quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Golpe de 1964 e Memória

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História da Ditadura no Instagram

CINEMA e DITADURA PÓS-64. ALGUMAS INDICAÇÕES INICIAIS

Existe um cinema brasileiro pós-64 que foi fundamental para alimentar a memória deste período de trevas do Brasil. Terror, censura, medo, exílios, tortura, assassinatos, alienação, resistências... Tudo isto apareceu em algum filme durante esse período. De 1965 até estes 2022, o cinema brasileiro sempre produziu algum filme que diz respeito ao golpe e a ditadura que se seguiu... Ficção, documentário, curta... No Grupo de Estudo em Marxismo e Filosofia -UFS neste semestre, vamos estudar um pouco mais 1964 e depois... Alguns filmes podem ajudar e muito na compreensão e contextualização de 1964 e a ditadura. Destaco os principais filmes que tematizam a ditadura e temas correlatos nas décadas de 60, 70 e 80:

“O desafio”. Paulo César Saraceni. 1965

“Maioria absoluta”. Leon Hirzsman. 1964/1965

“Terra em transe”. Glauber Rocha. 1967

“A derrota”. Mario Fiorani. 1967

“A opinião pública”. Arnaldo Jabor. 1967

“Fome de amor”. Nelson Pereira dos Santos. 1968

“O bravo guerreiro”. Gustavo Dahl. 1969

“O profeta da fome”. Mauricio Copovilla. 1970

“O anjo nasceu”. Júlio Bressane. 1970

“Os inconfidentes”.  Joaquim Pedro de Andrade. 1972

“São Bernardo”. Leon Hirszman. 1972

“Uirá”. Gustavo Dahl. 1974

“Trabalhadoras metalúrgicas”. Olga Futemma. 1978

“Trabalhadores, presente”. João Batista de Andrade. 1979

“A luta do povo”. Renato Tapajós. 1980

“Eles não usam black-tie. Leon Hirszman. 1981

“Pra frente Brasil”. Roberto Farias. 1982

“Linha de montagem”. Renato Tapajós. 1982

“Jango”. Silvio Tendler. 1984

“Cabra Marcado para morrer”. Eduardo Coutinho. 1984

“Muda Brasil”. Oswaldo Caldeira. 1985

“A Igreja da Libertação”. Silvio Da-rin. 1985

“Dedé Mamata”. Rodolfo Brandão. 1987

“Uma questão de terra”. Manfredo Caldas. 1988

“Quem bom te ver viva”. Lucia Murat. 1989.

Um tema importante para se entender a ditadura e seu moralismo hipócrita...



Lampião da Esquina - Agnus Guei do Labedisco


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Uma referência clássica: sobre a doutrina de segurança nacional enquanto ideologia... o Pe. José Comblin vai fundo no assunto a partir da ditadura chilena e dos discursos de Pinochet...

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sobre memórias em tempos de terror... As memórias de Frei Fernando de Brito durante a prisão no período da ditadura militar brasileira... Os frades dominicanos tiveram papel relevante no combate à ditadura...


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"[...] boa parte do antifascismo de hoje, ou pelo menos daquilo que é chamado de antifascismo, ou é ingênuo e estúpido, ou é falacioso e de má-fé: porque luta, ou finge lutar, contra um fenômeno morto e enterrado, arqueológico precisamente, que não mete mais medo em ninguém. É, resumindo, um antifascismo totalmente confortável e totalmente sem risco. Eu acredito, e acredito profundamente, que o verdadeiro fascismo é aquele que os sociólogos, com excessiva indulgência, chamam 'a sociedade de consumo'. Uma definição que parece inócua, puramente indicativa. E, pelo contrário, não se trata disso. Se alguém observa bem a realidade, e sobretudo se sabe ler em volta nos objetos, na paisagem, na urbanística e, sobretudo, nos homens, vê que os resultados dessa despreocupada sociedade de consumo são os resultados de uma ditadura, de um verdadeiro e próprio fascismo."
(PIER PAOLO PASOLINI - 'Fascista' [1974] - In: "Escritos Corsários")



