terça-feira, 12 de novembro de 2024

Sucesso!! Sai a homologação do elevado número de inscritos para o Curso de Especialização em Políticas e Gestão Cultural da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

 

O  alto número de inscrições confirma o quanto temos de demanda reprimida e como é necessário abrir novas turmas, preferencialmente com mais universidades das cinco regiões do país. Além de uma nova turma para a região nordeste. Parabéns pela iniciativa! (publicado no perfil do curso no instagram)

HOMOLOGAÇÕES DAS INSCRIÇÕES DA PÓS- GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS E GESTÃO CULTURAL

 Segue, o resultado das homologações das inscrições da pós graduação em Politicas e Gestão Cultural, Acesse aqui, 
 
E como anda a discussão sobre a necessidade da realização de cursos de maior duração para formação e qualificação de gestores e produtores culturais em Sergipe?

"Legislação, financiamento e assistência técnica são os fundamentos  para pensarmos uma indústria cultural formada com base também na micro e pequena produção cultural, porque esta produção cultural tem papel similar ao da agricultura familiar, o nosso campo está para o shows business, com relação ao fortalecimento das nossas identidades culturais e consequente senso de pertencimento, auto estima e coesão social, como a agricultura familiar está para a nossa mesa cotidiana.
E como um bom ponto de partida para construir ou reconstruír a politica pública municipal de cultura temos a Lei Paulo Gustavo. Esta como legislação , ao mesmo tempo com um fundo próprio e com uma politica de capacitação, exaustivamente realizada pelo governo Lula 3 através do ministério da cultura em estado de poesia.” 

(...)  Ausência de concurso público para preenchimento do quadro de pessoal da Secretaria de Estado da Cultura, hoje reduzida a Funcap, o que traz como consequência o funcionamento interno com a maior parte de funcionários sendo formados em sua maioria por servidores contratados, com cargos comissionados ou estagiários, o que acarreta perda de memória das rotinas de trabalho interna e do aprendizado corporativo. Além dos problemas de qualidade na prestação do serviço público, considerando o aprendizado fruto das experiências e formação realizadas  pelos funcionário provisórios serem  perdidas quando exonerados,  como  no caso dos comissionados ou quando vence o periodo dos contratos, inclusive dos estagiários.

(,,,)Vamos a luta! Com união, qualificação e mobilização, queira Deus sejamos capazes de ampliar a visão de muitos artistas, produtores, técnicos, intelectuais, jornalistas e escritores que ainda não despertaram para a necessária tríade citada acima. Unidade, Formação, inclusive politica e técnico-administrativa e a sempre necessária mobilização.”

https://acaoculturalse.blogspot.com/2023/02/comecou-cultura-quer-e-precisa-de-mais.html


segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Zezito de Oliveira, um galo da cultura continua avisando, o Festival de Arte de São Cristóvão é bom, mas precisa ser melhor, para sustentar a sua continuidade caso no futuro lideres de extrema direita assumam os governos municipal, estadual ou federal..

 

Um Festival que poderia/deveria ampliar a presença de outras linguagens como audiovisual, teatro, dança e literatura, para  ficar menos parecido com um festival quase musical, além de ampliar a presença territorial na cidade, para além do centro histórico, incluindo os povoados e a região do bairros Rosa Elze e suas  adjacências, bem como o  conjunto Eduardo Gomes. 
Um festival que poderia/deveria incluir  alunos  da   rede municipal e estadual  da cidade em uma espécie de festival estudantil paralelo ou alternativo, com a finalidade de fortalecer a adesão e fortalecimento da ação cultural nas escolas, a identidade cultural local e senso de pertencimento.
E por último,  um festival de arte como  um espaço de reflexão sobre a cultura em sua dimensão  mais abrangente, inclusive trazendo pensadores e fazedores de cultura de outros estados para refletir e intercambiar experiências culturais de caráter estético, cidadão e econômico...Ou Fascismo se espalhando e a gestão pensando e fazendo  um festival de arte limitado,  pontual  e concentrado. 
Mesmo que seja o melhor em terras de Serigy,  em meio a um cenário cultural devastador,  ainda mais limitado, pontual e concentrado, mesmo financiado com recursos públicos, como são o Natal Iluminado, o  Pré Caju, as festas de padroeiros (as)  do interior, o encontro cultural de Laranjeiras e etc.
E ainda bem que temos as Leis Paulo Gustavo e a Politica Nacional de Cultura Aldir Blanc (PNAB) e Lula como presidente..
Ainda bem que a gente tem a gente.

