A vitória do Presidente Lula significa a esperança na reconstrução da democracia no Brasil.
Certamente, também significa a elevação do papel da cultura como essencial na construção de uma sociedade justa e plural, na afirmação de um projeto de nação em que o desenvolvimento econômico seja sustentável e se dê em consonância com a preservação do meio ambiente e respeito aos direitos culturais dos cidadãos e das cidadãs brasileiras.
Cumprimento Margareth Menezes por sua indicação para liderar o Ministério da Cultura e desejo que seja bem-sucedida na tarefa de recriação do Minc, da recriação das políticas culturais e no grande desafio de colocar a Cultura como protagonista na reconstrução do Brasil.
Margareth reúne inúmeras capacidades, que lhe conferem as condições para assumir o mais alto posto da gestão cultural do país, como inteligência, sensibilidade, criatividade, compromisso com a sociedade, com a cultura, com a democracia e com o Brasil.
Cultura para quem?
Por Luiz Augusto Milanesi, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP
CARTA ABERTA À MARGARETH MENEZES E AO FUTURO DA CULTURA BRASILEIRA
Neste momento histórico, queremos saudar e celebrar o anúncio do nome de Margareth Menezes para esta missão, de enorme responsabilidade, que é a reconstrução do Ministério da Cultura do Brasil.
Pedimos a benção aos mais velhos e aos mais novos. Saudamos a sua ancestralidade, seus cantos e encantos, batuques e axés. Que os Odus que escrevem seu destino conduzam ao melhor propósito, guiando os caminhos da futura Ministra nessa jornada pela Cultura de nosso país e de nosso povo.
Que as muitas vozes do Brasil falem pelo seu tom grave e potente. Que ao lado de Lula, uma Ministra da Cultura, mulher, negra, artista, nordestina, seja a expressão de um governo que coloque a cultura na centralidade de um projeto de país.
A criação do Ministério da Cultura, em 1985, foi fruto do processo de abertura democrática. Cultura e Democracia são indissociáveis. A retomada do MinC se dará no contexto de uma nova redemocratização do país, após anos de ataques deliberados e desmonte das instituições culturais.
Nos últimos anos, em meio à pandemia e ao pandemônio, o setor cultural brasileiro foi capaz de empreender uma grande mobilização nacional que permitiu a aprovação das Leis Aldir Blanc, Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2.
Vitórias públicas em um contexto improvável, que revelam força, resiliência e capacidade de articulação. O Congresso Nacional teve um papel fundamental para garantir tais conquistas.
A nova Ministra poderá se apoiar nestas forças, e ao fazer isso contará com uma massa de fazedores e fazedoras de cultura de todo o país, neste mutirão de reconstrução.
Executar e implementar as Leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo significará uma revolução do fomento à cultura no Brasil. Pela primeira vez, o Sistema Nacional de Cultura contará com orçamento necessário para garantia dos direitos culturais previstos na Constituição Federal.
Caberá revisitar o "Do-in antropológico", metáfora genial do ex-Ministro Gilberto Gil, “massageando pontos vitais, mas momentaneamente desprezados ou adormecidos, do corpo cultural do país” - mais Pontos de Cultura em todo o Brasil, com os recursos das novas Leis da Cultura.
Será necessário ir além, pensando em políticas culturais para o Brasil do Futuro, para recuperar o tecido social brasileiro e promover o reencontro do Brasil consigo mesmo.
Conte com a força da cultura brasileira nesta caminhada. Boa sorte, Ministra Margareth Menezes!
>> Compartilhe:
Saudações Culturais!
Articulação Nacional de Emergência Cultural
Escola de Políticas Culturais
sexta-feira, 9 de dezembro de 2022
Live em 13 de dezembro (terça-feira) , às 19h30. - Balanço e rumo das politicas culturais no Nordeste e no Brasil daqui pra frente...
A Live será transmitida pelo canal Não é Heresia no youtube.
Link...https://www.youtube.com/watch?v=1T9S50ZPlqo
Nenhum comentário:
Postar um comentário