quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Canção Nova ou Velha Canção?

“Faleceu, nesta segunda-feira, 12, o monsenhor Jonas Abib, aos 85 anos, em Cachoeira Paulista (SP). Fundador da comunidade católica Canção Nova, o sacerdote foi um dos principais impulsionadores da Renovação Carismática do Brasil nos últimos anos.
Teve, infelizmente, um papel sombrio no campo do diálogo com as religiões, tendo escrito um livro extremamente problemático, com ataque às outras tradições presentes no Brasil.
O livro, Sim, sim, não, não, foi publicado pela Editora Canção Nova no início da década de 2000, e em 2004 alcançava a 12ª edição.
Sua aversão ao espiritismo era viva: “Vivemos cercados por uma cultura espírita. As ideias de reencarnação e as práticas de consultas aos mortos são coisas correntes na mente e nas palavras de nosso povo”.
Nomeava o espiritismo como uma “epidemia”, e convidava os católicos à combaterem sua irradiação: “É preciso limpar tudo!”, dizia.
Era igualmente crítico das tradições religiosas afro-brasileiras e outras experiências de inspiração oriental.
Numa postura tipicamente proselitista, hoje vivamente contestada pelo papa Francisco, alertava para o "risco" de cristãos estarem “deixando a verdade de Jesus” para buscar “migalhas de verdade” em “doutrinas e filosofias pagãs que vieram do Oriente”.
Falava claramente em “resgatar os nossos irmãos que ainda estão nessas religiões orientais”. O pe. Jonas e a Canção Nova tiveram esse sombrio papel proselitista e incentivador da intolerância religiosa no Brasil.”

Faustino Teixeira (Ciências da Religião – UFJF). Facebook.

"Mas a mesma acabou sendo influenciada ao ponto da mimetização pelos padres Paulo Ricardo e José Augusto (especialmente Paulo Ricardo, que não sei o motivo de acharem um cismático um 'must'). Isso ao ponto da CN, que nunca foi dada à política (nem lado A ou B) se tornar um braço do fascismo no meio católico. Me perdoem pela dureza, mas enorme parte dessa turma nem sabe definir o que é 'comunismo', 'teologia da libertação' (deveriam ver as catequeses de Pe. Zezinho, sempre muito bem embasadas), não lê os documentos da igreja e só segue as coisas, como gado atrás de feno.

E a Canção Nova e seus adeptos PRECISAM acordar desse transe de hipocrisia, desvinculando o que é real do imaginário, como o tal Pe. José Augusto teima em fazer. Talvez influenciados pelo tal 'professor' Aquino, outro disseminador de inverdades.
No mais, meus sentimentos pela passagem de monsenhor Jonas, e que a Canção Nova retorne aquilo que a RCC era em sua origem: um sopro novo do Espírito Santo dentro da igreja, como profetizado por São João XXIII, e não uma fossa de ódio e ultraconservadorismo que beira o sedevacantismo...".
Marcos Garcia

Eu conheço a CN há uns quinze anos e sempre notei que ela tinha um lado na política. Anos atrás eles eram claramente apoiadores dos tucanos e, nunca me esquecerei, que o Padre Léo que hj querem ver nos altares, era um detrator do Lula. Usava palavras pesadíssimas em relação à ele.

Ny Alves Nery

Todos os movimentos da RCC flertaram com o fascismo, a comunidade da Madre Kelly Patrícia nem se fala, mas enfim, espero que eles se desvinculem desses padres sem noção!

Nino Novaes

Fico a pensar: como pode uma emissora católica, com tanto carisma, aceitar 2 padres:o padre Paulo Ricardo e padre José Augusto fundamentalistas , daqueles séculos atrás, pra defender discursos de ódio do presidente da República e de seus apoiadores , pois o que estou vendo, são padres apoiadores desse presidente que disse uma coisa incoerente com o Evangelho: "Jesus não usou pistola, pq no tempo dele não tinha!"
E outras coisas horríveis como: " Pelo Brilhante Ustra, que não deveria ter só torturado, deveria ter matado!" ( durante a votação do impeachment da Ex-presidenta Dilma) e tantas outras incoerências com o Evangelho de Jesus que não cabem aqui citar!
Porém deixo minha força e coragem, que estou aprendendo a cada celebração do Padre Júlio Lancellotti, pra toda a família Canção Nova! E que o padre Jonas Abib descanse em paz!

Alzira Maria de Castro


Fonte: O depoimento de Faustino Teixeira foi publicado no perfil do professor Romero Venâncio no facebook.

Os demais foram retirados de uma publicação da página Katholikos no facebook

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