Arraial do Povo - Foto Governo de Sergipe
Afinal, os milhões gastos nos festejos juninos são ou não uma política de pão e circo?
É tudo culpa do Juvenal! O poeta romano criticou os poderosos por manter os romanos adeptos ao ‘sistema’ oferecendo comida e divertimento. Há séculos que a frase passou a ser usada para criticar gestores que priorizam o assistencialismo e o entretenimento, em detrimento de políticas públicas emancipadoras.
Nas redes sociais, algumas pessoas questionam se os milhões gastos nos festejos juninos não deveriam ser direcionados para a Saúde e a Educação. A política de pão e circo precisa ser diferenciada de uma política que tem o objetivo de nos impulsionar como destino turístico.
Sim, Saúde e Educação são e devem ser prioridades, sempre. Onde existem realidades mais calamitosas, podemos sim falar em política de pão e circo, a fiscalização veemente dos órgãos responsáveis para punir gestores que não cumprem o básico e realizam grandes festas é premente.
Vivemos recentemente uma pandemia que assolou as políticas públicas, baqueou a economia, deixou os pobres mais pobres e ainda amarguramos a mais cruel de todas as consequências: milhares de vidas ceifadas no planeta.
Com a volta da normalidade, todo o conjunto de políticas públicas passa a ser prioridade na cobrança da sociedade por uma melhor qualidade de vida. Há urgência em tudo! Sergipe não é uma ilha, o menor Estado da Federação vive suas necessidades.
Turismo é igual a geração automática de empregos.
A crítica política é válida, faz parte do jogo. Convenhamos, ela ocorreria se nada estivesse sendo feito e a pauta seria a falta de incentivo à Cultura e ao Turismo.
Ver Sergipe tomado pelo colorido das bandeiras, enaltecendo o espírito de nordestinidade, colher sorrisos em rostos que recentemente choraram, é algo que lava a alma endurecida por um período de convivência com o negacionismo irresponsável.
Precisamos engrenar a cadeia de políticas públicas. Faz tempo que ouvimos dizer que Sergipe tem potencial para ser um grande destino turístico, e olhando para frente, isso só se consolida se dermos passos.
Se o que ocorre nestes festejos juninos de 2023, se tornar uma ação perene, poderemos nos tornar efetivamente o “País do Forró”.
Consequentemente, empregos serão gerados. Com o turismo alavancado, mais investimentos virão e com estes, nossas cobranças de melhorias em todas as demais áreas, e enxergaremos então um desenvolvimento mais justo para todos.
Anavan!
Publicado originalmente em https://fanf1.com.br/2023/06/04/afinal-os-milhoes-gastos-nos-festejos-juninos-sao-ou-nao-uma-politica-de-pao-e-circo/
https://www.youtube.com/watch?v=-HfJbDMFm1s
Temos o circo, falta o pão e educação!!!
Gildo Alves Bezerra*
"Sergipe é o país do forró"
Entendemos a liberdade poética de Rogério em dizer que "Sergipe é país". E levando em conta as devidas proporções acreditamos que da mesma forma que "Asa Branca", de Luís Gonzaga, Humberto Teixeira... , representa o hino do nordestino.
Também "Chamego Só", -"Sergipe é país do forró" como popularmente é conhecida deve ser o Hino dos Sergipanos durante os festejos juninos. E nos representa perante os demais brasileiras(os) e pode ser fonte de atração turística para geração de emprego e renda: hotéis, bares, restaurantes, taxistas, músicos sergipanos e nordestinos etc. Ganham com o investimento em políticas culturais.
Mas, devemos ressaltar que se faz necessário pensar e agir para investir em outras políticas públicas: segurança alimentar, agricultura familiar, alimentação escolar: saudável e variada, valorização dos profissionais da educação pública, bibliotecas escolares, melhoria da condições de trabalho, geração de emprego e renda, saúde etc.
O funcionalismo público de Sergipe vive o desgoverno. Os nossos direitos são negados e cada vez somos taxados- a exploração e expropriação.
Com construir um Brasil Nação onde dentre outras políticas públicas a saúde e educação não são prioridade!!!!
Aí! Que saudades
Onde alguém parava LER "a leitura do mundo e da palavra " . E então, pautamos os governantes autoritários, utra-conservadores.
Ainda tínhamos avanços nos direitos políticos e sociais da classe trabalhadora.
Ultimamente vivemos um cenário de horrores.
Como pensar e agir enquanto governantes
Sejam municipais, estadual ou federal
Sem devida valorização do funcionalismo público? Chega de massacres não reajustar, não pagar os pisos salariais de diversas categorias profissionais!!!!!
E mais, ainda reajustar taxas de determinados serviços públicos: energia elétrica, água, IPES- SAÚDE, IPVA, IPTU...
A piada é de muito mal gosto!!!!
Para quem eles governam?
Na parceria público-privado
Quem são seus sócios?
Se patrão manda e desmanda
Os(as) trabalhadores(as) têm vez e voz?
O porquê dos silêncios e dos esquecimentos?
O que nos cabe neste latifúndio...
O cenário dramático de privatização
Não nos permite ficar calados...
Enquanto, classe trabalhadora
Temos que ter lado.
Senão, "É de bom tamanho, nem largo nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a parte que te cabe deste latifúndio".
* Trabalhador, professor de História e ativista político-social, pai de educandos da "escola pública" sergipana etc
Comentário
Zezito de Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário