Nesta quinta, 07 de maio de 2020, às 19:30, teremos a primeira live da Ação Cultural com o tema: “Sergipe e a pandemia do coronavírus. O que podemos aprender?”
Os convidados serão: Padre José Soares, pároco da Igreja São Francisco de Assis, no Stos. Dumont, periferia de Aracaju, Assessor das comunidades eclesiais de base (CEBs) da arquidiocese de Aracaju e integrante do Centro de Estudos Biblicos (CEBI).
José Carlos Barbalho - Pedagogo, educador popular, pai de família, cristão. Atuou como formador e educador popular por cerca de 15 anos na Comunidade do Coqueiral/Porto Dantas.
A mediação e contribuições ao debate será realizada por Zezito de Oliveira - Professor de História na rede pública de ensino, educador popular, agente cultural, blogueiro, integrante do CEBI e pesquisador do tema movimentos sociais e cultura periférica.
A live será realizada através da página da Açao Cultural no facebook.
https://www.facebook.com/acaocultur/
No início dessa semana, a sociedade sergipana foi surpreendida com a notícia de flexibilização do isolamento social pelo governador Belivaldo Chagas. Medida adotada a despeito das orientações científicas do Comitê Científico do Consórcio Nordeste. Cujas previsões não são nada favoráveis para os próximos dias e meses.
O Comitê Científico aponta para uma explosão de casos no Brasil. Sobretudo nas cidades nas quais não foram adotadas medidas para ampliação e aparelhamento da Rede. Ou, que não se encontram em condições favoráveis para atravessar o pico de contágio da pandemia.
Essa decisão trouxe grande preocupação a muitos sergipanos, inclusive aos governadores dos nossos estados vizinhos. Pois o nosso estado poderia vir a ser um foco de contaminação para toda Região. Em decorrência disso, o presidente do Comitê, em entrevista á Globo News, divulgou que o nosso estado é o que mais preocupa na região Nordeste. Em face disso, o Governador revogou parcialmente o decreto de suspensão da quarentena.
No entanto, a sociedade sergipana, também, tem manifestado sua indignação com a falta de preparo e estrutura da nossa Rede de Saúde. Através de manifestações de autoridades públicas, de profissionais da saúde, em várias lives, vídeos, em manifestações permanentes nas Redes Sociais e nos diversos artigos publicados. A exemplo do artigo, link abaixo, divulgado na coluna de Jozailton Lima e no Blog da Ação Cultural.; o Artigo “A fome x coronavírus, ou, uma hipótese para as filas”, do Jornalista Vinícius Oliveira; Artigos e lives do Prof. Dr. Romro Venancio (UFS), dentre outros. Como também em eventos virtuais, como em Missas. A exemplo das celebradas pelo Pe. José Soares, que reivindica ações emergentes para o preparo da rede de saúde.
Essa preocupação da nossa gente foi traduzida pelo Ministérios Públicos Federal e do Trabalho e Estadual, que entraram com um pedido no Tribunal Regional Federal da 5ª região, para impedir a reabertura do comércio durante a quarentena em Sergipe.
O Blog Ação Cultural e nas redes sociais a que está interligado, por meio de Zezito de Oliveira, o blogueiro que subscreve este artigo, tem veiculado diversas notícias, positivas e negativas, em nível local em nacional. A maioria das quais, inclusive em nível nacional, tem manifestado, para nossa vergonha e do povo sergipano, a preocupação que o nosso estado tem causado.
Em face de tudo isso, nossa luta não para. A luta contra a pandemia do coronavírus é uma obrigação das autoridades públicas, dos poderes públicos da sociedade civil organizada. Como também de toda a população.
O fato é que o Governador e o Prefeito precisam ouvir a voz do povo. Nesse sentido estaremos promovendo nossa live tendo como base o artigo: “Diante da pandemia do Coronavírus, como estão as ações do Governo de Sergipe?” (link abaixo)
terça-feira, 28 de abril de 2020
A canção “Sol de Primavera” será a fonte de inspiração e esperança para nós. “A lição sabemos de cor. Só nos resta aprender.”
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Coronavírus versus a fome ou uma hipótese para as filas.
Por Vinícius Oliveira*
A "normalidade" nunca quis vencer a fome. O sistema produz mais alimentos que esfomeados há muitas décadas. Mas a fome valoriza o preço do alimento, enquanto desvaloriza o agricultor que realmente trabalha com a terra. Assim como o desemprego desvaloriza o salário do emprego, ao enobrecer quem está empregado. Que, sim, ainda é melhor do que estar desempregado. O Agro é FOME. E pop é saber esconder bem a fome com commodities.
A cicatriz da fome ainda está nítida. Marcou famílias, gerações e comunidades que irão enfrentar filas, ônibus lotado, aglomerações apenas por uma informação de mais um compromisso de salvamento mínimo do governo. Que, por sua parte, joga com suas palavras dúbias e tecnologias ineficientes para organizar exatamente aquilo que a "normalidade" do seu sistema capitalista sempre executou: a morte dos pobres ser normal para o progresso da "pátria". A ORDEM é fome, o PIB é FOME. O Desenvolvimento sempre às custas da FOME.
A fome é uma cicatriz colonial. Ela marca porque ela também mata quem sobrevive. Porque ela nos desumaniza antes de nos levar. A fome também é moderna e pós-moderna. Entre arriscar-se a morrer de fome ou de uma doença nova, no qual o presidente genocida faz questão de minimizar e espalhar fake news que chegam massivamente nos grupos familiares e religiosos, muitos irão preferir lutar contra o Coronavírus. Os que estão na fila também estão com medo, mas estão ali porque têm esse medo maior: a fome.
A fome não deveria sequer ser um risco, quanto mais ser normal.
Vinícius Oliveira- é jornalista, poeta, educomunicador popular, militante do Movimento Comunitário TUDOparaTODOS e filiado ao PSOL.
Uerj oferece curso gratuito sobre a crise da Covid-19 a partir da experiência das periferias
SE A PANDEMINA DE CORONAVIRUS TIVESSE ACONTECIDO NOS TEMPOS DA AMABA, NA ARACAJU DOS ANOS DE 1980/1990?
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