ABILIO NETO
A roqueira norte-americana Suzi Quatro e o roqueiro inglês Chris Norman, em 1978, ambos aos 28 anos, pois nasceram em 1950, causaram emoção no mundo não somente pela beleza física de ambos como pelas suas vozes lindas e harmônicas na gravação do grande sucesso Stumblin’ In (N. Chin e M. Chapman).
A roqueira norte-americana Suzi Quatro e o roqueiro inglês Chris Norman, em 1978, ambos aos 28 anos, pois nasceram em 1950, causaram emoção no mundo não somente pela beleza física de ambos como pelas suas vozes lindas e harmônicas na gravação do grande sucesso Stumblin’ In (N. Chin e M. Chapman).
Era a discoteca no auge! Sempre fui fã dessa artista (que tocava baixo) e também cantava muito. Os dois eram adorados no fim dos anos 70. Veja que os produtores do vídeo que contém os dois o editaram com uns coraçõezinhos o que o tornou bem brega. Coloquei abaixo outro vídeo com Suzi e sua banda tocando essa mesma música na República Tcheca em 1979. Como não se apaixonar por essa baixinha baixista?
Aqui no Brasil, um cara do Recife, descendente de espanhóis (que nem tem muito cartaz nesta terra ingrata), gravou uma versão bem interessante de STUMBLIN’ IN em 1979, feita pelo Enoque Gomes. Não posso me esquecer do vozeirão do Rodrigo Otarola, cantor da versão, porque na época eu namorava uma negra linda (que ficava com três ao mesmo tempo sem que nenhum deles desconfiasse) que cantava a música no original sem saber nada de inglês. Pode isso, Arnaldo? Sim, se os horários ou os dias fossem diferentes e se a morena tivesse um ouvido absoluto. Tinha isso e muito mais!
Quando eu soube daquela cornura temporária, amansei. Quem ficou brabo foi um sargento da Aeronáutica por nome de Augusto, que, como milico, viu traição e sabotagem por parte da menina, tornou-se um corno violento e bateu nela. Se fosse hoje, coerente com os novos tempos, eu teria adotado este lema: “Corno acima de tudo e manso acima de todos”.
Assim eu ouvia SEGUINDO VOCÊ, com Rodrigo, ainda pensando naquela moça assanhada e sensual que vivia cantando Rita Lee: "meu bem, você me dá água na boca/ vestindo fantasia, tirando a roupa". O brega de Rodrigo tocava muito no saudoso bar EU e TU, na orla de Olinda, e também no rádio do meu inesquecível fusca azul, pois era top nas emissoras de rádio de Maceió e Recife em 1980/1981. Na capa do disco dele só aparecia o nome Rodrigo. Ele, no auge do sucesso, tinha 35 anos. Atualmente tem 74.
O que será que o tempo fez com os três? Não os estragou muito, é verdade. Aos 69 anos (farão 70 em 2020), Suzi e Chris ainda mostram sinais do que foram nos tempos do vigor da juventude. Rodrigo parece bem conservado também. Moral da história: lembrando a palavra que Milton Nascimento usou para definir a música brasileira atual, a velhice só é uma ‘merda’ para quem envelheceu horrorosamente (na saúde ou na feiura)! E discordo do Milton: ele só disse isso porque não conhece o trabalho de Juliano Holanda, meu conterrâneo.
Conselho aos ‘jovens’ da terceira idade: envelhecer jovialmente é retirar-se gradual ou bruscamente da aparência de 60 anos ou mais, tentando se passar por uma pessoa de 40 ou menos, através de cirurgia plástica, preenchimentos ou produtos dermatológicos. Como nem sempre o resultado disso é bom, às vezes é melhor murchar. Se até as flores murcham por que as pessoas não podem?
Pense nisso, caro amigo ou amiga, antes de mandar fazer alterações profundas na sua cara. Os amigos sempre saberão que, nessas condições, a sua juventude é uma farsa, embora você se sinta o máximo!
Será que eu precisava ser tão cruel com quem deseja ser jovem eternamente às custas de truques que maltratam? Acho que Jeocaz Lee-Meddi pegou mais pesado: "a velhice não está nas rugas que o espelho nos mostra, mas na alma que precisa do espelho para ser feliz".
Feliz Dia da Mulher se você assim se sente!
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