sábado, 10 de dezembro de 2022

Margarth Menezes será a nova ministra da cultura

 

terça-feira, 8 de novembro de 2022

A escolha de Margareth Menezes para o cargo de ministra da cultura,  lembra para muitos estudiosos  das políticas culturais e gestores da área,  a opção do Tite em colocar o time reserva para disputar com a seleção de  Camarões. Só que neste caso, a seleção brasileira estava em vantagem, podendo perder o jogo, o que de fato acabou acontecendo.... 

Mas , no que se refere ao jogo da guerra cultural da extrema direita o setor cultural perdeu de goleada, sem  contar as investidas do projeto neoliberal no campo da cultura, o qual teve/tem na Lei Rouanet um de seus melhores "players" ou jogadores...

Qual a sua opinião sobre este assunto? As respostas mais bem fundamentadas serão publicadas abaixo nesse post, ne medida que forem chegando. (*)

Mas,  como a nova partida ainda não começou. estamos na torcida, na expectativa da escolha de um bom time de auxiliares por parte da técnica auxiliar , o que fez o sucesso da boa gestão Gilberto Gil a frente do Ministério da Cultura., contrariando o saldo negativo de quando ele foi Presidente da Fundação Gregório de Matos (Salvador), em meados dos anos de 1980. 

Boa sorte para o técnico geral do time, o presidente Lula, a técnica auxiliar , Margareth Menezes, e para todos nós... 

O Coletivo Ação Cultural, o qual se constituiu formalmente no inicio do primeiro governo Lula e que cresceu naqueles tempos, mesmo com dificuldades, acentuada a partir do golpe de 2016,  continua na luta para construirmos um Brasil em que nos sintamos acolhidos e amados como povo, como nação....O Brasil dos sonhos possíveis e dos impossíveis também, por que não..

Zezito de Oliveira
E, fiquem ligados.... 

Live em 13 de dezembro (terça-feira) , às 19h30. - Balanço e rumo das politicas culturais no Nordeste e no Brasil daqui pra frente...


(*)  
F.
Nada contra a Margareth mas na minha opinião o Juca Ferreira seria o nome mais forte no momento que estamos que é de reconstrução. Ele já demonstrou sua capacidade em vários momentos, um mais recente foi a frente da Secretaria de Cultura de BH.  

J. Teixeira
Onde fez muito pouco.
Na minha opinião.

Reuniu, fez q escutou as classes e executou o que já estava planejado.

O único feito para mim foi “Recriar” a Secretaria Municipal de Cultura de BH.

F.
Sobre Juca Ferreira na Prefeitura de Belo Horizonte ele voltou com a secretaria e aumentou muito os editais, modernizando tb nós mesmos moldes do mapa cultural federal (não tenho certeza se foi criado na gestão dele no Minc).Acho que qualquer nome tem os pós e contras mas sou a favor te ter alguém com uma experiência para lidar com a situação atual que é complexa. Adoro a Margareth mas não acho que ela seria esse nome.

D. Silva 
Desejo que ela tenha uma boa assessoria técnica para realizar uma ótima gestão.

O. Valle

Impossível atrelar expectativas de representatividade racial à capacidade técnica da indicada. Temos de ver o imenso abismo de comprometimento histórico de Gil, sempre progressista e o de Margareth, sempre ligada ao poderosos de ocasião, sempre com a direita baiana, ACM, Imbassahy e companhia limitada. Não, essa não é a melhor escolha por vários motivos. Lula não vai enegrecer um pouquinho o seu ministério majoritariamente branco justamente na área cultural com uma pessoa qualquer. Se insistir, faremos fogo-amigo logo nesse início do que acreditamos e lutamos para redemocratizar pela segunda vez o país. Lula não vai nos tratar com menos importância do que outros ministérios.

EdB
Depois de Gil tem Juca Ferreira.
Estou pronto pra as manifestações, contem comigo.

A. Campos

Não entendi o post. Pq Margareth é apresentada como uma "reserva"? Oq a torna menos capacitada para o cargo como uma titular?

ZdO

Por não ter experiência reconhecida no campo da gestão pública e por não ter registro de participação nos debates culturais mais candentes e estratégicos nestes últimos tempos, até antes do golpe de 2016. O que exige o atual momento...

L. Silva

Mas Gil tb não tinha e fez uma boa gestão. Acho q mais que experiência em gestão precisa ter sensibilidade e vontade de entender a para que vai gerir. Além do mais ela está à frente do projeto da Fábrica Social, que tem projetos culturais e educacionais. Então não acho que ela seja tão inexperiente e não estaja antenada com as discussões e pautas culturais.

