Ontem. 08 de setembro de 2023, estive em dois atos políticos-culturais. O primeiro um ato de governo, a posse da jovem Thiani Araújo como representante do escritório estadual do MINC. Foi um ato de governo contando com a presença de muitos representantes de fazedores de cultura (sociedade civil). Estiveram representando a Ação Cultural, além deste que escreve, Allan de Oliveira e Felipe Freire.
O segundo foi um ato politico-cultural mais militante. Neste ato o motivo ou mote principal foi um balanço sobre a formação da frente de esquerda liderada por Salvador Allende e o Partido Socialista, representados na Unidade Popular do Chile, por meio de filmes e conversas com estudiosos do assunto e de uma militante que participou do processo in loco no Chile. O evento foi alusivo aos cinquentas anos do golpe que depôs Salvador Allende em 11 de Setembro de 1973.
Tanto em um ato como outro, teve aspectos de limites e desafios no campo da produção cultural, assim como quanto aos aspectos políticos. Porém, em conversas informais com companheiros (as) da Ação Cultural que estiveram presentes comigo e outros que não estiveram, temos colocados as questões da produção cultural dos dois eventos em destaque e em seguida os aspectos politicos, invertendo assim a lógica comum da discussão em nosso campo da esquerda. Isso porque produção cultural é o nosso segundo oficio, em seguida ao de professor de História e especialista em arte-educação e educação popular. Assim como os que nos acompanharam, sendo que um deles, Felipe Freire, tem a produção cultural como profissão.
Sobre este segundo ato, escrevi em resposta ao convite enviado por Romero Venâncio (UFS) o seguinte:
"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce." Fernando Pessoa Há tempos sonho com algo assim em Aracaju como em outras cidades brasileiras, embora aconteça em algumas poucas grandes cidades. Além de URSS e Cuba, outras revoluções e mesmo tentativas fracassadas como a do Chile importa. Em especial, nestes tempos surreais de ressurgimento do fascismo."
A destacar a feliz escolha simbólica dos locais onde os dois eventos aconteceram. No caso do primeiro, a praça central de um quilombo urbano, o quilombo da Maloca, bem próximo ao centro de Aracaju e no segundo caso a sede do grupo Cia dos Marionéticos, no bairro Inácio Barbosa, um dos mais arborizados da cidade, se não for o principal.
Quanto ao segundo evento, estamos abertos para conversar com os organizadores acerca de aspectos ligados a produção do evento, afim de sugerir correção para alguns dos limites e desafios que percebemos...
No caso do primeiro, não é preciso, porque entendemos a lógica governamental, independente de concordarmos ou não...
Zezito de Oliveira
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