sábado, 6 de julho de 2024

#LIvesAC2024 Ação Cultural realiza live sobre os 20 anos do Programa Cultura Viva - Cidadania e Nova Geração com Raoni Smith, Maíra Ramos e Jéssica Santos. Nessa sexta, às 19h30, no youtube.

  • Este ano de 2024, também marca os 20 anos da Ação Cultural. A primeira organização da sociedade civil cultural de base comunitária de Sergipe, nascida com o mesmo espirito e coincidentemente no mesmo ano de criação do programa Cultura Viva, 13 de agosto de 2004,   a partir da articulação de agentes culturais residentes em Aracaju, Socorro e São Cristóvão em torno da criação da Lei de Valorização de Iniciativas Culturais - VAI Aracaju, espelho da lei que criou o VAI-SP neste mesmo ano. 
  • Apesar de ter sido aprovada e sancionada pelo presidente da câmara de vereadores de Aracaju a época, com  apresentação/submissão  realizada  pelo vereador Magal da Pastoral (PT),   o prefeito da cidade, Marcelo Déda (PT), não quis destinar recursos para o VAI Aracaju, ao contrário do VAI-SP que recebeu todo o apoio da prefeita de São Paulo,  Marta Suplicy, e desde então faz parte do programa orçamentário da prefeitura de São Paulo. O que a torna politica de estado, ao contrário do VAI-Aracaju, que encontra-se até hoje arquivada na câmara de vereadores.
  • A partir daí começamos a discussão para  a formação da Ação Cultural com artistas e produtores culturais emergentes, além de educadores envolvidos com atividades de animação cultural na periferia. De acordo com o estatuto em vigor a entidade tem como missão e fim institucional apoiar e realizar iniciativas voltadas para o desenvolvimento social, artístico e cultural das comunidades. A Ação Cultural se organiza buscando empoderar agentes e grupos culturais que atuam na periferia realizando de forma compartilhada: Reuniões, pesquisas de diagnóstico, oficinas de elaboração de projetos, produção de artigos/release, divulgação on-line, organização de portfólios, promoção de fóruns de debates, oficinas e mostras artísticas. Mais informações: oscacaocultural@gmail.com 
  • SOBRE ESTA LIVE DO DIA 12/07
  •  O audiovisual e a dança serão o centro da conversa como linguagens,  considerando os três jovens adultos terem consolidados as suas vivências no campo da arte através das oficinas de audiovisual e dança moderna da Ação Cultural/Ponto de Cultura Juventude e Cidadania. Dai, Raoni Smith se destaca nos tempos atuais no mercado de trabalho com o audiovisual e em rádio comercial. Maíra Ramos fez alguns cursos e trabalhos no campo do audiovisual, embora no tempo atual esteja dedicada a área de atendimento ao público em uma clinica de saúde e estética, utilizando conhecimentos de fotografia neste trabalho e por último, Jéssica Santos, mais afastada de uma atuação no campo da arte e da cultura atualmente, mas trazendo uma marca forte em sua vida pessoal com a aprendizagem que fez da dança quando adolescente.
  • Além das duas linguagens acima, a ação cultural desenvolveu atividades com teatro popular  e com  três elementos  do hip-hop  - rap, grafite e break - no período compreendido entre 2015 e 2017, além do Cineclube Realidade, criado como forma de canal de expressão para o quinto elemento, o conhecimento. Este inspirou proposta do Cine Circular de curta duração e retoma neste ano de 2024 suas atividades de forma permanente.  As lives de formação cultural foi outra iniciativa bem sucedida na pandemia e que também retomou em 2023 e agora em 2024 realizada mensalmente,  e  por último o blog da cultura que está em atividade desde 2007, inicialmente com o nome de blog da Ação Cultural.
  • RETOMADA/REFUNDAÇÃO DA AÇÃO CULTURAL
  • Esta retomada vem acompanhada da refundação da Ação Cultural que quase encerrou suas atividades por conta do pandemônio instalado com a ascensão de Temer e depois Bolsonaro ao poder, com a guerra cultural da extrema direita desfechada contra as artes e contra artistas, professores e  intelectuais críticos e humanistas, cujo ápice se deu a partir de 2016 até 2022, mas ainda em atividade como pode ser acompanhado pelo noticiário, em especial nas regiões sul e sudeste, fora as dificuldades estruturais dos municipios e estados, com poucas exceções,  para execução das leis de fomento inspiradas na Lei Cultura Viva de 2014, neste caso nos referimos a Paulo Gustavo e a Aldir Blanc 2 ou PNAB - Politica Nacional de Cultura Aldir Blanc. 

