SESC-SERGIPE DEMITE TÉCNICOS DE CULTURA NESTES TEMPOS DE PANDEMIA.

EU, JOÃO BOSCO

DEMITIDO DO SESC - Sergipe

Não, não estou aposentado, até porque sou um garotão de 52 anos e estou a todo vapor, recentemente fiz a defesa da minha dissertação de mestrado e quero e vou continuar contribuindo para fomentação e o fortalecimento da cultura do nosso estado.

Foram 31 anos acreditando e defendendo a mediação entre cultura e sociedade e o diálogo entre produção e recepção, fatores estruturantes da política cultural do Sesc. Levo comigo toda uma bagagem de conhecimentos, vivências e formações continuadas adquiridas ao longo desses anos, pois foi no Sesc que pude confrontar as teorias com as práticas, sonhar e fazer dos sonhos projetos culturais e foi nessa grandiosa instituição que fortaleci a minha crença na cultura como ferramenta de transformação da sociedade. Por tanto, quero agradecer de público a essa instituição que nunca mediu esforços para nos manter engajados e motivados para perseguirmos o seu papel fundamental no cenário nacional, como referência para as políticas culturais no país.

Por último informar as instituições públicas e privadas do estado que realizam ou almejam realizar um trabalho de cultura, que o Sesc – Sergipe disponibilizou (desde o dia 1º de julho), por meio do desligamento, como gostam de se referir, uma brilhante equipe de cultura completa, senão vejamos: Vanderléa Cardoso – técnica em artes visuais, Rodrigo Besteti – técnico de música, André Santana – técnico de artes cênicas, Wolney Nascimento – técnico de cinema e João Bosco – técnico de cultura popular e literatura, os três últimos com larga experiência em gestão cultural.

Não, não me perguntem como será o trabalho de cultura do Sesc, aqui no nosso estado, daqui pra frente, pois seria uma pergunta muito delicada para responder.

Vou parar por aqui dizendo “pessoas brancas devem se responsabilizar criticamente pelo sistema de opressão que as privilegia historicamente, produzindo desigualdades, e pessoas negras podem se conscientizar dos processos históricos para não reproduzi-los.” (Djamila Ribeiro)

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Importante saber se o  deputado Laércio Oliveira, já disse como o SESC-SE pode contribuir  com a arte e com os artistas nesse momento de pandemia, assim como está fazendo exemplarmente o SESC-SP, RJ, MG, PE, DF e etc..? 

Essa pergunta precisa ser feita a propósito de Danilo Miranda, o homem da cultura Nº 1 do SESC,  nosso ministro informal da cultura, em especial desde o golpe de 2016, que teve em Laércio Oliveira, um de seus cabeças, ter dito gostar muito do trabalho desenvolvido pelo SESC-SE no campo da cultura. Essa informação é de Laércio Oliveira em entrevista ao portal do JL Noticias. 

“Queremos fazer do Sesc em Sergipe o mesmo que é o Sesc para São Paulo no campo da cultura. Gostei da declaração do cantor Lula Ribeiro em Entrevista a este Portal, quando disse que o Sesc de São Paulo é uma espécie de Ministério da Cultura brasileira - aliás, o Danilo Miranda gosta muito de Sergipe e da gestão do Sesc de Sergipe”, lembra Laércio Oliveira.

Danilo Miranda comanda o Sesc de São Paulo desde 1984 e fez desta instituição um marco na propagação da cultura do Brasil, com reconhecimento em todo o país. Laércio Oliveira diz que tem percebido, cada vez mais, que as artes em todas as suas vertentes no Estado de Sergipe estão órfãs de apoio, amparo e estímulo."

Por outro lado, com a demissão de um grupo de técnicos e gestores culturais  do SESC-SE justamente nesse momento de pandemia, com experiência comprovada  e capacidade técnica de alto nivel. será que Danilo Miranda   não poderá doravante  dizer o mesmo que Tim Maia na canção abaixo? 

E os artistas, produtores e técnicos  sergipanos? Em especial por meio de coletivos,  já demandaram isso por parte do SESC-SE. Caso  tenha acontecido envie para que possamos publicar em nossas redes sociais  junto com o comentário acima.

Como o SESC-SE pode contribuir  com a arte e com os artistas nesse momento de pandemia, assim como está fazendo exemplarmente o SESC-SP, RJ, MG, PE, DF e etc..? 

Gostava tanto de você

Zezito de Oliveira