terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Ao Pe. Júlio Lancellotti com carinho e àqueles que são cuidados e fortalecidos por Jesus de Nazaré através dele.

 


Sobre o papel do Pe Julio Lancellotti nestas redes digitais





O Padre Júlio (Júlio Lancellotti) é um pároco e ativista social famoso por seu trabalho com pessoas em situação de rua em São Paulo, distribuindo alimentos e defendendo seus direitos humanos, e é também uma figura conhecida na música brasileira, tendo sido homenageado pelo cantor Julinho Bittencourt em uma música de seu disco de 2023, destacando a luta do padre contra a arquitetura hostil e seu carisma, com o qual Julinho se identifica e colabora, celebrando a fé e a solidariedade. 
Quem é o Padre Júlio (Júlio Lancellotti):
Ativismo Social: Dedicou sua vida à causa dos mais vulneráveis, sendo uma figura importante na luta por moradia e direitos humanos em São Paulo.
Arquitetura Hostil: Atua ativamente contra o que chama de "arquitetura hostil", que impede pessoas em situação de rua de descansarem em espaços públicos, quebrando pedras e defendendo a dignidade humana.
Fé e Caridade: Conhecido por sua profunda fé e ações de caridade, como oferecer refeições e apoio, sendo visto como um "nobre da paz" e um exemplo de evangelho vivo. 
A Conexão com Julinho Bittencourt:
Música "Padre Júlio": Julinho Bittencourt lançou uma música em homenagem a ele, gravando um dueto com o próprio Padre Júlio, que se tornou um símbolo do trabalho do padre.
Admiração Mútua: O cantor expressa grande admiração pelo trabalho do padre, destacando sua coragem e bondade, e o Padre Júlio também participa de eventos e projetos culturais ligados à música e ao evangelho.
Identificação: A relação entre os dois reflete uma conexão entre a música popular brasileira e a fé engajada, onde a arte se une à causa social. 
Em resumo, Padre Júlio é um ícone da solidariedade em SP, e Julinho Bittencourt, um artista que o celebra e se inspira em seu trabalho, mostrando uma união entre arte, fé e luta social. 

Padre Júlio - Edu Krieger


Edu Krieger é um dos maiores compositores da atualidade. Tem lançado com frequência em suas redes socias paródias críticas sobre temas gerais da atualidade, alcançando uma visibilidade entusiástica junto ao público. 

Desde o lançamento do primeiro disco, em 2006, emplacou dezenas de sucessos, nas vozes de Maria Rita (“Novo amor”, “Maria do Socorro” e “Ciranda do mundo”), Ana Carolina (“Combustível”, “Pra tomar três”, “Resposta da Rita”, “Esperta” e “Libido”), Roberta Sá (“Novo amor”), Maria Gadú (“No pé do vento”), Teresa Cristina (“Guardo em mim”), além de Pedro Luís e a Parede, Casuarina, Ara Ketu, Falamansa, Pedro Miranda, Ryta de Cássia, Sururu na Roda, Moyseis Marques, Silvia Machete, Trio Nordestino, Bangalafumenga, Aline Calixto e vários outros. Atualmente, é roteirista de humor de programas da TV Globo. 












Para quem está em SP e adjacências. Que tal um festival com artistas e lideranças sociais, religiosas , intelectuais e etc., para dizer/mostrar o quanto Pe. Júlio é querido?  

Eduardo Marinho
Tava demorando... 
Padre Júlio incomoda, com sua prioridade aos sabotados sociais, a quem não se reconhece direitos constitucionais roubados. A atenção aos invisibilizados, às provas materiais da criminalidade social, é intolerável à mentalidade conservadora, aos reacionários, aos praticantes convictos das perversidades estimuladas por um sistema social dominado - ainda - por bilionários que dominam as comunicações e colecionam políticos "de estimação", comprados com financiamentos e apoios às campanhas eleitorais ou com privilégios excessivos, no caso do judiciário sem eleições.
O ódio não tolera o amor, o egoísmo não tolera a solidariedade, a falsidade não tolera e nem acredita na sinceridade, o interesse material não crê no desapego e na generosidade.
Imagino que a "Opus Dei", corrente católica ultra-reacionária, militarista e anti-povo, odeia sacerdotes como o padre Júlio e esteve na pressão pra "apagá-lo" das redes e da visão pública. Afinal, seu comportamento é uma denúncia da indiferença das cúpulas religiosas às flagrantes e gritantes injustiças que se escancaram a partir do comportamento perverso e criminoso da sociedade como um todo. 
É preciso enxergar essa estrutura como um todo e como ela foi construída a partir dos interesses de um punhado de podres de ricos, com uma democracia de fachada, dominada nos bastidores por esse punhado de parasitas - que usam a corrupção pra ter as instituições na sua coleira, dominadas, controladas, pressionadas e conduzidas à perversidade que se expõe em toda parte.

