terça-feira, 31 de março de 2020

Foi uma ditadura. Houve tortura. A terra é redonda e o coronavirus mata...



SUGESTÕES DO PROFESSOR ROMERO VENÂNCIO - UFS.  

PARA QUEM ESTÁ PROCURANDO INFORMAÇÕES COM BASE NOS FATOS E NA PESQUISA CIENTIFICA.


MEMÓRIA PARA USO DIÁRIO - 31 de março/1 de abril

Como deve ser de conhecimento de todos e todas por aqui, entre 31 de março e 1 de abril se lembra o golpe de 1964 e a ditadura que se seguiu. Repressão, autoritarismo, assassinatos em porões, tortura, terror, exílios, perseguição, censura, indústria cultural, inflação, corrupção, acompanhado de um imenso festival de besteiras que assolou o país... Tudo isto pode ser debitado na conta da ditadura e de seus apoiadores (ainda hoje, inclusive). Uma geração inteira foi formada sob a o julgo e alienação perpetrada pelo golpe/ditadura. Nesses dois dias divulgarei uma série de 10 livros sobre o golpe e a ditadura. Obras de história, ensaios, memórias, estudo sociológico ou obra de ficção. O interesse é sempre tá recobrando à memória das novas gerações para uma história mal resolvida, truncada, traída ou desconsiderada... Hoje sabemos o preço que pagamos por isto. Tem-se um presidente da república eleito e com o objetivo de "completar a ditadura" ou seja, terminar o que os golpistas e torturadores não terminaram... A luta pela memória também é uma luta importante e estratégica...



DA MEMÓRIA ou PORQUE HOJE É 31 DE MARÇO!Hoje 31 de março de 2020 em quarentena, volto a pensar neste livro li quando 16 anos de idade num seminário católico em Garanhuns nos anos 80. A indicação foi de um padre chamado Humberto Plummen. Ele dizia: "Toda a Igreja deveria ler este livro e fazer seu exame de consciência". Um livro que marcou toda a minha trajetória de vida, ainda hoje. Neste livro, sabíamos: que houve um golpe em 1964, que se seguiu uma ditadura, que houve tortura, exílio, perseguição, assassinato sob a responsabilidade do estado brasileiro... Sabíamos do detalhes da tortura (o mais cruel no livro). Os relatos de tortura: da página 89 a 259!
Hoje que estamos tendo esse maldito (des)governo na cadeira presidencial, esse filhote dessa ditadura e um apologeta dessa coisa abjeta, a leitura e a divulgação deste livro torna-se imperioso na garantia da memória...
Igreja católica, os bispos e a ditadura...O historiador americano traz a público as negociações secretas entre líderes representativos da Igreja e das Forças Armadas na primeira metade da década de 1970. Os diálogos na sombra evitaram uma ruptura entre as duas instituições e fizeram da violação de direitos humanos um tema central do conflito Igreja versus Estado...


IMPORTANTE - Um filme sobre como um setor do catolicismo brasileiro enfrentou a ditadura... o documentário trata da importância e do engajamento da igreja católica no combate à ditadura, entre 1968 e 1969, é tema "Ato de Fé" retrata a participação dos dominicanos no combate mais ativa após o encontro com Carlos Mariguela, líder da ALN, que viu a igreja como grande aliada na luta contra a ditadura. Na visão do revolucionário, os dominicanos eram um grupo organizado, com boa estrutura logística instalada e ainda tinham o poder da pregação, uma forma eficiente de mobilização.


Um dossiê importante sobre o golpe, a ditadura e tudo que se seguiu... Recomendo!!!



OS PROTESTANTES E O GOLPE DE 1964.
No imaginário nacional contemporâneo, o golpe militar de 1964 marca um mergulho no período conhecido (inclusive nos livros didáticos de hoje) como “os anos de chumbo”. Contrariando esta percepção atualmente mais dominante – mas nem por isso livre de ameaças -, à época, muitos foram os setores da sociedade brasileira a saudar o golpe como uma espécie de salvação para nosso país. Entre estes estiveram diversos grupos religiosos como os protestantes, cujos líderes conservadores propagavam a ideia de que o regime autoritário seria, na verdade, “uma intervenção divina para salvar o Brasil do comunismo”. Importante ver este: "Muros e Pontes: Memória Protestante na ditadura", documentário lançado em 2014 pelo projeto "Memórias Ecumênicas Protestantes no Brasil", realizado por KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço e pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, no âmbito do projeto Marcas da Memória.





Dirigido pelo estreante Sérgio Bernardes Filho, "Desesperato" (1968) conta a história de um escritor (Raul Cortez) que deixa seu lar para realizar pesquisas literárias nos cenários mais obscuros do país. Inconformado com o atual cenário nacional, o historiador junta-se a um líder político gerando sérias consequências...



filme deste 31 de março. Lucia Murat, que foi torturada no período da ditadura militar, narra a vida de algumas mulheres brasileiras que pegaram em armas contra o regime militar. Há uma série de depoimentos de guerrilheiras e cenas do cotidiano dessas mulheres que recuperaram, cada uma à sua própria maneira, os vários sentidos de viver.

PARA OUVIR!!
A série A canção no tempo apresenta um panorama dos sucessos musicais no Brasil, tendo como base os dois volumes de A canção no tempo: 85 anos de músicas brasileiras, livros de autoria dos pesquisadores Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello. A cada mês, o painel de um ano é apresentado.

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