quinta-feira, 5 de março de 2020

Mais um artigo publicado em E-book baseado nas pesquisas para elaboração do Livro AMABA/PROJETO RECULTURARTE O artigo sobre a Banda Afro Meninos do B.A





LANÇAMENTO - MAIS UM E-BOOK DA EAD FREIRIANA DO INSTITUTO PAULO FREIRE
Publicação reúne artigos de cursistas que participaram das duas edições do curso ‘Aprenda a dizer 
a sua palavra’, em 2017 e  2019. São 27 textos, nos quais cada autor(a) exercitou a reinvenção 
do legado de Paulo Freire, “dizendo sua própria palavra”.
Baixe gratuitamente em:
http://bit.ly/2TnJpco


VIVENCIANDO A PEDAGOGIA DA AUTONOMIA COM A BANDA AFRO MENINOS DO B.A.


RESUMO

O objetivo deste artigo é apresentar o potencial da arte como mediação para crianças e adolescentes exercerem uma experiência de participação, protagonismo e autonomia. Com base em depoimentos, retomamos a trajetória da banda afro percussiva Meninos do B.A. (1988 a 2000), criada por iniciativa de alguns adolescentes do bairro América, localizado na periferia de Aracaju. Através dessa sistematização, é possível compreender outras maneiras com que a arte e a cultura podem estimular crianças e jovens a dizerem suas palavras de forma positiva e construtiva.

Palavras-chave: música afro, adolescentes, comunidade, educação popular.



O início da banda afro mirim Meninos do B.A

Ser criança ou adolescente no bairro América, periferia de Aracaju, no ano de 1988, significava morar com muitas pessoas em casas pequenas ou quartos de vilas, muitas vezes imerso em situações de conflitos familiares. O que fazer antes ou depois de sair da escola? Ficar dentro das casas ou quartos apertados? Nem pensar! A rua era, então, a melhor opção, porque ali se podia correr, brincar, jogar futebol e bola de gude, de forma a esquecer por um tempo a dura realidade dentro de casa.
E... ouvir música, pois era nas ruas que muitos conheciam os artistas baianos, através das ondas das emissoras de rádio que espalhavam as canções dos precursores do movimento posteriormente conhecido como “axé music”.
A palavra “axé” é uma saudação religiosa usada no candomblé, que significa energia positiva. (...) ela foi anexada à palavra em inglês “music” pelo jornalista Hagamenon Brito em 1987 para formar um termo que designaria pejorativamente aquela música dançante com aspirações internacionais. (AXÉ, 2019).

Uma dessas bandas era o Olodum, verdadeira explosão musical dos anos 1990, um grande estímulo para os meninos iniciarem a jornada de músicos, por conta da base de percussão melódica e rítmica sustentada fortemente pelo uso de tambores.
Daí, um grupo de residentes das ruas Groelândia e Costa Rica, principalmente, localizadas no bairro América, tiveram a ideia de criar uma banda de lata ao estilo Olodum. E, para representar os instrumentos oficiais, saíram à cata de baldes de plástico e de latas de tinta. Pronto! Eis que surge a banda de lata, cujos ensaios eram realizados na esquina da casa do maestro mirim Ito Evangelista e nos quintais de algumas outras. Sobre os tempos iniciais e a evolução da banda de lata, Ildevan Vicente da Silva, conhecido como Idelvan “Birro”, um dos fundadores da banda, conta:
No começo, um dos locais onde ensaiávamos era em cima da caixa d’água lá de casa, que não ficava muito alto. Assim, subíamos pela escada e, de lá, nos comportávamos como se estivéssemos em cima de um trio elétrico. Havia até cobranças de ingressos, coisa de centavos. Lá de cima, erámos meninos brincando de ser artistas, tocando com instrumentos construídos por nós, na verdade, imitando guitarras e violões, assim como a bateria de lata, de onde era tirado o som verdadeiro. Os primeiros eram só enfeites. Em algumas vezes, até jatos d’água era jogado com mangueira em cima dos foliões. Depois de poucos anos, quando já tocava na banda afro de instrumentos oficial integrante da Amaba/Projeto Reculturarte, isso chegou perto de se tornar realidade, quando cheguei a dar autógrafos para um bocado de gente, após uma apresentação da Banda Meninos do B.A., com palco e som oficial, encerrando uma programação cujo destaque foi um show da banda Timbalada, apresentado antes de nós. Isso foi no Parque da Sementeira, em Aracaju. (Informação verbal)[1].