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1964 Um Golpe Contra o Brasil Documentario de Alípio Freire COMPLETO

https://www.youtube.com/watch?v=GhoI8FdFF6w&t=415s

QUEM FOI O CORONEL USTRA? #meteoro.doc


É #FAKE que Lula foi retratado apanhando de policiais em uma das fotos mais famosas da ditadura



Bem vindo à nação mítica: a ditadura militar como discurso fascista de Bolsonaro, por Saulo Barbosa


Provavelmente você já escutou a expressão "o problema é o guarda da esquina”. Essa frase é atribuída ao Pedro Aleixo, que foi vice-presidente do ditador Arthur da Costa e Silva, e teria sido dita por ele numa tentativa de amenizar suas supostas resistências ao ato institucional número 5, o famoso AI-5, que deu início ao período mais brutal da ditadura brasileira.
O problema, para Pedro Aleixo, não era a decisão do ditador, mas o que faria o guarda da esquina, legitimado por uma decisão que basicamente suspendia os direitos individuais de todos os brasileiros. Pois foi mais ou menos isso o que aconteceu há algumas semanas, quando assistimos, entre estarrecidos e paralisados, à tortura e ao assassinato de Genivaldo de Jesus Santos por agentes da polícia rodoviária federal.
Parado por dirigir sua moto sem capacete, Genivaldo foi agredido, algemado, colocado na traseira de um carro da polícia, e asfixiado com gás. As imagens feitas por telefones celulares de dezenas de pessoas que acompanharam a cena mostraram as duas pernas de Genivaldo se batendo para o lado de fora da viatura, enquanto um dos policiais segurava a porta para impedir que ela se abrisse. Pois bem, esses agentes da polícia rodoviária federal são os guardas da esquina.
Mas não os guardas criados pela imaginação do Pedro Aleixo. Esses são os guardas da esquina na ponta de uma cadeia de comando, legitimados por um discurso de ódio, pela incitação à violência e por uma espécie de gozo pela morte, tão presentes e constantes nos discursos oficiais dos militares que governam o país há quase quatro anos. Mas não é só isso. Dizer que Genivaldo foi asfixiado com gás é pouco.
É impossível não associar aquela imagem que correu o mundo às câmaras de gás em que os nazistas executaram judeus, ciganos, homossexuais e quem mais eles consideravam inferiores. E não bastasse isso, dias depois da execução de Genivaldo, o presidente da República, além de declarar apoio aos policiais, exibe-se em público pilotando uma moto sem capacete, a mesma infração que levou ao extermínio de Genivaldo. Para falar sobre o que tudo isso representa hoje no Brasil, Carlos Alberto Jr. entrevista o historiador Michel Gherman e Adilson Paes de Souza, tenente-coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo e pesquisador da violência policial. Link para o canal do Roteirices no YouTube: https://youtube.com/playlist?list=PLWcnLFszvII9KdvOv7I1zY483cDdw68Cv Link para o podcast Roteirices: https://open.spotify.com/show/18ZOTUBCj6mE0AyUgDZcjH?si=f358843880b44829 Link para o Roteirices no Twitter: https://twitter.com/Roteirices_pod Link para apoiar o Roteirices no Catarse: https://www.catarse.me/roteirices_podcast?ref=user_contributed&project_id=138437&project_user_id=178775 Código para apoiar o Roteirices no PIX celular: 61994510183 Contato: roteirices@gmail.com

Uma arquitetura da destruição, com Michel Gherman e Adilson Paes de Souza



rondodaliberdade


Em 15/08/1933, nascia Virgílio Gomes da Silva. Retirante, operário metalúrgico, militou no PCB e depois na ALN. Organizou e liderou várias greves, como a que conquistou o 13º salário e de um reajuste de 20% para todos trabalhadores da categoria. Teve papel central no sequestro do embaixador estadunidense Charles Burke Elbrick. Foi morto pela ditadura em 1969, sob tortura. Até hoje seu corpo ainda não foi encontrado.

D. Ilda, viúva de Virgílio: “Não se formou em nada. A vida o ensinou, foi militando no partido, depois na ALN, a militância foi ensinando ele no dia a dia. E ele tinha vontade, era lutador. (…) No tempo que ele entrou na ALN eu era apoio. Eu via todo o perigo que ele estava correndo”.

Virgílio Gomes da Silva Filho: “O exemplo do meu pai é marcante. E o mais marcante é quando você morre por convicção, não é uma vítima, é um presenteado, porque é melhor morrer na tortura do que morrer de vergonha”.

Gregório, filho de Virgílio: “Por um bom tempo, quando criança, eu também achava que ele iria aparecer(…) o sequestro do embaixador americano, além de um ato de coragem, significou muito. Nunca me esqueço do que Manoel Cyrillo contava. Logo após o sequestro, ele pegou um táxi no Rio e o motorista virou e disse: ‘achei muito bom terem sequestrado o embaixador americano, já estava na hora desse povo (o brasileiro) acordar’”. 

Isabel, filha caçula de Virgílio: “Eu tinha apenas quatro meses quando meu pai foi assassinado. Com três anos fui para Cuba, depois de ter ficado um ano no Chile. Cresci ouvindo a história que o meu pai estava desaparecido. Na minha imaginação de criança, eu pensava que ele iria aparecer a qualquer momento. Muitas vezes, achava que ele, junto com minha mãe, viria me pegar na escola (…) um homem lutador, que queria um Brasil melhor”. 

Manoel Cyrillo de Oliveira Netto (ALN): “Eu estava preso, pendurado no pau- de-arara, de cabeça para baixo, todo amarrado, os torturadores gritando e mostrando o sangue de Virgílio nas paredes, no chão, pois fora assassinado ali no dia ante- rior. Eu, indefeso, no meio daquele bando de facínoras, sabendo da morte de um companheiro, parecia que estava tudo perdido, mas eles se enganaram. Eles é que sumi- ram da História, eles é que estão escondidos, atemorizados, saíram daquela câmara de tortura e estão na câmara do inferno. Na verdade, purgando e se escondendo de tudo e de todos. E o Virgílio? O Virgílio ascendeu e hoje recebe homena- gens, o Virgílio criou seus filhos”.

Celso Horta (ALN): “Eu não sei o momento em que se de deu isso, não sei traduzir isso em sentimento, como foi perceber que o Jonas tinha morrido e, de certa forma, a gente ficar meio órfão. Ele era o comandante do GTA, que mandava no Grupo Tático Armado, ao qual eu pertencia”.

Rose Nogueira (do Grupo Tortura Nunca Mais): “O Virgílio era um estrategista no movimento operário”

Antônio Carlos Fon (ALN): “O Virgílio era extremamente carinhoso, gostava de flores, gostava de bichos, mas principalmente, gostava de gente. Lutava por gente, pelos despossuí- dos e de uma forma absolutamente aberta, franca. Ele entregou sua própria vida nessa luta”.

Takao Amano (ALN): “Minha relação com o Virgílio é muito emotiva. Durante a nossa vida clandestina, posso dizer que ele era um cara muito solidário, em vários momen- tos. Como é que a gente mede a solidariedade? Numa ação ele se arriscava para salvar outro com- panheiro, em momentos difíceis, não é essa solidariedade comum, é incomum”.

Aton Fon Filho (ALN): “Algumas coisas dele que não tinha nada a ver com a política, a paixão dele por orquídeas, ele foi criador de orquídeas. Mostra uma relação dele não só com a natur- eza, mas também com a beleza. Aquela história de que não tem espaço na militância política para a beleza, que o operário não pode aspirar ao belo, ele é a prova de que pode. (…) Resgatar a figura do Virgílio é resgatar a ligação dos operários com a luta armada, mas é resgatar, fundamentalmente, o papel do operariado, do proletariado na luta contra a ditadura.”

Todos os depoimentos foram retirados do documento “Virgílio Gomes da Silva -
Direito à Memória e à Verdade”, produzido pelo Sindicato dos Químicos de São Paulo.


