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OPINIÃO! 🚨 A grande lição que Padre Júlio tem ensinado - e isso que irrita tanto a extrema-direita - é que Jesus não está lá no céu, mas está aqui, nos outros que mais necessitam. E, diante dos outros, o que precisamos fazer é acolher.
Quando você alimenta quem tem fome, você alimenta Jesus. Quando você veste uma pessoa sem roupa, você veste Jesus. Quando você abriga do frio alguém que precisa, é a Jesus que você abriga.
Ou seja, Jesus inverte o céu: só tem céu na terra e essa é a revolução. E ela é gratuita. Olha que loucura que é. E Padre Júlio é uma ameaça a todos por levar isso a cabo tão ao pé da letra.
Viva Padre Júlio! Estamos com você!
Publicado por Lindiane Seno no DCM - Atualizado em 21 de dezembro de 2025 às 16:26
O padre Júlio Lancellotti celebrou neste domingo (21), sua primeira missa após ser impedido de transmitir as celebrações pela internet. A cerimônia ocorreu na capela da Universidade São Judas, no bairro da Móoca, zona leste de São Paulo (SP), e reuniu fiéis presencialmente. O canal independente Jornalistas Livres fez a cobertura ao vivo do culto. Conforme o DCM adiantou, o MBL é um dos principais agentes por trás das denúncias contra o religioso.
A celebração marcou o retorno público do sacerdote depois da decisão do arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, que proibiu a transmissão online das missas conduzidas por Lancellotti. Durante a homilia, o padre afirmou não querer ser exemplo para ninguém e disse desejar apenas ser “irmão de todos”, com ênfase nos mais pobres e abandonados.
A determinação da Arquidiocese levou Lancellotti a anunciar, há cerca de uma semana, o fim das transmissões semanais realizadas na capela e a interrupção das atualizações em suas redes sociais. Sua última publicação no Instagram data de 10 de dezembro e trata de uma reflexão teológica.
A decisão partiu do arcebispo por razões que não foram detalhadas publicamente. Na ocasião, o padre mencionou estar em um “período de recolhimento temporário”, enquanto dom Odilo Scherer declarou que o tema dizia respeito à relação entre bispo e sacerdote. A Arquidiocese também determinou uma auditoria financeira na paróquia de São Miguel Arcanjo, comandada por Lancellotti há quatro décadas.
A missa foi acompanhada por uma capela lotada, com aplausos frequentes ao longo da celebração. Fiéis exibiram cartazes em apoio ao padre, entre eles mensagens que defendiam que o amor ao próximo não deve ser silenciado. Um grupo de mulheres trans também participou da cerimônia.
Durante a homilia, Lancellotti abordou temas sociais recorrentes em sua atuação pastoral. Ele citou a violência contra mulheres e fez críticas à desigualdade social na capital paulista, afirmando que áreas mais privilegiadas da cidade permanecem distantes da realidade dos pobres.
Ao final da celebração, o padre retomou um de seus lemas mais conhecidos, incentivando força e coragem, e realizou o rito da comunhão. A cerimônia foi encerrada com flores de papel erguidas pelos participantes, gesto organizado por um movimento ligado à defesa da democracia.
Antes da missa, integrantes da pastoral da comunicação divulgaram um abaixo-assinado em apoio a Lancellotti, que já reunia centenas de assinaturas. Segundo organizadores, o público foi maior do que o habitual, incluindo pessoas que não se identificam como católicas e que compareceram em solidariedade ao sacerdote.
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