O apoio da Amaba/Projeto Reculturarte



Certo dia, em 1991, ao passar tocando e cantando em frente ao prédio da Associação dos Moradores e Amigos do Bairro América (Amaba), os meninos da banda de lata chamaram a atenção de educadores do Projeto Reeducação, Cultura e Arte (Reculturarte), que os convidaram para conversar sobre como começaram, como era a organização, a rotina dos ensaios etc. Em seguida, foi realizado um convite para que a banda ensaiasse na sede da Amaba, com a promessa de que o Projeto Reculturarte, que estava começando, compraria instrumentos oficiais para formar uma banda ao estilo Olodum.
Os meninos aceitaram, e, depois de um ano, quanta alegria! Chegaram os instrumentos oficiais: caixas, surdos, repiniques e atabaques. Com o tempo, a banda foi atraindo mais jovens, chegando ao total de 80 componentes. A banda de lata, que tinha entre dez e quinze componentes, não deixou de existir, mesmo com a chegada dos instrumentos oficiais. Ito Evangelista, participante do grupo, dizia, em 1994[2]: “Foi difícil, as pessoas não acreditavam na gente, mas descobri a AMABA e fui bem recebido com meus amiguinhos, e até hoje estou aqui e não quero sair nunca."
Criada em 1983, na cidade de Aracaju, a Amaba é uma organização da sociedade civil extinta no ano de 2012. Ela existiu em  três fases. A primeira, de 1983 até 1989, foi marcada  principalmente pela   luta vitoriosa da transferência da fábrica de cimento (1985), conquista da sede permanente (1987), e pela campanha por drenagem e pavimentação das ruas do bairro.
O encerramento dessa fase se dá após uma disputadíssima eleição em 1989, cuja vitória coube a uma chapa formada por uma maioria de jovens. Aqui, destaca-se a conquista de financiamento internacional para o Projeto Reculturarte (1991), possibilitada pela importância da Amaba como um autêntico “círculo de cultura”, embora essa expressão não fosse utilizada à época para se referir à iniciativa. 
Para Brandão (2008), a proposta do círculo de cultura apresentada por Paulo Freire é algo que bebe em uma tradição educativa presente em iniciativas práticas grupais de uso comunitário ou pedagógico. No caso do círculo de cultura, as pessoas são dispostas de modo que ninguém ocupe um lugar de destaque.
No círculo de cultura o diálogo deixa de ser uma simples metodologia ou uma técnica de ação grupal e passa a ser a própria diretriz de uma ação didática centrada no suposto de que aprender é aprender a “dizer a sua palavra”. (BRANDÃO, 2008, p. 69).

A segunda fase é encerrada no ano de 1996, após algumas saídas e rachas iniciados em 1993, o que culmina no afastamento dos últimos eleitos na chapa de 1989 e alguns sócios. A partir daí, tem início a terceira e última fase, que durou até 2012 e foi  marcada pela continuidade da banda afro Meninos do B.A., pela criação da rádio comunitária  Carcará, do  pré-vestibular comunitário e das tentativas de criação de alguns empreendimentos no campo da inclusão produtiva.

Como as atividades da banda eram realizadas


Os ensaios da banda na Amaba eram realizados no tempo contrário ao da escola, com uma média de duas horas de duração, de três a cinco vezes por semana, variando de acordo com o “tipo” de banda. Tinha início com conversas, incluindo a questão de como estavam na escola, discussões de cunho social, comportamental e de saúde, além de dinâmicas de grupo. Depois, era a vez de aprender a tocar os instrumentos.
Tudo isso contribuía para favorecer uma ampliação do repertório cultural e educacional dos meninos envolvidos, segundo os princípios freirianos, como bem resume Sonia Couto:
Aquele conhecimento que a gente vai adquirindo, nas primeiras interações que fazemos, no caso das crianças, as interações que são feitas com os pais, com seus coleguinhas, tudo isso vai preenchendo uma bagagem de conhecimento, e a escola precisa partir desse conhecimento. (INSTITUTO, 2019a).

Ampliando este raciocínio, Ângela Antunes (INSTITUTO, 2019b) afirma:
Pensar certo significa respeitar o saber por experiência feito dos educandos, respeitar os saberes socialmente construídos na prática comunitária e, por outro [lado], estimular essa curiosidade que permite uma compreensão mais aprofundada do objeto de estudo, que permite o aprofundamento do conhecimento.