O arcebispo Dom Odilo Scherer, que se aposenta em abril de 2026, comunicou no último dia 10 ao padre Júlio Lancelotti sua transferência de paróquia (para onde, não sabemos ainda). E ainda vetou padre Júlio de usar as redes sociais. A seguir, a carta em que a jornalista Denise Ribeiro  faz um apelo a Scherer para que reverta a decisão:

"Nesta segunda-feira uma notícia estarrecedora deixou sem chão os católicos progressistas e todos os que admiram o trabalho da Pastoral Povo da Rua: dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, transferiu o padre Júlio Lancellotti da paróquia de São Miguel Arcanjo, no bairro da Mooca, onde ele atua há 40 anos. Para onde? Ninguém sabe.

Que motivos levariam dom Odilo a tomar decisão tão drástica em pleno final de ano? Que forças ocultas levariam o arcebispo a abrir mão de um homem dedicado a cuidar sem descanso da população mais vulnerável da cidade?

O fato é que na quarta-feira passada, dia 10 de dezembro, padre Júlio recebeu uma carta assinada por dom Odilo comunicando sua transferência e, também, sua decisão de proibir o padre de fazer uso das redes sociais. Também foi vedada a transmissão online de suas missas dominicais, acompanhadas por católicos de todo o Brasil e do exterior. Com seu discurso poderoso, padre Júlio deixava sempre explícita sua defesa das pessoas invisibilizadas pela sociedade - aquelas em situação de rua e também a população LGBTQIA+. E isso, claro, incomoda muita gente.

Por que dom Odilo, que em abril se aposenta, se dá ao trabalho de impedir o trabalho do padre Júlio numa paróquia que nunca foi cobiçada por ninguém? Será que a visibilidade, a autoridade e a popularidade do padre Julio causam tanto ciúmes, ira, inveja, a ponto de o arcebispo determinar que em janeiro ele já não esteja mais ocupando o lugar que sempre foi dele por direito e por trabalho diário? Será que suas recentes manifestações em favor do povo palestino o prejudicaram? Será que católicos incorporadores imobiliários e políticos de direita pressionaram para que ele desocupe a área?

As hipóteses são inúmeras. O fato é que o povo em situação de rua não pode abrir mão do carinho do padre e de sua equipe, que prestam um trabalho dos mais humanistas no trato de nossos irmãos sem voz nem vez.

Pedimos publicamente que dom Odilo reveja sua decisão autocrática e mantenha padre Júlio em sua paróquia. Esperamos que católicos de todo o Brasil se unam em favor do padre, que também se encontra em idade avançada, mas tem coragem de sobra para persistir em sua luta.

Seu último projeto, a Biblioteca Wilma Lancellotti, na rua Sapucaia, no Belém, vem fazendo um trabalho lindo, oferecendo literatura e rodas de conversa para seu público alvo: justamente as pessoas em situação de rua. O que acontecerá com ela, que acabou de ser inaugurada e hoje reúne cerca de 3 mil volumes doados?

Queremos padre Júlio falante, pleno, guerreiro como sempre foi, à frente da sua paróquia, distribuindo café da manhã e atendendo às necessidades de quem não tem onde morar. Tirá-lo de lá é de uma crueldade sem limites e um desrespeito com todos aqueles que o apoiam.

▪︎Denise Ribeiro, jornalista e voluntária da Biblioteca Wilma Lancellotti


   “Dom Odilo me pediu para dar um tempo”, diz Padre Júlio Lancelotti
Publicado por Diario do Centro do Mundo - Atualizado em 16 de dezembro de 2025 às 8:43
Padre Júlio Lancelotti confirmou que recebeu do cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, a determinação para interromper as transmissões de missas e suspender sua atuação nas redes sociais  e disse que pode ser transferido da paróquia de São Miguel Arcanjo, na Mooca, onde atua há mais de quatro décadas, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

A decisão foi comunicada pelo próprio padre durante uma missa transmitida no domingo (14), quando anunciou que aquela seria a última celebração exibida ao vivo. As missas vinham sendo transmitidas pelo YouTube e pela TVT.

