terça-feira, 5 de abril de 2022

O que podemos aprender com a reforma da cúria realizada pelo Papa Francisco

O Papa Francisco tornou público o documento com propostas de reforma da cúria, o que para alguns pode parecer limitada, mas para a mudança de rota de uma espécie de " transatlântico" milenar, representa avanço importante.

Mas o que gostaria de destacar são dois aspectos do “método”, os quais são caros a mim e a quem lida com educação popular.

O primeiro deles diz respeito a escolha de um grupo de cardeais consultores, obviamente visionários e compromissados com o avanço das mudanças propostas no Concilio Vaticano II, realizado no inicio dos anos de 1960.

O segundo passo, levantamentos dos problemas e necessidades de milhões de católicos  que anseiam por uma igreja mais solidária e mais verdadeira com relação ao anúncio e testemunho do evangelho, o que serviu de base para as discussões e produção do documento.

O terceiro passo foi a certeza de que este documento não poderia ser produzido em tempo recorde, daí o tempo de nove anos para ser finalizado.

Além da continuidade que este processo inicial terá doravante, com o chamado de Francisco para uma igreja sinodal.

E sobre o que isso tem a ver com o método escolhido por nós, em parceria com os companheiros e companheiras das CEBs, do CEBI e da Pastoral da Juventude.

1 – Se somos poucos, mas experientes, não carece de escolhermos um grupo de companheiros e companheiras consultores, pelo menos inicialmente.  Logo, inicialmente todos e todas são consultores, com o tempo poderemos procurar pessoas com experiência prática e/ou acadêmica para dar novas contribuições no papel de assessores eventuais

2 – Não podemos esquecer que precisamos de tempo, daí o título da primeira crônica relatório do Conversão que realizamos neste último domingo. “A barca segue em ritmo lento, mas segue.” 

3 – Algumas e boas propostas para o gesto concreto e para a continuidade do AGIR  solidário e educativo  foram apresentados, porém não esqueçamos do questionário que colocamos a disposição, adaptado do texto base da Campanha da Fraternidade de 1998. O questionário busca começar pelo VER/ESCUTAR a realidade das comunidades. E como afirmei, neste VER/ESCUTAR deveremos nos conhecer melhor também.

Assim, é recomendável seguir os passos propostos pelo método da Ação  Católica assumido pela CNBB, o VER, JULGAR, AGIR . Se acrescentar o escutar ao primeiro verbo e discernir ao segundo, colabora, ajuda bastante.

De uma certa  maneira  o Papa Francisco utiliza este método como bússola do seu pastoreio em termos de administração e magistério.





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