Com Romero Venâncio (UFS)
04 DE OUTUBRO - QUARTA - As 19h.
No Instagram romerojunior4503
Foto publicada por Romero VenâncioFrancisco de Assis é a personalidade do milênio de acordo com pesquisa de opinião realizada pela revista Time com seus leitores no ano de 1999. E segue rumo ao segundo milênio da era cristã, assumido como o nome do cardeal Bergoglio ao se tornar bispo de Roma e Papa no ano de 2013. Francisco de Assis a inspiração para milhões de pessoas desde a época medieval e não apenas franciscanos ou cristãos.
A inspiração maior para Francisco de Roma depois do Jesus Cristo dos evangelhos, o original, o verdadeiramente autêntico, tanto que sendo dessa maneira, se torna motivo de escândalo e de divisão, não apenas dentro do catolicismo.
Francisco de Assis o homem medieval que compreendeu que todos somos um, que nós seres humanos também somos natureza, tanto que chamava as outras espécie de animais de irmãos, assim como os outros elementos, irmão terra, irmão água, irmão fogo e irmão ar. Logo, a compreensão de que não somos apenas feito de terra ou do barro como descrito no livro do Gênesis, mas inclui os outros elementos da natureza. Francisco de Assis um homem do nosso tempo e de todos os tempos. Um homem que, mesmo após setecentos e oitenta e sete anos de sua morte ainda tem muito a nos dizer, muito a nos mostrar.
A mim, na relação de diálogo e comunhão profunda com a natureza de uma maneira em geral e com as outras espécies de animais em particular, Francisco me faz buscar conhecer e entender as cosmovisões de nossos ancestrais
indígenas e africanos, assim como as dos povos originários anterior ao cristianismo
na Europa do tempo em que ele viveu
O que Francisco diz a você em primeiro lugar?
Zezito de Oliveira
"Laudate Deum", o grito do Papa por uma resposta à crise climática
Publicada a exortação apostólica de Francisco que especifica e completa a encíclica de 2015: não estamos reagindo o suficiente, estamos perto do ponto de ruptura. Crítica aos negacionistas: indubitável a origem humana do aquecimento global. O compromisso de cuidar da casa comum nasce da fé cristã.
VATICAN NEWS
““Laudate Deum” é o título desta carta. Porque um ser humano que pretenda tomar o lugar de Deus torna-se o pior perigo para si mesmo". Com essas palavras, conclui-se a exortação apostólica do Papa Francisco, publicada em 4 de outubro. Um texto em continuidade com a encíclica Laudato si' de 2015. Em 6 capítulos e 73 parágrafos, olhando para a COP28 em Dubai daqui a dois meses, o Sucessor de Pedro pretende fazer um apelo à corresponsabilidade diante da emergência das mudanças climáticas, porque o mundo "está desmoronando e talvez se aproximando de um ponto de ruptura". É um dos "maiores desafios que a sociedade e a comunidade global enfrentam", "os efeitos das alterações climáticas recaem sobre as pessoas mais vulneráveis" (3).
Ouça e compartilhe
Os sinais da mudança climática cada vez mais evidentes
No primeiro capítulo, o Papa explica que, por mais que tentemos negá-los, "os sinais da mudança climática estão aí, cada vez mais evidentes". Ele cita "fenômenos extremos, períodos frequentes de calor anormal, seca e outros gemidos da terra". Afirma: "é possível verificar que certas mudanças climáticas, induzidas pelo homem, aumentam significativamente a probabilidade de fenômenos extremos mais frequentes e mais intensos". E para aqueles que minimizam, responde: "aquilo que agora estamos a assistir é uma aceleração insólita do aquecimento". "Provavelmente, dentro de poucos anos, muitas populações terão de deslocar as suas casas por causa destes fenômenos" (6).
A culpa não é dos pobres
Para aqueles que culpam os pobres por terem muitos filhos e talvez tentem resolver o problema "mutilando as mulheres nos países menos desenvolvidos", Francisco lembra "que uma reduzida percentagem mais rica do planeta polui mais do que o 50% mais pobre". A África, que "alberga mais da metade das pessoas mais pobres do mundo, é responsável apenas por uma mínima parte das emissões no passado" (9). Em seguida, o Papa desafia aqueles que afirmam que o menor uso de combustíveis fósseis levará "à diminuição dos postos de trabalho". Na realidade, "milhões de pessoas perdem o emprego” devido às diversas consequências da mudança climática. Enquanto a transição para as energias renováveis, "bem administrada", é capaz de "gerar inúmeros postos de trabalho em diferentes setores. Por isso é necessário que os políticos e os empresários se ocupem disso imediatamente" (10).
Indubitável origem humana
"A origem humana - 'antrópica' - da mudança climática já não se pode pôr em dúvida", diz Francisco. "A concentração na atmosfera dos gases com efeito estufa... nos últimos cinquenta anos, o aumento sofreu uma forte aceleração" (11). Ao mesmo tempo, a temperatura "aumentou a uma velocidade inédita, sem precedentes nos últimos dois mil anos" (12). Isso resultou na acidificação dos mares e no derretimento dos glaciares. A coincidência entre esses eventos e o crescimento das emissões de gases de efeito estufa "não pode ser escondida. A esmagadora maioria dos estudiosos do clima defende esta correlação, sendo mínima a percentagem daqueles que tentam negar esta evidência". Infelizmente, a crise climática não é propriamente uma questão que “interesse às grandes potências econômicas, preocupadas em obter o maior lucro ao menor custo e no mais curto espaço de tempo possíveis" (13).
Em tempo para evitar danos mais dramáticos
" Vejo-me obrigado – continua Francisco - a fazer estas especificações, que podem parecer óbvias, por causa de certas opiniões ridicularizadoras e pouco racionais que encontro mesmo dentro da Igreja Católica. Mas não podemos continuar a duvidar que a razão da insólita velocidade de mudanças tão perigosas esteja neste facto inegável: os enormes progressos conexos com a desenfreada intervenção humana sobre a natureza" (14). Infelizmente, algumas manifestações dessa crise climática já são irreversíveis por pelo menos centenas de anos. É "urgente uma visão mais alargada... tudo o que se nos pede é uma certa responsabilidade pela herança que deixaremos atrás de nós depois da nossa passagem por este mundo" (18).
O paradigma tecnocrático: a ideia de um ser humano sem limites
No segundo capítulo, Francisco fala do paradigma tecnocrático que "consiste, substancialmente, em pensar como se a realidade, o bem e a verdade desabrochassem espontaneamente do próprio poder da tecnologia e da economia" (20) com base na ideia de um ser humano sem limites. "Nunca a humanidade teve tanto poder sobre si mesma, e nada garante que o utilizará bem, sobretudo se se considera a maneira como o está a fazer...É tremendamente arriscado que resida numa pequena parte da humanidade" (23). O Papa reitera que "o mundo que nos rodeia não é um objeto de exploração, utilização desenfreada, ambição sem limites" (25). Ele também lembra que estamos incluídos na natureza, e "isso exclui a ideia de que o ser humano seja um estranho, um fator externo capaz apenas de danificar o ambiente" (26).
Vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=Ay51_JGRe54&t=3s
Decadência ética do poder: marketing e informações falsas
"Realizamos progressos tecnológicos impressionantes e surpreendentes, sem nos darmos conta, ao mesmo tempo, que nos tornámos altamente perigosos, capazes de pôr em perigo a vida de muitos seres e a nossa própria sobrevivência" (28). "A decadência ética do poder real é disfarçada pelo marketing e pela informação falsa, mecanismos úteis nas mãos de quem tem maiores recursos para influenciar a opinião pública através deles" (29). "Podemos notar como às vezes os próprios pobres, confundidos e encantados perante as promessas de tantos falsos profetas, caem no engano dum mundo que não é construído para eles" (31). Há "um domínio daqueles que nasceram com melhores condições de progresso" (32).
Política internacional fraca
No capítulo seguinte da exortação, o Papa aborda o tema da fraqueza da política internacional, insistindo na necessidade de favorecer "acordos multilaterais entre Estados" (34). Ele pede "organizações mundiais mais eficazes, dotadas de autoridade para assegurar o bem comum mundial". Essas organizações que "devem dotadas duma real autoridade que possa «assegurar» a realização de alguns objetivos irrenunciáveis" (35). Francisco lamenta "que as crises globais sejam desperdiçadas, assim como sucedeu na crise financeira de 2007-2008 e com a pandemia, que trouxeram "maior individualismo, menor integração, maior liberdade para os que são verdadeiramente poderosos e sempre encontram maneira de escapar ilesos" (36). O desafio atual é recriar um novo multilateralismo "à luz da nova situação global" (37), reconhecendo que tantas agregações e organizações da sociedade civil ajudam a compensar as fraquezas da Comunidade internacional.
Inúteis as instituições que preservam os mais fortes
Francisco propõe " um multilateralismo «a partir de baixo» e não meramente decidido pelas elites do poder" (38). Ele lembra que é necessário um "quadro diferente para uma cooperação eficaz" (42). Portanto, precisamos de "uma espécie de maior «democratização» na esfera global... Deixará de ser útil apoiar instituições que preservem os direitos dos mais fortes, sem cuidar dos direitos de todos". (43)
O que se espera da COP de Dubai?
