Evento ocorreu no dia 26/07/22 e marcou o lançamento do documento “Recomendações para políticas públicas – Condições para a oferta de uma educação de qualidade”
A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto. Foi com esta menção à famosa frase de Darcy Ribeiro, cujo centenário se comemora neste ano de 2022, que o filósofo, escritor e educador Mário Sérgio Cortella convidou os espectadores do webinário “Escolas2030: Recomendações para Políticas Públicas” para a reflexão. “É um projeto que acontece de modo deliberado e que mesmo que tenham vários movimentos de revitalização, de recriação, no conjunto da obra, traz um prejuízo muito forte daquilo que é o direito da educação consignado em nossa Constituição. Isso olhamos nos tempos mais recentes: não a ausência de um projeto, mas um projeto de ausência do poder público naquilo que pode revigorar e nutrir uma educação pública de qualidade para todas as pessoas”, resumiu.
Cortella foi um dos convidados do evento online que ocorreu no dia 26/07/22 e marcou o lançamento do documento Recomendações para políticas públicas – Condições para a oferta de uma educação de qualidade, elaborado com base nos achados da pesquisa-ação do programa Escolas2030 no Brasil após três anos de atuação. Sob a mediação de Elie Ghanem, coordenador da pesquisa-ação do programa e professor da FEUSP, a mesa contou também com as contribuições de Adriana Rebouças, professora da Escola Pluricultural Odé Kayodê (GO) – uma das organizações-polo do programa – e Marcelo Borges de Jesus Filho, Jovem Transformador Ashoka Brasil e idealizador do projeto Folhas que Salvam.
“Em geral, a educação aparece como consenso entre as prioridades dos discursos, mas as ações não correspondem a isso. Por isso, essas recomendações foram elaboradas e referendadas por esse conjunto de organizações educativas participantes do programa”, explicou Elie sobre a motivação por trás desta realização. As recomendações são duas:
Recomendação 1 – O Ministério da Educação e as Secretarias responsáveis pela oferta da educação básica devem subsidiar com apoio técnico especializado, financeiro e institucional (particularmente horas de trabalho de profissionais) a elaboração e realização de projetos de pesquisa de unidades educacionais sobre suas próprias práticas, a fim de que as pessoas que as protagonizam exerçam igualmente a reflexão sobre o que fazem. Tais medidas devem considerar as especificidades de crianças, jovens e adultas/os na produção coletiva de conhecimento que subsidie as atividades educacionais e processos de avaliação.
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