Lancelotti confirmou a orientação recebida do arcebispo. “Dom Odilo me pediu para dar um tempo. Ele acha que é uma forma de recolhimento e de proteção”, afirmou. Questionado se concordava com a medida, respondeu que tem “apenas que obedecer”.

Possível saída da paróquia
Além da censura às transmissões e às redes sociais, dom Odilo pode decidir pela retirada do padre da paróquia ainda neste ano. Sobre isso, Lancelotti afirmou que a decisão “ainda não aconteceu”, apesar de mensagens que circularam em grupos ligados à Igreja indicando uma transferência já definida.

Ele explicou que, pelas normas da Igreja, padres podem ser removidos das paróquias ao completar 75 anos. Lancelotti fará 77 anos no dia 27. Segundo ele, no entanto, há casos de religiosos que permanecem em atividade “depois de completar 80, 90 anos”, a depender das necessidades da Igreja.

Padre Júlio Lancelotti é conhecido nacionalmente pelo trabalho com a população em situação de rua em São Paulo, por meio da Pastoral do Povo da Rua, ligada à Igreja Católica. A atuação inclui a distribuição de alimentos, atendimento pastoral e a articulação de projetos sociais voltados aos mais vulneráveis.

Até o momento, a Arquidiocese não anunciou formalmente qualquer decisão sobre a eventual saída de Lancelotti da paróquia da Mooca.

NOTINHA. A denúncia que chegou ao Vaticano contra pe. Julio foi feita por um tal de Miguel Kazan de Recife (cheguei a ele quando pesquisava a extrema direita católica nas redes digitais). Todas as denúncias dele estão no Instagram. Ele preparou com um advogado católico de extrema direita do Recife. Enviou a chancelaria da arquidiocese de São Paulo  e depois ao Vaticano... Quem recebeu e leu no Vaticano, não tenho a menor ideia. Mas chegou lá. Dom Odílio leu o “dossiê” dele contra Pe. Julio e não se sabe (ainda) se o cardeal de São Paulo foi pressionado pelo Vaticano para tomar as providências que tomou. Acredito que em breve virá à luz... O teor fundamental das denúncias: o suposto caso de Pe. Julio com um adolescente; extorsão; dinheiro, chantagens, etc. Há um histórico das denúncias num canal de direita católica no YouTube de meses atrás. Vou postar aqui e cada tire suas (iniciais) conclusões... Atentemos. situação triste...
Romero Venâncio (UFS).

“É para o bem dele”, diz Dom Odilo ao DCM sobre suspensão das redes do padre Júlio
Publicado por Thiago Suman - Atualizado em 16 de dezembro de 2025 às 12:35
Leia AQUI

Leia também: 
Julio Lancelotti é proibido de transmitir missas e usar redes sociais; ordem é do cardeal dom Odilo


Conhecido por atuar na defesa da população de rua de paulistana, o padre Júlio Lancellotti, pároco da igreja de São Miguel Arcanjo, na Mooca, zona leste de São Paulo, é um alvo frequente de políticos e movimentos de direita na cidade.

No último domingo (14/12), o religioso anunciou que não transmitirá mais, nas redes sociais, as missas que celebra. A decisão atende uma determinação do cardeal arcebispo Dom Odilo Scherer, da Arquidiocese de São Paulo, que vetou as transmissões.

O fato foi celebrado, na manhã desta terça-feira (16/12), pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil). “Finalmente! Lancellotti não vai mais usar a Igreja como palanque e a batina como escudo”, escreveu o parlamentar em uma publicação no X.

Rubinho tentou instaurar, duas vezes nos últimos dois anos, uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) para investigar organizações não governamentais (ONGs) que atuam com moradores de rua e dependentes químicos da Cracolândia. Um dos alvos seria Lancellotti, crítico da gestão municipal e coordenador da Pastoral do Povo de Rua.

A assistência prestada pelo padre à população em situação de rua também já provocou embate com o vice-prefeito de São Paulo, Coronel Mello Araújo (PL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em março deste ano, os dois chegaram a bater boca em um centro de convivência na zona leste da capital. Na ocasião, Mello Araújo afirmou que a concentração de dependentes químicos no bairro do Belém, também na zona leste, seria “culpa” do padre, que estaria fazendo um “desserviço” na região, segundo o vice-prefeito.

