domingo, 7 de maio de 2023

Os sonhos não envelhecem. Só Alegria! A roda de conversa sobre Teatro como educação popular na Aracaju dos anos de 1980..

 

Zezito de Oliveira - Foto Raoni Smith

GIlvanete de Melo - Foto Raoni Smith

Só alegria! O final da tarde de hoje, 05 de maio de 2023,  quando chegamos ao fim da conversa sobre teatro como educação popular na Aracaju dos anos 1980. Mais especificamente no Bairro América...

Foi uma tarde que correspondeu a todas nossas expectativas, repetindo o que já tinha acontecido quando assisti a excelente roda de conversa sob a batuta  do professor Romero Venâncio sobre teatro contra a ditadura militar, realizada há cerca de quarenta dias. 

Nesta tarde de hoje, contamos com a presença tanto de alunos da Escola de Arte Valdice Teles, ex-alunos, professor Carlos Mascarenhas (UFS)  e com a presença luxuosa de Marcélio Bonfim, grande liderança da luta e da resistência contra a ditadura militar em Sergipe.

Interessante saber que Marcélio, assim como o escritor de literatura de cordel, o Sr. Jaci, foram participar da roda de conversa por meio de convite publicado nas redes digitais.

Do nosso círculo mais próximo contamos com a presença de Raoni Smith, que fez a cobertura fotográfica e apoio técnico na projeção de slides, Antônio Luiz,  integrante da diretoria, depois conselho deliberativo da AMABA , desde meados dos anos de 1980 até o inicio dos anos 2000 e Alan de Oliveira, escritor, pesquisador e ativista cultural do campo da literatura, membro fundador do Fórum de Literatura de Sergipe, criado em janeiro deste ano no bojo das discussões para implementação das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc,

No primeiro momento da estréia do Café com Teatro quando convidado, afirmei  via instagram “tudo que o artista Raimundo Venâncio toca como diretor, vira ouro” aqui lembrando o nosso grande cantor e compositor Guilherme Arantes.

Do mesmo modo acrescento, “tudo que Tânia Maria interpreta como atriz e cantora vira ouro”, a peça "Billie Holiday, a canção"  que o diga, assim como as magistrais interpretações de canções especialmente escolhidas de acordo com a temáticas das rodas de conversa.  No dia de hoje fomos brindados na abertura com a interpretação da  canção “O amor é o meu país” de Ivan Lins.

Vida longa ao Projeto Café com Teatro, com o desejo que gere outras ramificações, outras iniciativas semelhantes, assim como vida longa a todos que estão a frente do projeto, assim como aos demais que estiverem presentes nesta tarde...

E que os sonhos de mais igualdade e liberdade democráticas nunca acabem, nunca envelheçam, como disse na apresentação utilizando o verso de uma canção de Gilberto Gil “O sonho acabou, quem não dormiu de sleeping bag nem sequer sonhou.”

Portanto, overdose de sonhos e desejos de construção e reconstrução de homens e mulheres novos, mediados pela arte e pela cultura, assim como por meio das práticas esportivas e de atividades de interação com o meio ambiente. O “sleeping bag” , saco de dormir ou colchonete utilizados em acampamentos e congressos estudantis e de movimentos culturais ambientalistas e populares na década de 1980,  foi a  a metáfora que utilizei, pegando emprestado o verso da canção de Gilberto Gil, um de nossos artistas geniais.

O que garantirá o antidoto ou a vacina necessária contra o retrocesso civilizatório que sofremos nestes último anos, sem esquecer que ainda não estamos fora de perigo, o que inclusive foi destacado pelo bravo lutador do povo, Marcélio Bonfim...

Fotos abaixo: Raoni Smith





SERGIPE E BRASIL: SEM ARTE E MEMÓRIA NÃO HÁ FUTURO.

Sensacional! A roda de conversa na tarde de ontem, 06/05/2023, no projeto Café com Teatro da Escola de Arte Valdice Teles (Funcaju) na qual fiz a fala provocadora/inspiradora, juntamente com a colega professora e atriz Gilvanete de Melo.

 O texto com as nossas impressões já está pronto e será publicado até amanhã, domingo,  juntamente com as fotos tiradas pelo filhão Raoni Smith, trabalhador da área do audiovisual e da comunicação digital e radiofônica.

Alguns amigos manifestaram a vontade de ir, mas por várias razões ficaram impedidos de estarem presentes, como relatado por alguns ontem e agora pela manhã. E para os que puderam chegar junto   Raoni  Smith, Alan de Oliveira e Antônio Luiz, como para àqueles que desejaram, mas que não puderam ir, os nossos agradecimentos.

No final da conversa, coloquei-me a disposição para ir até a UFS para falar sobre a nossa vivência e pesquisas com alunos do curso de teatro.

Da mesma maneira, reiterei de viva voz, o que publiquei no blog da Ação Cultural, iniciativas como estas do Café com Teatro são necessárias e urgentes, principalmente em razão de estarmos imersos em um estado de guerra cultural declarado pela extrema-direita, guerra cultural que fere gravemente a nossa democracia, mesmo limitada e inconclusa,  e as nossas expectativas de vivermos em uma nação solidária, como cantou Alceu Valença, nos anos de 1980, anos em que o Brasil estava tentando novamente se tornar “irreconhecivelmente inteligente”, na feliz expressão do critico literário Roberto Schwarz

Lembrei da necessidade da universidade realizar atividades de pesquisas e extensão inspiradas no Café com Teatro , assim como o SINTESE e o MST. A CUT dos anos de 1980/1990 também foi lembrada por causa do projeto SINDIARTE.

Até dezembro deste ano, pretendo gravar um programa a ser disponibilizado no canal da Ação Cultural no youtube com o conteúdo desta roda de conversa, com o intuito de atingir um público mais amplo, inclusive quem mora fora do estado e que manifestou interesse via redes digitais... P.S.: E era para ser apenas um textinho.. rsrsr
Fiquem com a matéria da Ascom da Funcaju e publicada no site oficial, e busquem participar na medida do possível do projeto Café com Teatro, inclusive para o mesmo ser expandido sob os auspícios da Funcaju em parceria com outras instituições. As Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2 , como falei ontem, oferecem ótima janela de oportunidades para isso...

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Café com Teatro realiza primeiro encontro de maio na Escola de Artes Valdice Teles
Cultura
05/05/2023 18h40


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