segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

A mãe do Brasil é indigena

 https://www.youtube.com/watch?v=dtO1RuRojYc



https://www.youtube.com/watch?v=HnR2EsH9dac


Ato Penitencial da Missa Terra Sem Males



"Eu tinha uma cultura de milênios,
antiga como o sol,
como os Montes e os Rios de gran de Pacha-Mama.
Eu plantava os filhos e as palavras.
Eu plantava o milho e a mandioca.
Eu cantava com a língua das flautas.
Eu dançava, vestido de luar,
enfeitado de passaros e palmas.
Eu era a Cultura em harmonia com a Mãe Natureza.

E nós a destruímos,
cheios de prepotência,
negando a identidade
dos Povos diferentes,
todos Família Humana.

Eu era a Paz comigo e com a Terra...

E nós te violamos
ao fio das espadas,
no fogo do arcabuz
queimamos teu sossego"


Gravação da Missa da Terra Sem Males nos anos 2000 pela Verbo filmes...



AMERÍNDIA é um filme testemunho em torno do habitat, da história e da evangelização da nossa América Indígena. Um filme-contemplação: para branco ver e sentir; para branco agir solidariamente. Um convite indeclinável na celebração do Quinto Centenário do mal chamado descobrimento e da ambígua evangelização. 
AMERÍNDIA tem toda a verdade e toda a beleza de nossa Ameríndia.









DEVASTADOR o genocídio do nosso povo ancestral 

“Ancestral” não significa aquilo que está no passado e passou. Ancestral significa: “o que já estava aqui”, e que deve dar sentido ao nosso aqui e agora construtor do amanhã. 
O ancestral já estava aqui e continua existindo  naquilo que nasceu dele: a semente é a ancestral da árvore, a fonte é a ancestral do rio, a criança  é a ancestral do adulto. Não existiriam árvore, rio e adulto se não existissem semente , fonte e criança.
 A ancestralidade da semente se renova no fruto que a árvore gera, a ancestralidade da fonte revive na sede que a água do rio mata, a ancestralidade da criança renasce em cada criança nova que vem ao mundo ( seja a criança literal , seja o devir-criança que o poeta reinventa em seus versos). 
Os povos da Europa não são  nossos ancestrais,  nossos ancestrais são os povos originários que já estavam aqui e que aqui continuam : no nosso corpo, na nossa cultura , na nossa linguagem . 
Na raiz  da palavra “genocídio” está a palavra “gens”. Dessa palavra também vêm “gente” e “gênese”. O genocídio é um crime contra gentes . No caso do Brasil atual , o genocídio contra os indígenas é um crime contra nossa ancestralidade, contra nossa gênese. 
Nesse momento, só na Amazônia há mais de 100 grupos teológicos-políticos cúmplices do miliciano tentando “evangelizar” à força os povos da floresta. “Genocídio” é quando um povo extermina  com violência física ( incluindo a violência da  fome e das doenças)  a existência de outro povo. Mas quando exploradores teomilicianos  tentam roubar  a alma do outro povo  para engordar rebanhos e explorar dízimos,  essa violência na alma se chama “etnocídio”. 
O miliciano e seus cúmplices  pregam que os indígenas querem viver como nós. “Nós” quem, cara-pálida?
Muitos brasileiros têm antepassados na Europa, e assim buscam a dupla nacionalidade. Mas o Brasil enquanto Mátria tem nos povos originários a sua ancestralidade. Nenhum povo tem dupla ancestralidade, pois a ancestralidade é sempre única e primeira: a ancestralidade tem primazia sobre a ideia de pátria e nacionalidade.
O miliciano costumava dizer que “as minorias devem se submeter à maioria”. Para justificar seus impulsos genocidas, ele colocava os povos originários como minoria. Mas nossos  povos originários  não são minoria, eles estão na nossa gênese e no nosso valor enquanto gente.
Por isso, o genocídio não é só contra os povos originários, ele também é contra a gente enquanto parte da  humanidade em contraposição à barbárie .  É  como  um criminoso  contra a humanidade que o genocida deve ser denunciado. 

(Elton Luiz Leite de Souza)


100 ANOS DE DARCY RIBEIRO - A exibição gratuita do documentário dirigido por Zelito Viana, “Da Terra dos Índios aos Índios Sem Terra”, comemora os 100 anos de Darcy Ribeiro na plataforma Sesc Digital.
A produção retoma a obra “Terra dos Índios”, filme realizado pelo diretor em 1977 em conjunto com o antropólogo e escritor brasileiro. Entre os materiais resgatados pelo documentário está uma entrevista concedida por Darcy Ribeiro, que até então era considerada perdida.
O documentário conta com a participação do ator Marcos Palmeira e do líder indígena Gersem Baniwa, filósofo e mestre em antropologia, da região de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.

DEVASTADOR o genocídio do nosso povo ancestral 

“Ancestral” não significa aquilo que está no passado e passou. Ancestral significa: “o que já estava aqui”, e que deve dar sentido ao nosso aqui e agora construtor do amanhã. 
O ancestral já estava aqui e continua existindo  naquilo que nasceu dele: a semente é a ancestral da árvore, a fonte é a ancestral do rio, a criança  é a ancestral do adulto. Não existiriam árvore, rio e adulto se não existissem semente , fonte e criança.
 A ancestralidade da semente se renova no fruto que a árvore gera, a ancestralidade da fonte revive na sede que a água do rio mata, a ancestralidade da criança renasce em cada criança nova que vem ao mundo ( seja a criança literal , seja o devir-criança que o poeta reinventa em seus versos). 
Os povos da Europa não são  nossos ancestrais,  nossos ancestrais são os povos originários que já estavam aqui e que aqui continuam : no nosso corpo, na nossa cultura , na nossa linguagem . 
Na raiz  da palavra “genocídio” está a palavra “gens”. Dessa palavra também vêm “gente” e “gênese”. O genocídio é um crime contra gentes . No caso do Brasil atual , o genocídio contra os indígenas é um crime contra nossa ancestralidade, contra nossa gênese. 
Nesse momento, só na Amazônia há mais de 100 grupos teológicos-políticos cúmplices do miliciano tentando “evangelizar” à força os povos da floresta. “Genocídio” é quando um povo extermina  com violência física ( incluindo a violência da  fome e das doenças)  a existência de outro povo. Mas quando exploradores teomilicianos  tentam roubar  a alma do outro povo  para engordar rebanhos e explorar dízimos,  essa violência na alma se chama “etnocídio”. 
O miliciano e seus cúmplices  pregam que os indígenas querem viver como nós. “Nós” quem, cara-pálida?
Muitos brasileiros têm antepassados na Europa, e assim buscam a dupla nacionalidade. Mas o Brasil enquanto Mátria tem nos povos originários a sua ancestralidade. Nenhum povo tem dupla ancestralidade, pois a ancestralidade é sempre única e primeira: a ancestralidade tem primazia sobre a ideia de pátria e nacionalidade.
O miliciano costumava dizer que “as minorias devem se submeter à maioria”. Para justificar seus impulsos genocidas, ele colocava os povos originários como minoria. Mas nossos  povos originários  não são minoria, eles estão na nossa gênese e no nosso valor enquanto gente.
Por isso, o genocídio não é só contra os povos originários, ele também é contra a gente enquanto parte da  humanidade em contraposição à barbárie .  É  como  um criminoso  contra a humanidade que o genocida deve ser denunciado. 

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