sexta-feira, 10 de julho de 2020

12ª Live da Ação Cultural com o tema Cultura de base comunitária, Em 16 de julho, às 20 horas no Youtube



Circo multicultural instalado no Vale do Capão - Chapada Diamantina-BA. Integrante da rede de pontos de cultura - programa Cultura ViVa.

Nesta live da Ação Cultural iremos tratar do eixoCultura de base comunitária, com  o tema:  Pontos de Cultura, Produtoras  Colaborativas e Lei Aldir Blanc,  com o lema"Para o Brasil poder dar certo. Investir em educação popular e  cultura de base comunitária."

Os nossos convidados Cris Alves (BA), João Victor (SE),  Pedro Jatobá(PE-BA) e Luciano Accioli (SE),  são agentes culturais com  acumulo bem significativo, tanto por conta da experiência prática, como em razão de pesquisas e estudos teóricos que fazem relacionados a  temática. Assim como participação politica intensa em congressos, fóruns e redes. 

A live será realizada na quinta-feira, 16 de julho, às 20 horas. A transmissão será via canal da  Ação Cultural no youtube.

https://www.youtube.com/user/acaoculturalsergipe1

TEMPO DE UNIÃO E COLETIVIDADE.

"Não vamos nos dispersar “ frase proferida por Tancredo Neves em 15 de janeiro de 1985 serviu para inspirar  "o homem falou“ uma das  belas canções do genial Gonzaguinha, um de nossos melhores artistas e  que soube captar o espirito do tempo de meados do final dos anos de 1970 até 1989. Se valeu para os tempos de ontem, a partir do golpe em 2016   passa a valer  para os tempos de hoje.

Quando frase e canção foram produzidos, os tempos eram de  buscas e tentativas para  encerrar o ciclo histórico  iniciado com o golpe de 1964, caracterizado pelo  ambiente de favorecimento ao arbítrio, a violência, a censura e imposição de pobreza e miséria  a parcelas expressivas da população. 

O tempo passou, a luta não parou e nem o show,  muitos  avanços e conquistas foram obtidos, mas o golpe de 2016 e a eleição fraudulenta de Bolsonaro em 2018,  prossegue a corrida louca e desenfreada de interdição e recuo das conquistas democráticas e direitos sociais a padrões do inicio do século XX.

E tudo isso,  fora das previsões mais pessimistasa e inimagináveis  enquanto  vivíámos  o período mais longo de redemocratização que tivemos, de 1985 quando Tancredo Neves é eleito,  até a derrubada “limpinha”  e “cheirosa”  da presidenta Dilma em 2016, com a  justificativa de  “crime” das  pedaladas fiscais e do combate a "corrupção".

E  o que  acontece com o campo da Cultura nesse período?  Em termos mais expressivos e estruturantes temos a criação do Ministério da Cultura no  primeiro governo da Nova República (1985), além da criação da Lei Sarney (1986), depois modificada,  passando a se chamar Lei Rouanet (1990) no governo  Collor .

Já com o Governo Lula (2003 até 2011),  tivemos  politica cultural nunca antes realizada em nosso país,   embora  nos dois mandatos ,  quando Gilberto Gil foi ministro da cultura, de alguma maneira  a politica cultural retoma,  mistura e amplia,  muito do que foi realizado por  Mário de Andrade na São Paulo dos  anos de 1930.  Assim como no inicio da década de 1960 o que foi  promovido pelos  Movimentos  de Cultura Popular associados muitas vezes a  iniciativas de Educação Popular  realizadas principalmente  no nordeste brasileiro. Além dos CentrosPopulares de Cultura (CPC) ligados a União Nacional dos Estudantes (UNE) com origem no Rio de Janeiro,  mas inspirando iniciativa em outros estados.

Sem contar uma série de iniciativas de base comunitária realizadas nos anos de 1980 e 1990. Para lembrar duas, dentre milhares já trazemos em nossa live a trajetória do Movimento de Adolescentes e Crianças e do Programa de Animação Cultural em Pernambuco, assim como a AMABA/Projeto Reculturararte em dois momentos, aqui e aqui.

