quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Sujeito de sorte? A revelação da trama do assassinato de Lula/Alckimin/Moraes e contra a frágil e combalida democracia brasileira acontece em meio ao sucesso do filme "Ainda estou aqui" e encerramento bem sucedido da reunião do G20 sob a responsabilidade do presidente Lula.

 SUJEITO DE SORTE - BELCHIOR

"Presentemente, eu posso me

Considerar um sujeito de sorte

Porque apesar de muito moço

Me sinto são, e salvo, e forte

E tenho comigo pensado

Deus é Brasileiro e anda do meu lado

E assim já não posso sofrer

No ano passado

Tenho sangrado demais

Tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro

Tenho sangrado demais

Tenho chorado pra cachorro

Ano passado eu morri

Mas esse ano eu não morro"

Sujeito de Sorte" faz parte do EP 2 do disco "Ana Cañas Canta Belchior" 


Emicida - AmarElo (Exemplo: Belchior - Sujeito de Sorte) parte. Majur e Pabllo Vittar









Lewandowski afirma ter se assustado com plano para matar Lula, Alckmin e Moraes


Como era plano de militares para dar golpe e matar Lula, Alckmin e Moraes, segundo a PF    https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3e82950lleo



Sugerimos assistir abaixo onde o historiador João César Rocha inicia sua fala, procurando ligar as pontas, desde 2021 até hoje - a trajetória do golpe. 


O palhaço, o punhal verde e amarelo e o Zeitgeist

Estamos socialmente adoecidos pela ideia de um futuro frágil e de um presente cruel
Vivemos um momento histórico de múltiplas crises. A economia, sob um capitalismo neoliberal predatório, está em seu limite. A saúde pública ainda sente os efeitos de uma pandemia recente e a emergência climática chega ao ponto de não retorno. Guerras e genocídios se intensificam pelo mundo.

Somam-se ainda a crise do que conhecemos por democracia, dos modelos políticos, da credibilidade nas instituições. Do que é informação e do que não é. Além, claro, de crises novas e mais profundas, cujos efeitos ainda não conhecemos, do que é ou não um indivíduo, uma identidade, da ideia de coletivo, da mistura de si com avatares melhorados e filtrados nas redes sociais e da derrubada final do muro entre vida “online” e “offline”.

Estamos misturados, desorientados, inseguros e desamparados. Estamos socialmente adoecidos pela ideia de um futuro frágil e de um presente cruel.

Esse cenário de incertezas e medos é explorado com habilidade por grupos de extrema direita, que sabem transformar o sofrimento coletivo em combustível para uma retórica de ódio e extremismo. Ao invés de oferecer soluções reais para as dificuldades enfrentadas pela população, esses grupos operam por meio de uma linguagem incendiária. O discurso de ódio é repetido incessantemente através de mensagens partilhadas no Whatsapp, nos púlpitos das igrejas, nas lives, declarações e posts de figuras fascistas.

Mas não só: a extrema direita também sabe vender fantasia através das teorias conspiratórias, dando propósito – ainda que delirante – a vidas afetadas por esse Zeitgeist.

Como nas seitas, a realidade é dobrada. Como nas seitas, algo vai sendo repetido e amplificado, os discursos vão escalando e não se parecem mais absurdos mas uma verdade escondida de maneira elaborada, que deixa pistas, à qual alguns poucos seres especiais têm acesso. Como nas seitas, fazer parte desse seleto grupo traz o sentimento de pertencimento. E como no comportamento de seita, essa verdade, única e absoluta, deve ser defendida além da própria vida – ou da vida do “inimigo”.

Não por acaso, nos últimos dias tivemos dois exemplos emblemáticos desse Zeitgeist.

Primeiro com o homem que planeja e tenta explodir o Supremo Tribunal Federal e, fracassando, deita sobre bombas e tira a própria vida. Homem esse que, com histórico de sofrimento psíquico, deixa um recado final messiânico e se vê como um mártir: “Não chores por mim! Sorria! Entrego minha vida para que as crianças cresçam com liberdade (…) Aqui de cima posso ver claramente as cores do nosso lindo e amado Brasil, verde, amarelo, azul e branco. SOMOS UMA NAÇÃO ABENÇOADA!”.

E agora com a operação da Policia Federal que investiga uma tentativa de golpe e assassinato do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice Geraldo Alckmin e o presidente do STF Alexandre de Moraes em 2022, por militares e pessoas que estariam ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro em uma trama que ainda vai se desenrolar.

Não parece coincidência que o planejamento tenha sido batizado por seus criadores de “Punhal Verde e Amarelo”, muito semelhante à “Noite dos Longos Punhais” ou “Nacht der Langen Messer”, quando o nazismo se transformou radicalmente, virou um “rebanho” único e realmente se consolidou.

Palavras repetidas à exaustão não são inofensivas. Elas fazem parte de uma estratégia deliberada de manipulação do medo e da insegurança, em que o futuro é pintado como um campo de batalha contra inimigos imaginários, sejam eles “globalistas”, “comunistas” ou qualquer grande “outro” que possa ser responsabilizado pelas crises atuais.

O discurso de que um “povo armado jamais será escravizado”, repetido pelo clã Bolsonaro, é apenas um exemplo de como a retórica de ódio pode se tornar uma incitação à violência, enquanto promove falsa sensação de poder e controle para um mundo ingovernável.

O homem vestido de palhaço não é um lobo solitário. O grupo militar que planeja um golpe de Estado não é um pequeno núcleo fanático. Eles são sintomas de uma sociedade adoecida.

E é nesse terreno fértil de desespero e incerteza que o populismo de extrema direita floresce.


Jango, Lacerda e JK e os Kids Pretos dos anos 70, por Luís Nassif https://jornalggn.com.br/historia/jango-lacerda-e-jk-e-os-kid-pretos-dos-anos-70-por-luis-nassif/


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21 de novembro de 2024, 09:29 h


Os kids pretos

O papel da elite de combate do Exército nas maquinações golpistas

Allan de Abreu|06 jun 2023_14h15




O historiador Jair Krischke é o entrevistado desta semana no #DRcomDemori . Conhecido como “o caçador de torturadores”, criou uma rede de pesquisadores e informantes que colaboraram para esclarecer mortes, desaparecimentos e sequestros ocorridos entre 1960 e 1980. Referência em Direitos Humanos, estima-se que tenha ajudado a salvar duas mil pessoas de diversos regimes militares em toda a América Latina. 







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