O título dessa postagem é inspirado no poema "Tecendo a Manhã" de João Cabral de Melo Neto.


O site oficial do FASC 2024


https://publicacao.saocristovao.se.gov.br/category/fasc


No Instagram


sábado, 17 de agosto de 2024

O que o prefeito da cidade sergipana com a melhor nota no IDEB pode fazer para aproveitar o potencial cultural de São Cristóvão em favor dos estudantes da educação básica?



sexta-feira, 1 de dezembro de 2020

sábado, 9 de novembro de 2024

Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, estreou no Brasil em 7 de novembro e já lidera as bilheterias.

 Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, estreou no Brasil em 7 de novembro e já lidera as bilheterias, arrecadando R$ 1,1 milhão no primeiro dia, com mais de 50 mil espectadores. Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história de Eunice Paiva, que se torna ativista após o desaparecimento de seu marido durante a ditadura militar. A obra é vista como um forte candidato para representar o Brasil no Oscar, lembrando a indicação de Central do Brasil, também de Salles, em 1998. Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, faz uma participação especial. A crítica do filme está no site. #aindaestouaqui #bilheteria #cinemabrasileiro #fernandatorres #fernandamontenegro #seltonmello #waltersalles
O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, protagonizado por Fernanda Torres e Selton Mello e com a participação especial de Fernanda Montenegro, liderou a bilheteria nacional em sua estreia. Em apenas quatro dias, o longa arrecadou mais de R$ 1 milhão e atraiu quase 50 mil espectadores, superando blockbusters internacionais como “Venom 3 – A Última Rodada”, que ocupou a segunda posição com 35 mil ingressos vendidos.

A produção, dirigida por Walter Salles e inspirada na história real de Eunice Paiva, mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva, narra a luta da família contra a repressão durante a ditadura militar. Com grande expectativa por parte do público e da crítica, “Ainda Estou Aqui” também representa o Brasil na disputa pelo Oscar 2025, aumentando ainda mais a expectativa em torno do filme.




Viva Lula! Viva a esperança! Em 8 de novembro, há cinco anos, o presidente Lula era libertado de uma prisão injusta na qual ele ficou 580 dias condenado se provas e sem poder se defender de forma mais profunda.

MARCELO BARROS, LULA E FREI BETTO
 Nessa sexta-feira, 8 de novembro, há cinco anos, o presidente Lula era libertado de uma prisão injusta na qual ele ficou 580 dias condenado se provas e sem poder se defender de forma mais profunda. Ele quis comemorar esse aniversário com uma celebração ecumênica que reunisse em Brasília religiosos e religiosas que o visitaram na prisão e algumas pessoas da coordenação da Vigília Lula Livre que se realizou na rua em frente ao prédio da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula estava preso. 

Cheguei ao Palácio da Alvorada por volta das 9:30hs. Lula e Janja já estavam recebendo os convidados e convidadas. Éramos cerca de trinta pessoas. Lula estava profundamente comovido e muito à vontade. Por volta das 10:30hs, teve início. Além de cristãos — católicos, evangélicos e pentecostais, estavam presentes o Rabino Alexandre e o Pai Caetano da Umbanda, representando outras religiões.

Fui convidado a proclamar o Evangelho das bem-aventuranças, que parecia feito sob medida para aquela ocasião. Diversas pessoas pediram a palavra. Não senti necessidade de falar, pois aqueles que se manifestaram expressaram muito bem o que eu também pensava e sentia.

Após a celebração, Janja nos convidou para almoçar com o presidente. Havia cerca de oito grandes mesas redondas no local. Leonardo Boff, Frei Betto, Júlio Lancellotti e eu ficamos na mesma mesa em que almoçavam Janja e Lula. 

O encontro foi muito mais do que uma comemoração, foi uma reafirmação de que, mesmo diante das maiores adversidades, a solidariedade e a luta pelo bem comum podem transformar prisões injustas em sementes de esperança.

A luta pela democracia e por um futuro mais justo continua e a esperança que brotou desta celebração nos impulsiona a seguir em frente. 

Viva Lula! Viva a esperança!

Marcelo Barros



Obrigado, companheiros e companheiras. Vou carregar para todo o sempre a lembrança do que vocês fizeram. Somos irmãos, amigos, unidos no amor e na fé. 


A música "Viva a Esperança" (originalmente, "Trovas ao Cristo Libertador"), composição com letra de Dom Pedro Casaldáliga e música de Pe. Cireneu Kuhn, svd, interpretado coletivamente por membros da Irmandade dos Mártires da Caminhada. Clipe produzido na celebração de um ano da Passagem do Poeta-Profeta Dom Pedro Casaldáliga!


sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Frei Betto: da utopia à distopia. & + pastor Henrique Vieira, professor Zezito de Oliveira e poeta Paulo Leminski.

 Conjuntura obriga as forças progressistas a pôr as barbas de molho e reavaliar sua atuação política, sua linguagem, seu programa e seus objetivos

  Revista Opera - 4 de novembro de 2024

Uma das razões dessa virada ideológica se deve ao desaparecimento de paradigmas na cultura ocidental. Ninguém vive sem referências que alimentem a esperança. Minha geração se nutria do marxismo e tinha como referências reais os países socialistas que, apesar dos pesares, representavam um avanço civilizatório comparado aos países capitalistas, em especial quanto à redução das desigualdades sociais. Tudo isso desabou. 

As recentes eleições no Brasil e no mundo comprovam o avanço das forças políticas de direita. Acuados, os raros governos progressistas fazem concessões que contrariam os princípios que regem os programas de seus partidos. Ou adotam posturas autocráticas. Chama a atenção o fato de muitos líderes de direita serem jovens apoiados por jovens.

Perplexa com a perda de espaços e de capacidade de promover mobilizações populares, a esquerda parece não se ter dado conta ainda do grave perigo que o avanço da direita representa para o futuro da humanidade. O clima me recorda Berlim no início da década de 1930, quando todos bailavam pelos cabarés da cidade e conviviam alegremente com aqueles homens uniformizados cujas braçadeiras exibiam a suástica!

Sou da geração de 1968, que promoveu a revolução sexual, se espelhou em Che Guevara, manifestou solidariedade à luta dos vietnamitas contra a invasão dos EUA, aplaudiu os barbudos de Sierra Maestra que libertaram Cuba da órbita da Casa Branca. Geração que se nutria de Sartre e Merleau-Ponty; Reich e Fanon; Marx e Althusser. Geração que enfrentava ditaduras militares, erguia barricadas em defesa da democracia, apoiava greves operárias. Após a redemocratização do Brasil, em 1985, minha geração governou o país por 18 anos!

“E agora, José?/ A festa acabou, / a luz apagou, / o povo sumiu, / a noite esfriou, / e agora, José?”, indagam os versos de Carlos Drummond de Andrade. Quais as causas dessa virada do mundo à direita? Como é possível entender o descaso dos países metropolitanos com a crise climática e o apoio ao genocídio promovido pelo governo sionista de Israel sobre as populações de Gaza e do Líbano? E a ONU, condenada a mero papel decorativo?

Uma das razões dessa virada ideológica se deve ao desaparecimento de paradigmas na cultura ocidental. Ninguém vive sem referências que alimentem a esperança. Minha geração se nutria do marxismo e tinha como referências reais os países socialistas que, apesar dos pesares, representavam um avanço civilizatório comparado aos países capitalistas, em especial quanto à redução das desigualdades sociais.

Tudo isso desabou. Pressionada pelo bloqueio imposto pelos EUA, Cuba enfrenta grave crise econômica, e a China se sustenta no paradoxo de adotar uma política socialista e uma economia capitalista. 

Sem paradigmas não se fomentam utopias. E sem utopias não há esperança. O horizonte socialista se apagou do cenário político da esquerda. Líderes de esquerda temem inclusive pronunciar a palavra “socialismo”, estigmatizada pela direita. Receiam queimar a boca. Sabem que socialismo soa como sinônimo de comunismo e não atrai votos. 

Não se projeta mais uma alternativa pós-capitalista. Procura-se amenizar os desmandos do sistema, ampliar redes de benefícios sociais aos mais pobres sem, no entanto, combater as causas estruturais da desigualdade e do desequilíbrio ambiental. São raras as vozes de ressonância mundial, como a do papa Francisco, que ousam proclamar, ainda que em termos menos convencionais, que dentro do capitalismo a humanidade não tem salvação. Basta ler as encíclicas assinadas por ele.

Sem teorias que iluminem, sem países que sirvam de exemplo, a esquerda fica à deriva no turbulento curso do rio da história sem saber onde haverá de desaguar. Hoje, Hitler e Mussolini se sentiriam à vontade no cenário internacional. Seriam aplaudidos como guias e exaltados como Trump, mormente se abrissem mão do antissemitismo. 

Como o eleitor dará apoio e votos à esquerda se não há quem lhe apresente um antídoto à avassaladora deseducação política promovida pelas poderosas ferramentas midiáticas controladas pela direita? O povo não pensa no global, pensa no local; não foca o social, foca o pessoal. Quer segurança no bairro onde mora, acesso à internet, escola, moradia e emprego; prosperar e se livrar da humilhação de uma existência empobrecida e subalterna.

“Gente é pra brilhar”, proclama Caetano. As redes presenciais, que organizavam amplos setores populares (CEBs, sindicatos, movimentos sociais, núcleos partidários etc.) se esgarçaram. Ao lutar pelo fim do imposto sindical, a esquerda fragilizou toda a estrutura da organização e da mobilização operárias.

Agora, as redes virtuais imperam, destituem seus dependentes de cidadania e neles incutem o consumismo, o narcisismo e o individualismo. A ideologia do empreendedorismo leva multidões a abraçarem o “cada um por si e Deus por ninguém”. Incutido na cabeça do povo, o sistema culpabiliza o indivíduo por não ser capaz de sair da pobreza e obter renda própria. 

Como enfrentar tamanho eclipse da utopia que mobilizava multidões de jovens e aqueles que confiavam nas pautas da esquerda? O que temos a apresentar de melhor além de promessas?

Hoje, é incomensurável o número de jovens asfixiados pelo niilismo. Ignoram a ética, são indiferentes à religião, desprezam a política, têm ideias tão desalinhadas quanto os fios de seus cabelos. Sonham apenas em ter um bom emprego e uma vida confortável – um lugar ao sol nesse sistema cada vez mais afunilado e excludente. 

Essa conjuntura obriga as forças progressistas a pôr as barbas de molho e reavaliar sua atuação política, sua linguagem, seu programa e seus objetivos.

O mundo retrocede. Da utopia para a distopia. E isso até os cegos enxergam. 

(*) Frei Betto é escritor, autor do romance policial “Hotel Brasil” (Rocco), entre outros livros. Livraria virtual: freibetto.org


Frei Betto, Chico Alencar, pastor Henrique Vieira, pe. Júlio Lancellotti, Paulo Leminski  e muita gente que não cabe nesse pequeno texto são luzes. Posso citar outros dois Chicos, o Buarque e o de Roma. Como disse o primeiro, ao se referir as mulheres de Atenas, miremo-nos no exemplo de mulheres e homens como os citados, assim como em muitos outros (as)   menos conhecidos ou desconhecidos para muita gente. 

Ontem, por exemplo, escutava uma mulher sábia e guerreira, a Irmã Tea Frigério, missionária italiana que vive no Pará há muitos anos. Ainda voltarei porque estava fazendo outro trabalho, mas precisamos ouvir e/ou  trabalhar com gente assim, gente que ama, faz versos , protesta, mas que tem os pés no chão com um coração aberto e amoroso. Pois precisamos disso cada vez mais. Sem isso não faremos a revolução permanente que acontece no cotidiano, e que irrompe  com grandes multidões, exatamente quando o cotidiano está encharcado de gente como os que citei ou não,🌻mas que você que nos lê, conhece....

 Os mais angustiados são os que esperaram ou esperam a revolução repentinamente, sob a responsabilidade maior de grandes líderes, por cima. Talvez esses  últimos anos do avanço da contra-revolução, e que não começou agora, nos sirva para ampliar o nosso olhar de volta ao nosso cotidiano a fim de perceber quantas Tea Frigério em nosso país contribuíram e contribuem para o sucesso de grandes lideres do campo progressista e consequente grandes transformações. Grandes líderes não apenas sujeitos individuais, como sujeitos coletivos, como o MST, por exemplo.

 Para olhar o quanto precisamos cuidar da sementeira de grandes líderes. Por que os formados nos anos 1960, 1970 e 1980, já estão com cabelos brancos e estes lugares precisam ser ocupados. O que necessita de propósito com tempo, cuidado e apoio material.

Zezito de Oliveira


“Utopia” ou “distopia”? Entenda a diferença entre os conceitos 



Golpistas queriam sequestrar Lula e Moraes

 




ORCRIM BOLSONARISTA

Golpistas planejavam raptar Lula e fizeram dossiê sobre armamento de seguranças

Polícia Federal recuperou informações que haviam sido apagadas por Mauro Cid, entre elas um dossiê detalhado para captura de Lula que previa confronto armado. Inquérito sobre a quadrilha golpista de Bolsonaro foi prorrogado por 60 dias

https://revistaforum.com.br/politica/2024/11/8/golpistas-planejavam-raptar-lula-fizeram-dossi-sobre-armamento-de-seguranas-168935.html



quinta-feira, 7 de novembro de 2024

UMA NOTA SOBRE UM PADRE GOLPISTA E SEUS ALIADOS, Romero Venâncio (UFS) e SOBRE O LIVRO DE CLODOVIS BOFF, Geraldo De Mori, SJ (FAJE-BH)

"Ainda de acordo com a PF, o padre José Eduardo participou de uma reunião no dia 19 de novembro de 2022, com Filipe Martins e Amauri Feres Saad, para tratar do plano golpista, no Palácio do Planalto."

