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terça-feira, 6 de junho de 2023
Curso sobre: "Teologia da Libertação, Cinema e Memória".
UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CURSO DE EXTENSÃO. ONLINE/MEET
TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, CINEMA E MEMÓRIA NO BRASIL
Prof. Romero Venâncio (UFS)
DATAS: 1, 8 e 15 de JULHO. Sábados. Das 10 as 12h.
No Google Meet
I. Konrad Berning, a "Verbo Filmes" e a imagem popular. 1979
II. Os anos 80, a Teologia da Libertação e o cinema a partir dos de baixo.
III. Quatro filme marcantes da década de 80:
- Igreja da Libertação. Silvio Da-rim (1985)
- Igreja dos oprimidos. Jorge Bodanzky (1986)
- Fé/Pé na caminhada. Konrad Berning e Leonardo Boff (1987)
- Uma questão de terra. Manfredo Caldas (1988)
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
AGUILERA, Yanet e SANTOS, Marina Costa (orgs.). Imagem, Memória e Resistência. São Paulo: Discurso editorial, 2016.
BERNARDET, Jean-Claude. Cineastas e imagens do povo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
CANCIAN, Renato. Igreja Católica e ditadura militar no Brasil. São Paulo: Claridade editora, 2011.
CALADO, Alder Julior Ferreira. Direitos humanos x capital. João Pessoa. Editora Ideia, 2003.
CALADO, Alder Julio Ferreira (org.). Movimentos sociais, Estado e educação no Nordeste. Estudos de experiência no meio rural. João Pessoa. Editora Ideia, 1996.
DUSSEL, Enrique. Teologia da Libertação. Petrópolis: Vozes, 1999.
MAINWARING, Scott. Igreja católica e política no Brasil. 1916-1985. São Paulo: Brasiliense, 1989.
MORETTIN, Eduardo e Outros (orgs.). História e Documentário. Rio de Janeiro: editora da FGV, 2012.
PIRES, Dom José Maria. Do centro para a margem. Petrópolis, Vozes, 1980.
ROMANO, Roberto. Brasil. Igreja contra Estado. São Paulo: Kairós editora, 1979;
XAVIER, Ismail. O Cinema brasileiro moderno. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
No próximo mês de julho e em três sábados pela manhã (1, 8 e 15), teremos um curso sobre: "Teologia da Libertação, Cinema e Memória". O titulo é uma referência em homenagem ao missionário e cineasta de saudosa memória: Konrad Berning. E falar de Berning é fala da "Verbo Filmes". Fundada em 1979 pelo próprio Berning e sua equipe. Konrad dirigiu a produtora até 1994, sendo ganhador de vários prêmios nacionais e internacionais, com os filmes de longa-metragem produzidos em 35 mm : "Pé na Caminhada", "Ameríndia" e "O Anel de Tucum". Estes seriam os filmes mais conhecidos da "Verbo Filmes". Mas tem uma série de documentários sobre as CEB´s, atividades pastorais no meio popular e registros de uma Igreja no meio do povo. Em 1994 a direção da produtora ficou a cargo do cineasta e missionário verbita, Cireneu Kuhn.
A lembrança das atividades cinematográficas de Konrad Berning no Brasil não podem ser esquecidas. Pensando nisto, estamos promovendo um curso para reativar a memória de Berning, suas atividades em cinema e o papel da teologia da libertação a partir de alguns filmes-documentais sobre uma experiência eclesial rara na América Latina.
HOMENAGEM A KONRAD BERNING
No curso sobre "Teologia da Libertação, Cinema & Memória no Brasil" que iniciamos neste sábado (1/7) as 10h. no Meet, faremos uma homenagem ao cineasta alemão e Pe. Konrad Berning (formado na Academia de Cinema da Alemanha), que dirigiu a Verbo Filmes até 1994, sendo ganhador de vários prêmios nacionais e internacionais, com os filmes de longa-metragem produzidos em 35 mm: "Pé na Caminhada", "Ameríndia" e "O Anel de Tucum". Desde o inicio Konrad soube ter olhos, ouvidos e coração para a realidade dos mais pobres e injustiçados da América Latina e do mundo. Manteve-se sempre em contato e em sintonia com importantes instituições ligadas à comunicação cristã tais como a União Cristã Brasileira de Comunicação (UCBC), a ALER (Associação Latino-americana de Educação Radiofônica) e outras. Alimentou a formação teológica com os vídeos do Curso de Verão e outros materiais produzidos pelo CESEEP (Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular), os encontros das CEB’s (Comunidades Eclesiais de Base), assembleias da CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil) e tantos outros matérias produzidas para a CNBB a partir dos temas das Campanhas da Fraternidade. Konrad filmou pessoas, acontecimentos, Poesias, lutas populares... Tudo na perspectiva do Concílio Vaticano II e a Teologia da Libertação. Neste sentido, falar de cinema e Teologia da Libertação é falar das escolhas e metodologia elaborada por Konrad Berning e sua equipe da Verbo Filmes.
Hoje as 10h. no curso sobre TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, CINEMA E MEMÓRIA NO BRASIL Vamos chamar a atenção para como a "Caravana Farkas" tratou a religiosidade popular brasileira/nordestina de forma pioneira. Chamarei a atenção para o filme: "Frei Damião: trombeta dos aflitos, martelo dos herejes" de 1970 , roteiro e direção de Paulo Gil Soares e a produção de Thomaz Farkas.
Neste sábado (8/7) as 10h. da amanhã teremos o II encontro do curso de extensão sobre: TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, CINEMA E MEMÓRIA NO BRASIL O tema será os anos 80, a memória e o cinema a partir dos de baixo. Vamos demonstrar como um cinema a partir dos de baixo no Brasil tem sua origem no cinema novo de Nelson pereira dos Santos e Linduarte Noronha e avançando nos anos 60 e 70 com a Caravana Farkas no Nordeste. Aparecia neste(s) cinema(s), imagens de: Circo popular, migração, futebol, cultura popular, periferias, analfabetismo, luta pela terra, samba, condição de pobreza... O cinema foi um registro fundamental. O encontro ocorrerá no Google Meet. Voltaremos as leituras de Ismail Xavier e Jean-Claude Bernardet.
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CONVITE. Neste sábado (15/7 - as 10h. - Meet) no encerramento do curso sobre "Teologia da Libertação, Cinema e Memória no Brasil", chamaremos a atenção para a obra de Jorge Bodanzky. Cineasta, roteirista e fotógrafo paulista. Durante um período nos anos 70 e em plena ditadura, o distinto se embrenhou na região amazônica no íntuito de registrar um Brasil profundo e tragicamente arrasado pela ditadura de plantão. Filmou verdadeiras raridades para a nossa memória nesses tempos:
1974 - Iracema - Uma Transa Amazônica.
1975 - Gitirana.
1979 - Jari.
1980 - O terceiro milênio.
1982 - Amazônia, o Último Eldorado.
1985 - Igreja dos oprimidos.
O cinema dos anos 80 no Brasil foi demarcador na reflexão da memória de um passado recente, truculento e desarticulador das forças populares. Era preciso naquela quadra histórica formar gerações num "olho de furacão". A volta dos exilados, saber sobre a luta armada, a EMBRAFILME, as prisões, tortura, desaparecimento de corpos, as instituições apodrecidas pelo autoritarismo e as lutas que já se mostravam nos anos 80. Era preciso filmar tudo isto e muito mais. Um grupo de diretores e diretoras resolveram retratar a memória no cinema a partir do que ocorreu pós-1964. A geração pós-cinema novo imaginava atingir uma faixa de juventude daquele momento antes que a rede globo e os tentáculos da indústria cultural o fizessem. Entenderam "Formação" em sentido amplo, como na definição histórica do filósofo Paulo Arantes no ensaio "Os sentidos da Formação". Podemos constar isto em filmes produzidos nos anos 80 como: "ABC da Greve", "Greve", "Linha de montagem", "Pra frente Brasil", "Jango", "Cabra marcado para morrer", "Dedé Mamata", "Pixote", "O bom Burguês", "Muda Brasil", "O evangelho segundo Teotônio", "Nunca fomos tão felizes", "Jari", "O homem que virou suco", "Trabalhadores, presente", "Santos e Jesus", "Eles não usam black-tie", "Os verdes anos", ""Maldita coincidência", "Bye Bye Brasil", "Noites paraguaias", "Patriamada", "Que bom te ver viva", "Volta Redonda: memorial da greve". Temos aqui dos mais importantes títulos de filmes produzidos entre 1979 a 1989. Fundamentais numa reflexão sobre a memória de um momento de Brasil em que vivíamos um processo difícil de transição. Hoje/sábado as 10h no III e último encontro do curso de extensão sobre "Teologia da Libertação, Cinema e Memória no Brasil" onde destacaremos 04 filmes do período: "Igreja da Libertação" (Silvio Da-Rim, 1985), "Igreja dos oprimidos" (Jorge Bodanzky, 1985/1986), "Fé/Pé na caminhada"(Konrad Berning e Leonardo Boff (1987), "Uma questão de terra" ( Manfredo Caldas, 1988). No Google Meet.
Trabalhadoras Metalúrgicas - 1978 - Renato Tapajós e Olga Futemma. Postado por Daniel Lage. è uma boa cópia. https://youtu.be/7GvX0QbYcl0
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MEMÓRIA & CINEMA NOS ANOS 80 O cinema dos anos 80 no Brasil foi demarcador na reflexão da memória de um passado recente, truculento e desarticulador das forças populares. Era preciso naquela quadra histórica formar gerações num "olho de furacão". A volta dos exilados, saber sobre a luta armada, a EMBRAFILME, as prisões, tortura, desaparecimento de corpos, as instituições apodrecidas pelo autoritarismo e as lutas que já se mostravam nos anos 80. Era preciso filmar tudo isto e muito mais. Um grupo de diretores e diretoras resolveram retratar a memória no cinema a partir do que ocorreu pós-1964. A geração pós-cinema novo imaginava atingir uma faixa de juventude daquele momento antes que a rede globo e os tentáculos da indústria cultural o fizessem. Entenderam "Formação" em sentido amplo, como na definição histórica do filósofo Paulo Arantes no ensaio "Os sentidos da Formação". Podemos constar isto em filmes produzidos nos anos 80 como: "ABC da Greve", "Greve", "Linha de montagem", "Pra frente Brasil", "Jango", "Cabra marcado para morrer", "Dedé Mamata", "Pixote", "O bom Burguês", "Muda Brasil", "O evangelho segundo Teotônio", "Nunca fomos tão felizes", "Jari", "O homem que virou suco", "Trabalhadores, presente", "Santos e Jesus", "Eles não usam black-tie", "Os verdes anos", ""Maldita coincidência", "Bye Bye Brasil", "Noites paraguaias", "Patriamada", "Que bom te ver viva", "Volta Redonda: memorial da greve". Temos aqui dos mais importantes títulos de filmes produzidos entre 1979 a 1989. Fundamentais numa reflexão sobre a memória de um momento de Brasil em que vivíamos um processo difícil de transição. Hoje/sábado as 10h no III e último encontro do curso de extensão sobre "Teologia da Libertação, Cinema e Memória no Brasil" onde destacaremos 04 filmes do período: "Igreja da Libertação" (Silvio Da-Rim, 1985), "Igreja dos oprimidos" (Jorge Bodanzky, 1985/1986), "Fé/Pé na caminhada"(Konrad Berning e Leonardo Boff (1987), "Uma questão de terra" ( Manfredo Caldas, 1988). No Google Meet.
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