terça-feira, 12 de março de 2024

Noite de puro êxtase cultural e politico na abertura da 13ª Mostra Cinema e Direitos Humanos..

 Chegando em casa depois de uma noite bem de acordo com o que diz o  icônico verso de uma canção do Odair José. “A noite mais linda do mundo”, ou de mais uma,  dentre tantas que vivi.



As razões: 

O auditório do Museu da Gente Sergipana totalmente cheio. Uma demonstração da capacidade de organização e de mobilização da equipe de produção local, capitaneada pelas professoras Ana Angela Farias e Maria Beatriz  Colluci da UFS.

 Vale lembrar também a ofensiva crescente da extrema direita em nosso país,  a partir do segundo governo Dilma e com os estragos causados  em função da chamada guerra hibrida, em especial no que diz respeito aos ataques contra as artes e às humanidades, o que se torna também fator de mobilização para eventos com a temática da Mostra Cinema e Direitos Humanos.

A qualidade do filme e do personagem. Um diretor de cinema cujas escolhas e engajamento politico  estão para  o cinema brasileiro como as de Ken Loach estão para o cinema inglês. Um filme autobiográfico que coloca a qualidade do ser humano e do artista Silvio Tendler com uma vida de escolhas e de acasos no contexto particular  que explica muito bem o porquê das escolhas  que fez/faz para os temas e personagens de seus filmes.

O registro da importância da experiência do cineclube na vida de Silvio Tendler  e a isso ele se referiu mais de uma vez, inclusive afirmando que continua se sentindo cineclubista. A lembrar: Duas áreas de atuação no audiovisual nacional não tão valorizadas como deveriam: Documentário e Cineclube.

E por último,  não menos importante, o apoio da secretaria estadual de educação e cultura ao transporte para deslocamento de alunos da rede estadual  ao local de exibição, o auditório do  Museu da Gente Sergipana. O que parece não ter sido feito em outras edições da Mostra Cinema e Direitos Humanos. 

Sobre o filme em si, as cenas sobre a revolução chilena no ápice e no ocaso,  me tocaram no  fundo d”alma, em especial no momento das cenas e narração de uma espécie de  programa de férias estatal em áreas de praias para trabalhadores e famílias. Assim,  fiquei com uma impressão da revolução popular no Chile de Allende como muito avançada, por considerar o tempo livre, a a arte e a tecnologia como questões de alta importância,  considerado outras leituras e escutas que fiz.

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

A revoluçao chilena ansiava o futuro com muita ação cultural transformadora e investimento no ciberespaço nascente...

Da mesma maneira por meio deste filme,  fiz um paralelo que nunca tinha feito antes, o  esmagamento  pelos tanques do Pacto de Varsóvia, liderado pela União Soviética, da tentativa do governo comunista da Tchecoslováquia em 1967    sob a liderança de  Alexander Dubček, que tentou democratizar o regime comunista  existente naquele país, e a violência brutal de militares chilenos liderados por Augusto Pinochet em 1973 e  com apoio dos EUA,  contra a revolução socialista democrática pela via eleitoral, tentada pela esquerda chilena a partir da vitória de Salvador Allende nas eleições presidenciais de 1971.

Zezito de Oliveira



Acima, representante do Ministério dos Direitos Humanos.
Professoras, Maria Beatriz  Colluci, acima e Ana Angela Farias, abaixo (UFS)

Vista geral do auditório
da esquerda para a direita, o autor do texto que abre essa postagem ,  Everlane Moraes e Lu Oliveira, realizadoras de destaque no audiovisual sergipano.


Da direita para a esquerda, Marcélio Bonfim, coordenador geral do comité memória, verdade e justiça de Sergipe e Elda Góes também integrante do comitê.
Nas Asas da Pan Am

Documentário, 112 min. Cor. 2020. Brasil

O filme é uma autobiografia do diretor Silvio Tendler, que completou 70 anos, e uma análise dos avanços e retrocessos do mundo que cerca o artista. O documentário retrata o jovem que viveu em autoexílio no Chile, nos anos 1970, onde vivenciou o sonho do socialismo com liberdade; que estudou cinema em Paris; esteve em Portugal na Revolução dos Cravos; e voltou ao Brasil, na época em que o país começava o processo de redemocratização. Tendler também esteve em Cuba, na União Soviética e na Alemanha durante a Guerra Fria, registrando mundos que não existem mais.