No capítulo seguinte, analisando a COP28, Francisco escreve: "Não podemos renunciar ao sonho de que a COP28 leve a uma decidida aceleração da transição energética, com compromissos eficazes que possam ser monitorizados de forma permanente. Esta Conferência pode ser um ponto de viragem" (54). Infelizmente, "a necessária transição para energias limpas..., não avança de forma suficientemente rápida" (55).
Chega de ridicularizar a questão ambiental
Francisco pede o fim da "atitude irresponsável" daqueles que ridicularizam a questão ambiental por interesses econômicos: em vez disso, trata-se de "dum problema humano e social em sentido amplo e a diversos níveis. Por isso requer-se o envolvimento de todos". Com relação aos protestos de grupos radicalizados, o Papa afirma que "eles preenchem um vazio da sociedade", pois caberia "a cada família pensar que está em jogo o futuro dos seus filhos" (58) e exercer uma pressão saudável. O Pontífice espera que da COP28 surjam "formas vinculantes de transição energética" que sejam eficientes e "facilmente monitoráveis" (59). " Oxalá que, a intervir na COP28, sejam estrategas capazes de pensar mais no bem comum e no futuro dos seus filhos, do que nos interesses contingentes de algum país ou empresa. Possam assim mostrar a nobreza da política, e não a sua vergonha" (60).
Um compromisso que brota da fé cristã
Por fim, o Papa recorda as razões desse compromisso que brota da fé cristã, incentivando "os irmãos e irmãs de outras religiões a fazerem o mesmo" (61). "A cosmovisão judaico-cristã defende o valor peculiar e central do ser humano no meio do maravilhoso concerto de todos os seres... formamos uma espécie de família universal, uma comunhão sublime que nos impele a um respeito sagrado, amoroso e humilde" (67). " Isto não é um produto da nossa vontade... pois Deus uniu-nos tão estreitamente ao mundo que nos rodeia" (68). O que é importante, escreve Francisco, é lembrar que "não há mudanças duradouras sem mudanças culturais... e não há mudanças culturais sem mudança nas pessoas" (70). "Os esforços das famílias para poluir menos, reduzir os esbanjamentos, consumir de forma sensata estão a criar uma nova cultura" (71). O pontífice conclui lembrando "que as emissões pro capite nos Estados Unidos são cerca do dobro das dum habitante da China e cerca de sete vezes superiores à média dos países mais pobres". E afirma "que uma mudança generalizada do estilo de vida irresponsável ligado ao modelo ocidental teria um impacto significativo a longo prazo. Assim, juntamente com as indispensáveis decisões políticas, estaríamos no caminho do cuidado mútuo" (72).
Junte-se a nós dia 4 de outubro para um evento online em que especialistas de diversas áreas, incluindo cientistas, líderes religiosos e leigos, discutirão as mensagens mais importantes desta exortação.📘🌿 Conheça os especialistas que nos ajudarão a entender como ela vai impactar a nossa vida diária.Junte-se a nós neste link!👇
https://bit.ly/CelebrandoALaudateDeum
#TempoDaCriação #LaudatoSi #LaudateDeum #PapaFrancisco #Ecologia #CuidadoDaCasaComum
Diana Pequeno - Sinal de Amor e de Perigo
Pérola Azulada
Terra
Guilherme Arantes - Planeta Água (videoclipe colaborativo)
Roberto Carlos - O Progresso (Áudio Oficial)
Panorama Ecológico
Calle 13 - Latinoamérica
erça-feira, 3 de outubro de 2023
Conheça a "Laudate Deum" do Papa: eventos on-line e leitura pública em livrarias neste 4 de outubro
sábado, 27 de maio de 2023
Crianças e jovens da Paraíba apresentam espetáculo para o papa Francisco
Os jovens estão em turnê pela Europa com espetáculo que trata de ecologia e arte baseado numa Encíclica do Pontífice
Assista também:
adicionado em 05/10/2023
Mariza canta "Foi Deus" no palco do Parque Eduardo VII e Papa Francisco aplaude
Foi Deus Quem Fez Você - Amelinha
https://www.youtube.com/watch?v=JX-G52ERPyM
acrescido em 06 de Outubro de 2023Pérola Azulada - DVD Karine Aguiar [Single]
https://www.youtube.com/watch?v=ut63Rt06Ykk
Nenhum comentário:
Postar um comentário