Metrópoles. Novembro, 2024

Esta afirmação tem comprovação no próprio celular do padre e onde a PF viu sua agenda. Não vou dizer quem foi a dupla Filipe Martins e Amauri Feres Saad no governo Bolsonaro (público e notório a atuação deles). O ministro Alexandre de Moraes foi um dos primeiros a saber das aventuras do padre, segundo jornalistas do Metrópoles e de outras fontes. Por que a figura do padre é importante nesta hora? ele (e seus aliados) são a prova definitiva que que o que ocorreu no 8 de janeiro de 2023. Não se trata de desordeiros desorganizados e aventureiros. Até pode ter aparecido gente assim na porta dos quarteis e no acontecimento de Brasília, mas existia uma trama no palácio do planalto desde o resultado das eleições em que Bolsonaro foi derrotado. O padre José Eduardo foi mentor e abonador moral de uma real tentativa de golpe de estado. E o mais grave: ele ostenta em seu currículo ser formado em teologia moral e bioética. Arrotava moralismo diariamente em suas redes. Recomendo demais para os que não sabem quem é este padre, ler uma matéria no jornal "The Intercept Brasil" assinada por Leandro Demori sobre como o padre José Eduardo trouxe ao Brasil a lorota da "ideologia de gênero" a partir de uma organização fascista da Espanha. Tá tudo lá.

Estudo e monitoro esta extrema direita católica no Brasil desde 2018. Eles apoiaram abertamente Bolsonaro em sua primeira eleição a presidência. Continuaram apoiando quando ele chegou  ao governo e reproduzindo suas políticas e sempre criaram uma imagem diabólica de Lula e dos petistas em suas redes e plataformas digitais. Lembremos aquele fatídico e ridículo 12 de outubro de 2022 em Aparecida quando o Centro Dom Bosco (aliadíssimos do padre José Eduardo) tentou rezar um terço/rosário junto com Bolsonaro em pleno feriado e com a cidade de Aparecida tomada de gente.

Retomo o que já afirmei em outros textos: essa atual extrema direita católica tem um projeto e sabe o que quer. Sabe atuar nas redes digitais e vai se espalhando como fungo nas paróquias e dioceses. Tem apoio de padres e bispos na sua pauta. Trata-se de um laicato  de classe média e que tá sabendo ganhar dinheiro e legitimada perante uma certa opinião pública do Brasil. Foco meus estudos e monitoração no Centro Dom Bosco (mas não só). Eles estão estabelecendo articulações internacionais (no mês passado os irmãos Mendes que lideram o Centro foram aos EUA para um "apostolado" e voltaram animados com os frutos). Vem ai e mais uma vez um evento que tenta articular os vários grupos da direita católica. Chama-se "Liga Cristo Rei" que é sempre realizado numa fazendo luxuosa no interior do Rio de Janeiro. 

Por fim, alerto para uma obviedade: alguns bispos e padres e ainda alguns leigos da chamada "esquerda católica" estão sendo emparedados aos poucos e de forma sistemática dentro da Igreja Católica neste Brasil da Santa Cruz. Ocorre nos bastidores da Igreja uma perseguição velada a estas pessoas e aos grupos que fazem parte. Tudo isto numa cruzada alucinada para extinguir a teologia da libertação. O nível de isolamento de vários teólogos e teólogas da libertação é absurda e triste. Uma agressão a inteligência teológica deste país. Teólogos, Teólogas, pastoralistas, missionários... Uma gente de bom coração que dedicou sua vida a causa da Igreja e dos pobres. O sentimento de impotência de ver tudo isto acontecendo e ficar apenas "dando milho aos pombos" na Igreja é terrível e desalentador. E nem precisa dizer que fora da Igreja, no governo Lula nada ajuda nesse duro momento histórico. É um sentimento bem descrito pelo  poeta negro Cruz e Sousa num texto belíssimo e duro chamado de: "O emparedado". Recomendo.

UM CONVITE

LIVE - TEOLOGIA

CLODOVIS BOFF,  A GUINADA À DIREITA E A FALACIOSA CRISE NA IGREJA

Com Romero Venâncio (UFS)

07/11. Quinta. As 20h

No Instagram romerojunior4503

Recomendo como obra necessária para se cultivar espirito crítico sobre o que se propaga de "religião" pelas redes sociais:

Romero Venâncio e Pe. Paulo Sérgio Bezerra


SOBRE O LIVRO DE CLODOVIS BOFF
Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus” (Fl 2,5)
Clodovis Boff lançou recentemente o livro A crise da Igreja católica e a teologia da libertação, que retoma artigos publicados em 2007 e 2008 na Revista Eclesiástica Brasileira (REB), nos quais fazia uma crítica severa a esta corrente teológica que ele ajudou a sistematizar entre as décadas de 1970-1990, além de incluir novos textos, insistindo nas críticas então apresentadas. Muitos grupos, de perfil mais conservador e tradicionalista, têm difundido, em várias mídias, trechos de entrevistas dadas pelo teólogo catarinense nas últimas semanas, utilizando-se dessa obra para condenar essa corrente da teologia latino-americana nascida no período pós-conciliar. Este texto não tem a pretensão de responder às questões levantadas por Clodovis Boff nem de reagir às leituras dos que atacam ou defendem a teologia da libertação. Sua intenção é retomar e aprofundar, sob um outro ponto de vista, a reflexão sobre a “crise” da Igreja católica no Brasil e sobre o pensamento que estaria na raiz desta crise: o da teologia da libertação.
As críticas de Clodovis Boff à teologia da libertação remontam ao artigo de 2007, no qual ele convocava essa corrente de pensamento teológico latino-americano a uma “volta ao fundamento”, que, segundo ele, é Deus e não o pobre, como tinha sido feito pelos teólogos da libertação. Seu texto, escrito após a Conferência de Aparecida, provocou uma reação entre alguns teólogos, dentre os quais, Luiz Carlos Susin, Érico Hammes, Leonardo Boff e Francisco Aquino Júnior, que questionaram a leitura do teólogo catarinense. Este, por sua vez, escreveu uma “réplica”, publicada em 2008, reiterando seus argumentos. O contexto dos atuais debates sobre esse texto não é, porém, o que se seguiu à V Conferência do CELAM, mas o do “rescaldo” da polarização que ainda “envenena” as relações na sociedade e igrejas cristãs do Brasil. Mais que um “déjà vu”, o que está em jogo na “disputa de narrativas” que envolve essa obra do teólogo catarinense tem um viés político-ideológico, mas também uma visão teológica e eclesial.
O viés político-ideológico é o que tem tensionado a sociedade brasileira desde 2013, cada vez mais envolvendo a religião e as igrejas cristãs. A incapacidade dos partidos de esquerda em entender e encaminhar as insatisfações das manifestações de junho de 2013 levou ao surgimento de uma extrema direita fortemente articulada, presente nas mídias digitais, promotora de desinformação, tocando em temas fortemente polêmicos, envolvendo “pautas de costumes”, atraindo para si os grupos religiosos preocupados com as mudanças culturais e antropológicas que perpassam as sociedades ditas pós ou hipermodernas. No mundo católico, as disputas que até então opunham “conservadores” e “progressistas”, identificados respectivamente com fiéis e grupos procedentes da religiosidade popular e de movimentos afinados com a renovação carismática, por um lado, e fiéis e grupos envolvidos com as Comunidades Eclesiais de Base e as pastorais comprometidas com a defesa da justiça, por outro lado, transformaram-se, nos últimos anos, em polarização, dificultando ou inviabilizando o diálogo e o caminhar juntos. De fato, em muitas mídias de inspiração “católica” tudo o que chama para o compromisso social é identificado como sendo da teologia da libertação e posto sob suspeita. Muitas pessoas e grupos ligados a essa perspectiva têm se utilizado da obra de Clodovis Boff para anatematizar a teologia que ele ajudou a construir e da qual tem se afastado, embora esse afastamento não esteja associado à polarização, para a qual sua obra tem se prestado no atual debate ideológico-religioso.
O viés teológico e eclesial da obra de Clodovis Boff, que merece ser aprofundado, tem a ver com o próprio título de seu livro, que recorre à categoria da “crise” para falar da Igreja católica no Brasil hoje. O título é, porém, enganoso e, parece ser voluntariamente ambíguo, pois leva a pensar que a “crise” em questão é consequência da teologia da libertação. Na verdade, sua reflexão tem uma pretensão mais abrangente, como atestam os vários volumes que escreveu nos últimos anos sobre o sentido, nos quais se afasta não só da teologia da libertação, mas também da chamada “virada” antropológica ocorrida na teologia com o Concílio Vaticano II. Contudo, essa virada já havia ocorrido na cultura ocidental deste o início da época moderna, tendo em Galileu Galilei seu expoente no campo da ciência, e em René Descartes, seu expoente no campo da filosofia. Mais que a “physis” (= o mundo) e o “Theos” (= Deus), o que passa a ocupar o centro do conhecimento e da ação humana é o “anthropos” (= ser humano). Apesar de centrada no humano, a virada antropocêntrica ainda era determinada por algumas instituições “fortes”, como a Igreja, a família, o Estado. O advento do indivíduo pós-moderno desconstrói, porém, essas instituições e produz uma enorme fragmentação, que está na origem do atual pluralismo que marca as sociedades contemporâneas. A “crise” da Igreja se inscreve na crise de um mundo que, do ponto de vista religioso, não mais é marcado pelo modelo de cristandade, em que a Igreja católica e, no máximo, outras denominações cristãs, eram as únicas instituições provedoras de sentido/salvação.
A “crise” que Clodovis Boff parece associar à teologia da libertação ou à teologia que deu origem ao Concílio Vaticano II, é muito mais radical e profunda. Para pensá-la, é preciso ir “mais fundo” e, talvez, com um olhar menos pessimista que o seu e mais afinado com o paradoxo do Deus cristão. De fato, como tão bem mostrou o Apóstolo Paulo, o lugar para pensar toda a crise no cristianismo, mesmo a do atual momento da Igreja católica do Brasil, é a cruz de Jesus e a releitura que a partir dela foi feita do mistério do próprio Deus, em sua “kénosis” (= abaixamento, esvaziamento, humilhação), ou seja, a partir do “não apegar-se” à “condição” que era a sua, mas do assumir a condição outra, no caso do Cristo Jesus, como recorda o hino aos Filipenses, o de “não considerar um privilégio ser igual a Deus”, mas esvaziar-se, “assumindo a forma de servo” (Fl 2,6-7) e a dos “malditos” (Gl 3,13). Somente uma teologia capaz de pensar a crise como “kénosis” é habilitada a não se enredar em falsos argumentos nem a se deixar manipular pelas “ideologias de plantão”, colocando-se, como aquele que foi obediente até à morte na cruz (Fl 2,8), ao serviço dos crucificados, encarnação, em cada tempo e lugar da história, do humano que deve ser elevado, reconhecido, glorificado, tornando o mistério pascal e o mistério da encarnação novamente vivo, atual, eficaz, presente. Ao contrário do que diz Clodovis Boff, não são os pobres que levaram os teólogos da libertação a substituírem o fundamento da teologia, que é sempre Deus, mas as leituras que se utilizam do nome de Deus transformando-o em ídolo e esquecendo-se de seus rostos redivivos (Mt 25,31-46). Como tão bem diz Dom Hélder Câmara em seu discurso conclusivo da Missa dos Quilombos, o caminho dos pobres é “evangelho vivo” e não “comunismo”, como muitos ainda hoje continuam a dizer com relação à teologia da libertação. Oxalá os debates em curso ao redor da obra do teólogo catarinense possam estimular os fiéis a terem o olhar fixo em Jesus, inaugurador e consumador da fé (Hb 12,2), que se fez pobre por “nossa causa e nos enriqueceu com sua pobreza” (2Cor 8,9).
Geraldo De Mori, SJ é professor e pesquisador no departamento de Teologia da FAJE

LIVE - TEOLOGIA
*CLODOVIS BOFF, A GUINADA À DIREITA E A FALACIOSA CRISE NA IGREJA*
Com Romero Venâncio (UFS)
*07/11. Quinta. As 20h*
No Instagram romerojunior4503

Da memória.



quarta-feira, 6 de novembro de 2024

3ª Mostra Memórias Urbanas no Cine Vitória - A produção audiovisual sergipana chegando a quem mais precisa.

 Zezito de Oliveira

Ontem, 05/11/2024,  foi o dia que escolhi para ir a mostra de filmes “memórias urbanas”  da produtora cine massapê. A despeito do nome da mostra, mas  até pela próprio nome da produtora e formação do  diretor Sérgio Borges, mestre em geografia pela UFS, os temas ultrapassam  fronteiras.

 O primeiro filme da mostra   trouxe a lume a história de vida de   um personagem  performático da cena urbana de Aracaju,  “Velha  do Shopping” em mais um sensível e criativo trabalho da realizadora Gabriela Caldas, revelando  quem era a pessoa que estava por trás da "Véia do Shopping".

https://ajuplay.com.br/movie/a-velha-do-shopping/

Na sequência, a exibição de um filme  sobre  homofobia, por sinal, o único filme de ficção da mostra,  “jamais serei seu pai” de Manoel Calixto e Jhon Kennedy,  permeado com  momentos de homoafetividade, o qual mexeu bastante com  estudantes de uma escola pública presentes a sessão

https://www.instagram.com/jamaissereiseupaicurta/?api=1%2F&hl=zh-cn

O filme de Sérgio Borges “Mãe Maré, vidas sustentadas pelas águas” também muito interessante, sensível e poético, embora com  atmosfera quebrada   pela fala de um personagem que leva o clima para um outro campo de vibração, o que não fez quebrar a magia das conexões profundas dos seres humanos com a natureza no campo da alimentação e do trabalho, como trazidas no filme até a fala do personagem citado e depois. 

https://www.youtube.com/watch?v=L7jcZysQgOo

 “Conexões entre mundos”  de Walter Mazzega é um outro cheio de conexões envolvendo espiritualidade, memória ancestral e beleza natural,  mostrando   o poder de cura através das ervas e benzimentos.

https://bacanudo.com/leitura/6083/Curta-metragem_sergipano_ira_concorrer_em_festival_portugues

Já o curtíssimo filme de seis minutos “A última valsa”, de um realizador sergipano radicado em São Paulo, Fábio Rogério,  juntamente com o aclamado critico de cinema e professor emérito da USP,  Jean Claude Bernadet, traz uma importante reflexão sobre esses tempos de vidas artificiais, incluindo a manutenção da vida biológica por esses meios. O filme apresenta a recusa de Bernadet em ser mantido vivo assim, mesmo se necessário por recomendações médico-hospitalar. O filme gerou um certo desconforto na platéia até porque faz refletir sobre outro tema tabu em nossa sociedade, a morte.

https://www.youtube.com/watch?v=XdSdAsb9hT8

Ao sair da mostra, duas alegrias, as temáticas abordadas pelos filmes, acompanhadas com as  soluções estéticas e criativas de cada um. Assim como  a presença majoritária de adolescentes e jovens da escola pública. O que para isso acontecer, necessita sempre da presença de um ou vários professores que atuem também como verdadeiros animadores ou agentes culturais no chão da escola. Nesse caso, o professor Gildo Bezerra,  um  grande entusiasta da conexão cultura e educação, como este que escreve...

Nestes professores, muitos também artistas, arte-educadores, escritores e produtores culturais, reside uma das maiores preocupações em quem se pergunta como fazer para que a escola possa encontrar mais sentido e significado para a  vida de crianças, adolescentes e jovens, para além dos incentivos do bolsa família e do pé de meia. Afirmo e reafirmo, para as necessidades materiais, o bolsa família e o pé de meia, para as necessidades imateriais -  o que inclui, sentido para a vida, afeto, boas amizades, auto estima, senso de pertencimento e de coesão social -  muita arte e cultura. Do contrário, é mais barbárie. Ainda mais com figuras eleitas como Trump nos Estados Unidos, conforme as primeiras noticias que leio neste inicio da manhã.

domingo, 3 de novembro de 2024

3ª Mostra de Audiovisual Memórias Urbanas acontece em Aracaju de 04 a 06 de novembro no CIne Vitória.

 

Acima, Gabriela Caldas - diretora de "Velha do Shopping" e Sérgio Borges curador da mostra.

Estamos aguardando mais fotos do segundo dia da mostra para publicação..

terça-feira, 5 de novembro de 2024

05 de novembro - Dia Nacional da Cultura.. E o PT? Está fazendo o que deve ser feito no âmbito do MINC e no parlamento.. E os outros partidos? Cobrem deles nos estados e municipios, incluindo o próprio PT...

 Margareth Menezes faz pronunciamento oficial


Dia Nacional da Cultura é celebrado com sucesso das políticas culturais

MinC prioriza políticas públicas que garantam alcance em todo o território nacional

AQUI


5 de novembro é Dia Nacional da Cultura, Dia Nacional da Língua Portuguesa e Dia do Cinema Brasileiro

OUÇA AQUI

*Vou me embora para o Vilarejo ou para Pasárgada ou para a Feliz Cidade, ou melhor, para Ipopuranga no Ceará. Lá o PT elegeu todos os vereadores, vice-prefeito e prefeito.* https://acaoculturalse.blogspot.com/2024/11/outvou-me-embora-para-o-vilarejo-da.html