Para quem quiser conferir a afirmação acima, basta uma  busca no google por pesquisas acadêmicas  sobre o  programa   CulturaViva, o programa federal de apoio e fomento às iniciativas culturais de base comunitária criado no periodo do governo Lula.

E com tudo que esse programa ensaiou e realizou no campo da formação cultural e produção cultural, assim também como articulação e mobilização cidadã e cultural, chegamos nesse momento de pandemia,  a formulação coletiva, radicalmente participativa da Lei Aldir Blanc, aprovada como resultado dessa modelagem,  impactando fortemente a sociedade civil,  como o parlamento, ancorada fortemente no uso das redes sociais e novas tecnologias.

Ainda mais,  por vivermos em tempos de um governo nunca antes táo avesso a cultura, aos artistas e a participação cidadã. 


Leia também:


segunda-feira, 13 de julho de 2020



Música tema da 12ª Live da Ação Cultural




Imagens da Rede Sergipe de Pontos de Cultura - Programa Cultura Viva







Pedro Jatobá
   Mestre em Gestão e Desenvolvimento Social na Escola de ADM da UFBA. Diretor do Instituto Intercidadania (www.intercidadania.com.br), Coordenador da Rede Colaborativa iTEIA.NET, Fundador da Produtora Colaborativa da Chapada (www.chapada.ba) e Integrante da Cooperativa EITA (www.eita.coop.br). Educador da Universidade Livre da Chapada Diamantina e integrante do Conselho Municipal de Cultura de Mucugê/BA.


J. Victor Fernandes   

É poeta, compositor, produtor cultural e artivista sergipano. Criador do projeto multimídia Transtorno Poético, acumula centenas de intervenções artísticas de poesia falada e milhares de leitores assíduos online, no segundo semestre lançará seu primeiro livro. Parceiro musical de músicos consagrados como João Ventura, Heitor Mendonça, Kleber Melo, Raíssa Araújo, Lucas Campelo. É um dos idealizadores do sarau multicultural itinerante Ensaio Secreto que acontece semanalmente em Aracaju e sazonalmente em outras cidades. Vem coordenando desde o começo da pandemia o Quinta Poética ao vivo no Instagram e no YouTube, com convidados de todo Brasil.

Nascida em Salvador, Produtora Cultural e Gestora Cultural, a sua primeira formação acadêmica foi Secretariado Executivo pela UCSAL;  Pós Graduação em Gestão, Políticas e Produção Cultural; Pós Graduação em Planejamento e Organização de Eventos pela FACTUR/Bahia e Gestão Social pela ESAMC, Gestão Cultural pela FGV - Fundação Getúlio Vargas, Especialização em Acessibilidade Cultural pela UFRJ; Atualmente Pesquisadora e cursando uma nova Pós Graduação em Gestão Cultural na UESC/Ilhéus.

Cris Alves



Atuou como consultora/dinamizadora do Programa Rede Saúde e Cultura/Programa Cultura Viva –SCDC/MinC, fez parte da equipe técnica no acompanhamento do convênio MINC -UFBA para implantação dos Planos Municipais de Cultura, através da Representação Regional Bahia e Sergipe desse Ministério de 2012 a 2015. Componente do Conselho diretor do Pontão de Cultura Digital – ITEIA/PE de 2012 a maio de 2019; Articuladora Nordeste da Rede das Produtoras Culturais Colaborativas; membro do Conselho de Políticas Públicas e Comunicação da Região Metropolitana de Salvador de 2011 a Janeiro de 2019;
Fundadora do  CEC – Condomínio do Empreendedor Cultural- 2002  (um consórcio de profissionais e instituições atuantes da área - também Ponto de Cultura da Rede Cultura Viva).
Facilitadora de Oficinas na área de: Planejamento, Gestão Participativa e formação de Conselhos; Cultura Digital, Gestão de Projetos, Acessibilidade Cultural ,  Redes Colaborativas e Sustentabilidade  cultural.
Atualmente fazendo parte da Equipe Técnica do Conselho Estadual de Cultura com a responsabilidade das ações de  articulação e mobilização junto aos municípios, formação de redes e interlocução com grupos e movimentos culturais e uso de ferramentas da tecnologias sociais na gestão dessas redes


Nenhum comentário: