Como Caetano Veloso na canção Alegria, Alegria “O Sol nas bancas de revistas me enche de alegria e preguiça” (*) eu também gostava de ler as manchetes dos jornais das bancas de jornais e quando virei jornaleiro durante alguns anos, então. Antes disso, lia as manchetes nas bancas e aos domingos comprava os jornais, primeiro “O GLOBO” e depois o querido “JORNAL DO BRASIL”
Fica aí a explicação porque gosto de escrever e porque escrevo parecendo um jornalista como me disse certa vez a também querida Maria Nely dos Santos, professora da UFS nos tempos da minha graduação de história nos anos 1990.
E o que sinto hoje, a vontade de não assistir ou ler muita noticia, diferente do que aconteceu tempos atrás, Isso graças a grande quantidade de manchetes trazendo as artimanhas e diabruras dos filhos do diabo, diabo que podemos considerar menos como figura metafisica e mais como energia, palavras e comportamentos, partindo inclusive do significado da palavra, conforme o dicionário etimológico na web. Diabo do latim diabolus, que significa “demônio”, “entidade intrigante”. Alguns etimologista também acreditam que o termo “diabo” possa ter se originado do grego diábolos, que neste caso significaria literalmente “acusador” ou “aquele que engana”. No entanto, a palavra “diabo” entrou no dicionário da língua portuguesa através da forma em latim, diabolus, como sinônimo de “espírito da mentira” ou “entidade maligna”. Diabo que o grande escritor Rubem Alves traduz como o criador e cria da divisão, o que cria e vive da contenda. Fujamos portanto de pessoas assim, de veículos que as reforçam, sempre que possível, e não votemos em pessoas "diabólicas", mesmo que gostem de atribuir esse adjetivo as outras. Aliás, fujam de quem fala muito no diabo, bom sujeito não é.
Mas isso não é o suficiente, assim como ficar distante de certas noticias é necessário, vez ou outra, importa principalmente buscar fontes de informação que apresente um olhar menos pessimista ou que não dê primazia ao mundo cão deste universo de diatribes povoado por figuras mesquinhas, nefastas, perversas e salafrárias, como Bolsonaro e seus asseclas. E para fazer isso temos as grandes redes de rádios, televisão e jornais que vez em quando ainda gostam de inventar meias verdades ou até mentiras que servem de munição aos filhos da mentira que poluem o nosso imaginário coletivo.
Foi dessa maneira que lendo jornais da chamada imprensa independente ou alternativa (**) fui aos poucos me afastando da leitura do jornal “O GLOBO”, golpista e defensor intransigente do status quo ou do sistema dominante, em linguagem mais popular e assim foi com o meu afastamento das grandes redes de tv e rádio. Hoje se estendendo para os sites, blogs, portais e canais de internet. Só leio/assisto os alternativos e independentes com relação ao sistema politico e econômico dominante, alguns nem tanto, como o UOL e Reinaldo Azevedo, o que leio/assisto menos, no caso destes dois últimos.
E assim como aconteceu comigo e com muita gente anos atrás vacinadas contra o noticiário negativo e mentiroso de ontem e de hoje, precisamos investir na criação e/ou fortalecimento da comunicação independente e alternativa, na educação popular e na ação cultural de base comunitária, seja como cidadãos simplesmente ou como membro e/ou dirigentes de organismos e instituições de estado, assim como de organizações e de movimentos sociais.
O que significa, encher os nossos corações e mentes de informações corretas e daquilo que nos leva a querer colocar as nossas vidas a serviço da construção de melhores relações de amor, de justiça e de paz, em especial no campo da economia. Aqui lembrando a canção "O amor é um ato revolucionário".
Exemplo de porque quem é vacinado não lê o jornal Estado de São Paulo ou Estadão ou lê para confirmar o que escrevi acima.
ESTADÃO COMPRA BRIGA COM JORNALISTA DEPOIS DE BARRIGADA
O que significa de forma mais direta, favorecer o surgimento de novos veículos de comunicação com viés popular e progressista, (***) bem como fortalecer os existentes, buscando destinar recursos orçamentários com menos burocracia ou "burrocracia" (****) e engessamento, assim como favorecer o surgimento de cineclubes, bibliotecas comunitárias, grupos culturais diversos, saraus, slans, luaus/acampamentos e etc., bem como fortalecer os existentes, destinando recursos orçamentários com menos burocracia ou "burrocracia" e engessamento.
Exemplo de um investimento em ação cultural de base comunitária.
E por isso eu corro demais, lembrando uma velha canção do Roberto, você precisa, e por isso devemos correr mais, para organizar e/ou participar do que elenquei acima...
E para fechar com mais uma canção. Vamos fazer e/ou assistir um filme? Porque o sistema é mau, mas minha turma é legal..
Zezito de Oliveira
A play list que participa da escrita do texto acima.
(*) O Sol foi um jornal do Rio de Janeiro, em formato tablóide, que circulou entre setembro de 1967 e janeiro de 1968.
Surgiu como um suplemento cultural do Jornal dos Sports. Dois meses depois do lançamento, porém, passou a circular de forma independente. Reunia na sua redação, sob o comando de Reynaldo Jardim e dos editores Zuenir Ventura e Ana Arruda Callado, cerca de 30 jovens formados nas faculdades de jornalismo, uma novidade no Brasil da época.
Com uma linguagem inovadora, influenciada pelo movimento da contracultura, influenciou diversos veículos da imprensa alternativa que surgiram nos anos seguintes, como O Pasquim.
Em 2006, a cineasta Tetê Moraes, que havia sido diagramadora do jornal, lançou o documentário O Sol - Caminhando contra o vento.
(**) O que foi a chamada imprensa alternativa ou independente nos tempos da ditadura empresarial-militar e ainda hoje, por que não, por que não.
https://memoriasdaditadura.org.br/imprensa-alternativa/
(**) Aqui em Sergipe você que nos lê conhece e colabora com o site da agência Mangue Jornalismo?
2 comentários:
Putz, Zezito, falou bem demais!! E isso já passou da hora de ser urgente!! Eu passo mal de ver o poder que têm, como você diz, estas almas sebosas, que trabalham o tempo todo contra nós, o povo, contra a nossa gente! É nojento demais!! Quando é que a esquerda vai acordar pra isso, afinalllllll? Precisamos fortalecer essa ideia, juntar gente nessa direção!! É preciso fazer ecoar nos ouvidos dos governos progressistas, da Esquerda, antes que se torne tarde demais pra reverter, porque esta gente asquerosa das grandes Mídias joga pesado, e da maneira mais sórdida, suja, canalha possível!! Seu modus operandi é sempre o mesmo, o que só beneficia a extrema direita, que é no fundo a sua raiz perversa. 😠 O mesmo aconteceu comigo ao me aproximar da chamada mídia independente, bem naquele período do fatídico golpe contra Dilma. Ali, caiu a minha fixa de vez em relação às chamadas grandes corporações midiáticas e o seu terrivel papel de operar contra o nosso país. Vamos encher as caixas de e-mail dos nossos representantes (vereadores, deputados, senadores) com esse seu texto-proposta!! Ou a gente luta ou a gente luta!! ✊🏽
Maravilha!! Estamosjuntos!Tão legal o seu comentário que subi para finalizar a postagem...
Postar um comentário