sexta-feira, 13 de outubro de 2023

HAMAS FOI CRIADO POR ISRAEL E MAIS... CINCO LIVROS PARA ENTENDER A QUESTÃO PALESTINA

 “Infelizmente, o Hamas é uma criação israelense”.

Avner Cohen, ex-responsável de assuntos religiosos do governo de Israel, em entrevista ao Wall Street Journal, em 2009.

Os jornais brasileiros, na forma que estão abordando as tragédias que estão ocorrendo na Palestina, chegam a ser mais pró-Israel do que a própria imprensa israelense, podemos constatar essa diferenciação lendo jornais israelenses como Haaretz que em diversas reportagens e editoriais expõe as atrocidades do Estado israelense contra o povo palestino e culpabilizando o primeiro-ministro israelenses Benjamin Netanyahu pela atual tragédia. Agora, quando olhamos os grandes grupos de comunicação brasileiros como a Globo, Estadão, Folha de São Paulo e outros, a sua abordagem sobre a tragédia que está ocorrendo na Palestina é feita de forma tendenciosa e até mesmo de forma desonesta como a propagação de fake news feita pela jornalista Mônica Waldvogel. Os que sempre são chamados a comentar sobre o conflito como Guga Chakra sempre fazem oratórias emotivas defendendo as atrocidades do Estado Israelense contra os palestinos.

Além dessa abordagem tendenciosa, os grupos de comunicação ocultam que o Hamas foi criado pelo Estado de Israel o início da década de 1980, o governo israelense numa tentativa de desestabilizar e enfraquecer a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), o partido Fatah e a principal liderança palestina liderado por Yasser Arafat (1929-2004), que ideologicamente eram de esquerda e secularistas, passou a financiar movimentos fundamentalistas islâmicos de orientação sunita, muitos destes alinhados com a Irmandade Muçulmana do Egito com o objetivo de substituir ideologicamente os grupos liderados por Arafat. Inicialmente, o Hamas se dedicou a políticas sociais na Faixa de Gaza junto a população palestina massacrada pelo colonialismo israelense, essas atividades eram reconhecidas e financiadas pelo Estado de Israel.

Essas relações do Estado de Israel com grupos fundamentalistas islâmicos foram confirmadas pelo general israelense Yitzhak Segev, que no início da década 1980 era governador militar da ocupação colonial da Faixa Gaza, em entrevista ao New York Times:

“O governo israelense repassou verbas para as mesquitas controladas pelo Hamas”.

Avner Cohen, citado no início do texto e ex-membro do governo israelense, também confirmou a responsabilidade do Estado de Israel na criação do Hamas. Segev durante duas décadas foi responsável pelos assuntos religiosos do governo de Israel da ocupação colonial da Faixa de Gaza. Em 2009, em entrevista ao Wall Street Journal Avner afirmou:

“Infelizmente, o Hamas é uma criação israelense”.

A tentativa de Israel de enfraquecer Yasser Arafat, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e o partido Fatah, fomentando e financiando o ativismo islâmico palestino acabou por unir os diversos grupos em um braço armado desse mesmo ativismo islâmico que hoje enfrenta a ocupação colonial israelense.

OBS: O Hamas (em árabe: حماس, transl. Ḥamās (lit. 'zelo', 'fervor' ou 'entusiasmo', acrónimo parcial de حركة المقاومة الاسلامية, transl. Ḥarakat al-Muqāwamat al-Islāmiyyah, "Movimento de Resistência Islâmica").

Luiz Carlos.

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Leia também:

5 LIVROS PARA ENTENDER O QUE ESTÁ ACONTECENDO ENTRE ISRAEL E PALESTINA

Chico Alencar

O conflito que acontece neste momento entre Israel e Palestina é só mais um capítulo de uma longa história, cuja origem remonta ao não reconhecimento do Estado Palestino e ao desrespeito às resoluções da ONU de 1967.

E para não acreditar em qualquer explicação simplista como muitas das que têm circulado pela internet, nada melhor do que ler obras sérias sobre o assunto. Nas imagens, algumas sugestões recentes da @boitempo e @editoratabla.

Lembrando que as mentiras são muitas, mas é real o sangue, o medo, o horror em todo canto. Ponha-se naquele lugar... e também que nenhuma causa avança, por mais justa que seja, se, reivindicando humanidade, opera com desumanidade.

Cada dia, cada noite que passa, cortada por mísseis letais e ameaças de morte de prisioneiros, é um passo atrás na direção do essencial: fim imediato das hostilidades, mesa de conversação, garantia dos dois estados na região, com fronteiras e culturas respeitadas, como a ONU já decidiu. Nem antissemitismo nem islamofobia!






Um baita desafio para desfazer fazer isso de uma maneira que até mesmo quem não é cristão fundamentalista possa compreender com maior clareza....
Sugestões de livros e vídeos sobre a explicação de forma didática acerca da confusão Israel biblico com Israel da atualidade são bem vindas. 



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