quarta-feira, 22 de julho de 2020

PAÍS ESTRANHO, COM GENTE ESQUISITA.

Roberto Jefferson é um corrupto notório que faz campanha “ contra a corrupção”. Ontem pela manhã, mostrou quão homofóbico é, usando imagens chulas, revelando a suposta identidade homossexual de dois ministros do STF. Já a tarde Jean Willys afirma:
A vaza a jato escancara os crimes de juízes e promotores, cometendo corrupção em nome do...........,combate a supostos crimes de corrupção atribuído a Lula, e aqui literalmente os príncipes Moro e Dallagnol transformaram-se em sapos. 

E Lula, o sapo bardudo, como via Brizola, transformou-se em principe. Os papéis se inverteram. O tribunal da História já condenou o juiz e o promotor pelo crime do qual eles acusaram Lula. E aqui,  nem preciso lembrar a excrescência que é promotor e juiz juntos na acusação.  

Nesse caso, quem se dispor a escrever um romance como “Os crimes do Padre Amaro” de Eça de Queiroz não precisará usar de muita imaginação.

As forças armadas e as igrejas, antigas reservas morais da nação, revelam o quanto o Brasil decaiu. Muitos pastores e militares, assim como uma parte da igreja católica, reafirmam a antiga expressão de quem disse um dia: 
"Às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência."
Quem não vê o mundo pelos olhos dos canais das grandes redes de rádio e televisão, precisa ter uma forte dose de auto-estima e um grande estoque de memória afetiva e cultural, além de uma grande dose de leitura no campo das ciências humanas para não desmontar ou desmoronar diante dessa overdose de quebra de confiança em termos de homens públicos e de instituições.

Sem dúvida, lembrando Cazuza, desde 2013, o Brasil revela a sua cara, a pior parte, e é uma cara muito feia. E aqui nem vou falar de Bolsonaro e de seus ministros, porque nesse caso, é muita desgraça para começar o dia...

Sorry!! Lutemos para não perdermos o que já conquistamos,  mas não esqueçamos, quando possível, um bom vinho ou uma boa cerveja, um bom livro, uma boa música, um bom filme, um bom papo, mesmo que seja por video conferência e/ou por meio das lives, uma boa pele para tocar, mas sem ser com aglomeração.
Para estar bem, de pé e lutando, precisamos disso.

Em tempos duros como esse, Chico Buarque escreveu:
"Mesmo com toda a fama, com toda a brahma. Com toda a cama, com toda a lama. A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando. A gente vai levando essa chama. Mesmo com todo o emblema, todo o problema. Todo o sistema, todo Ipanema. A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando. A gente vai levando essa gema. Mesmo com o nada feito, com a sala escura. Com um nó no peito, com a cara dura. Não tem mais jeito, a gente não tem cura (...)"
 Já em outra canção, Vicente Barreto e Celso Viáfora traz o seguinte:  

Daí, concluímos que precisamos compreender o Brasil assim. Cheio de contradições, ambiguidades e hipocrisia. Sem precisar concordar e nem fazer parte disso, evidentemente.
Portanto, ainda bem que somos vários Brasis. Não um só, embora o que esteja predominando coloca em ameaça as outras caras, as caras boas da nação.

RESISTAMOS!!  RE-EXISTAMOS!!!!

A canção de onde tiramos o titulo para esse artigo.


Legião Urbana - Eduardo e Monica

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