sexta-feira, 31 de outubro de 2025

É tempo do Vocacional (SP) CIEPs (RJ), do Proac (PE), dos CEUs (SP), dos Pontos de Cultura (BR), mesmo sob fogo cruzado da guerra midiática contra a verdade. Por Zezito de Oliveira

 Ao final o campo de batalha não começa e nem termina no território fisico onde tombaram os 126 corpos, incluindo os corpos dos policiais, daqueles que não eram criminosos e dos piabinhas do comércio ilegal do tráfico, mesmo que ostentassem figurinos de combatentes e aparato bélico poderoso.


Na verdade, antes e depois da operação de guerra, por muitos chamada de operação policial,  o campo de batalha são as nossas mentes e nossos corações e a luta por isso é árdua, longa e renhida.

É  luta no campo cultural, aqui compreendendo como arte, educação, comunicação e religião. E não acontece somente nos grandes espaços , como nos pequenos, não é uma luta para vencer campanha eleitoral apenas, é luta de todo dia.. E exige dos lutadores que defendem o humanismo radical sabedoria sempre em escala ascendente... Ou avançamos, ou  triunfo da barbárie capitalista neoliberal e neofascista.. E se brincar, nem humanidade sobrará..

Por isso, é tempo de falar do Vocacional (SP), dos  CIEPs (RJ), do  Proac (PE), dos CEUs (SP), dos  Pontos de Cultura (BR). É tempo de falar de como Bogotá e Medellin na Colômbia conseguiram  tornar uma potente politica cultural de base comunitária  aliada da segurança pública..                 

            É tempo de falar do programa "Escolas de Vizinhos", ou "Escolas de Encontros", também conhecido  como "Schollas Ocurrentes" criado em Buenos Aires pelo cardeal Bergholio que transformou-o em programa pontifício quando se tornou Francisco.                      

 Uma boa pauta para veículos de comunicação do campo progressista, inclusive das igrejas, dos parlamentares progressistas discutir e propor nos parlamentos  e principalmente para prefeitos e governadores progressistas.  Contem sempre com o blog da Cultura e com a Ação Cultural para colocar os exemplos citados acima em evidência. Este momento de tanta dor e sofrimento oferece condições favoráveis nesse sentido.

Zezito de Oliveira
educador, agente cultural e editor do blog da cultura

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Rio de Janeiro paga “o alto preço da ignorância”

 29 de outubro de 2025

Uma “operação” que não ocorreu num momento qualquer: por um lado, um grupo político que só consegue mobilizar a partir do caos e do medo – e vinha perdendo espaço e narrativa – reconquista seus instrumentos clássicos de manipulação. Por outro lado, o governo dos Estados Unidos, em nome de uma suposta “guerra às drogas”, manda embarcações de guerra para a costa América do Sul – atitude saudada e celebrada por ícones da extrema direita brasileira entreguista.

Quando a população das comunidades precisa empilhar em praça pública seus mortos, para que todos sejam contabilizados – ato que simplesmente dobrou o número de mortos de cerca de 60 para mais de 120, é porque o Estado faliu e falhou em sua missão de garantir segurança a todos e todas. O que o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), insiste em chamar de “operação bem-sucedida” é, na realidade, a maior chacina da história do Rio de Janeiro.

Esta não é apenas uma nota de repúdio. É uma nota de lamento profundo. Há 40 anos, antes mesmo da promulgação da Constituição de 1988, o Rio de Janeiro construía os Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs). Uma rede de escolas em todos os cantos do estado, com ênfase na periferia e nos morros, que garantia às crianças (em turmas com número adequado de alunos) educação integral, alimentação, assistência médica e odontológica – e, principalmente, profissionais valorizados.

O projeto dos CIEPs foi criticado, desmontado e destruído, sob o argumento de ser muito dispendioso. Mas, seu idealizador, Darcy Ribeiro, dizia que cara, mesmo, era a ignorância.

Quarenta anos depois, a presença do Estado nas periferias apenas em “operações” policiais que custam centenas de vidas nos apresenta o alto preço da ignorância denunciado há algumas décadas por Darcy Ribeiro e Leonel Brizola.

Mais que repudiar a ação da última terça-feira, o Sinpro lamenta profundamente a falência da educação no estado do Rio de Janeiro, que foi substituída por um forte aparelho de opressão extremamente violento – a mesma lógica que permeia a ideia da militarização das escolas tão defendida pelo governo Ibaneis Rocha no DF, e por outros representantes da extrema direita Brasil afora.

A ignorância custa caro. À sociedade e ao Estado.

Sindicato dos Professores no DF



Dado revelado na sondagem mostra que situação nas comunidades mais pobres do país, onde o crime organizado impera, é insuportável para os habitantes, que exigem mudanças


P.S.: - Mesmo antes de terminar o artigo acima pensei em fazer um Pós Escrito destacando também a  necessidade de mais investimento em inteligência policial e financeira como fez o governo federal de forma exemplar na operação carbono oculto, na necessidade da adesão de todos os governadores a PEC de Segurança que fortalece o Sistema Único da Segurança Pública, uma politica de segurança pública desenhando pelo Ministério da Justiça sob a batuta do ministro Lewandoski, assim como o uso da força policial quando necessário, ou seja, uma compreensão de segurança pública como um questão sistêmica e intersetorial.
Todavia o avançado da hora e o cansaço não nos deixou fazer isso, e até foi melhor assim porque agora pela manhã me deparo com o editorial do Canal Fórum através do jornalista Renato Rovai que foi muito feliz em sua fala, e que pode ser conferida abaixo.

