Conselho de Política Cultural
Gente, precisamos construir um estreitamento para a formação de novos candidatos e candidatas aos Conselhos. É necessário transformar esses espaços em lugares de construção de conhecimento e de consenso.
Não é mais possível que conselheiros e conselheiras atuem sem formação em políticas públicas. Precisamos ocupar e ampliar nossa governança e o controle social em nível regional.
Não podemos esperar apenas pelo poder público. Precisamos formar mais pessoas para um Brasil verdadeiramente democrático.
Estou à disposição para falar sobre esse assunto nas quebradas e nos territórios. E, finalmente, para defender e propagar a ideia do Sistema Nacional de Cultura.
Se possível, vou pessoalmente, ou podemos fazer de forma on-line.
Salve Milton Santos, Mario de Andrade e Paulo Freire, gestão cultural para afirmar a democracia através da educação popular ...
Para refletir
1- Em sua cidade você percebe esse mesmo problema da falta de preparo dos conselheiros sobre politicas públicas de cultura?
2- A gestão cultural da sua cidade considera relevante a participação social através do conselho de cultura?
3- Há vereadores na sua cidade que discutem o papel e a importância do conselho de cultura e já indicaram investimentos na formação de conselheiros ou de candidatos em potencial?
4 - As lideranças do campo cultural em sua cidade demonstram preocupação relevante sobre o papel e importância do conselho de cultura?

Neri Silva Silvestre: Produtor cultural, articulador e gestor cultural, idealizador do Sarau na Quebrada, poeta e agitador cultural. Sempre foi um sujeito inquieto. Quando jovem lança com o grêmio escolar, o Jornal Macunaíma, daí não parou mais. Esteve à frente como coordenador do 1° Ponto de Cultura de Santo André (SP) de 2010/2013. Produziu inúmeros eventos que vão da música à literatura.
Gestão Cultural Insurgente ?
Quem são os maiores agentes de paternalismo e os responsáveis pelos maiores etnocídios ou processos de aculturação dos povos andreenses que vivem e trabalham e foram um dia donos dessas terras indígenas ocupada pelo povo negro, pobre, nordestino de Santo André? Em primeiro lugar, está a própria Prefeitura, com suas políticas de “democratização da cultura”, que muitas vezes repetem, ainda que com novas roupagens, os mesmos erros cometidos há 525 anos.
Há também muitos grupos e pessoas que, mesmo atuando no campo cultural, reproduzem as mesmas práticas coloniais: falam em diversidade, mas consolidam relações de controle; defendem participação, mas reforçam hierarquias; dizem promover cultura, mas continuam apagando memórias, saberes e modos de vida dos povos originários e das comunidades negras da cidade.
Democratização cultural foca em levar a cultura existente (patrimônio, arte) para mais pessoas, removendo barreiras de acesso (preço, localização) através de políticas públicas, enquanto a democracia cultural é mais ampla, valorizando a participação ativa de todos os grupos na criação, expressão e reconhecimento de suas próprias culturas, reconhecendo a diversidade e horizontalidade cultural, e não apenas o consumo de "alta cultura". A primeira é uma ação de "levar a cultura", a segunda é sobre "fazer e ser cultura".
Para refletir
1- Em que medida o pensamento e as práticas da gestão cultural de sua cidade reforçam o paternalismo ou assistencialismo cultural, ou seja levar ou oferecer cultura ao povo, ao invés de fortalecer a governança dos editais da Lei Aldir Blanc ou outras leis de fomento para os agentes culturais comunitários poderem produzir cultura com suas comunidades?
2 - Há grupos culturais artisticos consolidados em sua cidade que reproduzem esta prática de paternalismo ou de assistencialismo cultural?
domingo, 7 de dezembro de 2025
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