Se a doença do século é a depressão o tratamento e/ou a cura está na arte e cultura. Esta última incluindo a cultura alimentar, a cultura desportiva e a cultura de participação social/cidadã.
A arte e a cultura também servem para outros tipos de doenças do corpo e da alma...
Tratamento lançado em 2016 dura dez semanas e coloca pessoas com depressão, ansiedade ou estresse em contato com guias culturais profissionais.
Por Ana Carolina Moreno, G1
11/08/2019 05h00 Atualizado há 4 anos
Mikael Odder Nielsen não tem formação profissional em saúde, mas desde 1º de outubro de 2016 coordena um tratamento para pessoas com depressão, ansiedade e estresse na cidade de Aalborg, na Dinamarca. Batizado de Kulturvitaminer, ou "vitaminas de cultura", o programa oferece aos pacientes encontros com profissionais de diversas áreas artísticas que os ajudam a tirar o foco da doença e incentivar a autoconfiança.
Nesse quesito, Nielsen tem muita experiência: formado em musicologia, ele já trabalhou durante oito anos com jovens vulneráveis.
"Usei a cultura, e a música em particular, para renovar a energia deles, construir a autoconfiança e fortalecer a habilidade deles em serem mestres de suas próprias vidas", contou o dinamarquês, em entrevista ao G1.
Desde que foi lançada, a iniciativa já recebeu 260 pacientes, principalmente por indicação de centros de empregabilidade locais, e a ideia é que ele atenda cerca de 100 pessoas por ano.
"A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que o estresse e a depressão serão duas das maiores causas de doença no ano 2020. Mais e mais pessoas têm saúde mental precária. Por isso é importante fazer esse trabalho, disse Mikael Nielsen.
'Pílulas de cultura'
No projeto mantido pelo Centro de Saúde Mental do Departamento de Saúde e Cultura de Aarlborg, as atividades do Kulturvitaminer acontecem três vezes por semana durante um período de dez semanas.
"Os cidadãos conhecem guias culturais muito competentes, bem preparados e dedicados que oferecem uma 'pílula de cultura' para botar de novo um sorriso no rostos deles, conseguir apoio e fé em si mesmos", explicou o musicólogo.
Nielsen diz quais são oito as atividades principais:
Em uma biblioteca, os pacientes fazem leituras coletivas e compartilham de forma aberta seus pensamentos, memórias, ética e moral da história lida. "Não existe resposta errada", diz o coordenador.
O grupo também integra um coral, cantando junto e compartilhando da sensação de estar em comunidade e pertencer a um grupo. Nielsen ressalta que cantar estimula o cérebro a promover dopamina, um antídoto para os hormônios do estresse.
As visitas também levam os pacientes ao arquivo histórico da cidade, com passeios pelas ruas e uma introdução à genealogia dos moradores. "Isso lhes dá uma filiação, o sentimento de que pertencem a um lugar."
Escutar música é outra das atividades, usando um app com músicas calmantes que levam as pessoas a "fazer uma pausa, aprofundar a ponderação e as ajudam a pegar no sono".
Um tour de um teatro também está dentro do programa, incluindo subir ao palco, conhecer as coxias e bastidores e acompanhar oficinas por trás dos panos, incluindo uma de linguagem corporal com dois atores.
O grupo ainda assiste à experiência de ver uma sinfonia de música clássica ao vivo. "Isso se encaixa com muitas emoções dos participantes", diz Nielsen. "Aqui, falamos sobre a catarse – um refinamento do cérebro produzido pela arte."
Museu de arte é outro destino do cronograma, incluindo explicações sobre arte moderna, onde o tema é a arte que se vê e o efeito que ela tem nos pacientes, e quais emoções ela desperta.
O tratamento não deixa, ainda, de promover a conexão com a natureza, incluindo caminhadas pelas áreas naturais da cidade. Trata-se, segundo o coordenador, de "experimentar a natureza como um espaço livre, onde você não precisa pensar em coisas cotidianas, você pode apenas ser".
Resultados
Todo o processo é voltado a despertar nos pacientes sentimentos ligados à autoconfiança e ao pertencimento a um grupo, para que eles renovem sua energia de participar da sociedade. Isso ajuda a tirá-los de círculos viciosos como o isolamento, que os faz perderem empregos e amigos, e os afunda ainda mais na solidão e no sentimento de inaptidão.
"Os resultados são promissores", diz Nielsen. "Muitos deles voltaram a se aproximar novamente do mercado de trabalho e completaram estágios."
O processo, continua o especialista, "ajuda a remover o foco na doença e, em vez disso, cria novas imagens deles mesmos, de pessoas com habilidades, que conseguem fazer algo de suas vidas".
Desde 2016, o coordenador do Kulturvitaminer diz que o governo da Dinamarca já investiu o equivalente a mais de R$ 4 milhões em projetos do tipo, dos quais a prefeitura de Aalborg recebeu R$ 1 milhão, além de ter desembolsado o mesmo valor para manter o projeto.
Depressão é a doença que mais rouba anos saudáveis dos brasileiros
A dica da vitamina musical de MPB do grande Chico Buarque
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro
Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas
Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro
Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ary, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho
Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto
Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens a vista
O meu pai era paulista
Meu avô pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro
Paratodos - Chico Buarque (por OSUSP e CORALUSP)
Estamos muito felizes em compartilhar com vocês, o incrível resultado da parceria entre o Museu Paulista e o Sesc Ipiranga, do qual a OSUSP e o CORALUSP tiveram a honra de participar! Trata-se do videoclipe da, já consagrada, canção “Paratodos” - obra do cantor Chico Buarque, que ganhou uma nova versão para a tradicional comemoração do dia da Independência do Brasil.
O vídeo é um convite para a celebração, ainda que virtual, e contemplação da riqueza de nossa diversidade cultural - uma vez que o projeto foi composto por muitas mãos. Não podemos deixar de agradecer a todos, todas e todes os envolvidos!
Coração Civil - CantaVento e Convidados
Barraco na Academia #01 - Guilherme Boulos
domingo, 14 de janeiro de 2024
quinta-feira, 28 de dezembro de 2023
A favor da comunidade que espera o bloco passar ninguém fica na solidão. Por mais momentos juntos e felizes em 2024
domingo, 8 de março de 2020
"A gente não precisa somente de comida, a gente precisa de comida, diversão e arte.."Parafraseando Titãs.
As crianças precisam de arte e histórias, poemas e música, tanto quanto precisam de amor, comida e ar fresco.
2 comentários:
gente vcs da cultura estão muito chatos afffffff
kkkk chato é o sujeito que não gosta de samba. Samba como expressão simbolo do que é arte e cultura.
O samba da minha terra deixa a gente mole
Quando se canta, todo mundo bole
Quando se canta, todo mundo bole
O samba da minha terra deixa a gente mole
Quando se canta, todo mundo bole
Quando se canta, todo mundo bole
Eu nasci com o samba, no samba me criei
Do danado do samba nunca me separei
Eu nasci com o samba, no samba me criei
Do danado do samba nunca me separei
O samba da minha terra deixa a gente mole
Quando se canta, todo mundo bole
Quando se canta, todo mundo bole
O samba da minha terra deixa a gente mole
Quando se canta todo mundo bole
Quando se canta todo mundo bole
Quem não gosta do samba, bom sujeito não é
É ruim da cabeça ou doente do pé
Quem não gosta do samba bom sujeito não é
É ruim da cabeça ou doente do pé
Compositores: Dorival Caymmi
Postar um comentário