição - São Paulo. Anita Garibaldi, 2010.
Célio Turino é o idealizador dos pontos de cultura, espaços que unem protagonismo cultural e autonomia comunitária. Como funcionário do MinC, entre 2004 e 2010, consolidou a proposta no programa Cultura Viva, que viabilizou pontos de cultura por todo o Brasil. O sucesso se espraiou para além das fronteiras nacionais, fazendo surgir a cultura viva comunitária em toda a América Latina. Em Por todos os caminhos, Turino realiza uma viagem por pontos de cultura latino-americanos – muitos deles espaços de cura social em regiões afetadas pela violência –, entretecendo experiências coletivas, valores ancestrais e histórias de vida singulares numa rede de fraternidade.
O que lazer e trabalho têm a ver com Macunaíma, personagem título de Mário de Andrade? É por meio dessa surpreendente trilha que Célio Turino nos leva a uma reflexão ampla sobre a importância do ócio para uma vida mais gratificante e inteligente. Trata-se de uma leitura prazerosa, uma contribuição significativa para enriquecer as discussões sobre as políticas públicas de lazer nas metrópoles.
https://portal.sescsp.org.br/loja/11971_NA+TRILHA+DE+MACUNAIMA+3+EDICAO#/content=detalhes-do-produto
Sementeira: grãos para transformar radicalmente a sociedade via políticas culturais
https://acaoculturalse.blogspot.com/2025/02/sementeira-graos-para-transformar.html
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