Entrevista: 20 anos Cultura Viva







GONZAGA ME CHAMOU PARA DANÇAR 
Documentário experimental produzido pelos alunos das turmas 01 e 02, ano 2012, da oficina de audiovisual do Ponto de Cultura: Juventude e Cidadania/Ação Cultural.



Doc. Oficinas Culturais 2014






🍿 DOCUMENTÁRIO:  CULTURA VIVA 20 ANOS, NA TV BRASIL🍿




Resultando de uma circulação por diversos Pontos de Cultura do país, a equipe do programa "Caminhos da Reportagem" produziu este documentário para contar um pouco a história de 20 anos da Política Nacional Cultura Viva.

O programa Cultura Viva foi criado em 2004 para garantir e ampliar o acesso da população brasileira aos meios de produção, circulação e fruição cultural a partir do Ministério da Cultura (MinC), em colaboração com os governos estatais e municipais e outras instituições, como escolas e universidades. Em julho de 2014, foi sancionada a Lei 13.018/ 2014, a Lei Cultura Viva, que transformou o programa em política de Estado.
A Política Nacional Cultura Viva tem como base de apoio os Pontos de Cultura, que são as entidades ou coletivos certificados pelo governo federal. Não há um modelo único para os Pontos de Cultura. Cada um desenvolve suas atividades conforme suas necessidades e planos de trabalho. A proposta é que não tenha fins lucrativos, atue realmente como um ponto de cultura em sua comunidade, um espaço para a prática, aprendizagem  e vivência cultural.
As iniciativas abarcam as mais diversas linguagens artísticas e segmentos da cultura de base comunitária: desde a produção cultural urbana e jovem até as atividades de grupos tradicionais, indígenas e de matriz africana. Entre os aspectos comuns a todos estão a transversalidade e a gestão compartilhada entre Estado e sociedade civil. Tendo em conta que a cultura é vista como processo, não como produto, não se cria um Ponto de Cultura, e sim se potencializa. O governo incentiva iniciativas culturais da sociedade civil já existentes, por meio de convênios firmados após a realização de editais.
Com o lançamento da plataforma da Rede Cultura Viva, em outubro de 2015, o programa passou a reconhecer como Pontos de Cultura também aqueles que não foram contemplados pelos editais. Ainda que não tenham recebido recursos do governo, as entidades ou coletivos que se enquadrem na categoria, que tenham ao menos dois anos de atuação e apresentem um trabalho relevante em suas comunidades, poderão se autodeclarar Ponto de Cultura e assim serem reconhecidos pelo Estado.
A Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC) é a responsável pela gestão da Política Nacional de Cultura Viva. A plataforma Rede Cultura Viva conta com mais de 5 mil Pontos e Pontões de Cultura certificados nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.


Manifesto: 20 Anos de Cultura Viva na Quebrada

Andando pelas terras brasilis, vivendo nas beiras, onde o povo se encontra, junto aos mais velhos e aos mais novos, a mulher caminha sobre as águas do ribeirão que banha a rua perto da minha casa. Queria ter ido além, cantar, dançar, fazer coco e ciranda.

Os brincantes vão chegando e todos vão para a cozinha. O café da manhã está na mesa. Eles vêm de todas as partes da cidade, e de outras cidades. Hoje é dia de comemorar 20 anos de Cultura Viva, como diria Milton Santos, de baixo para cima. Como falou Gil, fazer o do-in antropológico. Como fez Célio Turino, criou uma política de Cultura Viva para a diversidade cultural, um conceito que valoriza o povo e suas potências.

Os diálogos se iniciam, a gente faz a primeira roda, mão com mão, olho no olho, todos e todas têm voz e vez até o último. Os Pontos de Cultura querem a gestão compartilhada, como diz a lei e não como alguns falam. Nossos mestres e mestras têm voz e mostram os caminhos, a comida é para todos e todas, feita por nós. A economia aqui é circular, aqui somos potência, e a vizinhança quer entender. O poder, o recurso, esses são nossos, e tudo que fazemos tem o sentido dos nossos direitos culturais: moradia, assistência social, turismo, saúde, meio ambiente.

Aqui a prosa vira poesia, as narrativas são conscientes, aqui a cultura é no sentido do bem comum. Ainda resta alguma dúvida? O Ponto de Cultura é a potência e as estéticas são diversas, com muita interação. E agora, o que fazer é circular, com mais e mais diálogos. E cobertura colaborativa. Se puder, construa seus próprios encontros e de lá tire todo o aprendizado, porque essa ciranda é de todos nós. Viva a Cultura Viva.



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