Silvio Tendler

Nasceu no Rio de Janeiro em 1950. É formado em história pela Universidade de Paris e é mestre em cinema e história pela Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais. Em sua filmografia, destacam-se os documentários Os Anos JK - Uma Trajetória Política (1980), Jango (1984), Retrato Falado do Poeta Castro Alves (1997) e Marighella - Retrato Falado do Guerrilheiro (2001). Exibiu Glauber O Filme, Labirinto do Brasil (2003) na 27ª Mostra e Utopia e Barbárie (2009), na 33ª Mostra.

Aracaju recebe nova edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos


EDUCAÇÃO E CULTURA EM DH

13ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos começa em Brasília com exibição de filme sobre exílio político

Evento conta com apresentação gratuita de 18 filmes em todas as capitais do país ao longo de março
Começou, em Brasília (DF), a 13ª edição da Mostra de Cinema e Direitos Humanos. A iniciativa estava suspensa desde 2018 e retoma agora o debate sobre direitos humanos e cultura, memória e verdade por meio de produções audiovisuais selecionadas, que serão exibidas gratuitamente em todo país. A cerimônia de lançamento da Mostra foi realizada nessa segunda-feira (11), no Sesc Estação 504 Sul.
Após a solenidade de abertura, foi exibido o filme Nas Asas da Pan Am, uma autobiografia de Silvio Tendler. O artista, homenageado nesta edição, tem história marcada pela defesa da democracia brasileira. Com o tema “Vencer o ódio, semear horizontes”, a Mostra de Cinema e Direitos Humanos é uma iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e do Ministério da Cultura (MinC) e na capital federal, a Universidade de Brasília (UnB) é responsável pela produção da mostra. 
Emocionado com a homenagem, Silvio Tendler ressaltou a importância de ações que celebram os direitos humanos e iniciativas que englobam a conscientização da sociedade para um bem-estar existencial. “Esse encontro é fundamental, os direitos mais importantes são os direitos humanos e os direitos da natureza. Eu sou utopista e acredito que esses dois direitos englobam todos os outros, justiça, educação e saúde. Está tudo ligado com a preservação da natureza e a do ser humano”, explicou Tendler.
Leia mais em>>>>

https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2024/marco/13a-mostra-de-cinema-e-direitos-humanos-comeca-em-brasilia-com-exibicao-de-filme-sobre-exilio-politico/


Critica sobre o filme na revista Papo de Cinema  AQUI 

❤️14 de Março - ÚLTIMO DIA da 13 ° Mostra de Cinema e Direitos Humanos😭

Filmes que traz a beleza da diversidade brasileira e a luta pela vida. ✊🏻✊🏼✊🏾❤️🎥

Programação

TARDE- A sessão aberta ao público começara às 14h, o programa “Sementes”, que irá trazer “Ribeirinhos do Asfalto” (2011, 26 min, livre), “Adão, Eva e o Fruto Proibido” (2021, 

20 min, 14 anos), “Nossos espíritos seguem chegando” (2021, 15 min, livre), “Me farei 

ouvir” (2022, 30 min, 10 anos) e “Escrevivência e Resistência: Maria Firmina dos Reis e 

Conceição Evaristo” (2021, 26 min, livre). Os filmes serão debatidos ao final, às 16h. (Sessão ABERTA ao público)

NOITE - Na sequência, às 18h, acontecerá a “Sessão Homenagem”, com mais um filme de Silvio 

Tendler, “A Bolsa ou a Vida” (2021, 102 min, 10 anos), seguida de debate, às 19h45. (Sessão ABERTA ao público).

 🥰. #13MCDH #diteitoshumanos #cinemabrasileiro  #audiovisualepolitics

Bom Dia Sergipe

Mostra de Cinema e Direitos Humanos acontece no Museu da Gente Sergipana

3 min



AQUI

Este post foi produzido com o apoio da produção local da Mostra Cinema e Direitos Humanos

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabens ao blog, sempre atuante e trazendo informacoes relevantess!

AÇÃO CULTURAL disse...

Valeu! Grato pela visita e comentário... Volte sempre!!!

AÇÃO CULTURAL disse...

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"Massa muita gente participando
Isso e muito bom"
Claudionor dos Santos