domingo, 10 de abril de 2022

“Um rei mal coroado, não queria o amor em seu reinado....” Por isso veta a Lei Paulo Gustavo.

 A Canção da Despedida foi composta por Geraldo Azevedo e Geraldo Vandré em 1968 mas a censura não liberou, e Geraldo Azevedo tentou incluir a mesma na relação de álbuns que gravou depois dessa data, até que esta foi desencantada por Elba Ramalho em gravação no ano de 1988

 Esta canção sobre “mal” coroados remete aos ditadores de plantão que assolaram o país desde 1964 e que retornaram em 2016, na sombra do vampiro Michel Temer e principalmente através do militar sem qualidades , Jair Bolsonaro,  escolhido em 2018 como presidente na eleição  mais  suja da história republicana em nosso país, e que elegeu alguém a altura, em razão da  prisão e condenação ilegal do principal concorrente, assim como uma multidão de fakenews e uma fakeada espetacular. Como diz o ditado popular, mais suja do que esta eleição e Jair, só mesmo pau de galinheiro.

E tal e qual os ditadores  de plantão que assombraram o nosso país de 1968 até 1985,  o quase ditador atual e seus apoiadores,  também não gostam da arte e nem dos artistas, exatamente porque a arte espalha amor, cura e conhecimento sensivel e  critico por onde é fomentada, estimulada e incentivada, mesmo que muitos criadores às vezes não se deem conta ou não se preocupem tanto com isso.

Basta lembrar o que seria de milhões de pessoas no Brasil e no mundo sem a arte e a cultura nestes tempos recentes de pandemia.

E no contexto da pandemia, depois de muita pressão e negociação o congresso nacional, apesar do governo Bolsonaro,  aprovou uma lei de emergência cultural que recebeu o nome de Aldir Blanc.

Esta lei foi resultado de um movimento social  que mobilizou milhares de artistas, agentes e produtores culturais, intelectuais, gestores culturais e parlamentares. Um movimento suprapartidário realizado com muita garra, coragem, competência e criatividade. Uma história que precisa ser contada, a qual  inclusive serviu de inspiração para outras mobilizações de demandas da  sociedade civil  dirigidas  ao parlamento e ao governo federal.

Entenda como funciona a Lei Aldir Blanc, segundo o site da Prefeitura de Caçador, o pai da Lei Paulo Gustavo. (Santa Catarina), em publicação de 28/09/2020 às 14:17 – Atualizada  em 16/04/2021 às 17:24 e acesso em 09/04/2022

A Lei Aldir Blanc (Lei Federal nº 14.017/2020) prevê o pagamento de auxílio emergencial a artistas, produtores, técnicos e espaços culturais como forma de auxiliar um dos setores mais afetados pela pandemia do coronavírus. O decreto federal que regulamentou a norma dividiu as competências e responsabilidades:

1) O Estado executará a renda emergencial mensal das parcelas de R$ 600 e editais, chamadas prêmios, e aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural, incluindo ações de manutenção de agentes, espaços, realização de atividades artísticas.

2) Os municípios executarão os subsídios mensais para a manutenção de espaços artísticos e culturais, microempresas e pequenas empresas culturais, cooperativas, instituições, organizações culturais e coletivos culturais e também os editais, chamadas prêmios entre outras ações.

De acordo com a Lei, o governo federal repassará aos estados, Distrito Federal e municípios a soma de R$ 3 bilhões para aplicação em ações emergenciais de apoio ao setor cultural, a cidade de Caçador receberá R$ 542.815,83.

 

 

 

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