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Os dominicanos na linha de frente de um jornal de esquerda dentro do catolicismo. 1963. Coisa rara!!!!
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Quem foram Cabo Anselmo e Soledad Barrett? | Urariano Mota


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Esse playlist é de um canal dedicado a memória de pessoas que morreram ou foram torturadas pela ditadura militar. 

São vários nomes de cidadãos, vítimas desse nefasto regime. Recomendo a vista dos vídeos deste canal.
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Seu nome era Maria Auxiliadora Lara Barcellos, mas a chamavam Dora. Tinha 31 anos, nascida e criada no Brasil. No dia primeiro de junho de 1976, atirou-se e morreu sob um trem de metrô em Berlim Ocidental. Por quê? O documentário de Luiz Alberto Sanz é primeiro a procurar tematizar o sofrimento psíquico dos exilados pela ditadura brasileira pós-64. O titulo é sugestivo: “Quando chegar o momento” – vem de uma música de Chico Buarque. O filme é de 1976 e tornou-se um marco na reflexão sobre a figura do exilado/exilada e as marcas do sofrimento diante desta condição. Link: https://www.youtube.com/watch?v=Q2xEzsk-O2I


Importante documentário em forma de biografia sensorial e emocional de Maria Auxiliadora Lara Barcellos, estudante de medicina mineira que se envolveu na luta armada contra a ditadura militar nos anos 1960/1970.Dora, ou Dodora, como era conhecida pelos amigos, foi presa e torturada. Depois de dois anos de prisão, foi libertada no grupo dos ‘70’ em troca do embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher e banida do país. Ela, então, viveu no Chile, Bélgica, França e, em 1974, fixou-se na Alemanha Ocidental. E suicidou-se em Berlim, em junho de 1976, aos 31 anos, jogando-se na frente de um trem.

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Eu me lembro…

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O teatro brasileiro e os tempos da ditadura. O melhor nome para escrever sobre este período e sua dramaturgia é o saudoso Fernando Peixoto... Fundamental a ideia do teatro como memória... Um capítulo à parte na reflexão sobre o caráter de ditadura... Recomendo este: “Teatro em pedaços” (até o título sugere à época).

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Em dia histórico, o Conselho Universitário da UFRGS revogou hoje os títulos honoríficos concedidos a Costa e Silva (1967) e Médici (1970), tirando essa mancha da sua história. Foram 48 votos favoráveis e um contrário.
A UFRGS se junta aos Conselhos Superiores da UFRJ e UNICAMP, que já tomaram decisões semelhantes, e conclama as demais universidades brasileiras a construírem esse processo de reparação. A submissão e concessão de honrarias a ditadores é incompatível com a natureza científica, autônoma democrática e humanista da Universidade. Ditadura Nunca Mais!


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Cúmplices? - A Volkswagen e a Ditadura Militar no Brasil (Documentário)




Um capítulo fundamental no golpe de 64 e sua consolidação como ditadura foi a televisão, o rádio e o jornal dos “barões da mídia”. A rede globo nasce neste período e se alimenta dele e da ditadura como nenhuma outra televisão no Brasil... Novelas e jornalismo chapa branca – a fórmula fácil. Li o livro do Paulo Henrique Amorim em 2015. Um livro que ajuda a entender a ditadura e seu auxílio midiático para alienar o povo. Fundamental compreender isto...

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um documentário histórico... ou de como a globo ajudou a ditadura e de como a ditadura fez a globo... Dialeticamente.

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Uma biografia do horror... ajuda a entender a ditadura...



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https://www.youtube.com/watch?v=hicEB6-allI - Entrevista de Maria Claudia Badan ao Breno Altman sobre seu livro: "Mulheres na luta armada". Recomendo!!!

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Livro voltado para o público infanto Juvenil, Fala sobre uma criança que acha cartas do avô sobre a ditadura militar. 

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Por Jaldes Meneses
Considerações sobre a obra de Caetano Veloso.

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Entre 1970 e 1975, Ditadura Militar assassinou 41 alunos e ex-alunos e cinco docentes da USP

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OBSERVEMOS ISTO 
Há aqui  um verdadeiro acervo de memória: textos, depoimentos, filmes, livros em pdf, indicações de dossiês, fotografias... Sobre tortura, assassinatos, exílios, resistências... Tudo documentado e disponível. Então: nosso problema não é termos memória. Temos. O problema é a política pública desta memória. Ela deveria chegar a quem precisa dela. Chegar aos mais jovens, as escolas, as universidades, aos sindicatos, aos museus, as igrejas, partidos, aos lugares de cultura... O que mais assombra esse tacanho bolsonarismo ressentido é não ter esta memória. Eles são a prova das trevas, do militarismo autoritário e da covardia. Eles só têm a truculência, não têm a poesia... Por isto, precisam de coisas abjetas como “brasil paralelo” e “youtubers” canalhas e alguns poucos ditos intelectuais escrotos. Somente. Como dizia o sábio Dom Helder Câmara: “É preciso que cheguemos a tempo”.

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E Daí? (A Queda)
Tenho nos olhos quimeras
Com brilho de trinta velas
Do sexo pulam sementes
Explodindo locomotivas
Tenho os intestinos roucos
Num rosário de lombrigas
Os meus músculos são poucos
Pra essa rede de intrigas
Meus gritos afro-latidos
Implodem, rasgam, esganam
E nos meus dedos dormidos
A lua das unhas ganem
E daí? E daí? E dai?
E daí? E daí? E dai?
E daí? E daí? E... dái?
E daí...
Meu sangue de mangue sujo
Sobe a custo, à contragosto
E tudo aquilo que fujo
Tirou prêmio, aval e posto
Entre hinos e chicanas
Entre dentes, entre dedos
No meio destas bananas
Os meus ódios e os meus medos
E daí? E daí? E dái? E daí?
E daí? E daí? E dái?
E daí? (E daí?) E dái? E daí?
E daí? (E daí?) E dái?
Iguarias na baixela
Vinhos finos nesse odre
E nessa dor que me pela
Só meu ódio não é podre
Tenho séculos de espera (espera)
Nas contas da minha costela (nas contas da minha costela)
Tenho nos olhos quimeras
Com brilho de trinta velas (velas)
E daí? E daí? E daí?
E daí? (E daí? E dái?)
E daí? E daí? E dái? E daí? (E daí?)
E daí? (E daí?) E dái?
E daí...?
Milton Silva Campos Do Nascimento / Ruy Guerra

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Neste domingo, dia 28/08 às 19h receberemos o Jornalista Carlos Alberto Junior para falar sobre seu documentário, "Em busca  de Anselmo". 

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DA MEMÓRIA: Carlos Eugênio Paz (Clemente) - Depoimento completo do filme: El Pueblo que Falta... https://www.youtube.com/watch?v=OEPCT8E9ArA

“El Pueblo que Falta” trata do resgate do processo histórico das lutas revolucionárias em América Latina, mais especificamente em Argentina, Brasil, Chile e Peru. Não se trata de mais um filme acerca das violências depositadas a um tempo de não-mais, espécie recuada de passado sem vasos comunicantes ao agora que experimentamos. “El Pueblo que Falta” não busca ater-se à contagem dos mortos, não se quer confundido com o vitimocentrismo que alimenta às comissões da verdade e da reconciliação. Questão que nos toca: a quem interessa a limpeza das "culpas' de um Estado terrorífico? Há outra margem de conduta às política s de Estado? Reconciliar-se é condenar-se a uma segunda morte por assassinato.
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Em 1968, o jovem comunista João deixa a universidade e vai para uma guerrilha na Amazônia. É preso, torturado e enviado para a prisão em Brasília, onde encontra Zaqueu, um cristão evangélico preso por engano. Eles sofrem juntos, superam diferenças ideológicas, se ajudam e marcam um encontro para 27 anos depois, à meia-noite, na virada do milênio, em cima da Torre de TV de Brasília - mas João morre em um acidente de carro, em 1990. Em 1999, um velho coronel do exército suicida-se e deixa parte de sua herança para Juliana, filha bastarda fruto de seu relacionamento com a antiga empregada da casa. Através de um livro encontrado na casa, ela descobrirá que seu falecido pai foi o torturador dos dois jovens no passado e que o encontro marcado entre os rapazes não ocorrerá. O destino colocou Juliana na história e o encontro marcado terá um desfecho diferente do que foi combinado.