No caso dos Meninos do B.A., a divisão dos grupos era a seguinte: banda de lata (para iniciantes), banda de aperfeiçoamento (estágio intermediário) e banda profissional. Quem se destacava na segunda, passava a tocar na banda profissional, de forma plena ou como reserva substituto.
A educadora Crécia dos Anjos, escolhida aos doze anos para essa função em razão das suas qualidades de liderança, recorda:
Atuei como educadora na banda de lata, sendo Ito Evangelista o maestro. Como vivíamos dentro de uma realidade adversa, com convivência difícil dentro das famílias, gerando violência em muitos casos, isso acabava chegando aos ensaios da banda, gerando desentendimentos entre os meninos algumas vezes. E Ito era um maestro de ouvido absoluto, mas impaciente com algumas situações. Isso porque também era uma pessoa que estava dentro daquela realidade adversa. O meu papel como educadora mirim era orientar a disciplina, fazendo mediação de conflitos, e organizar a entrega e o recolhimento dos instrumentos, entre outras questões de apoio à organização da atividade. Era um trabalho voluntário. (Informação verbal)[3].

E, como não poderia deixar de acontecer, a banda afro mirim Meninos do B.A. acabou por revelar lideranças juvenis e talentos artísticos, alguns chegando mesmo a fazer carreira musical.
Uma questão triste que aconteceu, e bastante lamentada, foi a doença mental do maestro mirim Ito Evangelista, acompanhada do alcoolismo, o que acabou incapacitando-o para o estudo e o trabalho regular, além de afastá-lo do convívio social mais produtivo e virtuoso.


Apresentações públicas
Em termos de apresentações públicas, além dos ensaios abertos, a banda era uma das principais atrações das mostras anuais denominadas Festival Infantil. Estas aconteciam na concha acústica da Praça dos Capuchinhos. Era o momento de apresentar a produção artística das oficinas e dos grupos culturais do Projeto Reculturarte.
Além disso, a banda afro fez inúmeras apresentações em eventos de cunho cultural, social e político em diversos locais de Aracaju, incluindo a Universidade Federal de Sergipe e algumas cidades do interior do estado.

Decadência e final


Entre as dificuldades e os conflitos internos enfrentados pela banda, o que levou ao seu fim em 2004, destacou-se a questão da necessidade de colocar instrumentos elétricos para juntar com os instrumentos de percussão e, com isso, possibilitar a formação de um grupo menor para fazer shows profissionais, uma tendência adotada pelos blocos afros baianos, como Araketu e Olodum. Essa medida visava a tornar a atividade autossustentável financeiramente, porém, por questões de choque de visão e de poder, isso não foi em frente.
Segundo José Cosme Santos, conhecido como “Nano”, integrante da banda “profissional”,
Essa proposta foi bombardeada por um educador de grande influência sobre os meninos, quando apresentada. Ele foi na casa de alguns meninos, os que tinham mais liderança e que não reagiam muito às ideias dele. Este educador dizia não ser interessante, que ia tirar a essência da banda. (Informação verbal)[4].

Além dessa questão, houve muitos conflitos em função dos cachês, porque havia uma discussão se estes deveriam ficar com os meninos ou ser reinvestidos na banda.
O fim da banda é descrito de forma emotiva e poética por Valtenisson dos Santos, hoje músico profissional e trabalhador da construção civil.
Um dia cheguei na porta da Amaba e vi tudo fechado, aí o meu coração veio de água abaixo, porque tinha vida ali, tinha amizade, e o meu foco estava ali. Olhei para um lado e para o outro, e nada. Como é que uma coisa tão boa assim pode acabar? Lá dentro, eu me sentia alegre e em harmonia. Hoje estou muito triste, procuro a Amaba e não encontro mais, procuro porque me lembra coisas boas, grandes recordações. Certa vez, ao passar em frente, fiquei quase meia hora em pé, em silêncio, olhando para o prédio. Era um dia de manhã bem cedo, poucas pessoas passavam pela rua naquele momento. Depois de algum tempo, os meus olhos se encheram de lágrimas. (Informação verbal)[5].