“O senhor disse que faço um desserviço. Eu não faço desserviço. Não quero que ninguém fique na rua”, disse o padre Júlio Lancellotti em meio a discussão. O religioso publicou um vídeo que registrou o bate-boca. 

O ATO DE CUIDADO E PROTEÇÃO A PADRE JÚLIO LANCELLOTTI.

“Agora vemos como em espelho, de maneira confusa; mas chegará o dia em que veremos face a face.” (cf. 1Coríntios 13,12)

Por: Toninho Kalunga 

Meus irmãos e minhas irmãs de caminhada e fé e companheiros e companheiras de lutas e utopias. Diante dos fatos que estamos assistindo com relação a essa situação relacionada a Padre Júlio Lancellotti, me sinto no dever de apresentar meu ponto de vista e a partir dele, dialogar com nossa gente!

Esta carta é direcionada, particularmente,  aos militantes e agentes de pastoral que, pela distância, enxergam este momento como sendo uma perseguição política contra Padre Júlio em razão de sua atuação pastoral, por parte da Igreja. Não é!

O recente pedido de Dom Odilo Scherer para que Padre Júlio Lancellotti reduzisse sua exposição nas redes sociais não deve ser lido como debate político, censura ou recuo. 

A chave correta de leitura é o cuidado com uma pessoa, que do alto de seus 77 anos precisa de proteção diante de riscos reais, de agentes internos que se aproveitam da imagem de Padre Júlio  e externos que estão usando estas pessoas para atacar as obras sociais e atividades pastorais da Igreja e por consequência, atacando padre Júlio!

Padre Júlio, em razão de sua coerência com a luta dos empobrecidos e com a pregação do evangelho, sempre foi, em razão de suas atividades pastorais, perseguido, caluniado e difamado. Todos nós somos sabedores e testemunhas disso!

Mais recentemente e pelas mesmas razões, tornou-se alvo de uma campanha de ódio organizada - esta sim politicamente - que visa criminalizar a ação da Igreja  pela evangélica opção preferencial pelos pobres. 

As redes sociais são, hoje, um território de linchamento simbólico, onde ameaças e incitações à violência se multiplicam e que não se sabe onde podem parar. A Extrema Direita não tem limites, decoro e pudor em sua sanha para, uma vez identidado uma pessoa que consideram inimiga, a tratar como alvo a ser abatido.

Essa situação gera debates, divisões e confusão ao invés de gerar unidade e solidariedade. Estes ataques tem como finalidade um projeto de engajamento político e manutenção de poder de uma ideologia de extremistas católicos e políticos da extrema direita, portanto, passam longe de ser uma atividade que queira buscar qualquer verdade ou que pretenda promover o bem e acolher as necessidades dos pobres.

Dom Odilo age como o pastor que conhece o uivar dos lobos que rondam o rebanho, inclusive alguns que estão dentro da própria comunidade e que são, neste último período, a base de conflito que sustenta essa situação! 

Em meu ponto de vista, seu gesto é um ato de discernimento pastoral para preservar a vida e a integridade de um presbítero que é um símbolo vivo de uma Igreja samaritana, e que em razão de sua atividade, é alvo fácil de aproveitadores. E meu ponto de vista é de alguém que sabe o porquê está dizendo isso. Por esta razão, é crucial entender:

Dom Odilo não pediu a interrupção da missão de Padre Júlio, não questionou sua fidelidade ao Evangelho e nem o desautorizou pastoralmente. 

Ao contrário, buscou protegê-lo de uma escalada de violência que só interessa a quem lucra com o ódio, pessoas que fazem a vida vendendo posts em redes sociais e jornais da extrema direita, inclusive se fazendo próximo e agindo sorrateiramente contra a comunidade.

Assim, na proposta de Dom Odilo, o que se altera não é o conteúdo de sua missão – Padre Júlio continua celebrando  missas na Paróquia, continua com suas atividades nas ruas, junto aos pobres – o que muda é a forma de exposição desta ação em redes sociais, que, sabidamente é um ambiente comprovadamente hostil e que leva a uma guerra que serve apenas a quem a promove e ganha com ela.

Há momentos em que o cuidado silencioso é mais evangélico do que o confronto permanente. A Igreja não precisa de heróis sacrificados no altar do ódio, mas de pastores vivos, cuidados e protegidos, para continuar servindo.


Toninho Kalunga, é membro da Fraternidade Leiga Charles de Foucauld e participa da Paróquia São Miguel Arcanjo e do Núcleo Nacional da Teologia da Libertação Política E Religião




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