Um retrato do Brasil após as diretas até a vitória de Tancredo no colegiado. Muitos protagonistas da história, Prestes, Lula, Brizola... outra geração que sonhava com um Brasil grande
O  filme de Oswaldo Caldeira: “Muda Brasil”. Ou um Brasil que não foi... Os anos 1980 e as promessas que ficaram pelo caminho... Observemos as forças armadas lá e hoje... As mobilizações populares para as “Diretas já”, congressos, conciliações (de classe ou de safadeza, mesmo!)... Tancredo, Sarney, Maluf... E Lula esteve aqui... ou por que a pequena política vence sempre de lá pra cá?



Há 53 anos, ditadura militar criminosamente gestou primeiro desaparecimento de preso político




Durante as manifestações pedindo a volta do voto direto no Brasil, em 1984, um jornalista entrevista pessoas envolvidas com os acontecimentos políticos e tem um caso com um político. A ação é conduzida por três personagens principais: uma repórter petista de 20 anos, que tem o dilema de aceitar ou não o Colégio Eleitoral, após a constatação da impossibilidade das eleições diretas; um cineasta independente de 30 anos, que tenta criar a filha como pai solteiro e, ao mesmo tempo, fazer um filme sobre o Brasil; e um industrial poderoso de 50 anos, aparentemente liberal e progressista. Os três acabam envolvidos entre si de alguma forma, numa mistura de ficção e realidade, reportando-nos a um importante período da vida política brasileira.

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Importante trabalho de pesquisa sobre a "Contracultura nos anos 80".


um perfil dos anos 80... fim do governo militar e os impasses da democracia...


A maior riqueza de “Uma questão de Terra” está na simplicidade e honestidade de cada um que fala diante das câmeras. O documentário narra a ocupação do INCRA de João Pessoa-PB pelos trabalhadores agricultores, nos anos 80. Paralelamente mostra imagens e depoimentos dos agricultores da região e, assim, denuncia a situação precária de um povo marcado pela fome e pela resistência. Expressões como “o chefe da gente é a barriga” e “é melhor ser preso hoje lutando do que amanhã roubando” resumem da melhor forma o que é a luta daquelas pessoas pela vida.


O jornalista Carlos Heitor Cony testemunha in loco do golpe de 1964. Uma ditadura que nasce em associação com as elites empresarias e latifundiárias, tendo como porta-vozes veículos da grande mídia de então, encabeçados pelas Organizações Globo e pelos Diários Associados, seus capos (assim se designa "chefes mafiosos"), talvez para prestar homenagem à ordem do "dia da vergonha", encobrindo-a com a mentira, prática típica de conspiradores, acharam de chamar de "revolução" à conspirata.


Um médico recém-formado cuida de um complexo caso psiquiátrico: depois do desaparecimento do filho, envolvido com grupos guerrilheiros na Porto Alegre de 1964, uma senhora judia enlouquece e enceta um diálogo imaginário para falar de suas tormentas religiosas, políticas e psicológicas.


EXCLUSIVO: Abrimos o processo dos militares condenados por tortura durante a ditadura – Don’t LAI to Me

 1985-1986... Um acontecimento importante nestes anos foi a novela “Roque Santeiro” da rede globo. Do teatro à televisão, esta novela tem um percurso interessante e que em muito diz do Brasil que chegou aos anos 80...O livro de pesquisa de Laura Mattos é uma referência fundamental. 



Lula remonta palanque das Diretas Já, mas e se acontecer o pior, como fica? ... - 


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