ARQUIVO NACIONAL
Adeus, Jô!
O Brasil perdeu nesta sexta-feira o humorista, ator, músico, escritor, dramaturgo, diretor teatral e apresentador Jô Soares.
José Eugênio Soares nasceu no Rio de Janeiro em 1938 e desde criança já demonstrava talento para o humor. Em sua carreira Jô Soares atuou em diversos programas humorísticos, como a Praça da Alegria, Família Trapo, Satiricom, Planeta dos Homens e Viva o Gordo, arrancando gargalhadas de todos com seus inúmeros personagens, dentre eles o Capitão Gay, um dos mais populares. Destacou-se ainda como o apresentador mais marcante de talk-shows da Tv brasileira, quando apresentou os programas Jô Soares Onze e Meia e Programa do Jô. Membro da Academia Paulista de Letras desde 2016, Jô ainda escreveu diversos livros de sucesso como “O Xangô de Baker Street” (1995), “O Homem que Matou Getúlio Vargas” (1998), “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras” (2005) e “As Esganadas” (2011). Em 2017 e 2018, lançou os volumes 1 e 2 da obra “O Livro de Jô – uma autobiografia desautorizada ”, em coautoria com Matinas Suzuki Jr.
https://www.youtube.com/watch?v=3CUzWGAaFZ4
A entrevista preferida de Jô Soares
UMA LEMBRANÇA DE ADOLESCENTE
"Viva o Gordo" - 1981. Jô Soares criava o personagem "O último exilado na França" (Sebastião, codinome Pierre) que estava em Paris e doido pra voltar ao Brasil.. E recitava:
"Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá
não permitas que eu morra sem que volte para lá."
Ele conversava com Madalena (sua mulher que ficou no Brasil) e que fazia crônicas sobre o Brasil daquela época... Dizia sempre: "Madalena não me torture". Ainda era ditadura e a crítica subliminar era interessante... Exílio, tortura... Eu era adolescente, entendia pouco aquele personagem... Mas sabia que tinha alguma coisa política ali. E tinha.
Hoje, estudo este Brasil entre 1964-1985 e sei, com certeza, Jô Soares tinha razão. Foi golpe militar, foi ditadura, torturaram, exilaram, assassinaram...
Profº Romero Venâncio
2 comentários:
Sempre muito atento Zezito. Belo material sobre o genial Jô!
Grato! Estamos juntos nessa celebração da sempre vida... Sempre Viva para JÔ e tantos que estão ou não estarão mais por aqui um dia, mas que estaremos com eles e elas em outra espécie de vinculo.. Como disse outro importante gênio e figura pública... O nosso Chico Buarque....E sem esquecer de nosotros nessa condição inexorável da morte...
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