Só  discordo de Renato Rovai quando ele não evidencia a importância da discussão do que ele chama de discurso sociológico junto e misturado com a necessidade da inteligência , da articulação politica e social e uso da força policial, no caso dessa última, sempre precedida das duas premissas que levantamos aqui..
Do contrário, é como afirma a jovem estudante abaixo, operação lambança:

 LUGAR DE CRIMINOSO É NA CADEIA. A clareza de @simonetebetbr sobre a posição do governo Lula: não queremos chacina, nem sangue nas ruas. Queremos cooperação, inteligência, investigação. A paz não nasce do gatilho, mas da razão e coragem de enfrentar o crime pela raiz: o dinheiro.



TIO REI CORRIGE JORNALISTA AO VIVO E DETONA GOVERNADOR DO RIO, CLAUDIO CASTRO | PLANTÃO NA BAND






Este vídeo https://www.youtube.com/live/zdc-o0-8vOY  é da pesquisadora e professora Jacqueline Muniz, na área de seg. pública, no Tutaméia que participou da escrita dos planos de segurança dos governos Lulistas e que faz críticas ao próprio. 
Ela apresenta um conjunto de aspectos que eu não conhecia e fala sim de suas propostas e análises. Fala aceleradíssima, vale ouvir e desdobrar.
No entanto, há críticas fortes a algumas análises que ela faz, de pessoas que tratam do tema. 
De qualquer forma, penso que um desafio nosso é levantar e apresentar de forma o mais didático possível quais são os vários elementos que constitui esta trama. 
São 2h33m de "entrevista" (ela é uma metralhadora). 
Fala da grande gang, que é o que o Estado está fazendo, contra todas as táticas, estratégias, técnicas e o escambau da área de seg.públ. 
Ela faz um raio-x da inconsistência dos debates e declarações. Aponta o quanto, direita, esquerda e população estamos imersos na ignorância do que significa segurança pública. Caímos na armadilha do debate espetáculo. Vale muito assisti-la e anotar.
O casal, figuras, Tutaméia conseguem perguntar pouco. Mas ela tem muito a apresentar. E apresenta, desenha, esmiuça...
Vale assistir e desdobrar.

UFF se manifesta após Jacqueline Muniz ser ameaçada por criticar massacre no RJ

Universidade Federal Fluminense divulgou uma nota pública sobre o caso envolvendo a docente do Departamento de Segurança Pública da instituição

https://revistaforum.com.br/brasil/2025/11/2/uff-se-manifesta-apos-jacqueline-muniz-ser-ameaada-por-criticar-massacre-no-rj-191138.html

Milícia é crime organizado, 'ensinou' o tráfico e apoia Castro | Poder em Pauta


Para saber sobre o Vocacional
Professor Luigy Marks no "Ao Vivo" sobre Anísio Teixeira, Paulo Freire e Ginásio Vocacional.


Professor Daniel Ferraz no "Ao Vivo" sobre Anísio Teixeira, Paulo Freire e Ginásio Vocacional.




Sobre o Proac
Live Ação Cultural com Reginaldo Veloso

Sobre os CIEPs




Animação Cultural: uma inovação pedagógica na escola pública fluminense dos anos 1980  


Animação Cultural nos CIEPs



“Governador, faça umas escolinhas…”

Roberto Marinho tentou fazer Brizola abortar o projeto desde o início




Sábado, 3 de agosto de 2019

CEUs impactam na redução da evasão escolar e do percentual de homicídios nas regiões atendidas





Sobre Pontos de Cultura

Canção Ponto de Cultura - Leci Brandão




Ponto de Cultura (Ao Vivo) Leci Brandão

Você se apropriou
Da nossa identidade
Você nos expulsou
Do centro da cidade
Você não publicou
aquela entrevista
Você não revelou que sou protagonista

[x2]
Só porque você tem poder
Acha que vai nos convencer
Estamos prontos pra valer
A nossa força é o saber

[x2]
Tem hip-hop na comunidade
Tem grafiteiro com dignidade
O teatro é realidade
Também tem literatura
Dançadeira a sua vaidade
Capoeira toda liberdade
A bandeira da sinceridade
Salve o ponto de cultura

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Só porque você tem poder
Acha que vai nos convencer
Estamos prontos pra valer
A nossa força é o saber

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Tem hip-hop na comunidade
Tem grafiteiro com dignidade
O teatro é realidade
Também tem literatura
Dançadeira a sua vaidade
Capoeira toda liberdade
A bandeira da sinceridade
Salve o ponto de cultura

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Só porque você tem poder
Acha que vai nos convencer
Estamos prontos pra valer
A nossa força é o saber

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