L. Oliveira
Além de quem ela pode levar junto com ela, com muita experiência também.
Acho ótimo uma mulher preta nesse momento. Pq até agora só homem branco em ministérios.

ZdO
Ok!  Podemos deixar para a História. Como naquele dito, "se bom ou ruim, o tempo é quem dirá." Mas penso ser diferente as necessidades desse tempo que ruge, não só urge..
Penso por exemplo no debate com as bigtechs, com as plataformas de streaming e coisas desse tipo, entre outros temas candentes e estratégicos. Vi o Juca Ferreira bem experiente e preparado para lidar com essas questões. A Jandira Fhegalli podia ser outra opção. A considerar estes aspectos.

L.Oliveira
Eu acho que a gente precisa pensar com outras lentes. Porque, não vejo a Margareth Menezes como essa pessoa não letrada para negócios. Ela pode nunca ter sido uma secretária de cultura, mas vejo pessoas atualmente nas gestões, que estão na política há anos e nada fazem. Ela está há anos no mercado da música, no meio cultural, e penso que pode formar uma equipe boa para fazer esse trabalho com ela.  Na minha opinião é muito ruim pensar que só esses nomes poderiam fazer uma gestão pela cultura. É com essas reflexões que as oportunidades nunca vão para profissionais negres e indígenas.

S.Borges
Margareth tem um trabalho cultural muito bacana em Salvador, com certeza ela vai convidar Juca para fazer parte da sua equipe, pelo o que eu já percebir a cultura vai ser a menina dos olhos de Lula e de Janja!


Bom dia. Farei um breve fio sobre a disputa realmente pesada que ocorre na definição de ministros para algumas áreas. Não citarei nomes - dado que seria entrar nesta disputa -, mas as causas da disputa. Lá vai:
1) Comecemos pelo estilo Lula, marcada pelo estímulo à disputa, em especial, quando o ministério está na cota do seu partido. Eu acompanhei de perto algumas dessas situações, quando da reeleição em 2006 e, volto a perceber que o expediente foi aplicado agora
2) É comum que Lula ligue para algum ministeriável e sonde seu nome. No caso de ser petista, apresenta o congestionamento de nomes dentro do partido e pede para que o sondado se "viabilize". Daí começa a movimentação, incluindo imprensa.
3) Nessas situações, o ministeriável se expõe, mesmo que tente ser discreto, o que leva à reações de outros candidatos à pasta ou correntes distintas em seu partido ou aliados. Assim, a disputa faz parte desta lógica. Na prática, Lula se fortalece como moderador
4) Há outros ingredientes nesta disputa que, no momento, envolve educação, planejamento e cultura, dentre outras pastas. Citarei três fatores contribuintes:
5) O primeiro é a disputa entre forças, o que envolve disputa entre expoentes petistas e outras lideranças de partidos aliados. Não é desconhecido de muitos a disputa entre Aloizio Mercadante e Fernando Haddad pelo Ministério da Fazenda. Uma disputa paulista, mas não só
6) Mercadante coordena a Fundação Perseu Abramo e se aproximou das secretarias nacionais do PT (que reclamavam dos poucos recursos disponíveis). Haddad é candidato ao governo paulista em 2026. A visibilidade da área econômica pode definir suas chances.
7) Uma segunda disputa se dá entre o setor empresarial - muito próximo de Geraldo Alckmin, mas também de Mercadante - e o campo denominado democrático-popular (envolvendo organizações populares e movimentos sociais). Aqui, a briga é mais dura.
8) O setor empresarial, como faz desde 1986, se articulou muito rapidamente. Alguns indicados como ministeriáveis saíram à campo e deram entrevistas quase diárias. A grande imprensa se alinhou a esses nomes. Acontece que esta exposição desagrada Lula.
10) Há outra disputa em curso: entre os que sugerem um governo moderado, de reconstrução nacional, e a ala que sustenta avanços sociais e de organização social que minem as bases do fascismo brasileiro e criem um parâmetro de organização estatal e políticas públicas
11) Lula parece pender para uma visão mais conciliatória. A entrevista de ontem do futuro ministro da Defesa sinalizou esta postura: chegou a elogiar Bolsonaro.
12) Porém, para ser um governo equilibrado é preciso dar espaços aos múltiplos apoios e identidades políticas. O que dá chance a muitas correntes de pensamento e representação.
13) O fato é que é preciso ter muito sangue frio não apenas para montar um governo de composição, mas também para analisá-lo. Há muita informação rodando nos bastidores, parte delas estimuladas por candidatos a algum ministério.

Repercussão em outros veículos de comunicação

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