sexta-feira, 23 de junho de 2023

V I V A SÃO JOÃO - Por Marcelos Barros, Chico Alencar, Frei Carlos Josaphat e Gilberto Souza

Publicado em 22/06/2023 originalmente em: https://cebi.org.br/partilhas/festas-juninas-e-a-cidadania/

Na segunda quinzena de junho, em várias regiões do Brasil, o clima é de festas juninas. Em São Luis e algumas cidades do Maranhão, os festejos do Bumba-meu-boi recordam costumes que vêm de séculos. Por todo o Nordeste, a fogueira e comidas de milho-verde são acompanhadas por Quadrilhas e brincadeiras próprias da festa. Caruaru e Campina Grande disputam entre si quem tem o maior São João do mundo.

Para as culturas tradicionais, tanto dos povos indígenas, como das populações do campo e do sertão, junho representa o tempo da colheita do milho no Nordeste e no sul, a coleta do mate. Ainda há povos indígenas, para os quais esses festejos comemoram o início do ano novo. Na cordilheira dos Andes, as comunidades indígenas festejam o Inti-Rami, a festa do rei Sol, inscrita nos calendários oficiais da Bolívia, Peru e Equador. Na Argentina, Paraguai e sul do Brasil, os Guarani chamam este tempo de Ara Pyaú (Tempo Novo). É o batismo da erva mate, o ka’a  nheemongaraí, cujas projeções sobre o ano novo são interpretadas pelo Xeramoi (pajé). Também se celebra a cerimônia de nominação, quando as crianças recebem o nome guarani dado pelo pajé. Devido a influências católicas, esse ritual é chamado de “batismo guarani”.

As danças juninas mais comuns vieram das cortes da Europa. Quadrilhas eram danças da nobreza europeia nos tempos da colonização. O povo se apropriou delas e as democratizou. Atualmente, nos chamados “casamentos caipiras”, figuras como a do padre e do juiz da roça são caricaturados. Assim, pessoas pobres que não têm voz na sociedade expressam sua crítica social e seu protesto. O fato de tomar como padroeiros das festas juninas Santo Antônio, São João Batista e São Pedro se vincula aos tempos em que tudo era religioso. Revela resistência cultural e liga esses santos à realidade dos pobres de hoje. O espírito dessas festas pede que as pessoas e comunidades possam ir além da criatividade com a qual ensaiam uma dança de quadrilha ou encenação caipira. É urgente ensaiar uma sociedade nova na qual todos e todas sejam protagonistas e restabelecer a dignidade da Política, colocada a serviço do Bem Comum.

Enquanto o povo brinca as festas juninas, políticos de direita se organizam para impedir o governo federal de cumprir suas metas e fazer o Brasil voltar. O presidente da Câmara mostra suas garras de coronel que faz política em função de si mesmo.  O governo que, para vencer eleições teve de fazer acordo com ampla faixa de partidos e bancadas, é coagido a pagar preço altíssimo.  Em meio a tudo isso, a governabilidade oficial, garantida pela relação entre os três poderes, acaba dificultando a comunicação direta do governo com o povo que continua sendo mais testemunha e assistente da politicagem dos grandes do que participante ativo em uma Política na qual todos possam ser cidadãos e cidadãs.

Para quem vive um caminho espiritual, religioso ou não, se trata de sinalizar o projeto de um mundo novo possível. Do seu modo e em sua linguagem lúdica, as festas juninas traduzem uma palavra que os evangelhos atribuem a São João Batista: “Mudem de vida porque o projeto divino no mundo está próximo!” (Mt 3, 2).

Irmão Marcelo Barros

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sábado, 22 de junho de 2019

Sarau virtual noites de Junho, noite de São João. Edição 2019



 Militão dos Santos, artista plástico pernambucano.

Chico Alencar 
 
VIVA SÃO JOÃO!  V I V A !!!

Eu louvo João, nesse 24 de junho - o filho de Isabel e Zacarias. E peço, São João: acende a fogueira no nosso coração, nos faz arautos da alegria!
Eu te louvo também por sua profecia, voz que clama no deserto, para que aplainemos do Senhor os caminhos, rumo a tempos de mais justiça e carinho!
Louvo a ti, João Batista, que denunciou como 'raça de víboras' os poderosos políticos e religiosos de seu tempo, e aos pequeninos trouxe alento.
Louvo o João Batista, que ungia com água purificadora, e assim o fez, coberto apenas com pele de camelo, com seu primo Jesus, portador maior da necessária Luz e Zelo.
Louvo João que é único, preso e decapitado pelo rei Herodes mas indo muito além de todos os seus algozes.
Louvo e dou axés para o João que é vário, Xangô Senhor da Justiça, orixá que rege os domínios do fogo, dos raios e das lavas do vulcão: dirige para o bem as incandescências da Natureza, para que delas só nos venham belezas.
Viva o São João das fogueirinhas amenas, que relembram o sinal de fumaça com que Isabel anunciou o nascimento de seu filho à prima Maria, com ternura e critério, e nos aquecem nesses dias frios no Sul do Hemisfério.
Viva São João da colheita farta e do milho verde, verde também das nossas matas ameaçadas: protegei todas elas da ganância e das queimadas!
"Quero ser sempre um menino, Xangô, das fogueiras de São João!
Tome conta do destino, Xangô, da beleza e da razão! Viva São João, viva o milho verde, viva o brilho verde das matas de Oxóssi!" (Viva o louvor de Caetano, Gil e de todos os fiéis festeiros que são muitos, bem mais que mil!).
São João Batista, cuide de nosso destino até o fim!
A Grande Advertência de João Batista, o maior de todos os profetas.

Frei Carlos Josaphat, op., em homilia na Igreja de São Domingos nas Perdizes, 24 de junho de 2001, festa da Natividade de São João Batista. Evangelho de Jesus segundo Lucas 1, 57-80.


Queridas irmãs, queridos irmãos.

Nós celebramos hoje aquele que Nosso Senhor Jesus Cristo vai declarar não apenas um profeta, mas “o maior dos profetas”. Aquele que vai ter a missão de apontar para Jesus Cristo e dizer, “Este é o Salvador, este é o Cordeiro de Deus que vai livrar-nos dos nossos pecados”.

São João Batista representa de fato, no plano de Deus, esta figura admirável que sintetiza assim toda preparação dos profetas. Ele é como que o profeta por excelência. Aquele que vai apontar para Nosso Senhor Jesus Cristo e indicar Cristo como nosso Salvador.

Por outro lado, João Batista realiza esta coisa extraordinária de ser aquele que se dispõe sabendo que Deus o escolheu desde o seu nascimento para ser o apresentador do Filho de Deus à Humanidade. Aquele que vai indicar com as suas mãos Deus mesmo no meio de nós. João Batista tem, portanto, um lugar muito especial na Igreja. Ele tem esta missão extraordinária de revelar Nosso Senhor Jesus Cristo para o povo e encaminhar Jesus Cristo para este povo. E esta missão de João Batista faz então com que ele se apresente à Humanidade, primeiramente ao seu povo, como sendo quem indica a presença de Deus e, ao mesmo tempo, apresenta as condições para nós de acolher Deus. Ele é aquele que pode apontar para o filho de Deus, mas ao mesmo tempo, escondendo-se como verdadeiro profeta para que Deus apareça.

Ele é a pura palavra de Deus. Uma palavra eficaz, uma palavra que conhece as fraquezas dos seres humanos. Conhece, então, o que vem a ser o poder, o poder que corrompe, aquele que conhece a fraqueza dos representantes de Deus, dos sacerdotes, das organizações religiosas, e aparece então como que despido de tudo, na pureza total, como um sinal luminoso para Deus. Então, João Batista representa para nós de fato esta atitude da criatura que acolhe totalmente a Deus no seu Amor e se coloca como um traço luminoso indicando os caminhos de Deus.