Considerações finais

Sob alguns aspectos, nos tempos atuais, a situação do bairro América e das famílias melhorou. Não existem mais ruas com lamas, empoeiradas, cheias de buracos. A região onde o bairro está localizado, área que já crescia em termos econômicos e urbanos nos anos de 1980 e 1990, passou a evoluir ainda mais nesses termos, como é o caso da ampliação do maior hospital público de Aracaju e do centro administrativo do governo do estado, localizados próximo ao bairro, além do terminal de ônibus interestadual e a construção/ampliação de pousadas, restaurantes e supermercados localizados no entorno, sem falar da melhoria do padrão socioeconômico da população residente.
Porém, a situação de muitas crianças, adolescentes e jovens nas esquinas prossegue, com falta de opções sadias, divertidas, educativas, críticas, afetivas e efetivas, como o que a Amaba/Projeto Reculturarte ofereciam, já que, além da banda afro mirim, também se podia ter acesso a outras atividades socioculturais: o contrário dos tempos atuais, em que os espaços principais de aprendizagem e convívio sociocultural se limitam às escolas e às igrejas.
Todos os que foram entrevistados para a composição desse artigo e do futuro livro sobre a banda afro mirim e outras atividades da Amaba/Projeto Reculturarte revelam o desejo de retomada da iniciativa, a fim de que seus filhos e sobrinhos pudessem ter a mesma vivência emancipadora que eles tiveram, proporcionada pela arte, pelo esporte, pelo afeto e pelas experiências dialógicas e de participação comunitária.
Algo a lamentar é a pouca interação que esse trabalho teve com as escolas, assim como o pouco interesse de professores e diretores das escolas localizadas no bairro em buscar uma relação mais estreita em termos de troca de conhecimentos. Apesar disso, o acesso para a divulgação das atividades e dos eventos da banda afro Meninos do B.A era tranquilo, havendo mesmo alguns convites para apresentação da banda dentro das escolas.
A banda afro Meninos do B.A. foi uma iniciativa de educação popular, mas as lições que ela nos deixou podem ser utilizadas no seio da educação formal, que tem uma dificuldade cada vez maior em conseguir atrair o interesse e a adesão plena de crianças, adolescentes e jovens.
Segundo Brandão (2006, p. 46),
A partir de uma crítica feita ao sistema vigente de educação [...] a educação popular: 1) constitui passo a passo (“aos tropeços”, dirão os seus críticos) uma nova teoria, não apenas de educação, mas das relações que, considerando-a a partir da cultura, estabelecem novas articulações entre a sua prática e um trabalho político progressivamente popular das trocas entre o homem e a sociedade, e de condições de transformação das estruturas opressoras desta pelo trabalho libertador daquele; 2) pretende fundar não apenas um novo método de trabalho “com o povo” através da educação, mas toda uma nova educação libertadora, através do trabalho do/com o povo sobre ela – este é o sentido em que a educação popular projeta transformar todo o sistema de educação, em todos os seus níveis, como uma educação popular; 3) define a educação como instrumento político de conscientização e politização, através da construção de um novo saber, ao invés de ser apenas um meio de transferência seletiva, a sujeitos e grupos populares, de um “saber dominante” de efeito “ajustador” à ordem vigente – este é o sentido em que ela se propõe como uma ampla ação cultural para a liberdade a partir da prática pedagógica no momento de encontro entre educadores-educandos e educandos-educadores.

Referências

AXÉ(gênero musical). In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Wikimedia, 2019. Disponível em:  Acesso em: 1º out. 2019.


BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Círculo de Cultura. In: ZITKOSKI, Jaime José; REDIN, Euclides; STRECK, Danilo R. (Orgs.).  Dicionário Paulo Freire. 3ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

_______. O que é Educação Popular. 1 ed. São Paulo:  Brasiliense, 2006.


INSTITUTO PAULO FREIRE. Ensinar exige Apreensão da Realidade. Docente: Sonia Couto. Curso Aprenda a Dizer a sua Palavra. Produção: EAD Freiriana, São Paulo: Coordenação Geral: Paulo Roberto Padilha, 2019(a). Videoaula 3/12.

_______. Ensinar exige Rigorosidade Metódica e Pesquisa. Docente: Angela Biz Antunes. Curso Aprenda a Dizer a sua Palavra. Produção: EAD Freiriana, São Paulo: Coordenação Geral: Paulo Roberto Padilha, 2019(b). Videoaula 7/12.


SANTOS, José de Oliveira[6]




[1] Entrevista concedida ao autor deste artigo em setembro de 2018.
[2] Depoimento registrado em um folheto informativo publicado à época.
[3] Entrevista concedida a autor deste artigo em outubro de 2018.
[4] Entrevista concedida ao autor deste artigo em janeiro de 2019.
[5] Entrevista concedida ao autor deste artigo em setembro de 2018.
[6] Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe, especialista em Arte-Educação pela Faculdade São Luís de França, professor de História na rede pública de ensino e agente/produtor/assessor de iniciativas culturais de base comunitária. Contato: zezitodeoliveira@gmail.com.


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Palavras-chave: adolescentes; arte; comunidade; cultura de paz; educação popular.
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