sábado, 30 de abril de 2022

O que lembrar para não nos perdermos em meio ao tédio, a desesperança, a tristeza, a solidão, ao bolsonarismo, a tudo que leva para baixo....

O que é que pode fazer o homem comum nesse presente instante?

Esta pergunta abre a canção “Conheço o meu lugar” de um de nossos artistas geniais, Belchior e o artista segue buscando respondê-la. 

Nesta mesma semana, Gonzaguinha, outro grande compositor que também nos deixou, sendo este a mais tempo, respondeu a Belchior ou a própria vida, porque esta pergunta está no ar, principalmente em momentos tão difíceis e complexos, como o que estamos  nesse final de abril de 2022.

Há um professor de filosofia da UFS que responde de uma maneira bem especial e necessária.. Romero Venâncio responde lembrando via redes sociais, às vezes youtube, às vezes plataforma zoom ou google-meet ou instagram. Em algumas situações como conversas mais livres, outras vezes como tarefa do grupo de estudos do qual é responsável...

Romero Venâncio responde com memória agradecida, ,  articulada com reflexões analiticas sobre o contexto espacial e temporal em que viveu o autor, sempre destacando algumas obras, assim como a produção estética  ou processo criativivo "strictu sensu"  do autor em questão e etc...

Memória de artistas como Gonzaguinha, Belchior, Gianfrancesco Guarnieri... Há muita gente para lembrar, e falta quem faça isso de uma maneira objetiva, profunda, sensivel  e acessível ao mesmo tempo.

É uma arte também, como faz Romero...

Na live sobre Gonzaguinha realizada no Instagram e vontade de participar da conversa, ouvir canções e beber uma cerveja gelada era um convite que sentia naquele momento.

Aí lembrei e até comentei no espaço de mensagens..

"Seria bom  escolas, universidades,  organizações e movimentos sociais fazer isso, além de partidos políticos. Investir em encontros presencias com um bom papo, boas canções, acompanhado de comes e bebes. "

Mas enquanto isso não acontece por aqui, vamos seguindo, respondendo a pergunta  de Belchior "O que é que pode fazer o homem comum nesse presente instante?" como Romero. Dá para fazer, utilizando os recursos tecnológicos, desde que fazendo uma boa preparação e dlvulgação antecipada, dá para juntar de 10 a 50 pessoas em média, no momento "Ao vivo"  mesmo com os limites inerentes a esse tipo de formato...  E depois a audiência pode ir para centenas, para milhares, a depender do engagamento das pessoas.. 

Prof. Romero Venâncio apresenta Gonzaguinha

https://www.youtube.com/watch?v=R2A-XGyiCF0



"A gente quer viver pleno direito"

https://www.youtube.com/watch?v=0dw1O84XojM

Abaixo, Daniel Victor no grupo Belchior (facebook). 

Na data que antecede os 5 anos da partida física do poeta maior, lembramos os 31 anos da perda de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, o carioca** Gonzaguinha** (1945 - 1991).

Filho registrado de Luiz Gonzaga, o Gonzagão (1912 - 1989) e da dançarina Odaléia Guedes dos Santos (1925 - 1948).

Gonzaguinha, que apareceu para o Brasil, com a faixa* 'O Trem'*, em 1969, também no Festival Universitário de Música Brasileira, dois anos antes de Bel, com sua 'Na Hora do Almoço'. Ambos foram vencedores de suas edições.

No ano de 1973, um ano antes da estreia do bardo sobralense em estúdio, estreou com seu álbum 'Luiz Gonzaga Jr.'. Depois vieram grandes sucessos como* 'Lindo Lago do Amor', 'O que é, o que é?', 'Sangrando', 'Comportamento Geral'*, 'Grito de Alerta', 'Eu apenas queria que você soubesse', e tantos outros.

Gonzaguinha, assim como nosso rapaz latino-americano, foi um revolucionário musical. Escreveu sobre o amor, sem alienar-se e sem esquecer os dramas nacionais, nos mais difíceis momentos de Ditadura Militar.



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