E o que nós então vamos mais admirar nesta figura de João Batista é que ele surge num momento em que o povo deveria estar à espera de Deus, em que o povo deveria ter escutado os profetas, em que o povo deveria estar em uma atitude de se desapegar de tudo para abrir os braços acolhendo a Deus que vem à Humanidade. E, no entanto, o que ele vai encontrar é um povo voltado à ambição. Vai encontrar um povo que não é mais povo de Deus, um povo que confia na Política. Um povo que aí está não mais nesta certeza de ser o povo missionário, enviado para a salvação do mundo, mas um povo que deve receber de Deus, que deve contar com as riquezas deste mundo para se manifestar como povo de Deus.

Então, João Batista tem essa missão extraordinária. Primeiro, de ser em sua pessoa, a perfeita revelação de Deus na fidelidade a Deus. Deus não vem para nos dar coisas. Deus nos ama muito mais. Deus não nos vem, mesmo, para nos dar saúde, coisa importantíssima para nossa vida. Deus não vem para nos dar prestígio. Deus nos vem para se dar a si mesmo à Humanidade. Então, João Batista significa esta figura extraordinária que, recebendo no seu coração esta indicação da vinda de Deus, sem saber como Deus vinha, porque ninguém poderia ter idéia de como Nosso Senhor Jesus Cristo viria até este mundo. Ele então, tendo esta mensagem dentro de uma noite, se prepara totalmente, renuncia a tudo, vive num deserto, para ser um homem totalmente voltado para Deus, para que a sua palavra seja a pura indicação da presença de Deus entre nós. Então, João Batista merece de Nosso Senhor Jesus Cristo este elogio de que ele não é apenas um profeta: é “o maior de todos os profetas”, é a síntese de todos os profetas. É aquele que, então, vai ter a felicidade de indicar: “está aí o Filho de Deus, o Cordeiro de Deus, o Salvador da Humanidade”.

No entanto, Nosso Senhor Jesus Cristo nos diz que cada um de nós, seus discípulos, é maior do que João Batista. Nós temos uma missão profética, maior que a dele, temos um contato com o Filho de Deus mais direto do que ele teve. Somos possuídos pelo Espírito Santo de uma maneira mais perfeita do que ele foi como profeta, que recebia esta Verdade para comunicar aos outros quando nós recebemos o próprio Espírito de Deus como fonte de nossa vida. Por isso, João Batista é sem dúvida o maior dos profetas. Mas Jesus disse, cada um de nós é maior do que João Batista na medida em que nós estamos na plenitude do seu Evangelho, na medida em que nós somos possuídos pelo Espírito Santo, na medida em que nós estamos neste mundo para não apenas dizer alguns preceitos de moral e de encaminhamento da Humanidade, mas para ajudar os nossos irmãos a encontrar Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Então, esta festa de São João Batista, é uma festa em que nós entramos neste desígnio de Deus, neste desígnio que faz de cada um de nós um portador do Deus deste mundo.

E então, passando para um segundo momento, em que a gente diz “Deus hoje”, “o povo de Deus hoje”, “nós mensageiros de Deus hoje”, o que significa esta nossa presença, o que significa então, a coragem de João Batista que prega ao povo, encaminha ao povo e denuncia, denuncia os políticos, denuncia os corruptos, denuncia aqueles que, tendo a missão divina, de guiar o povo, vem a ser simplesmente aqueles que quase tornam impossível a prática do bem no mundo, pela corrupção generalizada, pela corrupção profunda, pela distorção das instituições. Então nós temos aqui de fato, uma lição de João Batista que dará sua vida porque denunciará a injustiça estabelecida, a injustiça no poder, a injustiça coroada.

E então eu acredito que hoje, quando nós celebramos a festa de São João Batista, nós começamos por admirar esta figura que vai preparar os caminhos para o Cristo com a sua palavra, com a sua coragem, com a sua vida, com o seu sangue e nós assumimos então, no mundo de hoje, neste mundo que ainda tem muita coisa de cristão, neste mundo que tem ainda uma certa fachada cristã, mas um mundo profundamente trabalhado pela injustiça, a mais profunda, pela injustiça, a mais radical, pela injustiça que se apresenta sendo uma normalidade, uma forma de organização social. Então, a figura de João Batista nos aparece hoje como sendo o modelo de como começar a evangelização, anunciando Jesus Cristo a cada pessoa, anunciando Nosso Senhor Jesus Cristo para os jovens, anunciando Nosso Senhor Jesus Cristo para aqueles que são os mais sofredores. Mas, sobretudo, tendo a coragem de dizer que o mundo oposto a Cristo não tem nada de cristão. As próprias associações religiosas, a própria Igreja, na medida em que ela apenas proclama uma mensagem, mas não radicaliza a sua atitude, vivendo e pregando a vida segundo Jesus Cristo.

Então neste caso, nós temos assim a necessidade de olhar para João Batista e de reconhecer que nos dias de hoje, nós temos que proclamar de fato que “Herodes é Herodes”, “Pilatos é Pilatos”. Que eles habitem em Brasília, ou em Paris, ou em Roma, seja onde for, aqueles que estão à frente do povo, na responsabilidade primeira da justiça, da justiça para todos, aqueles que tem a responsabilidade de assumir a orientação das instituições, sabendo que a sociedade é para o desenvolvimento de todas as pessoas. E que não me venham, não me venham com as desculpas de que “daqui há alguns anos nós vamos fazer isso”. Quem é que autorizou vossas excelências a chegarem a condenar a Humanidade a viver na miséria dez anos, ou cinco anos, ou um ano que seja? Quem são, verdadeiramente, os grandes criminosos da Humanidade? Como Nero, como outros quaisquer, naturalmente foram batizados, mas batismo não tem influência nenhuma na justiça social que eles não praticam. Esse sistema nosso atual, em que nós vemos a justificação como que doutrinal, a justificação teórica da injustiça, que é preciso manter o subdesenvolvimento tantos e tantos anos, mas haja gente morrendo, haja gente sofrendo, então nesse caso, nós devemos dizer, com toda a franqueza, que João Batista hoje, assim como disse a Herodes, assim como disse aos chefes daquele tempo, diria aos chefes e ao sistema organizado hoje: Isto é a corrupção! Isto é o pecado instituído! Isto é o pecado fazendo corpo com as nossas instituições!

Então, João Batista para nós hoje é a grande advertência. Meus irmãos e minhas irmãs, o que nós estamos fazendo para o Evangelho do Amor? O que nós estamos fazendo da proclamação de Deus Pai de todos os homens? O que nós estamos fazendo da comunhão dos santos? Nós estamos profanando todas estas verdades, vivendo nós cristãos em um mundo de injustiça estabelecida, de roubo de nações a nações. Eu quando vejo, por exemplo, que os acontecimentos atuais só fazem aumentar a dívida do Brasil, dos povos dependentes do colonialismo internacional, então a gente vê que, de fato, o que existe é uma imensa falta de consciência. E o que nós estamos para dizer é isso: gente, temos ainda direito de entrar nesta Igreja? Gente, nós temos direito de dizer “creio em Deus Pai Todo Poderoso”? Nós temos direito de dizer “creio em Jesus Cristo”? “Creio no Espírito Santo”?

E então, vejam bem, quando se aproximam os tempos em que a gente pode mudar alguma coisa, aproximam os tempos das eleições, o que vossas excelências fazem, povo de Deus? Fazem nada. Deixam os políticos preparar as eleições do jeito deles. Então, chega o momento em que você diz: “tenho a liberdade de votar”. Que liberdade de voto é essa? Por que? Porque não há cidadãos ativos que compreendam este país, não há cidadãos agindo dentro dos partidos: “Ah, então por isso ou por aquilo este partido não presta, este não presta...” E você, você presta sem partido? Você, que não está em Política, você fala de Política. Você não tem nenhuma autoridade. Você xingar a Política é xingar a mais nobre das profissões! Só que tem que ela está profanada, por sua ausência! Nunca vi meu Deus do céu, um povo tão ausente de Política como esse povo brasileiro! Vamos fazer Política gente, em nome do Evangelho! Em nome de Jesus Cristo! Em nome de Deus! Em nome da Caridade! É preciso! Não é o momento da gente estar olhando: “Bem, tem aquele ‘politicozinho’ ali que está manobrando prá lá, ou que manobra prá cá, está manobrando a nossa dívida externa...” Não! Tem que chegar e dizer: “o dono do País é o povo!”

Então, vemos assim que uma festa como esta é uma festa, sobretudo, que condena a irresponsabilidade. Que condena então, esta espécie assim de povo que tem um “jeito bonzinho”, mas é um povo criminoso por omissão. Quando a gente percorre um pouco este País, eu tive ocasião de ir a trabalho a uma cidade do nosso Nordeste, de ir ao Recife, e então a gente fica de fato assim, tocado profundamente de ver a naturalidade da miséria em toda a parte. Aqui em São Paulo, nas grandes capitais, em toda parte, a miséria e um povo cristão, ou um povo que se considera cristão, um povo que diz que crê em Deus que é amor. Um povo que crê que Jesus Cristo morreu crucificado por amor de nós.

Então, meus queridos irmãos, uma liturgia é um momento de Verdade. Uma celebração da missa em que nós nos encontramos com Jesus Cristo é o momento de nós chegarmos e dizer: “o grande pecado é o pecado da omissão”! Não sou eu que diz isso, é Cristo que diz: “tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber”. O julgamento é pela omissão. É não ter feito. Não fez nada, inferno!

A verdade do Evangelho é que só o Amor salva. Só o dom de si é autêntico. Só a procura de realizar de fato efetivamente o bem dos outros, só isso é ser discípulo de Jesus Cristo! Queridas irmãs, queridos irmãos, desculpem, eu sinto uma certa urgência de dar uns recados. E acho que não podemos absolutamente entrar na omissão. Se todos estão omissos, pelo menos que a pregação ainda continue a lembrar que Deus é Amor, que Deus exige de nós um Amor efetivo, um Amor criador, um Amor construtivo de uma sociedade justa e solidária. Que Nosso Senhor Jesus Cristo nos dê a sua força, como ele deu a São João Batista.
 
Amém.
publicado no grupo ZAP Politica e Religião

SÃO JOÃO NO NORDESTE


Hoje é dia de São João, festa que no nordeste reveste-se de significado particular, belo e intenso. Nessa região, inclusive, à tradição de se acender a fogueira é no dia anterior, ou seja, 23 de junho.

Em todo o Brasil, principalmente nas escolas, há festas, quermeses, danças e se utilizam muito de roupas típicas do Brasil rural.

É como revisitassemos um tempo em que os laços comunitários, o sentido profundo da espiritualidade como cosmovisâo de mundo era mais forte e integrado às demais instâncias da vida.

Esse aspecto torna-se mais forte numa sociedade tão individualista e desprovida de traços e destinos comuns.

À festa de São João permite supor que no passado há elementos revolucionários que de alguma maneira podem ser revisitados e atualizados num projeto de país.

Se hoje é dia de folia e acender fogueira, assim como reza a tradição, visto que há 2000 anos, a  forma encontrada de anunciar o nascimento de uma criança como o pequeno João era pelo fogo, quem sabe na atualidade, seja o caso de acender uma fogueira interior capaz de queimar-nos e nos impulsionar a construir novas práticas colaborativas e festivas que possam romper a tecidura de ódio que ainda rondam em nosso país.

Feliz festa de São João!

Paz e Bem!

Gilberto Sousa
Publicado no grupo ZAP Politica e Religião

publicado na página face do jornal do commércio (PE)
Aqui no nordeste também estamos convivendo com  práticas predatórias da indústria cultural, a qual busca transformar as festas juninas em simples mercadoria padronizadas e caras. E isso em associação com as oligarquias políticas locais. A lembrar, nem mesmo as administrações de esquerda conseguem lidar com essa situação de forma satisfatória.
Zezito de Oliveira

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