FALA DE ZEZITO DE OLIVEIRA REPRESENTANDO O FÓRUM DE LITERATURA NA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O TEMA NA CÂMARA DE VEREADORES DE ARACAJU NA TARDE DO DIA 03 DE JULHO DE 2023.
Quando Ivo Adnil repete a expressão “A CENA PULSA” nos relembra o “PULSO AINDA PULSA” da canção do Arnaldo Antunes.
Pois mesmo com o pulso ainda pulsando o corpo está cheio de :
”Peste bubônica, câncer, pneumonia
Raiva, rubéola, tuberculose, anemia
Rancor, cisticercose, caxumba, difteria
Encefalite, faringite, gripe, leucemia
Hepatite, escarlatina, estupidez, paralisia
Toxoplasmose, sarampo, esquizofrenia
Ulcera, trombose, coqueluche, hipocondria
Sífilis, ciumes, asma, cleptomania”
E Arnaldo Antunes ainda afirma “ O corpo ainda é pouco, O corpo ainda é pouco”
E das nossas doenças ou mazelas da nossa politica e gestão cultural podemos listar tanto quanto o que Arnaldo Antunes fez com as doenças do corpo, e não será preciso me estender porque muitos já disseram ou dirão a respeito das doenças por aqui.
Assim, podemos pular do diagnóstico para o prognóstico com os métodos de tratamento e remédios para a a cura.
A linha ou a visão foi dada pelo ministério da cultura nos governos Lula 1, Lula 2 e agora Lula 3
Fundamentalmente a partir da implementação do Sistema Municipal de Cultura, especialmente por meio do funcionamento efetivo do conselho de cultura e da destinação de um orçamento decente para o fundo municipal.
E como instrumentos de participação social para dar base e fundamentar os dois instrumentos de controle social e financiamento citados, complemento com a conferência municipal de cultura e o plano municipal. Isso porque como diz outra canção do nosso rico cancioneiro popular “Aqui vive um povo que cultiva a qualidade. Ser mais sábio que quem o quer governar.”
Para concluir esta recomendação de métodos de tratamento e remédio para a cultura, reforço com o que aprendi em conversas com o pessoal da agricultura familiar e da economia solidária..
Legislação, financiamento e assistência técnica são as bases para pensarmos uma indústria cultural formada com base também na micro e pequena produção cultural, porque esta produção cultural tem papel similar ao da agricultura familiar, o nosso campo está para o shows business, com relação ao fortalecimento das nossas identidades culturais e consequente senso de pertencimento, auto estima e coesão social, como a agricultura familiar está para a nossa mesa cotidiana.
E como um bom ponto de partida para construir ou reconstruír a politica pública municipal de cultura temos a Lei Paulo Gustavo. Esta como legislação , ao mesmo tempo com um fundo próprio e com uma politica de capacitação, exaustivamente realizada pelo governo Lula 3 através do ministério da cultura em estado de poesia..
Como sugestão para a UFS, como dever de casa, como compromisso público com o nosso campo, a formação de um observatório de politicas culturais, incluindo representação dos coletivos de cultura, além de professores e estudantes.
Essa necessidade é por conta da produção de dados e de indicadores sobre a nossa cena cultural, sem isso o debate e formulação da politica cultural fica no achismo, jogando no escuro, favorecendo o amadorismo, a improvisação, a descontinuidade das politicas governamentais e etc..
Por último,
"É muito chão, é muito sol
Muito sinal, muito desdém
É muito mais além
É muito santo e proteção
Muito trabalho e oração
É muita perdição
É muita dor, muito suor
Muito swing e carnaval
É música afinal
É muito frio, muito calor
Muito pedir, tanto favor
Bondade mata, meu senhor, iô iô iô
No fim a gente ganha
Bomfim a gente ganha
Sim senhor 2x
Minha menina
Estrela matutina
Brinco sem dinheiro
Como é bom ser brasileiro
Minha menina
Estrela matutina
Vivo só brincando
Como é bom ser sergipano"
Zezito de Oliveira
https://www.youtube.com/watch?v=4eTuOyc-G7o
Audiência Pública - A indústria cultural de Aracaju sob a perspectiva da sustentabilidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário